Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 20
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Indicadores
Intervalo de ano de publicação
1.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 45(3): 353-356, May-June 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-640434

RESUMO

INTRODUCTION: Since 1970, lengthening of the rectosigmoid has been suspected to be a solitary manifestation of Chagas colopathy. METHODS: To test this hypothesis, opaque enema was administered on 210 seropositive and 63 seronegative patients, and radiographs in the anteroposterior and posteroanterior positions were examined blind to the serological and clinical findings. The distal colon was measured using a flexible ruler along the central axis of the image from the anus to the iliac crest. RESULTS: Dolichocolon was diagnosed in 31 (14.8%) seropositive and 3 (4.8%) seronegative patients. The mean length was 57.2 (±12.2)cm in seropositive patients and 52.1 (±8.8)cm in the seronegative patients (p = 0.000), that is, the distal colon in Chagas patients was, on average, 5.1cm longer. Seropositive female patients presented a mean length of 58.8 (±12.3)cm, and seronegative female patients presented 53.2 (±9.1)cm (p = 0.002). Seropositive male patients had a mean length of 55 (±11.6)cm, and seronegative male patients had 49.9 (±7.8)cm (p = 0.02). Among 191 patients without megacolon and suspected megacolon, the mean length was 56.3 (±11.6)cm in seropositive individuals and 52 (±8.8)cm in seronegative patients (p = 0.003). Among individuals with distal colon >70cm, there were 31 Chagas patients with mean length of 77.9 (±7.1)cm and three seronegative with 71.3 (±1.1)cm (p = 0.000). Among 179 with distal colon <70cm, seropositive individuals had a mean length of 53.6 (±8.8)cm, and seronegative patients had 51.2 (±7.8)cm (p = 0.059). Serological positive women had longer distal colon than men (p = 0.02), whereas the mean length were the same among seronegative individuals (p = 0.16). CONCLUSIONS: In endemic areas of Brazil Central, solitary dolichocolon is a radiological Chagas disease signal.


INTRODUÇÃO: Desde 1970, suspeita-se que o alongamento do retossigmoide pode ocorrer como manifestação isolada da colopatia chagásica. MÉTODOS: Para testar esta hipótese, 210 pacientes soropositivos e 63 soronegativos fizeram enema opaco e as radiografias nas posições ântero-posterior e póstero-anterior foram lidas sem conhecimento dos dados clínicos e sorológicos. O comprimento do cólon distal foi medido com curvímetro, percorrendo-se o eixo central da imagem, do ânus à crista ilíaca. RESULTADOS: O diagnóstico de dolicocólon foi estabelecido em 31 (14,8%) pacientes soropositivos e 3 (4,8%) soronegativos. O comprimento médio nos pacientes soropositivos foi de 57,2 (±12,2)cm, enquanto nos soronegativos foi de 52,1 (±8,8)cm (p=0,000), isto é, os chagásicos apresentaram o cólon distal em média 5,1cm maior. Os indivíduos do sexo feminino soropositivos exibiram comprimento médio de 58,8 (±12,3)cm, e os soronegativos de 53,2 (±9,1)cm, (p=0,002). Nos pacientes do sexo masculino soropositivos, o comprimento médio foi de 55 (±11,6)cm, enquanto nos soronegativos foi de 49,9 (±7,8)cm (p=0,02). Nos 191 pacientes, sem megacólon e suspeitos de megacólon, o comprimento médio foi de 56,3 (±11,6)cm nos soropostivos e 52 (±8,8)cm nos soronegativos (p=0,003). Dos indivíduos com cólon distal >70cm, os 31 chagásicos tiveram comprimento médio de 77,9 (±7,1)cm, enquanto nos três não chagásicos foi de 71,3 (±1,1)cm, (p=0,000). Nos 179 com cólon distal <70cm, os soropositivos tiveram em média 53,6 (±8,8)cm, e os soronegativos 51,2 (±7,8)cm, (p=0,059). Dentre os com sorologia positiva, as mulheres apresentaram cólon distal maior que os homens (p=0,02), enquanto naqueles com sorologia negativa o comprimento médio foi igual (p=0,16). CONCLUSÕES: Nas áreas endêmicas do Brasil Central, o dolicocólon solitário é um sinal radiológico da doença de Chagas.


