RESUMO
Abstract In this study, we evaluated trends in hospitalization rates, length of stay and in-hospital mortality in a cohort of HIV-infected patients in Rio de Janeiro, Brazil, from 2007 through 2013. Among the 3991 included patients, 1861 hospitalizations occurred (hospitalization rate of 10.44/100 person-years, 95% confidence interval 9.98-10.93/100 person-years). Hospitalization rates decreased annually (per year incidence rate ratio 0.92, 95% confidence interval 0.89-0.95) as well as length of stay (median of 15 days in 2007 vs. 11 days in 2013, p-value for trend < 0.001), and in-hospital mortality (13.4% in 2007 to 8.1% in 2013, p-value for trend = 0.053). Our results show that, in a middle-income setting, hospitalization rates are decreasing over time and non-AIDS hospitalizations are currently more frequent than those related to AIDS. Notwithstanding, compared with high-income settings, our patients had longer length of stay and higher in-hospital mortality. Further studies addressing these outcomes are needed to provide information that may guide protocols and interventions to further reduce health-care costs and in-hospital mortality.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Infecções por HIV/mortalidade , Mortalidade Hospitalar , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Tempo de InternaçãoRESUMO
The Brazilian HIV/AIDS epidemic is concentrated among men who have sex with men (MSM), however HIV testing rates among MSM are not commensurate with their risk. Strategies to expand early diagnosis may include use of self-conducted home-based testing kits, which are now available for purchase in the US. In April 2011 we conducted a survey with Brazilian MSM using Facebook to assess HIV testing preferences and acceptability of home-based testing. Among 356 previously tested, HIV-negative MSM, 47% reported a preference for home-based testing, 27% preferred clinic-based testing, and 26% had no preference. Less frequent testers and those who had considered testing but failed to test were more likely to prefer home-based testing. Close to 90% reported that they would use self-test kits; 62% and 54% said they would use home-based testing to make choices about unprotected sex with regular and new partners, respectively. Concerns included difficulty to understand the tests (32%) and receiving results alone (23%). Overall, home-based testing may appeal to MSM and result in increased testing frequency. Research on feasibility and utilization of self-tests in practice is needed.
A epidemia de HIV/AIDS no Brasil é concentrada em homens que fazem sexo com homens (HSH), mas suas taxas de testagem são incompatíveis com seus riscos. Estratégias para expandir o diagnóstico precoce entre HSH podem incluir kits de autotestagem em ambiente doméstico (AAD), como os disponíveis para compra nos Estados Unidos. Em abril de 2011, realizamos uma pesquisa com HSH brasileiros recrutados em Facebook para conhecer preferências de testagem e aceitabilidade da AAD. Entre 356 HSH HIV(-) testados previamente, 47% preferiam a AAD, 27% testagem em clínicas e 26% sem preferência. HSH com menos testagem ou que consideraram a testagem sem fazê-la tinham maior probabilidade de preferir a AAD (p < 0,05). Quase 90% usariam a AAD, 62 e 54% para decidir sobre ter sexo desprotegido com parceiros regulares e novos, respectivamente. Dificuldade de entender os testes (32%) e receber os resultados sozinhos (23%) foram preocupações referidas. Testes anti-HIV de AAD podem ser atrativos para HSH e resultar em aumento de testagem. Pesquisas com foco na viabilidade e utilização dos kits AAD na prática são necessárias.
