RESUMO
Contexto: A Promoção de Saúde engloba "um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, que se caracteriza pela articulação e cooperação intrassetorial e intersetorial e pela formação da Rede de Atenção à Saúde, buscando se articular com as demais redes de proteção social, com ampla participação e amplo controle social". Políticas de saúde são essenciais para responder às necessidades de saúde da população, porém sua implementação em nível local pode ser dificultada por diversos tipos de entraves. Informações sobre como países com sistemas de saúde públicos e/ou universais caracterizam e operacionalizam políticas nacionais de promoção da saúde podem ser de grande valia para tomadores de decisão no contexto brasileiro. Pergunta: Quais são os países com sistemas públicos e universais de saúde, exceto Brasil, que possuem políticas e programas de promoção da saúde e quais são suas características? Métodos: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. A busca de estudos foi realizada em outubro de 2022 na base de dados PubMed e sites governamentais. Resultados: Dentre 1.235 registros recuperados da base de dados, 53 foram selecionados. Os dados extraídos apresentam informações sobre programas e políticas de promoção da saúde da África do Sul, Arábia Saudita, Austrália, Botsuana, Canadá, Cuba, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Islândia, Malta, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, San Marino, Sri Lanka, Suécia. Esses estudos abordam os seguintes temas: Doenças crônicas não transmissíveis (n=9), Estilo de vida (n=7), Atividade física (n=6), Promoção da saúde e prevenção de doenças (n=5), Saúde mental (n=5), Saúde da criança e da mulher (n=4), Saúde escolar (n=4), Tabagismo (n=3), Saúde bucal (n=3), Saúde do idoso (n=2), Saúde sexual e HIV (n=2), Alimentação saudável (n=1), Saúde ocular (n=1), Saúde do homem (n=1). Dados adicionais foram obtidos em sites governamentais de Bahrein, Brunei, Butão, Geórgia, Grécia, Itália, Kuwait, Malásia, Maldivas, Omã, Taiwan, Trindade e Tobago e Ucrânia. Considerações finais: Os estudos revelam a importância de se realizar monitoramento e avaliação de políticas e programas para conhecer o processo de implementação em diferentes contextos, o alcance em termos da população-alvo, o impacto sobre indicadores de saúde, além da percepção de profissionais de saúde e usuários. Tal conhecimento é fundamental para se decidir sobre a expansão ou necessidade de ajustes dos programas de saúde.
Context: Health Promotion encompasses "a set of strategies and ways of producing health, at the individual and collective level, which is characterized by intrasectoral and intersectoral articulation and cooperation and by the formation of the Health Care Network, seeking to articulate with the other social protection networks, with broad participation and broad social control". Health policies are essential to respond to the health needs of the population, but their implementation at the local level can be hampered by various types of barriers. Information on how countries with public and/or universal health systems characterize and operationalize national health promotion policies can be of great value to decision makers in the Brazilian context. Question: What are the countries with public and universal health systems, except Brazil, that have health promotion policies and programs and what are their characteristics? Methods: A rapid review was carried out based on a previously defined research protocol. The search for studies was carried out in October 2022 in the PubMed database and government websites. Results: Among 1,235 records retrieved from the database, 53 were selected. The extracted data provide information on health promotion programs and policies in South Africa, Saudi Arabia, Australia, Botswana, Canada, Cuba, Denmark, Spain, Finland, Ireland, Iceland, Malta, Norway, New Zealand, Portugal, United Kingdom , San Marino, Sri Lanka, Sweden. These studies address the following topics: Non-communicable chronic diseases (n=9), Lifestyle (n=7), Physical activity (n=6), Health promotion and disease prevention (n=5), Mental health ( n=5), Child and women's health (n=4), School health (n=4), Smoking (n=3), Oral health (n=3), Elderly health (n=2), Health Sexuality and HIV (n=2), Healthy eating (n=1), Eye health (n=1), Men's health (n=1). Additional data was obtained from government websites in Bahrain, Brunei, Bhutan, Georgia, Greece, Italy, Kuwait, Malaysia, Maldives, Oman, Taiwan, Trinidad and Tobago and Ukraine. Final considerations: The studies reveal the importance of monitoring and evaluating policies and programs to learn about the implementation process in different contexts, the reach in terms of the target population, the impact on health indicators, in addition to the perception of health professionals. health and users. Such knowledge is fundamental for deciding on the expansion or need for adjustments in health programs.
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Política de Saúde , Promoção da Saúde , Programas Nacionais de Saúde , Revisão , Acesso Universal aos Serviços de SaúdeRESUMO
O problema: A desnutrição se refere a deficiências, excessos ou desequilíbrios na ingestão de energia e/ou nutrientes. O déficit de altura resulta em baixa estatura para a idade, e geralmente está associada a condições socioeconômicas adversas, saúde e nutrição materna precárias, doenças frequentes e/ou alimentação e cuidados inadequados das crianças no início da vida. No Brasil, estima-se que a prevalência de baixa estatura para a idade é de 7% em crianças menores de cinco anos. Esta revisão teve como objetivo identificar opções para políticas de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de cinco anos. Opções para enfrentar o problema: As buscas nas bases de dados recuperaram 558 revisões sistemáticas (RS), sendo complementadas por sete RS identificadas em busca manual. Após processo de seleção, 28 RS atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídas nesta revisão narrativa. As estratégias de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de 5 anos analisadas nas RS foram categorizadas conforme similaridade em oito opções, apresentadas a seguir. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, algumas incertezas também foram apontadas. Com relação à qualidade metodológica, sete RS foram classificadas como de confiança alta, uma confiança moderada, oito confiança baixa e doze confiança criticamente baixa.
The problem: Malnutrition refers to deficiencies, excesses or imbalances in energy and/or nutrient intake. Height deficit results in low height for age, and is usually associated with adverse socioeconomic conditions, poor maternal health and nutrition, frequent illnesses and/or inadequate feeding and care of children in early life. In Brazil, it is estimated that the prevalence of low height for age is 7% in children under five years of age. This review aimed to identify policy options for the prevention and management of stunting in children under five years of age. Options to deal with the problem: Searches in the databases retrieved 558 systematic reviews (SR), complemented by seven SRs identified in a manual search. After the selection process, 28 SR met the eligibility criteria and were included in this narrative review. The height deficit prevention and management strategies in children under 5 years of age analyzed in the SR were categorized according to similarity in eight options, presented below. Positive effects were reported on the SR for a variety of strategies, however, some uncertainties were also pointed out. Regarding methodological quality, seven SR were classified as having high confidence, one moderate confidence, eight low confidence and twelve critically low confidence.