Assuntos
Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Colo Sigmoide , Doença de Chagas/diagnóstico , Doenças do Colo Sigmoide/diagnóstico , Estudos de Casos e Controles , Doença Crônica , Doença de Chagas/complicações , Doenças do Colo Sigmoide/etiologia
2.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 45(2): 194-198, Mar.-Apr. 2012. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-625175

RESUMO

INTRODUCTION: In this study, we evaluated the seroprevalence of Helicobacter pylori infection among chagasic and non-chagasic subjects as well as among the subgroups of chagasic patients with the indeterminate, cardiac, digestive, and cardiodigestive clinical forms. METHODS: The evaluated subjects were from the Triângulo Mineiro region, Minas Gerais, Brazil. Chagasic patients showed positive reactions to the conventional serological tests used and were classified according to the clinical form of their disease. Immunoglobulin G antibodies specific to H. pylori were measured using a commercial enzyme-linked immunosorbent assay kit. RESULTS: The overall H. pylori prevalence was 77.1% (239/310) in chagasic and 69.1% (168/243) in non-chagasic patients. This difference was statistically significant even after adjustment for age and sex (odds ratio = 1.57; 95% confidence interval, 1.02-2.42; p = 0.04) in multivariate analysis. The prevalence of infection increased with age in the non-chagasic group (p = 0.007, χ2 for trend), but not in the chagasic group (p = 0.15, χ2 for trend). H. pylori infection was not associated with digestive or other clinical forms of Chagas disease (p = 0.27). CONCLUSIONS: Our findings demonstrate that chagasic patients have a higher prevalence of H. pylori compared to non-chagasic subjects; a similar prevalence was found among the diverse clinical forms of the disease. The factors contributing to the frequent co-infection with H. pylori and Trypanosoma cruzi as well as its effects on the clinical outcome deserve further study.


INTRODUÇÃO: No presente estudo, foi comparada a soroprevalência da infecção por Helicobacter pylori entre os indivíduos chagásicos e não-chagásicos, bem como entre subgrupos de chagásicos com as formas clínicas indeterminada, cardíaca, digestiva e cardiodigestiva. MÉTODOS: Os indivíduos avaliados eram provenientes da região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil. Foram realizados testes sorológicos convencionais para diagnóstico da infecção pelo T. cruzi e os chagásicos foram classificados de acordo com a forma clínica. O diagnóstico de infecção por H. pylori foi estabelecido pela detecção de anticorpos IgG específicos utilizando-se um kit comercial de ELISA. RESULTADOS: A prevalência da infecção por H. pylorifoi 77,1% (239/310) no grupo de pacientes chagásicos e 69,1% (168/243) no grupo de não-chagásicos. Esta diferença foi estatisticamente significativa mesmo após ajuste para idade e sexo (OR = 1,57; 95% CI, 1,02-2,42; p = 0,04) na análise multivariada. A prevalência da infecção aumentou de acordo com a idade no grupo não-chagásicos (p = 0,007, χ2 for trend) mas este aumento não foi observado no grupo dos chagásicos (p = 0,15, χ2 for trend). Não houve associação da infecção por H. pylori com a forma digestiva ou com qualquer outra forma clínica da doença de Chagas (p = 0,27). CONCLUSÕES: Foi demonstrado que pacientes chagásicos apresentam maior prevalência da infecção por H. pylori quando comparados com não-chagásicos, independente da forma clínica da doença. Os fatores que contribuem para a frequente co-infecção Helicobacter pylori e Trypanosoma cruzi, bem como seus efeitos na evolução clínica das doenças associadas devem ser melhor estudados.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doença de Chagas/complicações , Infecções por Helicobacter/epidemiologia , Helicobacter pylori/imunologia , Anticorpos Antibacterianos/sangue , Brasil/epidemiologia , Doença Crônica , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , Infecções por Helicobacter/complicações , Imunoglobulina G/sangue , Prevalência , População Rural , Estudos Soroepidemiológicos , População Urbana
3.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 44(supl.2): 6-11, 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-586794

RESUMO

A partir do ciclo enzoótico silvestre do Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas humana (DCH) emergiu esparsa e focalmente em diferentes pontos do Continente Americano, havendo inícios de sua ocorrência em épocas pré cristãs. Dispersada por subsequentes hordas de migrações internas, a DCH instalou-se em locais onde os insetos vetores se domiciliavam e diferentes reservatórios se aproximavam dos assentamentos humanos. Ganhou maior expansão no período pós colombiano, em particular entre o final do século XIX e meados do século XX, quando atingiu seus picos de prevalência. Nos primórdios da doença há indícios esparsos de casos agudos, cardiopatia crônica e megacólon em diferentes pontos da Região, mas esses quadros se encontram sujeitos a confusão diagnóstica. Por outro lado, o megaesôfago se mostra o marcador de maior especificidade na DCH, havendo numerosos registros de sua ocorrência em vários pontos do Brasil, especialmente a partir do século XVIII. O peso médico social da DCH corresponde inequivocamente à ocorrência da cardiopatia chagásica crônica, tendo sido a partir justamente de sua caracterização que foram deflagradas em definitivo as ações de controle da enfermidade nos países endêmicos.


Originating from the ancient enzootic cycle of Trypanosoma cruzi, human Chagas disease (HCD) emerged focally in different points of America, in the Pre Christian period. Being slowly expanded as a consequence of internal migrations, HCD was settled in those locals where some vector species reached domiciliation and where different kinds of reservoirs entered in domestic environment , with major expression in the post Columbus era, particularly between the final of XIX Century and the middle of XX Century, when the maximum prevalence rates were attained. Originally, scarce evidences of acute cases, chronic cardiopathy and megacolon could be detected in different points of the Region, but the diagnosis of such clinical pictures was not easily ascertained. Nevertheless, the megaoesophagus picture proved to be the more specific marker of ancient HCD, with several descriptions of its occurrence in different Brazilian regions, mainly since the XVIII Century. The social burden of HCD depends basically of the presence of chronic cardiopathy, and only after its recognition, control actions of the disease were definitely lounged in endemic countries.


Assuntos
Animais , História do Século XVI , História do Século XVII , História do Século XVIII , História do Século XIX , História do Século XX , Humanos , Doença de Chagas/história , Insetos Vetores , Triatominae , Trypanosoma cruzi , América/epidemiologia , Doença de Chagas/epidemiologia
4.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 44(supl.2): 108-121, 2011. mapas, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-586807

RESUMO

Um inquérito de soroprevalência de doença de Chagas foi realizado em amostra representativa da população com idade até cinco anos de toda a área rural brasileira, exceto o Estado do Rio de Janeiro. Foram estudadas 104.954 crianças, que tiveram amostras de sangue coletadas em papel de filtro e submetidas a testes de screening pelas técnicas de imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA em um único laboratório. Todas as amostras com resultados positivos ou indeterminados, juntamente com 10 por cento daquelas com resultados negativos, foram enviadas para um laboratório de referência e aí submetidas a novos testes por IFI e ELISA, além de western blot TESA (Trypomastigote Excreted Secreted Antigen). Para as crianças com resultado final positivo foi agendada uma re-visita para coleta de sangue venoso do próprio participante e das suas mães e familiares. Da avaliação do conjunto de testes resultaram 104 (0,1 por cento) resultados positivos, dos quais apenas 32 (0,03 por cento) foram confirmadas como infectadas. Destas, 20 (0,02 por cento) com positividade materna concomitante (sugerindo transmissão congênita), 11 (0,01 por cento) com positividade apenas na criança (indicativo de provável transmissão vetorial), e uma criança positiva cuja mãe havia falecido. Em 41 situações ocorreu confirmação apenas nas mães, sugerindo transferência passiva de anticorpos maternos; em 18 a positividade não se confirmou nem nas crianças nem nas suas mães; e em 13 não foi possível a localização de ambas. As 11 crianças que adquiriram a infecção por provável via vetorial distribuíram-se predominantemente na região nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas), acrescidas de um caso no Amazonas e um no Paraná. Dos 20 casos com provável transmissão congênita sobressaiu-se o Rio Grande do Sul, com 60 por cento deles, representando este o primeiro relato de diferenças regionais na transmissão congênita da doença de Chagas no Brasil, possivelmente relacionada à existência de Trypanosoma cruzi grupo IId e IIe, atualmente classificados como TcV e TcVI. Os resultados deste inquérito apontam para a virtual inexistência de transmissão de doença de Chagas por via vetorial no Brasil em anos recentes, resultante da combinação dos programas regulares e sistemáticos de combate á moléstia e de mudanças de natureza socioeconômica observadas no país ao longo das últimas décadas. Por outro lado, reforçam a necessidade de manutenção de um programa de controle que garanta a consolidação deste grande avanço.


A survey for seroprevalence of Chagas disease was held in a representative sample of Brazilian individuals up to 5 years of age in all the rural areas of Brazil, with the single exception of Rio de Janeiro State. Blood on filter paper was collected from 104,954 children and screened in a single laboratory with two serological tests: indirect immunofluorescence and enzyme linked immunoassay. All samples with positive or indetermined results, as well as 10 percent of all the negative samples were submitted to a quality control reference laboratory, which performed both tests a second time, as well as the western blot assay of TESA (Trypomastigote Excreted Secreted Antigen). All children with confirmed final positive result (n = 104, prevalence = 0.1 percent) had a follow-up visit and were submitted to a second blood collection, this time a whole blood sample. In addition, blood samples from the respective mothers and familiar members were collected. The infection was confirmed in only 32 (0.03 percent) of those children. From them, 20 (0.025 percent) had maternal positive results, suggesting congenital transmission; 11 (0.01 percent) had non-infected mothers, indicating a possible vectorial transmission; and in one whose mother had died the transmission mechanism could not be elucidated. In further 41 visited children the infection was confirmed only in their mothers, suggesting passive transference of maternal antibodies; in other 18, both child and mother were negative; and in 13 cases both were not localized. The 11 children that acquired the infection presumably through the vector were distributed mainly in the Northeast region of Brazil (States of Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba and Alagoas), in addition to one case in Amazonas (North region) and another in Parana (South region). Remarkably, 60 percent of the 20 cases of probably congenital transmission were from a single State, Rio Grande do Sul, with the remaining cases distributed in other states. This is the first report demonstrating regional geographical differences in the vertical transmission of Chagas disease in Brazil, which probably reflects the predominant Trypanosoma cruzi group IId and IIe (now TcV and TcVI) found in this state. Overall, these results show that the regular and systematic control programs against the transmission of Chagas disease, together with socioeconomic changes observed in Brazil in the last decades, interrupted the vectorial transmission in Brazil, resumed in the few cases found in this national survey. Furthermore they reinforce the need for maintenance of control programs for the consolidation of this major advance in public health.


Assuntos
Animais , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Masculino , Doença de Chagas/epidemiologia , Insetos Vetores/parasitologia , Triatominae/parasitologia , Brasil/epidemiologia , Doença de Chagas/diagnóstico , Doença de Chagas/prevenção & controle , Doença de Chagas/transmissão , Inquéritos Epidemiológicos , Insetos Vetores/classificação , Vigilância da População , Prevalência , População Rural , Estudos Soroepidemiológicos , Triatominae/classificação
5.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 42(4): 436-445, July-Aug. 2009. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-527187

RESUMO

A salmonelose septicêmica prolongada é uma entidade clinicamente individualizada caracterizada por febre prolongada com hepatoesplenomegalia que ocorre em indivíduos esquistossomóticos coinfectados com salmonelas. Os mecanismos imunopatogênicos são vários e dependem das peculiaridades das interações entre as salmonelas e várias espécies do gênero Schistosoma. As modificações ocasionadas no sistema imunitário pela infecção parasitária são responsáveis pela evolução do quadro da doença. Nesta revisão, analisamos a evolução do conhecimento sobre a entidade e discutimos os possíveis mecanismos imunofisiopatogênicos que concorrem para seu desenvolvimento.


Chronic septicemic salmonellosis is an individualized clinical entity characterized by prolonged fever with enlargement of the liver and spleen that occurs in Schistosoma-infected individuals who are coinfected with Salmonella. Several immunopathogenic mechanisms are involved, and they depend on the peculiarities of the interactions between Salmonella and various species of the genus Schistosoma. The modifications to the immune system that are caused by parasite infection are responsible for the evolution of the disease. In this review, we analyze the evolution of the knowledge on this entity and discuss the possible immuno-physiopathogenic mechanisms that contribute towards its development.


Assuntos
Animais , Humanos , Infecções por Salmonella/imunologia , Esquistossomose/imunologia , Sepse/imunologia , Doença Crônica , Infecções por Salmonella/complicações , Esquistossomose/complicações , Sepse/complicações , Sepse/microbiologia
6.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 41(5): 502-504, set.-out. 2008.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-496717

RESUMO

Comemora-se em 2008 o centenário de nascimento do Dr. Emmanuel Dias, cuja vida foi intensamente dedicada ao estudo, reconhecimento e controle da doença de Chagas. Esta súmula se incorpora às diversas homenagens feitas no Brasil e no Exterior, resgatando alguns elementos históricos na trajetória do cientista e o enorme impacto social resultante direta e indiretamente de seu trabalho. Afilhado e assistente de Carlos Chagas, Emmanuel foi considerado por Chagas Filho como o mais profícuo dos seguidores de seu pai. Em trinta anos de atividades, Dias iniciou-se como brilhante protozoologista depois passando ao enfrentamento da doença humana. Trabalhou intensivamente em diagnóstico, epidemiologia, clinica e controle. Idealizou estratégias de prospecção, mapeou a doença nas Américas, participou diretamente da sistematização da cardiopatia crônica e descreveu o primeiro inseticida eficaz contra os triatomíneos, também formatando a estratégia de seu controle. Mais ainda, estendeu suas atividades para toda a área endêmica, divulgando a doença e seu controle, de um lado, e impulsionando autoridades sanitárias e centros de decisão com vistas a implantação de ações, de outro. De seu trabalho resultaram programas nacionais e regionais que reduziram significativamente a transmissão da doença humana em todo o Continente. Foi recentemente considerado como o cientista que teve o maior impacto no enfrentamento desta tripanossomíase, em todos os tempos.


In 2008, the centenary of the birth of Emmanuel Dias, whose life was intensely dedicated to the study, recognition and control of Chagas disease, is being celebrated. This summary of his life joins with the various homages paid in Brazil and abroad, to recall some of the key historical points in this scientist's career and the enormous social impact that resulted directly and indirectly from his work. Dias, who was Carlos Chagas' protégée and assistant, was considered by Chagas Filho to be the most proficient of his father's followers. Over the course of thirty years of activities, Dias began as a brilliant protozoologist and later on turned his attention towards facing the human disease. He worked intensively on diagnostics, epidemiology, clinical studies and control. He devised prospection strategies, mapped out the disease in the Americas, participated directly in systematizing chronic cardiopathy and described the first effective insecticide against triatomines, along with laying out the strategy for their control. Furthermore, he extended his activities throughout the field of this endemic disease: on the one hand, raising awareness about the disease and its control and, on the other hand, propelling health authorities and decision-making centers into action, to implement control measures. His work resulted in national and regional programs that have significantly reduced the transmission of the human disease throughout the continent. Dias was recently said to be the scientist who had had the all-time greatest impact on this trypanosomiasis.


Assuntos
História do Século XX , Doença de Chagas/história , Brasil
7.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 38(4): 290-293, jul.-ago. 2005. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-411499

RESUMO

Alguns autores passaram a rejeitar a hipótese da maior susceptibilidade dos equistossomóticos com a forma clínica hepatosplênica ao vírus da hepatite C, justificando que a associação foi descrita em pacientes hospitalizados ou acompanhados em serviços de saúde e, conseqüentemente, mais expostos à transmissão destes vírus, durante os procedimentos diagnóstico e/ou terapêuticos. Desse modo, o objetivo foi verificar se há ocorrência de associação da esquistossomose mansônica e marcador do VHC em moradores de Catolândia (Bahia, Brasil). Neste estudo transversal, os anticorpos anti-VHC foram pesquisados (ELISA-II) em 1.228 (85,8%) moradores, com os seguintes resultados: Seis (0,5%) soropositivos, oito (0,6%) inconclusivos e 1.214 (98,9%) soronegativos. Todavia, somente em um soro ELISA-positivo (0,08%) os anticorpos foram confirmados pelo RIBA-II e dois outros (ELISA-II positivos) apresentaram RIBA-II indeterminado esses três casos, durante período de seguimento (1976 1996), sempre tiveram a forma hepatointestinal da esquistossomose mansônica. Em conclusão a hipótese de associação entre a esquistossomose mansônica e o VHC nesta área endêmica foi rejeitada, especialmente entre os portadores da esquistossomose mansônica com a forma clínica hepatosplênica.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Endêmicas/estatística & dados numéricos , Hepacivirus/imunologia , Anticorpos Anti-Hepatite C/sangue , Hepatite C/epidemiologia , Esquistossomose mansoni/epidemiologia , Distribuição por Idade , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , Hepatite C/diagnóstico , Prevalência , População Rural/estatística & dados numéricos , Distribuição por Sexo
8.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 38(1): 1-6, jan.-fev. 2005. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-420205