La epidemia de VIH/SIDA en Brasil se concentra en hombres que practican sexo con hombres (HSH), pero los índices de exámenes clínicos para conocer si están infectados son incompatibles con sus riesgos. Las estrategias para expandir el diagnóstico precoz entre HSH pueden incluir kits de autoanálisis para el hogar, como los que están a disposición del público en Estados Unidos. En abril de 2011, realizamos una investigación con HSH brasileños, captados en Facebook, para conocer preferencias de exámenes y la aceptabilidad del autoanálisis en un ambiente doméstico. Entre los 356 HSH VIH(-) analizados previamente, un 47% preferían un autoanálisis en un ambiente doméstico, un 27% pruebas en clínicas y un 26% no tenían preferencias. HSH que menos exámenes se realizaron o quienes los consideraron, pero no se los hicieron, tenían mayor probabilidad de preferir el autoanálisis en un ambiente doméstico. Casi un 90% usarían autoanálisis en su hogar, un 62% y 54% con el fin de decidir sobre tener sexo sin protección con parejas regulares y nuevas, respectivamente. La dificultad de entender los análisis (32%) y recibir los resultados a solas (23%) fueron las preocupaciones a las que se refirieron. Los análisis anti-VIH de autoadministración en el hogar pueden ser atractivos para HSH y resultar en un aumento de exámenes. Las investigaciones centradas en la viabilidad y utilización de los test de autoanálisis en la práctica son necesarias.
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Infecções por HIV/diagnóstico , Homossexualidade Masculina/estatística & dados numéricos , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/estatística & dados numéricos , Kit de Reagentes para Diagnóstico/estatística & dados numéricos , Autocuidado/estatística & dados numéricos , Brasil , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , Autocuidado/psicologiaRESUMO
Few studies on AIDS that evaluate factors associated with treatment failure have considered the slow evolution of the disease and multiple health state transitions following the use of antiretrovirals. In this article we study factors associated with the progression between different stages of the disease, focusing on therapy adherence using a sample of 722 HIV+ patients followed up for 3 years. States were defined using the following classifications of the CD4 cell count: s1 (CD4 ≥ 500); s2 (350 ≤ CD4 < 500); and s3 (CD4 < 350). The transitions between states were modeled using multi-state models. Antiretroviral therapy adherence and disease duration were associated with transitions between immune states during follow-up. Low adherence increased the hazard ratio of a transition between s1 to s2 and intermediate adherence increased the hazard ratio of a transition between s2 to s3. On the other hand, older age and disease duration between two and four years are protective factors for AIDS progression. Multi-state modeling is a powerful approach for studying chronic diseases and estimating factors associated with transitions between each stage of progression, thus enabling the use of more individualized and effective interventions.
Poucos estudos sobre AIDS que avaliam fatores associados à falha terapêutica consideram sua evolução lenta, com a passagem por múltiplos estados de saúde, consequência do uso de antirretrovirais. Nesse artigo foram estudados fatores associados à progressão entre estados imunes, enfocando adesão, em 722 pacientes HIV+ acompanhados por 3 anos. O desfecho foi a contagem de células CD4 classificada em s1 (CD4 ≥ 500), s2 (350 ≤ CD4 < 500) e s3 (CD4 < 350). As transições entre estados foram modeladas por modelos multiestado. A adesão à terapia antirretroviral e o tempo de doença estão associados diferentemente à mudança do estado imune vivido pelo paciente. Baixa adesão à terapia aumentou o risco de s1→s2 e adesão intermediária aumentou o de s2→s3. Por outro lado, idades elevadas e tempo de doença de 2 a 4 anos se apresentam como fatores de proteção na progressão da AIDS. A modelagem multiestado é uma abordagem poderosa no estudo de doenças crônicas, por estimar os fatores associados a cada etapa da evolução de doenças crônicas, possibilitando a adoção de intervenções mais individualizadas e eficazes.
Existen pocos estudios sobre el SIDA que evalúan factores asociados al fallo terapéutico, consideran su evolución lenta, con el pasaje por múltiples estados de salud, consecuencia del uso de antirretrovirales. En ese artículo se estudiaron factores asociados a la progresión entre estados inmunes, enfocando adhesión, en 722 pacientes VIH+ acompañados durante 3 años. El desenlace fue el cómputo de células CD4, clasificado en s1 (CD4 ≥ 500), s2 (350 ≤ CD4 < 500) y s3 (CD4 < 350). Las transiciones entre estados se modelaron por modelos multi-estado. La adhesión a la terapia antirretroviral y el tiempo de enfermedad están asociados diferentemente al cambio del estado inmune vivido por el paciente. Baja adhesión a la terapia aumentó el riesgo de s1→s2 y una adhesión intermedia aumentó de un s2→s3. Por otro lado, edades elevadas y tiempo de enfermedad de 2 a 4 años se presentan como factores de protección en la progresión del SIDA. El modelo multi-estado es un enfoque poderoso en el estudio de enfermedades crónicas, por estimar los factores asociados a cada etapa de la evolución de enfermedades crónicas, posibilitando la adopción de intervenciones más individualizadas y eficaces.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Terapia Antirretroviral de Alta Atividade , Infecções por HIV/diagnóstico , Cooperação do Paciente/estatística & dados numéricos , Doença Crônica , Estudos de Coortes , Progressão da Doença , Escolaridade , Infecções por HIV/tratamento farmacológico , Análise de SobrevidaRESUMO
OBJECTIVE: To assess the feasibility of HIV rapid testing for pregnant women at maternity hospital admission and of subsequent interventions to reduce perinatal HIV transmission. METHODS: Study based on a convenience sample of women unaware of their HIV serostatus when they were admitted to delivery in public maternity hospitals in Rio de Janeiro and Porto Alegre, Brazil, between March 2000 and April 2002. Women were counseled and tested using the Determine HIV1/2 Rapid Test. HIV infection was confirmed using the Brazilian algorithm for HIV infection diagnosis. In utero transmission of HIV was determined using HIV-DNA-PCR. There were performed descriptive analyses of sociodemographic data, number of previous pregnancies and abortions, number of prenatal care visits, timing of HIV testing, HIV rapid test result, neonatal and mother-to-child transmission interventions, by city studied. RESULTS: HIV prevalence in women was 6.5 percent (N=1,439) in Porto Alegre and 1.3 percent (N=3.778) in Rio de Janeiro. In Porto Alegre most of women were tested during labor (88.7 percent), while in Rio de Janeiro most were tested in the postpartum (67.5 percent). One hundred and forty-four infants were born to 143 HIV-infected women. All newborns but one in each city received at least prophylaxis with oral zidovudine. It was possible to completely avoid newborn exposure to breast milk in 96.8 percent and 51.1 percent of the cases in Porto Alegre and Rio de Janeiro, respectively. Injectable intravenous zidovudine was administered during labor to 68.8 percent and 27.7 percent newborns in Porto Alegre and Rio de Janeiro, respectively. Among those from whom blood samples were collected within 48 hours of birth, in utero transmission of HIV was confirmed in 4 cases in Rio de Janeiro (4/47) and 6 cases in Porto Alegre (6/79). CONCLUSIONS: The strategy proved feasible in maternity hospitals in Rio de Janeiro and Porto Alegre. Efforts must be taken to maximize HIV testing during labor. There is a need of strong social support to provide this population access to health care services after hospital discharge.
OBJETIVO: Analisar a viabilidade da testagem rápida para o HIV entre gestantes na admissão à maternidade e de intervenções para reduzir a transmissão perinatal do HIV. MÉTODOS: Amostra de conveniência de mulheres que desconheciam sua situação sorológica para o HIV quando admitidas para o parto em maternidades públicas do Rio de Janeiro, RJ, e de Porto Alegre, RS, entre março de 2000 e abril de 2002. As mulheres foram aconselhadas e testadas com teste rápido Determine HIV1/2 na maternidade. Infecção pelo HIV foi confirmada pelo algoritmo brasileiro para o diagnóstico da infecção pelo HIV. A transmissão intra-útero foi determinada pelo PCR-DNA-HIV. Foram realizadas análises descritivas dos dados sociodemográficos, número de gestações e de abortos prévios, número de visitas de pré-natal, momento da testagem para o HIV, resultado do teste rápido para o HIV, intervenções recebidas pelos recém-natos e de transmissão vertical do HIV, de acordo com cada cidade. RESULTADOS: A prevalência de HIV entre as mulheres foi 6,5 por cento (N=1.439) em Porto Alegre e 1,3 por cento (N=3.778) no Rio de Janeiro. A maioria foi testada durante o trabalho de parto em Porto Alegre e no pós-parto, no Rio de Janeiro. Cento e quarenta e quatro crianças nasceram de 143 mulheres infectadas pelo HIV. Todos os recém-natos receberam ao menos a profilaxia com zidovudina oral, exceto um em cada cidade. Foi possível evitar qualquer exposição ao leite materno em 96,8 por cento e 51,1 por cento dos recém-natos em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, respectivamente. A zidovudina injetável foi administrada durante o trabalho de parto para 68,8 por cento dos recém-natos em Porto Alegre e 27,7 por cento no Rio de Janeiro. Entre aqueles com amostras de sangue coletadas até 48 horas do nascimento, a transmissão intra-útero foi confirmada em quatro casos no Rio de Janeiro (4/47) e em seis casos em Porto Alegre (6/79). CONCLUSÕES: A estratégia mostrou-se factível nas maternidades do Rio de Janeiro e de Porto Alegre. Esforços devem ser empreendidos para maximizar a testagem durante o trabalho de parto. Forte suporte social precisa ser acoplado a essa estratégia para garantir o acesso dessa população ao sistema de saúde após a alta da maternidade.
OBJETIVO: Analizar la viabilidad de evaluación rápida del HIV entre gestantes en la admisión en la maternidad y de intervenciones para reducir la transmisión perinatal del HIV. MÉTODOS: Muestra de conveniencia de mujeres que desconocían su situación serológica para el HIV al ser admitidas para el parto en maternidades públicas de Rio de Janeiro (Sureste) y de Porto alegre (Sur de Brasil), entre marzo de 2000 y abril de 2002. Las mujeres fueron aconsejadas y evaluadas con prueba rápida Determine HIV1/2 en la maternidad. Infección por el HIV fue confirmada por el algoritmo brasilero para el diagnóstico de la infección por el HIV. La transmisión intra- útero fue determinada por el PCR-DNA-HIV. Fueron realizados análisis descriptivos de los datos sociodemográficos, número de gestaciones y de abortos previos, número de visitas de prenatal, momento de la evaluación para el HIV, resultado de la prueba rápida para el HIV, intervenciones recibidas por los recién nacidos y de transmisión vertical del HIV, de acuerdo con cada ciudad. RESULTADOS: La prevalencia de HIV entre las mujeres fue de 6,5 por ciento (N=1.439) en Porto Alegre y 1,3 por ciento (N=3,778) en Rio de Janeiro. La mayoría fue evaluada durante el trabajo de parto en Porto Alegre y en el postparto, en Rio de Janeiro. Ciento y cuarenta y cuatro niños nacieron de 143 mujeres infectadas por el HIV. Todos los recién nacidos recibieron al menos la profilaxia con zidovudina oral, excepto uno en cada ciudad. Fue posible evitar cualquier exposición a la leche materna en 96,8 por ciento y 51,1 por ciento de los recién nacidos en Porto Alegre y en Rio de Janeiro, respectivamente. La zidovudina inyectable fue administrada durante el trabajo de parto a 68,8 por ciento de los recién nacidos en Porto Alegre y 27,7 por ciento en Rio de Janeiro. Entre aquellos con muestras de sangre colectadas hasta 48 horas de nacimiento, la transmisión intra-útero fue confirmada en cuatro casos en Rio de Janeiro (4/47) y en seis casos en Porto Alegre (6/79). CONCLUSIONES: La estrategia se mostró factible en las maternidades de Rio de Janeiro y de Porto Alegre. Esfuerzos deben ser emprendidos para maximizar la evaluación durante el trabajo de parto. Fuerte soporte social precisa ser acoplado a esa estrategia para garantizar el acceso de dicha población al sistema de salud posterior a ser dado de alta de la maternidad.