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Transtornos da Nutrição Infantil , Doença Crônica , Revisão , Política Informada por EvidênciasRESUMO
Pergunta: Quais são os riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana? Métodos: Após realização de protocolo de pesquisa, quatro bases da literatura eletrônica foram buscadas em maio de 2022, para identificar estudos que abordassem possíveis riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana. Utilizando atalhos de revisão rápida, foram realizadas seleção de revisões sistemáticas (RS), extração de dados e avaliação da qualidade metodológica com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 707 registros identificados nas bases de dados, 29 RS foram incluídas após processo de triagem e elegibilidade. As RS foram consideradas de confiança criticamente baixa (93,1%) e baixa (6,9%). Os desfechos analisados nos estudos se referem a eventos cardiovasculares (11 RS), peso corporal e outras medidas antropométricas (7 RS), neoplasias (7 RS), diabetes mellitus tipo 2 (5 RS), período gestacional (3 RS), doença renal (3 RS), mortalidade (2 RS), depressão ou alterações cognitivas (1 RS), doença hepática (1 RS), eventos gastrointestinais (1 RS), infertilidade masculina (1 RS). Uma RS também apresentou informações sobre eventos adversos. A maioria dos resultados indica que o consumo de edulcorantes e bebidas adoçadas artificialmente aumentou o risco de hipertensão arterial, diabetes, eventos cardiovasculares, como acidente vascular cerebral; mostrou-se associado a ganho de peso, aumento de outras medidas antropométricas e obesidade. O consumo de bebidas adoçadas artificialmente durante a gestação apresentou associação com parto prematuro, ganho de peso da gestante e do recém-nascido, além de possível risco para desenvolvimento de asma em crianças. A maioria dos resultados relacionados aos adoçantes artificiais e bebidas adoçadas artificialmente e bebidas dietéticas contendo adoçantes artificiais mostraram não haver uma associação com risco de cânceres. Observou-se associação com alguns tipos de câncer, porém se referem a poucos estudos de coorte ou caso-controle. Poucos estudos também apontam possível risco do consumo de bebidas adoçadas artificialmente para doença renal crônica e mortalidade por todas as causas, depressão e alterações hormonais e da microbiota intestinal com adoçantes artificiais. Não se constatou associação com infertilidade masculina e o consumo de ciclamato. Considerações finais: Em síntese, os resultados mais consistentes quanto ao risco do consumo de edulcorantes referem-se a eventos cardiovasculares, diabetes e parto prematuro, condições para as quais os estudos apontam inclusive uma relação dose-resposta. Além das lacunas do conhecimento, é importante considerar as falhas metodológicas da maioria das RS.
Question: What are the risks of consuming sweeteners to human health? Methods: After carrying out a research protocol, four databases from the electronic literature were searched in May 2022, to identify studies that addressed possible risks of the consumption of sweeteners to human health. Using rapid review shortcuts, selection of systematic reviews (SR), data extraction and methodological quality assessment were performed with the AMSTAR 2 tool. Results: Of 707 records identified in the databases, 29 RS were included after the screening and eligibility process. The SRs were considered critically low (93.1%) and low (6.9%) confidence. The outcomes analyzed in the studies refer to cardiovascular events (11 RS), body weight and other anthropometric measures (7 RS), neoplasms (7 RS), type 2 diabetes mellitus (5 RS), gestational period (3 RS), kidney disease (3 RS), mortality (2 RS), depression or cognitive impairment (1 RS), liver disease (1 RS), gastrointestinal events (1 RS), male infertility (1 RS). An SR also presented information on adverse events. Most of the results indicate that consumption of sweeteners and artificially sweetened beverages increased the risk of high blood pressure, diabetes, cardiovascular events such as stroke; was associated with weight gain, increase in other anthropometric measurements and obesity. The consumption of artificially sweetened beverages during pregnancy was associated with preterm birth, weight gain of the pregnant woman and the newborn, in addition to a possible risk for the development of asthma in children. Most of the results related to artificial sweeteners and artificially sweetened beverages and diet drinks containing artificial sweeteners showed no association with cancer risk. There was an association with some types of cancer, but they refer to few cohort or case-control studies. Few studies also point to a possible risk of consumption of artificially sweetened beverages for chronic kidney disease and all-cause mortality, depression and hormonal and intestinal microbiota changes with artificial sweeteners. There was no association with male infertility and consumption of cyclamate. Final considerations: In summary, the most consistent results regarding the risk of sweetener consumption refer to cardiovascular events, diabetes and premature birth, conditions for which studies even point to a dose-response relationship. In addition to knowledge gaps, it is important to consider the methodological flaws of most SRs.
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Edulcorantes , Fatores de Risco , Revisão , Promoção da SaúdeRESUMO
Contexto: A atividade física é um comportamento que traz benefícios para o desenvolvimento humano em todas as fases da vida e pode ser praticada de diversas maneiras e em diferentes momentos, como ao se deslocar de um lugar para outro, durante o trabalho ou estudo, ao realizar tarefas domésticas ou durante o tempo livre. Atualmente, uma das formas de abordagem da atividade física utilizada pelos serviços de saúde inclui as tecnologias que viabilizam o cuidado à distância, fornecendo intervenção e educação em saúde. Pergunta: A abordagem da atividade física por meio de tecnologias em saúde é efetiva para os usuários dos serviços de saúde? Método: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. Três bases da literatura eletrônica foram buscadas em junho de 2022, para identificar revisões sistemáticas (RS) que apresentassem abordagens de atividade física por meio de tecnologias em saúde. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 563 registros recuperados nas bases, 13 RS foram incluídas. Três RS foram classificadas como de confiança baixa e dez de confiança criticamente baixa. As intervenções para promoção da atividade física, apresentadas nessas revisões, utilizaram seis tipos de tecnologias: aplicativos; ligação telefônica, mensagem de texto e/ou e-mail; internet (site, plataforma, e-mails, redes sociais); tecnologias vestíveis; telessaúde ou teleconsulta; tecnologias combinadas. Duas RS também apresentaram resultados de eventos adversos. A maioria dos resultados apresentados se refere a estudos primários únicos (ensaio clínico randomizado, ensaio quase experimental, estudo piloto), mostrando efeito positivo sobre a prática de atividade física para pacientes com diversas condições de saúde - cânceres, esclerose múltipla, insuficiência cardíaca, artrite reumatoide, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes tipo 2. Considerações finais: Constata-se uma escassez de estudos sobre efeitos do uso de tecnologias na promoção da atividade física. Além da heterogeneidade das intervenções e das populações estudadas, é preciso considerar as falhas metodológicas das RS incluídas, bem como o fato de a maioria dos estudos ter sido conduzida em países de alta renda.
Context: Physical activity is a behavior that brings benefits to human development at all stages of life and can be practiced in different ways and at different times, such as when moving from one place to another, during work or study, when do household chores or during free time. Currently, one of the ways of approaching physical activity used by health services includes technologies that enable remote care, providing intervention and health education. Question: Is the approach to physical activity through health technologies effective for users of health services? Method: A rapid review was performed based on a previously defined research protocol. Three electronic literature bases were searched in June 2022 to identify systematic reviews (SR) that presented physical activity approaches through health technologies. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 563 records retrieved from the databases, 13 RS were included. Three RS were classified as low confidence and ten as critically low confidence. Interventions to promote physical activity, presented in these reviews, used six types of technologies: applications; phone call, text message and/or email; internet (website, platform, emails, social networks); wearable technologies; telehealth or teleconsultation; combined technologies. Two SRs also had adverse event results. Most of the results presented refer to single primary studies (randomized clinical trial, quasi-experimental trial, pilot study) showing a positive effect on physical activity for patients with various health conditions - cancers, multiple sclerosis, heart failure, arthritis rheumatoid, chronic obstructive pulmonary disease, type 2 diabetes. Final considerations: There is a scarcity of studies on the effects of the use of technologies in the promotion of physical activity. In addition to the heterogeneity of the interventions and populations studied, it is necessary to consider the methodological flaws of the SRs included, as well as the fact that most studies were conducted in high-income countries.