RESUMO

Estudou-se clínica e parasitologicamente, durante 13 anos, 190 indivíduos com infecção chagásica objetivando investigar a relação entre parasitemia e a evolução da doença de Chagas crônica. Comparou-se a parasitemia de 56 indivíduos xenopositivos e 134 xenonegativos, em 1988/91 com a evolução clínica encontrado-se 22 (39,3 por cento) e 50 (37,3 por cento), respectivamente, com evolução progressiva. Estratificou-se a parasitemia em 1988/91, em alta, média e baixa e a correlação clínica mostrou que 5 (62,5 por cento), 10 (41,7 por cento) e 57 (36.1 por cento) indivíduos, respectivamente, apresentaram evolução progressiva, sem diferença estatística significante, (p>0,05). No período de 1976/91, houve 20 pacientes com parasitemia constante e 59 sem parasitemia, observando-se evolução progressiva em 6 (30 por cento) e 17 (28,8 por cento), respectivamente. Houve seis pacientes com alta parasitemia e, 59 sem parasitemia, verificado-se que 3 (50 por cento) e 17 (28,8 por cento), respectivamente, apresentaram evolução progressiva, sem diferença estatística significante, (p>0,05). As médias das idades daqueles com alta, média e baixa parasitemias foram 39,6; 45,3 e 41,5 anos, respectivamente, (p>0,05). As médias das idades dos pacientes com evolução progressiva, inalterada e regressiva foram respectivamente, 46,4; 39,8 e 32,6 anos, com diferença estatística significante entre aqueles com evolução progressiva e regressiva, (p<0,05). Sugere-se que a alta parasitemia não influenciou na evolução da doença crônica.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doença de Chagas/parasitologia , Parasitemia/parasitologia , Doença Crônica , Doença de Chagas/diagnóstico , Progressão da Doença , Eletrocardiografia , Estudos Longitudinais , Parasitemia/diagnóstico , Índice de Gravidade de Doença , Xenodiagnóstico
9.
Rev. Inst. Med. Trop. Säo Paulo ; 46(3): 175-177, May-Jun. 2004.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-362396

RESUMO

O presente relato descreve três pacientes idosos com leishmaniose mucosa de longa evolução, os quais eram portadores de cardiopatia crônica. Pela alta freqüência de efeitos secundários e tóxicos dos medicamentos utilizados no tratamento clássico, esses pacientes receberam azitromicina. Este medicamento foi administrado pela via oral, em dose única diária de 500 mg, durante dez dias, em três séries com intervalo de um mês. Em todos, houve cicatrização das lesões depois da terceira série. Um dos pacientes apresentou recidiva após seis meses e uma nova série de azitromicina fez regredir novamente o quadro. Azitromicina pode ser uma alternativa para o tratamento das leishmanioses, principalmente pela concentração adequada em mucosas e nos fagócitos, posologia única diária, boa tolerância e administração oral.


Assuntos
Humanos , Animais , Masculino , Feminino , Idoso , Azitromicina , Leishmaniose Mucocutânea , Idoso de 80 Anos ou mais , Doença Crônica , Cardiopatias , Leishmaniose Mucocutânea
10.
Rev. panam. salud pública ; 14(3): 201-208, Sept. 2003. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-351736

RESUMO

OBJETIVO: Comparar três códigos de leitura de eletrocardiogramas (Buenos Aires, New York Heart Association e Minnesota adaptado) na doença de Chagas. MÉTODOS: De janeiro de 1976 a dezembro de 1978, a populaçäo maior de 2 anos do Município de Agua Comprida, Estado de Minas Gerais, Brasil, zona endêmica da doença de Chagas, foi submetida a anamnese, exame físico, eletrocardiograma convencional e sorologia para doença de Chagas. Dessa amostra, 100 pacientes soropositivos foram pareados com 100 controles negativos, segundo critérios de sexo e idade. Os eletrocardiogramas dos 200 pacientes foram lidos utilizando cada um dos três códigos. Os códigos foram comparados em termos de seu gradiente (diferença entre o número de alteraçöes encontradas nos eletrocardiogramas de chagásicos e de näo chagásicos). RESULTADOS: O gradiente foi de 7 por cento para a nomenclatura da New York Heart Association, 15 por cento para o código de Minnesota adaptado e 17 por cento para o método de Buenos Aires. A capacidade de detecçäo de alteraçöes eletrocardiográficas do método de Buenos Aires foi significativamente maior no grupo de chagásicos do que no grupo dos näo chagásicos (P = 0,012). O método de Buenos Aires sobressaiu ainda pela sua mais fácil utilizaçäo, tanto no que se refere à análise dos eletrocardiogramas, como também às consultas ao banco de dados. CONCLUSÖES: Embora o método de Buenos Aires tenha apresentado vantagens em relaçäo aos outros métodos, ainda säo necessárias algumas alteraçöes para tornar seu uso mais adequado. Seria de interesse a realizaçäo de outros estudos avaliando o uso do método com as alteraçöes sugeridas no presente trabalho


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Cardiomiopatia Chagásica/fisiopatologia , Eletrocardiografia/normas , Eletrocardiografia/métodos
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA