RESUMO
ABSTRACT Objective: To determine whether long-acting muscarinic antagonists (LAMAs) provide superior therapeutic effects over long-acting β2 agonists (LABAs) for preventing COPD exacerbations. Methods: This was a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials involving patients with stable, moderate to severe COPD according to the Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease criteria, treated with a LAMA (i.e., tiotropium bromide, aclidinium, or glycopyrronium), followed for at least 12 weeks and compared with controls using a LABA in isolation or in combination with a corticosteroid. Results: A total of 2,622 studies were analyzed for possible inclusion on the basis of their title and abstract; 9 studies (17,120 participants) were included in the analysis. In comparison with LABAs, LAMAs led to a greater decrease in the exacerbation rate ratio (relative risk [RR] = 0.88; 95% CI: 0.84-0.93]; a lower proportion of patients who experienced at least one exacerbation (RR = 0.90; 95% CI: 0.87-0.94; p < 0.00001); a lower risk of exacerbation-related hospitalizations (RR = 0.78; 95% CI: 0.69-0.87; p < 0.0001); and a lower number of serious adverse events (RR = 0.81; 95% CI: 0.67-0.96; p = 0.0002). The overall quality of evidence was moderate for all outcomes. Conclusions: The major findings of this systematic review and meta-analysis were that LAMAs significantly reduced the exacerbation rate (exacerbation episodes/year), as well as the number of exacerbation episodes, of hospitalizations, and of serious adverse events.
RESUMO Objetivo: Determinar se long-acting muscarinic antagonists (LAMAs, antagonistas muscarínicos de longa duração) são superiores a long-acting β2 agonists (LABAs, β2-agonistas de longa duração) na prevenção de exacerbações da DPOC. Métodos: Revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos controlados aleatórios com pacientes com DPOC estável, de moderada a grave, conforme os critérios da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, tratados com LAMA (brometo de tiotrópio, aclidínio ou glicopirrônio), acompanhados durante pelo menos 12 semanas e comparados a controles que usaram LABA isoladamente ou com um corticosteroide. Resultados: Foram analisados 2.622 estudos para possível inclusão com base em seu título e resumo; 9 estudos (17.120 participantes) foram incluídos na análise. Em comparação com LABAs, LAMAs resultaram em maior diminuição da razão da taxa de exacerbações [risco relativo (RR) = 0,88; IC95%: 0,84-0,93]; menor proporção de pacientes que apresentaram pelo menos uma exacerbação (RR = 0,90; IC95%: 0,87-0,94; p < 0,00001); menor risco de hospitalizações em virtude de exacerbação da doença (RR = 0,78; IC95%: 0,69-0,87; p < 0,0001) e menor número de eventos adversos sérios (RR = 0,81; IC95%: 0,67-0,96; p = 0,0002). A qualidade geral das evidências foi moderada para todos os desfechos. Conclusões: O principal achado desta revisão sistemática e meta-análise foi que LAMAs reduziram significativamente a taxa de exacerbações (episódios de exacerbação/ano), os episódios de exacerbação, as hospitalizações e os eventos adversos sérios.
Assuntos
Humanos , Antagonistas Muscarínicos/uso terapêutico , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/tratamento farmacológico , Agonistas de Receptores Adrenérgicos beta 2/uso terapêutico , Fatores de TempoRESUMO
OBJETIVO: Relatar dados referentes às internações de pacientes com DPOC na UTI de um hospital de referência para doenças respiratórias, incluindo desfechos e avaliando seu atendimento. MÉTODOS: Estudo de uma série de pacientes internados por insuficiência respiratória e DPOC na UTI do Hospital Nereu Ramos, localizado na cidade de Florianópolis (SC) no período entre outubro de 2006 e outubro de 2007. Dados demográficos, causas da internação, tratamento farmacológico, suporte ventilatório, duração e complicações da internação, mortalidade em UTI e mortalidade em 28 dias foram obtidos através de consulta aos prontuários médicos. O índice Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) foi calculado. A mortalidade em 18 meses foi avaliada através de posterior contato telefônico. RESULTADOS: No período, foram internados 192 pacientes na UTI, 24 dos quais (12,5 por cento) com insuficiência respiratória e DPOC. O tempo médio de internação na UTI foi de 12,0 ± 11,1 dias. A ventilação não invasiva foi utilizada em 10 dos 24 pacientes (41,66 por cento) e falhou em 5/10. A ventilação mecânica invasiva (VMI) foi utilizada em 15 pacientes (62,5 por cento). As taxas de mortalidade na UTI e aquela em 28 dias foram de 20,83 por cento e 33,33 por cento, respectivamente. Entretanto, decorridos 18 meses, a mortalidade foi de 62,5 por cento. CONCLUSÕES: A insuficiência respiratória relacionada à DPOC foi responsável por 12,5 por cento das internações na UTI. Houve necessidade de intubação orotraqueal e utilização de VMI em 62,5 por cento dos pacientes. A mortalidade na UTI estava de acordo com a predita pelo índice APACHE II, mas a mortalidade tardia foi elevada.
OBJECTIVE: To report data regarding COPD patients admitted to the ICU of a referral hospital for respiratory diseases, including outcomes and treatment evaluation. METHODS: Study of a series of patients with respiratory failure and COPD admitted to the ICU of Nereu Ramos Hospital, located in the city of Florianópolis, Brazil, between October of 2006 and October of 2007. Data related to demographics, causes of hospitalization, pharmacological treatment, ventilatory support, length of hospital stay, in-hospital complications, ICU mortality, and 28-day mortality were obtained from the medical charts of the patients. Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) scores were calculated. Mortality at 18 months was assessed by subsequent telephone calls. RESULTS: During the study period, 192 patients were admitted to the ICU, 24 (12.5 percent) of whom were diagnosed with respiratory failure and COPD. The mean length of ICU stay was 12.0 ± 11.1 days. Noninvasive ventilation was used in 10 of the 24 patients (41.66 percent) and failed in 5 of those 10. Invasive mechanical ventilation (IMV) was used in a total of 15 patients (62.5 percent). Overall ICU mortality and 28-day mortality were 20.83 percent and 33.33 percent, respectively. However, 18-month mortality was 62.5 percent. CONCLUSIONS: Respiratory failure associated with COPD was responsible for 12.5 percent of the ICU admissions. Orotracheal intubation and IMV were necessary in 62.5 percent of the cases. The ICU mortality rate was in accordance with that predicted by the APACHE II scores. However, late mortality was high.