Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Indicadores
Intervalo de ano de publicação
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00189618, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1055643

RESUMO

As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se "não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento" como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.


Las desigualdades sociales en Brasil se reflejan en la búsqueda de atención sanitaria por parte de las mujeres que abortan, que enfrentan barreras individuales, sociales y estructurales, exponiéndolas a situaciones de vulnerabilidad. Las negras son las más expuestas a estas barreras, desde la búsqueda del servicio hasta la atención. El estudio tuvo como objetivo analizar los factores relacionados con las barreras individuales en la búsqueda de la primera atención post-aborto según raza/color. La investigación se realizó en Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) y São Luis (Maranhão), Brasil, con 2.640 pacientes internadas en hospitales públicos. Se realizó una regresión logística para el análisis de las diferencias según raza/color (blanca, mulata/mestiza y negra), considerándose "no tuvo barreras individuales en la búsqueda de la primera atención" como categoría de referencia de la variable dependiente. De las entrevistadas 35,7% eran negras, 53,3% mulatas/mestizas y 11% blancas. Las mujeres negras tenían menor escolaridad, menos hijos y declararon más el aborto como provocado (31,1%), tras 12 semanas de gestación (15,4%). Informaron más barreras individuales en la búsqueda de la primera atención (32% vs. 28% entre multas/mestizas y un 20,3% entre las blancas), tales como el miedo de ser maltratada y no tener dinero para el transporte. En la regresión se confirmó la asociación entre raza/color negro y mulato/mestizo y barreras individuales en la búsqueda de cuidados post-aborto, incluso tras el ajuste por todas las variables seleccionadas. Los resultados confirman la situación de vulnerabilidad de las negras y mulatas/mestizas. La discriminación racial en los servicios de salud y el estigma en relación con el aborto pueden actuar simultáneamente, retardando la ida de las mujeres al servicio de salud, lo que puede constituir una situación límite de mayor gravedad en el cuadro post-aborto.


Social inequalities in Brazil are reflected in women's search for abortion care, when they face individual, social, and structural barriers and are exposed to situations of vulnerability. Black women are the most heavily exposed to these barriers, from the search for the service to the care itself. The study aimed to analyze factors related to individual barriers in the search for first post-abortion care according to race/color. The study was conducted in Salvador (Bahia State), Recife, (Pernambuco State) and São Luís (Maranhão State), Brazil, with 2,640 patients admitted to public hospitals. Logistic regression was performed to analyze differences according to race/color (white, brown, and black), with "no individual barriers in the search for first care" as the reference category in the dependent variable. Of the women interviewed, 35.7% were black, 53.3% brown, and 11% white. Black women had less schooling, fewer children, and reported more induced abortions (31.1%) and more second-trimester abortions (15.4%). Black women reported more individual barriers in the search for first care (32% vs. 28% in brown women and 20.3% in whites), such as fear of being mistreated and lack of money for transportation. Regression analysis confirmed the association between black and brown race/color and individual barriers in the search for post-abortion care, even after adjusting for all the selected variables. The results confirmed the situation of vulnerability for black women and brown women in Brazil. Racial discrimination in health services and abortion-related stigma can act simultaneously, delaying women's access to health services, a limitation that can further complicate their post-abortion condition.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Aborto Induzido , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil , Inquéritos e Questionários , Estigma Social
2.
Cad. saúde pública ; 22(7): 1431-1446, jul. 2006. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-429795

RESUMO

Esta pesquisa objetivou identificar os fatores associados ao aborto provocado na primeira gravidez das mulheres e na primeira vez que os homens engravidaram uma parceira. Trata-se de inquérito domiciliar por meio de entrevista face a face de uma amostra probabilística, em três estágios, de 4.634 jovens, entre 18 e 24 anos, residentes em Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, Brasil. Utilizou-se análise de regressão logística, com estratégia hierarquizada para entrada das variáveis no modelo. O aborto foi o desfecho da primeira gravidez referido por 16,7% das mulheres e 45,9% dos homens, relativamente a suas parceiras. Entre os fatores associados ao aborto, destacam-se a escolaridade mais elevada dos jovens e a natureza eventual da relação com o/a parceiro/a dessa gravidez. A inclusão dos homens na pesquisa traz novos elementos para compreensão do fenômeno do aborto, inserindo as questões de gênero na discussão do tema. Recomenda-se um maior investimento público de modo a garantir aos jovens acesso a informações e recursos para realizarem seus projetos reprodutivos de forma segura e saudável, respeitando seus direitos sexuais e reprodutivos.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Gravidez , Aborto Induzido , Resultado da Gravidez , Comportamento Reprodutivo , Comportamento Sexual , Justiça Social , Aborto Induzido/psicologia , Aborto Induzido/estatística & dados numéricos , Brasil , Anticoncepção , Serviços de Planejamento Familiar , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Entrevistas como Assunto , Gravidez na Adolescência , Taxa de Gravidez , História Reprodutiva , Maturidade Sexual , Parceiros Sexuais , Fatores Socioeconômicos
3.
Rev. saúde pública ; 26(3): 195-202, jun. 1992. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-112876

RESUMO

A mulher brasileira tem vivido mais que o homem, como ocorre em países industrializados centrais. Nesses países paradoxalmente, as mulheres apresentam indicadores de morbidade mais altos que os homens. O conhecimento sobre o padräo nacional pode ajudar a compreender os determinantes de sua própria realidade, permitindo antecipar tendências futuras e adequar os serviços de saúde. Com esta perspectiva foi feito um estudo de morbidade, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 1986, em dez Estados brasileiros, construindo-se coeficientes de prevalência de morbidade, de demanda e de utilizaçäo de serviços segundo sexo, e padronizados por idade pelo método direto. Como medida dos diferenciais, usou-se razöes entre os sexos. A sobremorbidade feminina foi constante em todas as regiöes. Os diferenciais de uso de serviços apresentaram variaçäo regional, sugerindo relaçäo com a oferta de serviços de saúde. Os diferenciais foram nulos na infância; assumiram seus maais altos valores na idade reprodutiva das mulheres, diminuindo depois dos 60 anos. O padräo foi quase constante em todo o país. Parte do fenômeno pode ser explicada por fatores de ordem metodológica. Contudo, os resultados foram semelhantes aos de outros países. As transformaçöes profundas no padräo reprodutivo e na inserçäo social da mulher brasileira têm seu impacto sobre a saúde e o consumo de serviços ainda näo avaliado. Recomenda-se a realizaçäo de estudos mais específicos que contribuam para a reorganizaçäo do sistema de saúde de modo equânime e universal


Assuntos
Humanos , Feminino , Morbidade , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde/tendências , Saúde da Mulher , Brasil , Fatores Sexuais , Risco , Fertilidade , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Fatores Etários , Serviços de Saúde da Mulher/tendências
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA