COVID-19 in patients with obesity: clinicopathological features and immunological mechanisms associated with adverse clinical outcome / COVID-19 em pacientes com obesidade: características clínico-patológicas e mecanismos imunológicos associados a desfechos clínicos desfavoráveis / COVID-19 en pacientes con obesidad: características clínico-patológicas y mecanismos inmunológicos asociados con resultados clínicos adversos

Justificativa e Objetivos: A infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da COVID-19, ocorre de forma mais grave em pacientes que apresentam fatores de risco, entre os quais se destaca a obesidade, o que os torna mais suscetíveis à ventilação mecânica e à mortalidade. Neste contexto, este trabalho revisa a epidemiologia da obesidade e os possíveis mecanismos imunológicos que fazem dela um dos piores cenários clínicos para a COVID-19. Métodos: Este estudo é uma revisão bibliográfica narrativa de caráter exploratório em que, na coleta de dados, consideraram-se, entre as publicações científicas do tema estudado, artigos publicados nas bases eletrônicas PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) em inglês, espanhol e português, no período de junho de 2015 a junho de 2020. Os descritores adotados foram: "Sars-CoV-2", "Obesity", "COVID-19" e "Risk Factors". Conteúdo: A obesidade é uma pandemia e sua condição inflamatória crônica é fator de risco para diversas patologias, incluindo pior desfecho em infecções respiratórias virais. A análise imunológica desse estado e seu respectivo papel na imunopatologia do Sars-CoV-2 revelam uma resposta pró-inflamatória desregulada, com acentuado aumento de diversas citocinas, como TNF-α, IL-6 e IL-1ß. Tais mecanismos geram um grande fluxo de citocinas, com consequente piora da resposta imune à infecção pelo novo coronavírus, o que tem sido associado à forma grave da doença. Conclusão: A obesidade é um fator de risco global relevante para a infecção do Sars-CoV-2, pois desregula a resposta imune pró-inflamatória, causando pior desfecho clínico, o que merece atenção especial por parte das políticas de combate à pandemia.(AU)

Background and objectives: The infection with the new coronavirus (SARS-CoV-2), which causes COVID-19, is more severe in patients with risk factors, increasing these patients' susceptibility to mechanical ventilation and mortality, among them, obesity stands out. This study reviews the epidemiology of obesity and the possible immunological mechanisms that make it one of the worst clinical scenarios in COVID-19. Methods: This study consists of an exploratory narrative review. Data collection considered articles in English, Spanish and Portuguese, published between June 2015 and June 2020, in the electronic databases PubMed and Virtual Health Library (BVS). The indexing terms used were "SARS-CoV-2," "Obesity," "COVID-19," "Risk Factors." Content: Obesity is a pandemic and its chronic inflammatory condition is a risk factor for several pathologies, including worse outcome in viral respiratory infections. The immunological analysis of this risk factor and its role in the immunopathology of SARS-CoV-2 reveals a deregulated pro-inflammatory response, with a marked increase in several cytokines, such as TNF-α, IL-6 and IL-1ß. Such mechanisms result in a cytokine storm, with a consequent deterioration of the immune response for the new coronavirus infection that have been linked to the severe form of disease. Conclusion: Obesity is a global relevant risk factor for SARS-CoV-2 infection because it disrupts the pro-inflammatory immune response, resulting in a worse clinical outcome, which deserves special attention in the fight against the pandemic.(AU)

Justificación y Objetivos: La infección por el SARS-CoV-2, causante de la COVID-19, se presenta de forma más grave en pacientes portadores de factores de riesgo, entre los cuales se destaca la obesidad, que los predispone a la ventilación mecánica y la mortalidad. En este contexto, el presente trabajo revisa la epidemiología de la obesidad y los posibles mecanismos inmunológicos que asocian la obesidad como uno de los peores escenarios clínicos en la COVID-19. Métodos: Este estudio consiste en una revisión bibliográfica narrativa de carácter exploratorio. En la recolección de datos, se consideraron, entre las publicaciones científicas del tema estudiado, artículos publicados en los idiomas inglés, español y portugués en el periodo de junio de 2015 a junio de 2020, en las bases electrónicas PubMed y Biblioteca Virtual de Salud (BVS). Los descriptores adoptados fueron: "SARS-CoV-2", "Obesity", "COVID-19", "Risk Factors". Contenido: La obesidad es una pandemia y su condición inflamatoria crónica es un factor de riesgo para diversas patologías, que incluye un peor desenlace en infecciones respiratorias virales. El análisis inmunológico de ese estado y su respectivo papel en la inmunopatología del SARS-CoV-2 revela una respuesta proinflamatoria desregulada, con acentuado aumento de diversas citocinas, como TNF-α, IL-6 e IL-1ß. Tal mecanismo tiene como resultado un gran flujo de citocinas, con el consecuente empeoramiento de la respuesta inmune frente a la infección por el nuevo coronavirus, lo que se ha relacionado con la forma grave de la enfermedad. Conclusión: La obesidad configura un factor de riesgo relevante global para la infección del SARS-CoV-2 por proporcionar la desregulación de la respuesta inmune proinflamatoria que resulta en un peor desenlace clínico y merece una atención especial por parte de las políticas para combatir la pandemia.(AU)

Chronic psychological stress and its impact on the development of aggressive breast cancer / Estresse psicológico crônico e seu impacto no desenvolvimento de neoplasia mamária agressiva

Objective To investigate the clinicopathological findings of women diagnosed with breast cancer and study the impact of chronic psychological stress on the pathological characteristics of these tumors.Methods We investigated a cohort composed of women diagnosed with breast cancer and divided into two groups. One group was categorized as presenting with chronic psychological stress (by using the Self-Reporting Questionnaire − SRQ-20). Another group of women with breast cancer, but with no previous history of chronic psychological stress, comprised the Control Group. Clinical and pathological data were assessed.Results Women presenting with a history of chronic distress were significantly overweight when compared to the Control Group. Furthermore, it was observed that these stressed women also had a significant percentage of aggressive breast cancer subtype, the HER2 amplified tumor, which could be putatively associated with the loss of immunosurveillance.Conclusion Our findings suggested an interaction among chronic psychological stress, overweight, and the development of more aggressive breast tumors.

Objetivo Investigar os achados clínico-patológicos de mulheres diagnosticadas com câncer de mama e estudar o impacto do estresse psicológico crônico nas características patológicas desses tumores.Métodos Investigamos uma coorte composta por mulheres diagnosticadas com câncer de mama divididas em dois grupos. O primeiro foi classificado pela apresentação de estresse psicológico crônico (por meio do Self-Reporting Questionnaire− SRQ-20). Outro grupo de mulheres com câncer de mama, mas sem história prévia de estresse psicológico crônico, foi denominado Grupo Controle. Os dados clínicos e patológicos foram avaliados.Resultados As mulheres com histórico de estresse crônico apresentaram-se significativamente acima do peso quando comparadas com o Grupo Controle. Além disso, verificou-se que estas mulheres estressadas apresentaram um porcentual significativo de um subtipo de câncer de mama agressivo, o HER2, o que poderia estar associado à possível perda da imunovigilância.Conclusão Nossos resultados sugeriram uma ligação entre o estresse psicológico crônico, o excesso de peso e o desenvolvimento de tumores de mama com maior agressividade.