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Exercício Físico , Revisão , Tecnologia da Informação , Promoção da SaúdeRESUMO
Contexto: A respiração é regulada por um complexo processo fisiológico que pode ser afetado em algumas patologias. No Brasil, a mortalidade por doenças respiratórias em relação ao total de mortes foi de 6%, no ano de 2016. Dados do período de 1995 a 2005 indicam que as doenças do aparelho respiratório estiveram entre as principais causas de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões brasileiras. A atividade física (AF) pode beneficiar a saúde de indivíduos com diagnóstico de problemas respiratórios, já que a prática regular permite a manutenção dos volumes e das capacidades respiratórias, diminuindo a restrição do movimento pela rigidez da caixa torácica e da coluna vertebral, além de manter a capacidade funcional e promover o bem-estar geral. Pergunta de pesquisa: A prática de atividade física é efetiva para a melhoria da capacidade respiratória e do desempenho das atividades de vida diária de usuários de serviços de saúde com diagnóstico de patologias respiratórias? Método: As buscas foram realizadas em quatro bases de literatura científica para identificar revisões sistemáticas (RS) sobre os efeitos da prática de AF na saúde de pessoas com doenças respiratórias. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 1.045 registros recuperados nas bases, 21 revisões sistemáticas foram selecionadas para esta revisão rápida. Com relação à qualidade metodológica, três RS foram classificadas como de confiança alta, uma de confiança moderada, cinco de confiança baixa e doze de confiança criticamente baixa. Os dados extraídos das RS são apresentados conforme a condição da doença respiratória avaliada. Efeito de AF em pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): Onze RS analisaram AF em pessoas com DPOC ou obstrução crônica das vias aéreas. Oito indicaram que a maioria dos desfechos avaliados não apresentaram diferenças significativas ou foram incertos entre os grupos com AF combinando exercícios aeróbicos e anaeróbicos e o comparador. Três RS analisando apenas exercícios aeróbicos apontaram maioria de efeitos positivos dessa modalidade de AF em alguns desfechos de saúde dessas pessoas. Efeito de AF em pessoas com hipertensão pulmonar: Três RS utilizando exercícios combinados indicaram efeitos benéficos. Uma RS apresentou resultados incertos em relação à qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com fibrose pulmonar: Duas RS combinaram exercícios aeróbicos e anaeróbicos indicaram efeito positivo ou incerto para qualidade de vida. Houve efeitos positivos nos desfechos de distância de caminhada (DTC6), capacidade de exercício e dispneia, e efeitos incertos no pico de volume de oxigênio (pico de VO2) e no volume expiratório forçado no primeiro segundo e nenhuma diferença na participação em AF. Efeito de AF em pessoas com bronquiectasia: Uma RS apontou efeitos positivos de exercícios combinados para DTC6, qualidade de vida, distância incremental da caminhada, exacerbação de bronquiectasia, dispneia e fadiga. Indicou que não houve diferença de efeito entre os grupos para tosse. Efeito de AF em pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas: Três RS apontaram que os efeitos foram em sua maioria positivos para pico de VO2 e DTC6. Houve efeitos inconclusivos para a melhora na qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com sarcoidose pulmonar: Uma RS indicou efeitos positivos para fadiga, força muscular e DTC6 de programas de tratamentos de reabilitação para pessoas com sarcoidose pulmonar. Segurança de AF para pessoas com doenças respiratórias: Cinco RS apresentaram resultados de eventos adversos. De modo geral, elas indicaram que as intervenções de AF foram seguras para pessoas com patologias respiratórias. Considerações finais: A atividade física mostrou relação com a melhoria da capacidade respiratória e física de pessoas com doenças respiratórias. Deve-se considerar, no entanto, as limitações metodológicas da maioria das RS incluídas, a heterogeneidade de intervenções e comparadores, além da escassez de estudos para algumas das condições de saúde.
Context: Breathing is regulated by a complex physiological process that can be affected in some pathologies. In Brazil, mortality from respiratory diseases in relation to total deaths was 6% in 2016. Data from 1995 to 2005 indicate that respiratory diseases were among the main causes of hospitalization in the Unified Health System (SUS) in all Brazilian regions. Physical activity (PA) can benefit the health of individuals diagnosed with respiratory problems, since regular practice allows for the maintenance of respiratory volumes and capacities, reducing movement restriction due to the rigidity of the rib cage and spine, in addition to maintain functional capacity and promote general well-being. Research question: Is the practice of physical activity effective for improving respiratory capacity and the performance of activities of daily living of users of health services diagnosed with respiratory pathologies? Method: Searches were carried out in four scientific literature databases to identify systematic reviews (SR) on the effects of PA practice on the health of people with respiratory diseases. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 1045 records retrieved from the databases, 21 systematic reviews were selected for this rapid review. Regarding methodological quality, three RS were classified as high confidence, one as moderate confidence, five as low confidence and twelve as critically low confidence. The data extracted from the RS are presented according to the condition of the respiratory disease evaluated. Effect of PA in people with chronic obstructive pulmonary disease (COPD): Eleven RS analyzed PA in people with COPD or chronic airway obstruction. Eight indicated that most of the outcomes evaluated did not show significant differences or were uncertain between the groups with PA combining aerobic and anaerobic exercises and the comparator. Three SRs analyzing only aerobic exercises showed the majority of positive effects of this PA modality on some health outcomes of these people. Effect of PA in people with pulmonary hypertension: Three RS using combined exercises indicated beneficial effects. One SR presented uncertain results in relation to quality of life. Effect of PA in people with pulmonary fibrosis: Two RS combined aerobic and anaerobic exercise indicated a positive or uncertain effect for quality of life. There were positive effects on outcomes of walking distance (6MWD), exercise capacity and dyspnea, and uncertain effects on peak oxygen volume (peak VO2) and forced expiratory volume in one second and no difference in PA participation. Effect of PA in people with bronchiectasis: An RS showed positive effects of combined exercise for 6MWD, quality of life, incremental walking distance, exacerbation of bronchiectasis, dyspnea and fatigue. It indicated that there was no difference in effect between the cough groups. Effect of AF in people with non-small cell lung cancer: Three RS showed that the effects were mostly positive for peak VO2 and 6MWD. There were inconclusive effects for improvement in quality of life. Effect of AF in people with pulmonary sarcoidosis: An RS indicated positive effects for fatigue, muscle strength and 6MWD of rehabilitation treatment programs for people with pulmonary sarcoidosis. Safety of PA for people with respiratory diseases: Five RS showed adverse event results. Overall, they indicated that PA interventions were safe for people with respiratory conditions. Final considerations: Physical activity showed a relationship with the improvement of respiratory and physical capacity of people with respiratory diseases. However, one should consider the methodological limitations of most of the SRs included, the heterogeneity of interventions and comparators, in addition to the scarcity of studies for some of the health conditions.
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Humanos , Qualidade de Vida , Doenças Respiratórias/prevenção & controle , Exercício Físico , Doenças Respiratórias/terapiaRESUMO
Contexto: Na década de 1970, o Relatório Lalonde apresentou-se como uma nova perspectiva de saúde e um ponto de partida para o conceito de Cidades Saudáveis. Ele expôs um conceito ampliado de saúde ao afirmar que as melhorias das condições de saúde da população podem ser resultado de mudanças no ambiente físico-social e no estilo de vida. Pergunta: Quais são os critérios adotados em diferentes partes do mundo para caracterizar cidades/municípios saudáveis? Método: As buscas foram realizadas em PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Social Systems Evidence, em 8 e 10 de março de 2022, com o propósito de identificar estudos primários e secundários que abordassem critérios para caracterização de Cidades Saudáveis. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, apenas o processo de seleção por títulos e resumos foi realizado em duplicidade e de forma independente. Foram incluídos estudos publicados em inglês, espanhol e português, e não houve limitação para inclusão quanto ao delineamento ou data de publicação. Os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica com instrumentos específicos para cada delineamento. Resultados: As publicações recuperadas nas fontes de dados foram 2.723, das quais 24 foram incluídas após o processo de seleção. Os domínios das Cidades Saudáveis propostos pela OMS foram utilizados para agregar os estudos incluídos, conforme apresentado a seguir. Domínio 1: Melhorar a governança da cidade para a saúde e bem-estar. Seis artigos foram indicados neste domínio, que trata sobre parcerias locais para promover a saúde; responsabilização e prestação de contas; utilização de um perfil de saúde na cidade em conjunto com um plano de desenvolvimento de saúde; promoção da saúde nas políticas públicas; e diplomacia na cidade. Domínio 2: Reduzir/minimizar as desigualdades em saúde. Cinco artigos foram incluídos neste domínio, que aborda o significado e as formas de medir os problemas de desigualdade social e impacto sobre a sociedade; e desenvolver um plano de ação para resolver os conflitos. Domínio 3: Promover a abordagem de saúde em todas as políticas. Sete artigos são apresentados neste domínio, que se refere a mecanismos de formulação de políticas locais com coerência para benefício da saúde e para aumentar a capacidade de avaliação dos impactos na saúde. Domínio 4: Promover o desenvolvimento e o empoderamento da comunidade e criar ambientes sociais que apoiem a saúde. Cinco artigos foram associados a este domínio, que abarca temas de promoção do letramento e resiliência da comunidade; promoção da inclusão social e projetos comunitários; garantia de acesso à assistência social; incentivo à prática de atividade física em todas as idades; criação de ambientes físicos e sociais livres de fumo; incentivo à alimentação saudável e limitação do acesso a alimentos ricos em açúcares; e abordagem de problemas de saúde mental e bem-estar social. Domínio 5: Criar ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis. Onze estudos foram arrolados neste domínio, que aborda temas como criar bairros seguros e limpos; promover e investir em deslocamento saudável (a pé ou de bicicleta); enfrentar os problemas de saneamento básico, poluição sonora e do ar, mudanças climáticas, diminuição da emissão de carbono, higiene e habitação; incentivar a receptividade de crianças e idosos; garantir acesso a áreas verdes para convívio social e investir em planejamento urbano saudável. Domínio 6: Melhorar a qualidade e o acesso aos serviços locais de saúde e sociais. Um estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado por assegurar a cobertura universal na saúde e remover barreiras; melhorar a qualidade de serviços para a comunidade e a articulação entre os serviços de atenção primária à saúde e outros serviços públicos de saúde. Domínio 7: Considerar todas as pessoas no planejamento da cidade e priorizar os mais vulneráveis. Quatro artigos foram relacionados neste domínio, que se refere à prática saudável para crianças no início da vida, garantir acesso à educação para todos, garantir o envelhecimento saudável e identificar nas cidades as necessidades das pessoas mais vulneráveis. Domínio 8: Fortalecer os serviços locais de saúde pública e a capacidade de lidar com emergências relacionadas à saúde. Um artigo foi citado neste domínio, que trata de temáticas de investimento em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças com base na população e comunidade; cuidar do problema de obesidade em jovens e adultos; e lidar com emergências relacionadas às mudanças climáticas e fenômenos como epidemias e desastres naturais. Domínio 9: Manter um plano de preparação, prontidão e resposta urbana em emergências de saúde pública. Nenhum estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado pelo desenvolvimento de práticas de vigilância inclusivas; promoção de informações e práticas com base em evidências; entendimento e ação sobre as vulnerabilidades; trabalho em fortalecimento e respostas comunitárias; e planejamento de medidas de emergências. Outras propostas: Dois estudos abordam proposições que não foram associadas diretamente aos domínios recomendados pela OMS, mas que podem contribuir para aprimorar os critérios de Cidades Saudáveis. Um deles discute o conceito de cidades inteligentes, que utilizam tecnologias de informação e comunicação para melhorar a produtividade e organizar uma governança mais aberta. O outro estudo tem como foco o ecofeminismo, trabalho reprodutivo e de cuidado, planejamento urbano feminista e o incentivo para integração da saúde humana e ambiental. Considerações finais: Os estudos incluídos apresentam informações relevantes sobre a caracterização de Cidades Saudáveis, principalmente os diferentes conceitos abordados acerca do que considerar na avaliação e implementação de cidades e comunidades saudáveis. Os resultados mostram que ainda são escassos os relatos sobre experiências de implementação da proposta de Cidades Saudáveis. As ações de promoção da saúde, como a criação de ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis, o planejamento urbano voltado à abordagem de uma grande diversidade de problemas e soluções, a promoção da abordagem de saúde em políticas de outros setores e a melhora da governança na cidade para saúde e bem-estar, fazem parte do rol de critérios de Cidades Saudáveis, e têm sido postas em prática em muitos municípios, inclusive no Brasil. No entanto, as estratégias de busca desta revisão rápida não conseguiram recuperar tais experiências nacionais. O fato de não terem sido recuperadas nas buscas pode ser um indicativo de que o termo "cidade saudável" não tem sido considerado por muitos pesquisadores em suas publicações.
Context: In the 1970s, the Lalonde Report presented itself as a new perspective on health and a starting point for the concept of Healthy Cities. He exposed an expanded concept of health by stating that improvements in the population's health conditions can be the result of changes in the physical-social environment and in lifestyle. Question: What are the criteria adopted in different parts of the world to characterize healthy cities/municipalities? Method: The searches were carried out in PubMed, Virtual Health Library and Social Systems Evidence, on March 8 and 10, 2022, with the purpose of identifying primary and secondary studies that addressed criteria for the characterization of Healthy Cities. Using rapid review shortcuts to simplify the process, only the title and abstract selection process was performed in duplicate and independently. Studies published in English, Spanish and Portuguese were included, and there was no limitation for inclusion in terms of design or publication date. The included studies were evaluated for methodological quality with specific instruments for each design. Results: The publications retrieved from the data sources were 2,723, of which 24 were included after the selection process. The Healthy Cities domains proposed by WHO were used to aggregate the included studies, as shown below. Domain 1: Improve city governance for health and well-being. Six articles were indicated in this domain, which deals with local partnerships to promote health; accountability and accountability; use of a health profile in the city in conjunction with a health development plan; health promotion in public policies; and diplomacy in the city. Domain 2: Reduce/minimize health inequalities. Five articles were included in this domain, which addresses the meaning and ways of measuring problems of social inequality and impact on society; and develop an action plan to resolve conflicts. Domain 3: Promoting the health approach in all policies. Seven articles are presented in this domain, which refers to mechanisms for formulating local policies with coherence for the benefit of health and to increase the capacity to assess health impacts. Domain 4: Promote community development and empowerment and create social environments that support health. Five articles were associated with this domain, which covers topics of literacy promotion and community resilience; promoting social inclusion and community projects; guarantee of access to social assistance; encouraging the practice of physical activity at all ages; creating smoke-free physical and social environments; encouraging healthy eating and limiting access to foods rich in sugars; and addressing mental health and social well-being issues. Domain 5: Create physical and built environments that support health and healthy choices. Eleven studies were enrolled in this domain, which addresses topics such as creating safe and clean neighborhoods; promote and invest in healthy commuting (on foot or by bicycle); face the problems of basic sanitation, noise and air pollution, climate change, reduction of carbon emissions, hygiene and housing; encourage the receptivity of children and the elderly; ensure access to green areas for social interaction and invest in healthy urban planning. Domain 6: Improve the quality of and access to local health and social services. One study was associated with this domain, which is characterized by ensuring universal health coverage and removing barriers; improve the quality of services for the community and the articulation between primary health care services and other public health services. Domain 7: Consider all people in city planning and prioritize the most vulnerable. Four articles were listed in this domain, which refers to healthy practice for children early in life, ensuring access to education for all, ensuring healthy aging and identifying the needs of the most vulnerable people in cities. Domain 8: Strengthen local public health services and capacity to deal with health-related emergencies. An article was cited in this domain, which deals with investment themes in population and community-based health promotion and disease prevention programs; to take care of the problem of obesity in young people and adults; and dealing with emergencies related to climate change and phenomena such as epidemics and natural disasters. Domain 9: Maintain an urban preparedness, preparedness, and response plan for public health emergencies. No studies were associated with this domain, which is characterized by the development of inclusive surveillance practices; promotion of evidence-based information and practices; understanding and acting on vulnerabilities; work in community strengthening and responses; and planning of emergency measures. Other proposals: Two studies address propositions that were not directly associated with the domains recommended by the WHO, but that may contribute to improving the Healthy Cities criteria. One of them discusses the concept of smart cities, which use information and communication technologies to improve productivity and organize more open governance. The other study focuses on ecofeminism, reproductive and care work, feminist urban planning, and encouraging the integration of human and environmental health. Final considerations: The studies included present relevant information about the characterization of Healthy Cities, mainly the different concepts approached about what to consider in the evaluation and implementation of healthy cities and communities. The results show that there are still few reports on experiences of implementing the Healthy Cities proposal. Health promotion actions, such as creating physical and built environments that support health and healthy choices, urban planning aimed at addressing a wide range of problems and solutions, promoting a health approach in policies in other sectors and the improvement of governance in the city for health and well-being, are part of the list of Healthy Cities criteria, and have been put into practice in many municipalities, including Brazil. However, the search strategies of this rapid review failed to retrieve such national experiences. The fact that they were not retrieved in searches may be an indication that the term "healthy city" has not been considered by many researchers in their publications.
Assuntos
Humanos , Qualidade de Vida , Planejamento de Cidades , Cidade Saudável , Direção e Governança do Setor de Saúde , Promoção da Saúde , Saneamento em Desastres , Populações Vulneráveis , Pegada de CarbonoRESUMO
Contexto: Diversas ações de promoção de saúde têm sido realizadas em todo o mundo. Muitas vezes elas são intersetoriais, com forte participação social. Para continuar avançando, é importante entender em que medida essas ações têm sido implementadas e quais são seus efeitos na melhoria de indicadores de saúde. Nesse sentido, esta revisão rápida procurou identificar evidências de avaliação de programas e ações de promoção da saúde em nosso país. Pergunta: Qual é a situação de implementação de programas de promoção da saúde em municípios brasileiros? Métodos: As buscas foram realizadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no Google Acadêmico, em 1 de novembro de 2021, com o propósito de identificar estudos primários e secundários que avaliaram a implementação de ações e programas de promoção da saúde em municípios brasileiros. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, apenas o processo de seleção por títulos e resumos foi realizado em duplicidade e de forma independente. Os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica com instrumentos específicos para cada delineamento. Resultados: De 372 publicações identificadas, 34 estudos foram incluídos nesta síntese narrativa. A apresentação dos achados foi organizada de acordo com os temas prioritários da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Tema 1. Alimentação saudável: Treze estudos apresentaram resultados de avaliação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação, Rede Amamenta Brasil, Promoção da saúde infantil, Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, Programa Saúde na Escola, Programa Nacional de Alimentação Escolar, NutriSUS, Hortas em ambiente escolar. Tema 2. Prática corporal ou atividade física: Oito estudos apresentaram resultados de avaliação do Programa de educação pelo esporte, Programa Academia da Cidade, Programa Academia da Saúde, Programas de atividade física, Estratégia de promoção da atividade física e alimentação adequada e saudável. Tema 3. Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas: Seis estudos apresentaram resultados de avaliação do Programa Saúde na Escola, Programa de prevenção ao uso de drogas, Programa escolar europeu Unplugged#Tamojunto, Estratégias de prevenção ao uso de álcool, Unidade de redução de danos. Tema 4. Promoção do desenvolvimento sustentável: Cinco estudos apresentaram resultados de avaliação sobre Atuação profissional sobre os determinantes sociais de saúde no contexto do Programa Saúde da Família; Arranjos e estratégias inovadoras na atenção primária à saúde; Ações intersetoriais dos Programas Bolsa Família, Saúde da Família e Saúde na Escola; Projetos de melhoria da qualidade de vida; Programa de vigilância da qualidade da água para consumo humano. Tema 5. Redução da morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis: Um estudo apresentou resultados de avaliação de ações educativas em nutrição para controle da obesidade. Tema 6. Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz Um estudo apresentou resultados de avaliação do Projeto Disque Idoso. Considerações finais: Os estudos trouxeram informações relevantes sobre barreiras e facilitadores na implementação de programas específicos de promoção da saúde. Os resultados apresentados mostram a importância de se realizar estudos que avaliem a implementação de programas em diferentes contextos, uma vez que há grande diversidade entre os municípios brasileiros quanto à infraestrutura, capacidade de gestão dos programas, e volume de recursos humanos e materiais. Os estudos incluídos são de diversos delineamentos e foram avaliados por meio de instrumentos específicos, mostrando algumas falhas metodológicas. Esta revisão buscou estudos de avaliação da implementação de ações de promoção da saúde. Buscas dirigidas para cada ação isoladamente poderiam trazer informações mais abrangentes que não puderam ser recuperadas pelas estratégias aqui utilizadas.
Context: Several health promotion actions have been carried out around the world. They are often intersectoral, with strong social participation. To continue moving forward, it is important to understand to what extent these actions have been implemented and what are their effects on improving health indicators. In this sense, this quick review sought to identify evidence of evaluation of health promotion programs and actions in our country. Question: What is the status of implementation of health promotion programs in Brazilian municipalities? Methods: Searches were carried out in the Virtual Health Library (BVS) and Google Scholar, on November 1, 2021, with the purpose of identifying primary and secondary studies that evaluated the implementation of health promotion actions and programs in Brazilian municipalities. . Using rapid review shortcuts to simplify the process, only the title and abstract selection process was performed in duplicate and independently. The included studies were evaluated for methodological quality with specific instruments for each design. Results: Of 372 publications identified, 34 studies were included in this narrative synthesis. The presentation of the findings was organized according to the priority themes of the National Health Promotion Policy (PNPS). Theme 1. Healthy eating: Thirteen studies presented evaluation results of the Breastfeeding-Friendly Basic Unit Initiative, Breastfeeding Brazil Network, Child Health Promotion, Food and Nutrition Surveillance System, School Health Program, National School Feeding Program, NutriSUS, Vegetable Gardens in school environment. Theme 2. Body practice or physical activity: Eight studies presented evaluation results of the Education through Sport Program, Academia da Cidade Program, Academia da Saúde Program, Physical Activity Programs, Strategy for the promotion of physical activity and adequate and healthy eating. Theme 3. Reduction of morbidity and mortality due to abusive use of alcohol and other drugs: Six studies presented evaluation results of the Health at School Program, Drug use prevention program, European school program Unplugged#Tamojunto, Strategies to prevent drug use alcohol, harm reduction unit. Theme 4. Promotion of sustainable development: Five studies presented evaluation results on Professional action on the social determinants of health in the context of the Family Health Program; Innovative arrangements and strategies in primary health care; Intersectoral actions of the Bolsa Família, Family Health and School Health Programs; Projects to improve the quality of life; Program for monitoring the quality of water for human consumption. Theme 5. Reduction of morbidity and mortality from chronic non-communicable diseases: A study presented results of evaluation of educational actions in nutrition to control obesity. Theme 6. Preventing violence and encouraging a culture of peace A study presented evaluation results of the Disque Idoso Project. Final considerations: The studies brought relevant information about barriers and facilitators in the implementation of specific health promotion programs. The results presented show the importance of carrying out studies that evaluate the implementation of programs in different contexts, since there is great diversity among Brazilian municipalities in terms of infrastructure, program management capacity, and volume of human and material resources. The included studies are of different designs and were evaluated using specific instruments, showing some methodological flaws. This review sought studies to evaluate the implementation of health promotion actions. Searches directed to each action in isolation could bring more comprehensive information that could not be retrieved by the strategies used here.
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Sistemas Locais de Saúde/organização & administração , Promoção da Saúde , Indicadores Básicos de SaúdeRESUMO
Esta revisão rápida foi comissionada e subsidiada pelo Ministério da Saúde, no âmbito do projeto GEREB-010-FIO-20 e faz parte da Coleção "Rapid response for health promotion". Contexto: A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico e para o seu cumprimento requer programas e políticas públicas que incidam sobre a produção, a disponibilidade, a distribuição e o acesso aos alimentos, visando à redução de iniquidades no consumo alimentar. O guia alimentar para a população brasileira orienta a preferência por alimentos in natura e minimamente processados, dentre eles as frutas, verduras, legumes, arroz e feijão. Assim, a identificação dos determinantes para o consumo de frutas, verduras, legumes, arroz e feijão pode contribuir para o fortalecimento das políticas públicas. Pergunta: Quais fatores determinam o consumo de frutas, verduras, legumes, arroz e feijão em países de baixa e média renda? Métodos: A primeira busca nas bases de dados foi realizada para identificar revisões sistemáticas (RS), tendo recuperado 930 registros e incluído 5 RS, após processo de seleção e elegibilidade. Na avaliação da qualidade metodológica com a ferramenta AMSTAR 2, todas as RS foram consideradas de confiança criticamente baixa. Como as RS abordaram apenas o consumo de frutas e hortaliças, realizou-se uma busca adicional para identificar estudos primários sobre determinantes do consumo de arroz e feijão. De 1.442 registros identificados, nenhum atendeu aos critérios desta revisão. Resultados: Cinco revisões sistemáticas apresentaram determinantes para o consumo de frutas e hortaliças. Atributos sensoriais e físicos dos alimentos, acessibilidade e preço dos alimentos, fatores sociodemográficos como renda, educação e local de moradia, influência de pais, pares e mídias sociais, conhecimento, expectativa e conveniência foram os determinantes descritos pelas revisões que impactam no consumo de frutas e hortaliças. Não foram encontrados resultados sobre fatores que influenciam no consumo de arroz e feijão. Considerações finais: Embora as RS tenham apresentado diversas categorias de determinantes sobre o consumo de frutas e hortaliças, elas se referem a poucos estudos primários, com baixa representatividade de estudos brasileiros. Uma importante lacuna são estudos sobre o padrão alimentar no Brasil que abordem o consumo de arroz e feijão. Além disso, é importante considerar a baixa qualidade metodológica das RS.
This rapid review was commissioned and subsidized by the Ministry of Health, within the scope of the GEREB-010-FIO-20 project and is part of the "Rapid response for health promotion" Collection. Context: Adequate and healthy food is a basic human right and its fulfillment requires public programs and policies that affect the production, availability, distribution and access to food, with a view to reducing inequities in food consumption. The food guide for the Brazilian population guides the preference for fresh and minimally processed foods, including fruits, vegetables, rice and beans. Thus, the identification of the determinants for the consumption of fruits, vegetables, rice and beans can contribute to the strengthening of public policies. Question: What factors determine the consumption of fruits, vegetables, rice and beans in low- and middle-income countries? Methods: The first search in the databases was performed to identify systematic reviews (SR), having retrieved 930 records and included 5 RS, after the selection and eligibility process. In the assessment of methodological quality with the AMSTAR 2 tool, all SRs were considered critically low confidence. As the SRs only addressed the consumption of fruits and vegetables, an additional search was carried out to identify primary studies on determinants of rice and beans consumption. Of 1,442 records identified, none met the criteria for this review. Results: Five systematic reviews presented determinants for the consumption of fruits and vegetables. Sensory and physical attributes of food, accessibility and price of food, sociodemographic factors such as income, education and place of residence, influence of parents, peers and social media, knowledge, expectation and convenience were the determinants described by the reviews that impact fruit consumption and vegetables. No results were found on factors that influence the consumption of rice and beans. Final considerations: Although the SRs have presented several categories of determinants on the consumption of fruits and vegetables, they refer to few primary studies, with low representation of Brazilian studies. An important gap is studies on the dietary pattern in Brazil that address the consumption of rice and beans. In addition, it is important to consider the low methodological quality of the SRs.
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Humanos , Criança , Adolescente , Adulto , Idoso , Ingestão de Alimentos , Dieta Saudável/economia , Fatores Sociais , Verduras , Países em Desenvolvimento , FrutasRESUMO
Contexto: O aconselhamento é uma abordagem para auxiliar o indivíduo a selecionar e programar comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. Ele é indicado na implementação de políticas públicas e pressupõe que os profissionais de saúde tenham habilidades de escuta, compreensão e apoio para adesão de práticas mais benéficas à saúde. Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde orientar a população idosa em relação à alimentação de acordo com as singularidades dessa fase do ciclo de vida e, em casos específicos, encaminhar ao nutricionista para planejamento da ação conjunta. Pergunta: Qual é a eficácia do aconselhamento sobre alimentação saudável ou da suplementação com vitaminas e minerais para a saúde de pessoas idosas? Métodos: Seguindo protocolo prévio, buscas por revisões sistemáticas (RS) foram realizadas em sete bases eletrônicas da literatura, em julho de 2021. Utilizando atalhos de rapid review para simplificar o processo, foram realizadas seleção e extração dos dados com posterior avaliação da qualidade das RS. Em seguida, os resultados foram reunidos em síntese narrativa conforme similaridade de desfechos avaliados. Resultados: De 2.428 registros recuperados das bases de dados, após processo de seleção e elegibilidade, sete RS foram incluídas. Quatro RS foram consideradas de confiança baixa e três de confiança criticamente baixa. As intervenções, em sua maioria, combinaram aconselhamento a outras estratégias, sendo realizadas sobretudo por nutricionistas. Os participantes dos estudos foram idosos acometidos por hipertensão, declínio cognitivo ou algum tipo de fragilidade. Os desfechos analisados nos estudos foram: alimentação; capacidade física/funcional; função cognitiva e psicológica; medidas antropométricas; eventos cardiovasculares; e qualidade de vida. Os resultados, em geral, mostraram não haver diferenças entre as intervenções envolvendo aconselhamento comparadas às outras intervenções. Considerações finais: Poucos estudos foram identificados sobre efeitos do aconselhamento para alimentação saudável ou uso de suplementos de vitaminas e minerais entre pessoas idosas. Desse modo, as evidências são insuficientes para tecer comentários sobre a efetividade do aconselhamento para esta população. É importante ressaltar as falhas metodológicas das revisões sistemáticas incluídas, que comprometem a confiança nos achados. Além disso, os estudos mostraram grande heterogeneidade, particularmente com relação aos desfechos analisados.
