RESUMO
Os autores apresentam cinco crianças portadoras de litíase biliar, diagnosticadas e operadas no Hospital das Clínicas da UFMG, no período de 1977-1990. Apesar de näo ser täo prevalente quanto na populaçäo adulta, a litíase biliar em crianças constitui uma afecçäo bem documentada na literatura médica. Na casuística dos autores, a idade variou de seis a onze anos, sendo quatrocrianças do sexo feminino e uma do sexo masculino. A dor abdominal em cólicas, no flanco direito e regiäo periumbilical constituiu o sintoma mais importante. A ultra-sonografia abdominal foi o método de diagnóstico mais eficaz e inócuo. Em uma criança, portadora de esferocitose hereditária, o diagnóstico de litíase biliar foi feito pela palpaçäo da vesícula durante a esplenectomia. O tratamento instituído foi a colecistectomia, e os pacientes tiveram evoluçäo pós-operatória sem anormalidades. O exame histológico da vesícula biliar mostrou espessamento e fibrose da parede vesicular, semelhante a colecistite crônica. Doenças näo hemolíticas associadas à litíase biliar na criança foram diagnosticadas: hepatite crônica ativa, cirrose, pancreatite, obesidade e toxoplasmose. Ressalta-se neste trabalho dados da literatura médica sobre novas condiçöes e afecçöes que se associam à litíase biliar na criança, tais como: nutriçäo parenteral total prolongada, uso de furosemida, ressecçäo ileal, malformaçöes das vias biliares extra-hepáticas, eritoblastose fetal, fototerapia, mucoviscidose, deficiência de IgA, cirrose hepática, pancreatite e obesidade.
Assuntos
Criança , Humanos , Feminino , Masculino , Colecistectomia , Colelitíase/cirurgia , Colelitíase/diagnóstico , Vesícula Biliar/cirurgia , BrasilRESUMO
Os autores apresentam criança de seis anos, feminina, com ascite volumosa e obstruçäo intestinal. Foi submetida a extensa propedêutica culminando com laparotomia exploradora que mostrou intensa fibrose do peritôneo visceral e parietal. O intestino delgado apresentava-se comprimido pelo peritôneo fibrosado, sendo a causa da obstruçäo intestinal. Cirurgicamente, nenhum tratamento foi feito. Houve resoluçäo do quadro de obstruçäo intestinal com terapêutica conservadora, representda por aspiraçäo gástrica contínua e nutriçäo parental prolongada. Apresenta-se revisäo de literatura