RESUMO
OBJETIVO: Comparar a eficácia de dois protocolos terapêuticos usando baixas doses de betabloqueadores para prevençäo de fibrilaçäo atrial no pós-operatório imediato de cirurgia coronária. MÉTODOS: 154 pacientes, submetidos à cirurgia coronária, foram randomizados em dois grupos: no grupo I (n = 72), os doentes receberam Sotalol (80 mg/dia) e, no grupo II, (n = 82) usaram Propranolol (40 mg/dia), ambos iniciados no primeiro dia de pós-operatório. Na unidade de terapia intensiva, o eletrocardiograma foi continuamente observado por monitorizaçäo à beira do leito. Adicionalmente, eletrocardiograma nas 12 derivaçöes foi realizado no pré-operatório, nos 1º, 3º e 6º dias de pós-operatório e sempre que os pacientes apresentaram queixas de palpitaçöes ou surgiram sinais de arritmias (pulso irregular ou freqüência cardíaca acima de 100 bpm). RESULTADOS: Fibrilaçäo atrial foi documentada em 3 (4,2 por cento) pacientes do grupo I (Sotalol) e em 8 (9,8 por cento) do grupo II (Propranolol). CONCLUSÄO: A incidência geral de fibrilaçäo atrial em pacientes que receberam baixas doses de Sotalol e Propranolol após cirurgia coronária foi baixa (7,1 por cento), tendo alcançado o menor valor (4,2 por cento) no grupo de pacientes que receberam Sotalol, embora näo tenha sido observada uma diferença estatisticamente significante entre os dois grupos (p= 0,221)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Fibrilação Atrial/prevenção & controle , Propranolol , Revascularização Miocárdica/efeitos adversos , Sotalol , Idoso de 80 Anos ou mais , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Período Pós-Operatório , Propranolol , Sotalol , Resultado do TratamentoRESUMO
Casuística e Métodos: Entre agosto de 1991 e fevereiro de 2000, 35 transplantes cardíacos ortotópicos foram realizados no Instituto do Coraçäo de Pernambuco. Vinte e nove pacientes eram do sexo masculino e 6 do feminino, variando a idade de 15 a 69 anos (média 46,9). O diagnóstico dos receptores foi miocardiopatia isquêmica em 18 pacientes, miocardiopatia dilatada idiopática em 13, doença mixomatosa em 2, doença valvar reumática em 1 e doença de Chagas em 1. Todos estavam em fase final da insuficiência cardíaca (classe funcional III ou IV da classificaçäo da New York Heart Association), e a fraçäo de ejeçäo variou de 16 a 27 por cento (média: 20,9 ± 2,9). Em todos utilizou-se a clássica técnica cirúrgica descrita por Lower e Shumway, em 1960. O tempo médio de isquemia do enxerto foi de 91 ± 21 minutos (variou de 60 a 180 min.). Resultados: Ocorreram 7 (20 por cento) óbitos no pós-operatório imediato. Treze outros pacientes apresentaram complicaçöes näo fatais, incluindo 5 episódios de rejeiçäo. O tempo médio de seguimento dos 28 sobreviventes foi de 31,2 meses (variou de 1 a 68 meses). Houve 14 mortes tardias devido a rejeiçäo (4), infecçäo (4), doença arterial coronária (2), insuficiência renal crônica (2) e morte súbita (2). A curva actuarial estima sobrevida de 70 por cento com 1 ano e de 30 por cento aos 5 anos. Conclusäo: É possível manter um programa de transplante cardíaco em nossa comunidade, embora se deva esperar resultados piores do que os da experiência internacional devido às limitaçöes sociais da populaçäo de receptores