Context: Counseling is an approach to assisting the individual in selecting and programming desirable nutrition and lifestyle behaviors. It is indicated in the implementation of public policies and assumes that health professionals have listening skills, understanding and support for adherence to practices that are more beneficial to health. In this sense, it is up to health professionals to guide the elderly population in relation to food according to the singularities of this phase of the life cycle and, in specific cases, refer them to the nutritionist for joint action planning. Question: How effective is healthy eating counseling or vitamin and mineral supplementation for the health of older people? Methods: Following a previous protocol, searches for systematic reviews (SR) were carried out in seven electronic databases of the literature, in July 2021. Using rapid review shortcuts to simplify the process, data selection and extraction were performed with subsequent evaluation of the quality of the LOL. Then, the results were gathered in narrative synthesis according to the similarity of the evaluated outcomes. Results: Of the 2,428 records retrieved from the databases, after the selection and eligibility process, seven RS were included. Four SRs were considered low confidence and three critically low confidence. The interventions, for the most part, combined counseling with other strategies, being carried out mainly by nutritionists. Study participants were elderly people affected by hypertension, cognitive decline or some type of frailty. The outcomes analyzed in the studies were: diet; physical/functional capacity; cognitive and psychological function; anthropometric measurements; cardiovascular events; and quality of life. The results, in general, showed no differences between interventions involving counseling compared to other interventions. Final considerations: Few studies were identified on the effects of healthy eating counseling or use of vitamin and mineral supplements among older people. Thus, the evidence is insufficient to comment on the effectiveness of counseling for this population. It is important to highlight the methodological flaws of the systematic reviews included, which compromise confidence in the findings. In addition, the studies showed great heterogeneity, particularly with regard to the outcomes analyzed.
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Humanos , Idoso , Qualidade de Vida , Suplementos Nutricionais , Aconselhamento/normas , Dieta Saudável , Promoção da SaúdeRESUMO
A obesidade é uma doença crônica não transmissível de origem multifatorial e complexa. O aumento da prevalência de pessoas com sobrepeso e obesidade é de grande preocupação na saúde pública, especialmente quando acomete crianças. Dessa forma, são necessárias estratégias que diminuam a prevalência de crianças nessa condição de saúde. Esta síntese rápida de evidências tem como finalidade elencar estratégias efetivas para prevenção de obesidade e sobrepeso em crianças.
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Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Aleitamento Materno , Exercício Físico , Sobrepeso , Obesidade Infantil/prevenção & controle , Estilo de Vida Saudável , Dieta SaudávelRESUMO
O problema: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial e crônica de alta prevalência no Brasil. O autocontrole surge como um estratégia de autocuidado que impacta na continuidade do tratamento de forma satisfatória além de trazer resultados na saúde e bem-estar do indivíduo. Esta síntese rápida de evidências tem como propósito elencar estratégias para aumentar o autocontrole de pacientes com hipertensão arterial. Opções para enfrentar o problema: A busca nas bases de dados resultou em 853 referências, sendo selecionadas 16 revisões sistemáticas (RS) para compor esta síntese narrativa. Na avaliação da qualidade metodológica (AMSTAR 2), uma revisão foi classificada como de confiança baixa e 15 de confiança criticamente baixa. Duas opções para abordar o problema foram sintetizadas, agrupando-se as estratégias conforme a similaridade de ações realizadas. Opção 1. Participação em programas de autogerenciamento: Os efeitos de programas de autogerenciamento da HAS foram avaliados em cinco RS. As estratégias utilizadas variaram entre programas de autogerenciamento de doenças crônicas, programas de educação, estratégias de aprendizagem para aumentar a autoeficácia e acompanhamento de profissionais de saúde para intervenções personalizadas. Todas as revisões trouxeram resultados significativos para a redução da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica e três RS apresentaram resultados mais moderados, compreendendo incertezas quanto à sua efetividade com relação a grupos com aconselhamento, intervenções personalizadas com profissionais de saúde e sobre o programa de autogerenciamento de doenças crônicas. Opção 2. Uso de dispositivos digitais para o automonitoramento e autogerenciamento: Onze RS avaliaram o uso de dispositivos digitais no automonitoramento da pressão arterial. Resultados positivos foram observados nas estratégias de telefone celular inteligente (smartphone), sites eletrônicos, telefone e assistente digital pessoal, telemonitoramento e educação por telefone, telemedicina e dispositivo de modem automatizado, sistema de telegestão, telemonitoramento e aplicativos eletrônicos de saúde, com ou sem envolvimento dos provedores de saúde. Contudo, houve incertezas quanto ao benefício das estratégias de tecnologias móveis, telemonitoramento, e-mail e mensagens de texto. Houve relato de um evento adverso, depressão, com o uso de sistema de telegestão e telemonitoramento. Considerações finais: Esta síntese rápida de evidências apresentou intervenções relativas a programas de autogerenciamento e dispositivos digitais que apresentaram resultados a respeito do autocuidado em adultos e idosos hipertensos. Apesar dos resultados positivos encontrados nas intervenções, houve algumas incertezas quanto aos benefícios das ações que devem ser levadas em consideração. Cabe ressaltar que houve algumas limitações metodológicas das revisões sistemáticas que devem ser consideradas. Essa síntese rápida não envolveu considerações de implementação e implicações relativas à equidade quanto a cada uma das opções. As estratégias apresentadas nas opções podem ser implementadas de forma única ou combinada, de acordo com os contextos locais.
This rapid synthesis of evidence was commissioned and subsidized by the Ministry of Health, under the project GEREB-010-FIO-20 and is part of the "Rapid response for health promotion" Collection. The problem: Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial and chronic clinical condition with high prevalence in Brazil. Self-control emerges as a self-care strategy that impacts the continuity of treatment in a satisfactory way, in addition to bringing results in the health and well-being of the individual. This rapid synthesis of evidence aims to list strategies to increase self-control in patients with arterial hypertension. Options to face the problem: The search in the databases resulted in 853 references, being selected 16 systematic reviews (SR) to compose this narrative synthesis. In the methodological quality assessment (AMSTAR 2), one review was rated as low confidence and 15 as critically low confidence. Two options to address the problem were synthesized, grouping the strategies according to the similarity of actions taken. Option 1. Participation in self-management programs: The effects of HAS self-management programs were evaluated in five SRs. The strategies used ranged from programs for self-management of chronic diseases, education programs, learning strategies to increase self-efficacy and follow-up of health professionals for personalized interventions. All reviews brought significant results for the reduction of systolic blood pressure and diastolic blood pressure and three SRs showed more moderate results, comprising uncertainties regarding their effectiveness in relation to groups with counseling, personalized interventions with health professionals and about the self-management program. of chronic diseases. Option 2. Use of digital devices for self-monitoring and self-management: Eleven SRs evaluated the use of digital devices for self-monitoring of blood pressure. Positive results were observed in the strategies of smart cell phone (smartphone), electronic websites, telephone and personal digital assistant, telemonitoring and telephone education, telemedicine and automated modem device, telemanagement system, telemonitoring and electronic health applications, with or without health provider involvement. However, there were uncertainties regarding the benefit of mobile technologies, telemonitoring, email and text messaging strategies. There was a report of an adverse event, depression, with the use of a telemanagement and telemonitoring system. Final considerations: This rapid synthesis of evidence presented interventions related to self-management programs and digital devices that presented results regarding self-care in hypertensive adults and elderly. Despite the positive results found in the interventions, there were some uncertainties regarding the benefits of the actions that should be taken into account. It should be noted that there were some methodological limitations of systematic reviews that should be considered. This quick summary did not involve implementation considerations and equity implications for each of the options. The strategies presented in the options can be implemented singly or in combination, according to local contexts.
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Humanos , Adulto , Idoso , Autogestão/educação , Hipertensão/prevenção & controleRESUMO
Esta revisão rápida de recomendações foi comissionada e subsidiada pelo Ministério da Saúde, no âmbito do projeto GEREB-010-FIO-20 e faz parte da Coleção "Rapid response for health promotion". Contexto: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema global de saúde pública, considerada um dos principais determinantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Trata-se de uma doença crônica cujo acompanhamento prioritário é realizado por equipes de atenção primária à saúde (APS), responsáveis por garantir a coordenação de um cuidado integral à pessoa com HAS. Pergunta: Quais são as intervenções efetivas para o tratamento de adultos e idosos com HAS na APS? Métodos: Nove bases da literatura eletrônica foram buscadas em março de 2021 por revisões sistemáticas (RS) e guias de prática clínica (GPC) sobre o tratamento de HAS. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, foi realizada seleção e extração dos dados com posterior avaliação da qualidade das RS. Em seguida, os resultados foram reunidos em síntese narrativa conforme similaridade. Resultados: A busca retornou 771 referências únicas, que após seleção resultaram na inclusão de três GPC e 13 RS. Os guias apresentaram 33 recomendações sobre tratamento farmacológico e não farmacológico, além de metas pressóricas para o tratamento. As recomendações referem-se ao início do tratamento de pacientes sem contraindicações, fármacos em situações de saúde e populações específicas, como a afro-americana, mulheres e idosos; no tratamento não farmacológico são descritas recomendações direcionadas ao estilo de vida; metas pressóricas são indicadas para casos distintos. Nas RS foram identificadas estratégias para apoiar as recomendações dos guias, como monitoramento da pressão arterial, educação em saúde, e também intervenções incidindo diretamente sobre a gestão do trabalho das equipes de saúde ou programas complexos para controle da hipertensão. Conclusão: Esta revisão rápida apresenta recomendações de GPC elaboradas com base em evidências científicas, bem como a força dessas evidências. As RS incluídas mostram resultados positivos de várias estratégias para melhorar o tratamento da HAS. No entanto, esses achados devem ser analisados com cautela, considerando as falhas metodológicas da RS. Na tomada de decisão, também é necessário analisar os contextos em que foram realizados os estudos primários e as características das intervenções.
This rapid review of recommendations was commissioned and supported by the Ministry of Health, under the project GEREB-010-FIO-20 and is part of the "Rapid response for health promotion" Collection. Context: Systemic arterial hypertension (SAH) is a global public health problem, considered one of the main determinants for the development of cardiovascular diseases. It is a chronic disease whose priority monitoring is carried out by teams of primary health care (PHC), responsible for ensuring the coordination of comprehensive care for people with SAH. Question: What are the effective interventions for the treatment of adults and elderly people with SAH in PHC? Methods: Nine electronic literature databases were searched in March 2021 for systematic reviews (RS) and clinical practice guides (GPC) on the treatment of SAH. Using quick review shortcuts to simplify the process, data selection and extraction were performed with subsequent evaluation of the quality of the SRs. Then, the results were gathered in narrative synthesis according to similarity. Results: The search returned 771 unique references, which after selection resulted in the inclusion of three GPC and 13 RS. The guides presented 33 recommendations on pharmacological and non-pharmacological treatment, in addition to blood pressure targets for treatment. The recommendations refer to the initiation of treatment of patients without contraindications, drugs in health situations and specific populations, such as African Americans, women and the elderly; in the non-pharmacological treatment, recommendations directed to the lifestyle are described; pressure targets are indicated for different cases. Strategies were identified in the SRs to support the recommendations of the guides, such as blood pressure monitoring, health education, as well as interventions directly focusing on the management of the work of health teams or complex programs to control hypertension. Conclusion: This rapid review presents GPC recommendations based on scientific evidence, as well as the strength of that evidence. The SRs included show positive results from several strategies to improve the treatment of SAH. However, these findings must be analyzed with caution, considering the methodological flaws of RS. In decision making, it is also necessary to analyze the contexts in which the primary studies were carried out and the characteristics of the interventions.
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Humanos , Adulto , Idoso , Atenção Primária à Saúde/normas , Hipertensão/prevenção & controle , Exercício Físico , Hipertensão/terapiaRESUMO
Esta revisão rápida foi comissionada e subsidiada pelo Ministério da Saúde, no âmbito do projeto GEREB-010-FIO-20 e faz parte da Coleção "Rapid response for health promotion". Contexto: Conforme a Política Nacional de Saúde Bucal, as práticas de saúde bucal (SB) estão incorporadas em todos os níveis de atenção do SUS. Na atenção primária à saúde (APS), as equipes de SB trabalham alinhadas a equipes de Saúde de Família para garantir o acesso da população a ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação relacionadas à saúde bucal. Pergunta: Qual a prevalência de acesso a serviços de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde entre gestantes, conforme seu perfil socioeconômico? Métodos: Três bases da literatura eletrônica e o Google Acadêmico foram buscadas em março de 2021 para identificar estudos sobre o acesso e utilização de serviço de saúde bucal da APS entre gestantes. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, foi realizada seleção e extração dos dados com posterior avaliação da qualidade. Em seguida, os resultados foram reunidos em síntese narrativa. Resultados: A busca retornou 1.168 referências únicas, que após seleção resultaram na inclusão de 8 estudos. Os estudos incluídos eram transversais ou de abordagem qualitativa, cuja condução foi considerada adequada a partir dos instrumentos de avaliação metodológica. As gestantes estudadas representavam populações das cidades de Currais Novos (RN), Dourados (MS), Rio de Janeiro (RJ), Grande Vitória (ES), São Mateus (ES), Porto Alegre (RS) e Rio Grande (RS). Um estudo avaliou todas as macrorregiões brasileiras a partir dos dados dos dois primeiros ciclos do PMAQ (2011-2014). A escolaridade foi o único indicador do perfil socioeconômico descrito para todas as populações e a maioria apresentou a realização de consulta odontológica como medida de acesso e utilização dos serviços de saúde bucal. Considerações finais: Esta revisão rápida apresenta resultados de acesso da saúde bucal em registros pontuais com contextos específicos, limitando os resultados de prevalência. Não foram registradas participações de beneficiárias do Programa Bolsa Família. É recomendado novos estudos para a realização de estimativas de prevalência e generalização para outros grupos de modo a beneficiar a população de interesse.
This rapid review was commissioned and subsidized by the Ministry of Health, within the scope of the GEREB-010-FIO-20 project and is part of the "Rapid response for health promotion" Collection. Context: According to the Brazilian National Oral Health Policy, oral health practices (OH) are incorporated into all levels of care in the SUS. In primary health care (PHC), OH teams work in line with Family Health teams to ensure the population's access to oral health promotion, prevention, treatment and rehabilitation actions. Question: What is the prevalence of access to oral health services in Primary Health Care among pregnant women, according to their socioeconomic profile? Methods: Three electronic literature databases and Google Scholar were searched in March 2021 to identify studies on the access and use of PHC oral health services among pregnant women. Using quick review shortcuts to simplify the process, data selection and extraction were performed with subsequent quality assessment. Then, the results were gathered in narrative synthesis. Results: The search returned 1,168 unique references, which after selection resulted in the inclusion of 8 studies. The included studies were cross-sectional or of a qualitative approach, whose conduction was considered adequate based on the methodological assessment instruments. The pregnant women studied represented populations from the cities of Currais Novos (RN), Dourados (MS), Rio de Janeiro (RJ), Grande Vitória (ES), São Mateus (ES), Porto Alegre (RS) and Rio Grande (RS). One study evaluated all Brazilian macro-regions using data from the first two PMAQ cycles (2011-2014). Education was the only indicator of the socioeconomic profile described for all populations, and most of them had a dental appointment as a measure of access and use of oral health services. Final considerations: This quick review presents results of access to oral health in punctual records with specific contexts, limiting the prevalence results. There were no participations of beneficiaries of the Bolsa Família Program. Further studies are recommended to carry out prevalence estimates and generalization to other groups in order to benefit the population of interest.