Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 16 de 16
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Indicadores
Intervalo de ano de publicação
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(4): e00006223, 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557407

RESUMO

Nas últimas décadas, produziu-se um robusto corpus de pesquisas sobre aborto no Brasil, com diferentes desenhos, objetos e metodologias. Contudo, pela diversidade de situações em que as mulheres brasileiras vivenciam o abortamento, pela complexidade do tema e por suas modulações em contextos políticos e socioculturais distintos, o assunto não cessa de desafiar a academia, o campo da saúde e dos direitos reprodutivos. Neste artigo, apresentamos aspectos metodológicos de um estudo qualitativo sobre itinerários de cuidado à saúde de mulheres em situações de abortamento, componente da pesquisa Nascer no Brasil II, que objetiva discutir efeitos das desigualdades de gênero, de raça/etnia, de classe social, geracionais, regionais e territoriais nesses percursos. Discutimos o desenvolvimento do desenho do estudo; a construção do arcabouço teórico e recortes analíticos específicos; a elaboração do instrumento de entrevista; os critérios de seleção das mulheres; as estratégias de abordagem e condução das entrevistas; a gestão do fluxo do campo e dos materiais produzidos; os procedimentos analíticos; e os problemas éticos. Para incluir uma diversidade de mulheres e aprofundar resultados do componente quantitativo do Nascer no Brasil II, serão realizadas 120 entrevistas narrativas. O contexto de criminalização do aborto impacta a produção de conhecimento sobre o tema, impondo desafios como conseguir acesso às mulheres, assegurar o anonimato e sua privacidade, além do sigilo das informações, gerar condições objetivas e subjetivas para que possam narrar em profundidade as suas experiências. Com este artigo, procuramos contribuir para o debate sobre esses desafios das pesquisas sobre aborto no Brasil.


En las últimas décadas, se produjo un robusto corpus de investigaciones sobre el aborto en Brasil, con diferentes diseños, objetos y metodologías. Sin embargo, debido a la diversidad de situaciones en las que las mujeres brasileñas vivencian el abortamiento, la complejidad del tema y sus modulaciones en diferentes contextos políticos y socioculturales, el tema continúa desafiando a la academia, el campo de la salud y los derechos reproductivos. En este artículo, presentamos aspectos metodológicos de un estudio cualitativo sobre los itinerarios de cuidados de la salud de mujeres en situación de abortamiento, componente de la encuesta Nacer en Brasil II, que tiene como objetivo discutir los efectos de las desigualdades de género, raza/etnia, clase social, generacionales, regionales y territoriales en esos recorridos. Discutimos el desarrollo del diseño del estudio, la construcción del marco teórico y los recortes analíticos específicos, la elaboración del instrumento de entrevista, los criterios de selección de las mujeres, las estrategias de abordaje y realización de las entrevistas, el manejo del flujo del campo y de los materiales producidos, los procedimientos analíticos y los problemas éticos. Para abarcar una diversidad de mujeres y profundizar los resultados del componente cuantitativo de Nacer en Brasil II, se realizarán 120 entrevistas narrativas. El contexto de criminalización del aborto impacta la producción de conocimiento sobre el tema, imponiendo desafíos, tales como conseguir acceso a las mujeres, asegurar su anonimato y privacidad y la confidencialidad de la información, generar condiciones objetivas y subjetivas para que puedan narrar en profundidad sus experiencias. Con este artículo buscamos contribuir al debate sobre estos desafíos de las investigaciones sobre el aborto en Brasil.


In recent decades, several academic studies on abortion have been produced in Brazil, with different designs, objectives, and methodologies. However, due to the diversity of situations in which Brazilian women experience abortion, the complexity of this topic, and its modulations in different political and sociocultural contexts, it still challenges academicians and the fields of health and reproductive rights. In this article, we present methodological aspects of a qualitative study on health care itineraries of women in situations of abortion, a component of the Birth in Brazil II survey, whose objective is to discuss the effects of gender; race/ethnicity; social class; generational, regional, and territorial inequalities on care itineraries. We discuss the study design development, the construction of the theoretical framework and specific analytical axes, the development of interview instrument, definition of participant selection criteria, strategies to contact participants and conduct the interviews, management of field work and materials produced, analytical procedures, and ethical issues. In total, 120 narrative interviews were conducted in order to include a diversity of women and obtain detailed results from the quantitative analysis under Birth in Brazil II survey. The context of criminalization of abortion has an impact on the production of knowledge on this subject, creating challenges such as difficult access to women, women's anonymity, privacy and data confidentiality, creation of objective and subjective conditions so that they can narrate their experiences in depth. With this article, we seek to contribute to the debate about these challenges in abortion research in Brazil.

2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 22(4): 1663-1686, dez. 2022.
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS | ID: biblio-1428541

RESUMO

O trabalho em saúde no campo do HIV/Aids requer uma abordagem interdisciplinar e tem como desafios fundamentais a adesão da população aos métodos e medidas de prevenção e tratamento, assim como a efetivação do acesso e da integralidade na assistência, o enfrentamento à discriminação e à estigmatização das populações-chave e das pessoas que vivem com HIV. Além disso, ele mobiliza questões complexas relacionados à sexualidade e ao exercício da autonomia cidadã. Tendo isso em vista, analisamos neste trabalho dezoito protocolos clínicos que instruem a atuação profissional na assistência ao HIV/Aids, pautando temas a serem abordados e procedimentos para qualificar o atendimento. Realizamos uma revisão integrativa buscando elucidar o entendimento dos diretos sexuais e reprodutivos presente nestes documentos. Com a síntese dos resultados obtidos, organizamos três categorias a partir das quais são desenvolvidos a temática dos direitos sexuais e reprodutivos: vulnerabilidade; autonomia; gênero e diversidade sexual. Concluímos que os tópicos da vulnerabilidade, reiteradamente abordado, e da sexualidade, que coloca progressivamente em questão a desnaturalização dos papéis sociais de gênero, buscam convergir aspectos sociais, culturais e individuais, indicando um aprimoramento das práticas de promoção de autonomia e a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos na assistência ao HIV/Aids.


Health work in the field of HIV/AIDS requires an interdisciplinary approach and has as fundamental challenges the population's adherence to prevention and treatment methods and measures, as well as the effective access and integrality in assistance, and the struggle against discrimination and stigmatization of key-populations and people living with HIV. In addition, it mobilizes complex issues related to sexuality and the exercise of citizenship autonomy. Considering this, we analyzed in this work eighteen clinical protocols that guide professional performance in HIV/AIDS care, organizing themes and procedures to qualify the care. We performed an integrative review to elucidate the understanding of sexual and reproductive rights present in these documents. With the synthesis of the results obtained, we organized three categories from which the theme of sexual and reproductive rights is developed: vulnerability; autonomy; gender and sexual diversity. We conclude that the topics of vulnerability, repeatedly addressed, and sexuality, which progressively questions the naturalization of social gender roles, try to converge social, cultural and individual aspects, indicating an improvement of practices that promotes sexual and reproductive autonomy and enforcement of rights in HIV/AIDS care.


El trabajo en salud en el campo del VIH/SIDA requiere un abordaje interdisciplinario y tiene como desafíos fundamentales la adhesión de la población a los métodos y medidas de prevención y tratamiento, así como el acceso efectivo y la atención integral, combatiendo la discriminación y estigmatización de las poblaciones-clave y de las personas que viven con el VIH. Además, moviliza temas complejos relacionados con la sexualidad y el ejercicio de la autonomía ciudadana. Considerando eso, analizamos dieciocho protocolos clínicos que orientan la actuación profesional en la atención al VIH/SIDA, orientando temas a ser abordados y procedimientos para calificar la atención. Realizamos una revisión integrativa buscando elucidar la comprensión de los derechos sexuales y reproductivos presente en estos documentos. Con la síntesis de los resultados obtenidos, organizamos tres categorías con las cuales se desarrolla la temática de los derechos sexuales y reproductivos: vulnerabilidad; autonomía; género y diversidad sexual. Concluimos que los temas vulnerabilidad, repetidamente abordado, y sexualidad, que progresivamente cuestiona la naturalización de los roles sociales de género, buscan converger aspectos sociales, culturales e individuales, indicando una mejora de las prácticas de promoción de la autonomía y la efectuación de los derechos sexuales y reproductivos en la atención del VIH/SIDA.


Assuntos
Humanos , Atitude do Pessoal de Saúde , Protocolos Clínicos , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , HIV , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Saúde Sexual , Brasil , Pessoal de Saúde , Vulnerabilidade em Saúde , Diversidade de Gênero , Identidade de Gênero , Política de Saúde
3.
Psicol. ciênc. prof ; 42(spe): e262847, 2022.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1386989

RESUMO

A psicologia tem se consolidado, entre outras áreas de atuação, como profissão de saúde. A despeito de reconhecer-se como tal na atenção terciária e na saúde mental, carece pensar como temos construído nossas práticas em outros setores, aqui em destaque a saúde sexual e a saúde reprodutiva. A previsão de que profissionais da psicologia devem compor equipes mínimas de diversas políticas públicas de saúde sexual e saúde reprodutiva não se faz perceber diante de lacunas significativas nos currículos disciplinares e nas produções acadêmicas da área. A proposta deste texto é apresentar algumas reflexões produzidas a partir de cenas que acompanhei ao longo dos anos que me dedico a essas questões, desde a graduação até a docência. Compõem as análises situações registradas no desenvolvimento de projetos de extensão e de pesquisa, supervisão de estágio em processos psicossociais, grupos de estudos e da disciplina Psicologia, Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva. Pretende-se, a partir dessas cenas, analisar os desafios para consolidar uma práxis psicológica alinhada à defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, bem como o desvelar de modos de escuta que destoam do que a priori deveria ser nosso objetivo central: promoção de cuidado e escuta qualificada. Por fim, proponho alguns parâmetros de organização das nossas ações, desejosa de uma construção que seja cada vez mais partilhada por nossa categoria, orientada pelos direitos humanos e comprometida com a promoção da saúde e da autonomia das usuárias dos serviços de saúde sexual e reprodutiva no Brasil.(AU)


Psychology has been consolidated, among other areas of practice, as a health profession. Regardless of its recognition as such in tertiary care and mental health, we must reflect on how phycologists have built their practices in other sectors, especially regarding sexual and reproductive health. The expectation that psychologists should compose minimum teams of different public policies on sexual and reproductive health, goes unnoticed before the significant gaps in academic programs and production in the field. Given this context, this paper presents some reflections produced from scenes observed over the years that I have been dedicating myself to these issues, from graduation to teaching. The analyzes include situations recorded during extension and research projects, internship supervision in psychosocial processes, study groups and in the Psychology, Sexual Health and Reproductive Health course. Based on these scenes, I analyze the challenges to consolidate a psychological praxis aligned to the defense of sexual and reproductive rights, and unveil ways of listening that deviate from what a priori should be our central objective: promotion of care and qualified listening. Finally, I propose some parameters to organize our actions, hoping for a construction that is increasingly shared by our category, guided by human rights and committed to promoting the health and autonomy of users of sexual and reproductive health services in Brazil.(AU)


La psicología se ha consolidado, entre otras áreas de actividad, como una profesión sanitaria. A pesar de ser reconocida como tal en el tercer nivel de atención y salud mental, es necesario pensar cómo hemos construido nuestras prácticas en otros sectores, con énfasis en la salud sexual y salud reproductiva. La estimación de que los profesionales de la psicología deban conformar equipos mínimos de las diversas políticas públicas en salud sexual y reproductiva no lleva en consideración que hay importantes vacíos en los currículos disciplinares y la producción académica en el área. El propósito de este texto es presentar algunas reflexiones a partir de escenarios que he seguido a lo largo de los años en que me he dedicado a estos temas desde la graduación hasta la docencia. Los análisis abarcan situaciones registradas en el desarrollo de proyectos de extensión e investigación, supervisión de pasantías en procesos psicosociales, grupos de estudio y de la disciplina Psicología, Salud Sexual y Salud Reproductiva. A partir de estos escenarios se pretende analizar los desafíos para la consolidación de una praxis psicológica alineada con la defensa de los derechos sexuales y reproductivos, así como el develamiento de formas de escucha que se alejan de lo que a priori debería ser nuestro objetivo central: la promoción del cuidado y la escucha cualificada. Por último, propongo algunos requisitos para la organización de nuestras acciones, con el fin de que haya una construcción cada vez más compartida en nuestro sector, basada en los derechos humanos y comprometida en la promoción de la salud y la autonomía de las usuarias de los servicios de salud mental y reproductiva en Brasil.(AU)


Assuntos
Masculino , Feminino , Gravidez , Psicologia , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Saúde Reprodutiva , Saúde Sexual , Gravidez na Adolescência , Psicologia Social , Política Pública , Estupro , Educação Sexual , Fatores Socioeconômicos , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Saúde Mental , Sexualidade , Aborto , Racismo , Violência Obstétrica
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.3): 4909-4918, Oct. 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1345761

RESUMO

Resumo Objetivou-se compreender e analisar as vivências de mulheres negras acerca dos cuidados na gestação, no parto e no pós-parto. Trata-se de uma pesquisa empírica, de abordagem qualitativa. Foram entrevistadas mulheres que se autodeclaram negras ou pretas e que passaram pelos serviços públicos de saúde nos municípios de Pernambuco. As narrativas foram coletadas por meio de entrevista semiestruturada. Foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. As narrativas discorrem sobre os temas da violência obstétrica e do racismo institucional. A interseção de eixos de opressão, como raça, classe e gênero, são determinantes nas intervenções e práticas abusivas na atenção que envolve o parto. Conclui-se que o racismo estrutural dificulta e nega o acesso das mulheres negras aos seus direitos reprodutivos.


Abstract The objective was to understand and analyze the experiences of Afro-Brazilian women regarding pregnancy, delivery and postpartum care. It involves empirical research, with a qualitative approach. Women were interviewed who declared themselves black or colored and were attended in the public health services in the municipalities of the State of Pernambuco. The narratives were collected through semi-structured interviews. The Content Analysis technique was used. The narratives addressed the issues of obstetric violence and institutional racism. The intersection of levels of oppression such as race, class and gender are determinant in interventions and abusive practices in the helathcare that involves childbirth. The conclusion drawn is that structural racism hinders and denies access to black women to their reproductive rights.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Parto , Racismo , Violência , Brasil , Pesquisa Qualitativa , Direitos Sexuais e Reprodutivos
5.
Physis (Rio J.) ; 31(1): e310119, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1346703

RESUMO

Resumo Partindo de uma pesquisa mais ampla sobre as vivências de mulheres negras na assistência ao período gestacional e parto, este artigo aborda alguns aspectos do racismo na rotina de atenção à mulher negra durante este ciclo. Trata-se de uma pesquisa empírica de abordagem qualitativa com mulheres e mães que se autodeclaram negras e antirracistas. Nas narrativas, os pontos apresentados envolviam, na sua maioria, estereótipos associados ao corpo negro construídos sob um imaginário social racista. Nas relações interpessoais, discursos permeados por estereótipos racistas desumanizam a mulher negra, gerando barreiras na sua saúde reprodutiva.


Abstract Starting from a broader research on the experiences of black women in assisting the gestational period and childbirth, this article addresses some aspects of racism in the routine of care for black women during this cycle. This is an empirical research with a qualitative approach with women and mothers who declare themselves black and anti-racist. In the narratives, the points presented involved, for the most part, stereotypes associated with the black body constructed under a racist social imaginary. In interpersonal relationships, speeches permeated by racist stereotypes dehumanize black women, creating barriers in their reproductive health.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Estereotipagem , População Negra , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Racismo , Tocologia , Saúde Pública , Narrativas Pessoais como Assunto
6.
RECIIS (Online) ; 14(2): 355-371, abr.-jun. 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1102538

RESUMO

O objetivo deste artigo é problematizar a relação entre eugenia e racismo associada às doenças genéticas, especificamente à doença falciforme, tendo como referência o caso do Programa de Triagem Populacional (PTP), cuja implantação em Salvador, Bahia, não se concretizou devido às mobilizações sociais. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, ancorada na perspectiva feminista e antirracista, que aliou a análise documental da proposta do programa e entrevistas em profundidade com mulheres negras com doença falciforme acerca da percepção sobre o conteúdo do programa. A análise do documento evidenciou conteúdos racistas e eugenistas, relacionados com um discurso de cerceamento do direito reprodutivo de mulheres com este agravo. Entre as mulheres negras entrevistadas, prevaleceu o sentimento de indignação frente à interdição de seu direito reprodutivo. Há necessidade de destituir práticas institucionais que se forjam sob o crivo do racismo institucional e produzem violências sobre os corpos negros.


This article seeks to discuss the relationship between racism and eugenics associated with genetic diseases, specifically with the sickle cell disease, having as reference the case of the Population Screening Program (PTP ­ Programa de Triagem Populacional), which was planned to be implemented in Salvador, Bahia, Brazil, and was unsuccessful, since it was inhibited by social movements. A qualitative research was conducted, based on the feminist and anti-racist perspective, which combined document analysis of the program proposal and in-depth interviews with black women with sickle cell disease in order to understand their perception of the program. The results indicate that the PTP proposal had explicit references to restrictions of the reproductive right of women with sickle cell disease, as well as revealed eugenics besides racist premises. Regarding the perception of the participants of the study, the feeling of indignation prevailed, especially towards the restriction of their reproductive rights. There is a need to eradicate institutional practices that are forged under a cloak of institutional racism producing violence against black bodies.


El objetivo de este artículo es problematizar la relación entre eugenesia y racismo, asociada a las enfermedades genéticas, en particular a la anemia de células falciformes, teniendo como referencia el PTP Programa de Triagem Populacional (Programa de Selección Poblacional), cuya implementación en Salvador, Bahía, no se ha concretado debido a las movilizaciones sociales. Se realizó una investigación cualitativa, fundamentada en la perspectiva feminista e antirracista, aliada al análisis documental de la propuesta del programa y entrevistas en profundidad con mujeres negras con anemia de células falciformes acerca de la percepción sobre el contenido del programa. El análisis del documento evidenció referencias explícitas a restricciones del derecho reproductivo de mujeres con anemia de células falciformes, presentando en muchas partes contenidos claramente sintonizados con principios eugenésicos y racistas. Entre las mujeres negras entrevistadas, prevaleció el sentimiento de indignación frente a la interdicción de su derecho reproductivo. Hay necesidad de suspender practicas institucionales que se forjan bajo el tamiz del racismo institucional y producen violencias sobre los cuerpos negros.


Assuntos
Humanos , Participação da Comunidade , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Racismo , Saúde das Minorias Étnicas , Anemia Falciforme , Preconceito , Feminismo , Pesquisa Qualitativa
7.
Rev. pesqui. cuid. fundam. (Online) ; 11(2, n. esp): 475-480, jan. 2019. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-969982

RESUMO

Introduction: The paternity must not be treated only from the legal obligation perspective, instead, particularly as a right of man to participate in the whole process. Objective: Analyzing the man's participation on the postpartum follow up and his relation with the parenting. Methods: It is a documental research having a qualitative approach in which it is found that more than half of the informing fathers participated on the care to the child either directly or indirectly, regardless of the complexity levels. Results: It has been seen that the fathers are more participative. This means that the parenting is breaking, at some point, with the traditional models of masculinity persisting until today. Conclusion: For this reason, it is crucial that men are stimulated to practice the fatherhood, as through it they can contribute to gender equality


Objetivo: Analisar a participação do homem no acompanhamento do pósparto e sua relação com o exercício da paternidade. Método: trata-se de pesquisa documental com abordagem qualitativa, na qual se observou que mais da metade dos pais informantes participavam dos cuidados direta ou indiretamente, independente dos níveis de complexidade desses cuidados. Resultados: percebeu-se, então, que os pais estão mais participativos, o que leva a crer que o exercício da paternidade está rompendo, em certo ponto, com os modelos tradicionais de masculinidade que ainda perduram nos dias de hoje. Conclusão: Por isso, é de extrema relevância que os homens sejam incentivados a exercerem a paternidade, pois, através dela, eles contribuem para a desigualdade de gênero


Objetivo: Analizar la participación del hombre en el seguimiento del post-parto y su relación con el ejercicio de la paternidad. Método: se trata de investigación documental con abordaje cualitativo, en el que se ha observado que más de la mitad de los padres informantes participaban en los cuidados directa o indirectamente, independientemente de los niveles de complejidad de esos cuidados. Resultados: se percibió, entonces, que los padres están más participativos, lo que lleva a creer que el ejercicio de la paternidad está rompiendo, en cierto punto, con los modelos tradicionales de masculinidad que aún perduran hoy en día. Conclusión: Por ello, es de extrema relevancia que se incentive a los hombres a ejercer la paternidad, pues, a través de ella, ellos contribuyen para la igualdad de género


Assuntos
Feminino , Adulto , Paternidade , Período Pós-Parto/psicologia , Relações Pai-Filho , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Relações Familiares/psicologia
8.
Salvador; s.n; 2017. 95P p.
Tese em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1120169

RESUMO

A despeito da alta cobertura do pré-natal no Brasil, análises sobre o cuidado adequado identificam baixos percentuais de acesso das mulheres a esse tipo de serviço. Fatores de ordem socioeconômica e demográfica, com destaque para a raça/cor, têm caracterizado as desigualdades de acesso das mulheres ao cuidado pré-natal adequado, embora não haja consenso na literatura de que as mulheres negras têm o pior acesso ao cuidado adequado. Tem-se como objetivo geral comparar a utilização do cuidado pré-natal adequado entre mulheres negras e brancas no Brasil, e como objetivos específicos caracterizar as mulheres usuárias do cuidado pré-natal segundo a raça/cor e outros fatores sociodemográficos; estimar a magnitude da adequação global do cuidado pré-natal; verificar a associação entre o índice padronizado de adequação do cuidado pré-natal e a raça/cor e verificar associação entre os indicadores de processo do cuidado pré-natal adequado e a raça/cor. Estudo de abordagem quantitativa, do tipo transversal, de base populacional, realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde. A amostra foi constituída por 1851 mulheres com 18 anos ou mais de idade, residentes no Brasil. Construiu-se um índice de adequação do cuidado pré-natal com base nas mensurações do escore Z, classificados em três níveis: adequado, intermediário e inadequado. O pré-natal adequado foi definido tomando como referência as recomendações mínimas propostas pelo Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e pelo Manual técnico de atenção ao pré-natal de alto risco, sendo que os índices de adequação do pré-natal compuseram as variáveis dependentes. A variável raça/cor foi constituída pelos grupos negra e branca e considerada como variável independente principal e as características sociodemográficas das mulheres como covariáveis. A análise estatística foi realizada mediante obtenção das medidas de tendência central (média e mediana), desvio- padrão, frequência (absolutas e percentuais), prevalência e odds ratio. A verificação da associação entre as variáveis dependentes e independentes foi realizada mediante a análise bivariada tabular e por meio da regressão logística multinível, estimando-se, desta forma, o odds ratio (OR) e seu respectivo intervalo de confiança de 95%. Em todas as análises estatísticas adotou-se o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Os resultados apontaram que mulheres negras possuem menor chance de iniciar o pré-natal antes da 12ª semana, realizar mais de 6 consultas, realizar teste HIV, realizar VDRL, realizar exame das mamas e receber orientações quanto à gestação, parto e aleitamento materno. Os achados também evidenciaram associação entre a raça/cor e a idade, escolaridade, renda, ocupação, paridade e utilização do serviço público. Encontramos 10,8% de adequação global do cuidado pré-natal e associação estatisticamente significante entre a raça/cor das mulheres e o índice de adequação pré-natal (OR= 0,45; IC95%:0,30- 0,67). Conhecer os grupos vulneráveis e seu perfil de utilização dos serviços de saúde é ferramenta fundamental para o planejamento de ações direcionadas à eliminação das desigualdades. Este estudo poderá contribuir para formulação de políticas de atenção às mulheres com base nas reais condições do acesso ao cuidado adequado, segundo a raça/cor, assim como elucidar quais os fatores que concorrem para a baixa cobertura do pré-natal adequado. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Enfermagem Materno-Infantil , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Serviços de Saúde Materno-Infantil , Fatores Socioeconômicos , Saúde Materno-Infantil , Racismo
9.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(4): e00152515, 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839688

RESUMO

As mulheres pobres do programa Bolsa Família são acusadas de ter mais filhos para ingressar ou permanecer no programa. Em pesquisa etnográfica (2012/2014), analisamos os relatos de cinco beneficiárias e observamos o contrário. Elas procuraram pela esterilização no serviço público de saúde de Recife, Pernambuco, Brasil, para não ter mais filhos e enfrentaram diversos obstáculos. Dentre os impeditivos, apontaram dificuldades na contracepção reversível, bem como restrição da oferta de esterilização no serviço público de saúde, o que aumenta a procura durante o parto cesariano. O argumento de ser beneficiária do Bolsa Família é utilizado para reforçar a condição de pobreza e aumentar as chances de conseguir a esterilização, nem sempre exitoso. Apenas duas mulheres conseguiram realizar a esterilização, atribuindo o êxito à “sorte” ou à “graça de Deus”, não ao acesso a um direito. Os resultados do presente estudo sugerem que o aumento da prole não é resultante do ingresso no programa, e sim à falta de acesso a direitos reprodutivos.


Poor women in the Bolsa Família program are accused of having more children in order to enroll or remain in the program. In an ethnographic study (2012-2014), we analyzed reports by five beneficiaries of the program and found exactly the opposite. The women reported that they had gone to public health services in Recife, Pernambuco State, Brazil, in hopes of avoiding more children, but that they had encountered various obstacles. Such barriers included difficulties in obtaining reversible contraception and restrictions in the supply of sterilization in these services, which increases the demand for cesarean sections. Their argument that they are beneficiaries of Bolsa Família aims to emphasize their poverty and increase the odds of obtaining sterilization (not always successful). Only two of the women had succeeded in obtaining sterilization, which they attributed to “luck” and “the grace of God” rather than as a right. The study’s findings suggest that poor women increase their offspring not because they are enrolled in Bolsa Família, but due to the lack of access to reproductive rights.


A las mujeres pobres del programa Beca Familia se les acusa de tener más hijos para acceder o permanecer en este programa de ayuda social. En una investigación etnográfica (2012/2014), analizamos los relatos de cinco beneficiarias y observamos lo contrario. Ellas buscaron su esterilización en el servicio público de salud de Recife, Pernambuco, Brasil, para no tener más hijos y enfrentaron diversos obstáculos. Entre los impedimentos, apuntaron dificultades en la contracepción reversible, así como la restricción de la oferta de esterilización en el servicio público de salud, lo que aumenta su búsqueda durante el parto con cesárea. El argumento de ser beneficiaria del Beca Familia se utiliza para reforzar la condición de pobreza y aumentar las oportunidades de conseguir la esterilización, no siempre exitosa. Solamente dos mujeres consiguieron ser esterilizadas, atribuyendo el éxito a la “suerte” o a la “gracia de Dios”, no al acceso a un derecho. Los resultados del presente estudio sugieren que el aumento de la prole no es resultante del acceso a este programa, sino a la falta de acceso a derechos reproductivos.


Assuntos
Humanos , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Esterilização Reprodutiva , Serviços de Planejamento Familiar , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Entrevistas como Assunto , Programas Governamentais
10.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(2): e00004815, 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952258

RESUMO

Resumo Baseado numa investigação qualitativa desenvolvida em 2012, o artigo analisa experiências de abortos provocados de pessoas de estratos sociais médios realizados em clínicas privadas. Foram narradas 34 histórias de gravidezes interrompidas em clínicas por 19 mulheres e cinco homens, residentes em duas capitais do Nordeste brasileiro. Uma análise temática revela que existem diferentes tipos de clínicas e de atendimento prestados pelos médicos. O artigo mostra que a realização de um aborto em uma clínica privada não é garantia de um atendimento humanizado e seguro. As narrativas fornecem descrições de diversas situações e práticas, desde aquelas com algumas falhas, como a falta de informações sobre os medicamentos, até outras com abusos graves, como procedimentos realizados sem anestesia. Assim, conclui-se que a ilegalidade da prática do aborto, no Brasil, permite que as clínicas funcionem sem qualquer tipo de regulação do Estado, não impedindo que as mulheres realizem abortos, mas as expondo a situações de total vulnerabilidade e de violação dos direitos humanos.


Abstract Based on a qualitative study conducted in 2012, the article analyzes middle-class individuals' experiences with induced abortions performed in private clinics. Thirty-four stories of induced abortions were narrated by 19 women and five men living in two state capitals in Northeast Brazil. Thematic analysis revealed differences in types of clinics and care provided by the physicians. The article shows that abortion in private clinics fails to guarantee safe or humane care. The narratives furnish descriptions of diverse situations and practices, ranging from flaws such as lack of information on medicines to others involving severe abuses like procedures performed without anesthesia. The article concludes that criminalization of abortion in Brazil allows clinics to operate with no state regulation; it does not prevent women from having abortions, but exposes them to total vulnerability and violation of human rights.


Resumen En base a una investigación cualitativa, desarrollada en 2012, el artículo analiza experiencias abortivas practicadas en personas de estratos sociales medios, realizadas en clínicas privadas. 19 mujeres y cinco hombres residentes en dos capitales del nordeste brasileño narraron 34 historias de embarazo interrumpido en clínicas de estas zonas. El análisis temático revela que existen diferentes tipos de clínicas y de atención, donde ejercen su labor los médicos. El artículo muestra que la práctica de un aborto en una clínica no es garantía de una atención humanizada y segura. Las historias describen diversas situaciones y prácticas, desde aquellas con algunos fallos tales como la falta de información sobre los medicamentos, hasta otras con abusos graves como procedimientos abortivos realizados sin anestesia. Por ello, se concluye que la ilegalidad de la práctica del aborto en Brasil permite que las clínicas funcionen sin ningún tipo de regulación del Estado, lo que no impide que las mujeres realicen abortos, exponiéndolas a situaciones de total vulnerabilidad y violación de sus derechos humanos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Prática Privada/normas , Serviços de Saúde da Mulher/normas , Aborto Induzido/normas , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Atitude do Pessoal de Saúde , Inquéritos e Questionários , Aborto Induzido/métodos , Pesquisa Qualitativa , Pessoa de Meia-Idade
11.
Cad. saúde pública ; 31(12): 2635-2648, Dez. 2015. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-772097

RESUMO

Resumen Se analizó la utilización de servicios de salud reproductiva (atención prenatal, parto y posparto), según la etnia de las mujeres, a partir de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud 2010 de Colombia. La etnia fue medida por auto- reconocimiento (indígenas, afrodescendientes y ninguna) y se estimaron modelos logísticos para cada servicio. Encontramos que, respecto a quienes no pertenecen a ninguna etnia, la utilización de servicios de salud reproductiva es menor en las mujeres indígenas y afrodescendientes. En los modelos de regresión se encontró que mujeres indígenas tienen menores posibilidades de un número adecuado de controles prenatales (OR = 0,61), así como también afrodescendientes. Igual situación para la atención institucional del parto: indígenas (OR = 0,33), afrodescendientes (OR = 0,60); y en control posparto: indígenas (OR = 0,80), afrodescendientes (OR = 0,80). En conclusión, existen inequidades en la utilización de servicios de salud reproductiva en las mujeres de grupos étnicos de Colombia que deben ser atendidas con estrategias gubernamentales que garanticen el derecho a la salud.


Abstract The aim of this study in Colombia was to analyze the use of reproductive health services (prenatal care, childbirth, and postpartum) according to women’s ethnicity, based on the National Demographic and Health Survey for 2010. Ethnicity was self-reported (indigenous, African-descendant, or neither), and logistic models were performed for each service. The use of reproductive health services was lower among indigenous and African-descendant Colombian women when compared to those that did not declare their ethnicity. According to the regression models, indigenous women showed lower odds of having an adequate number of prenatal visits (OR = 0.61), and the same was true for African-descendant women. The same situation prevailed for institutional childbirth care: indigenous women (OR = 0.33) and African-descendant women (OR = 0.60); and postpartum follow-up: indigenous (OR = 0.80), African-descendant (OR = 0.80). In conclusion, there are inequities in the use of reproductive health services by women belonging to ethnic groups in Colombia, who should be targeted with government strategies to guarantee their right to health.


Resumo O objetivo deste estudo na Colômbia foi analisar o uso de serviços de saúde reprodutiva (pré-natal, parto e pós-parto) de acordo com a identidade étnica das mulheres, com base na Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde de 2010. A identidade étnica era autorreferida (indígena, afrodescendente ou nenhuma das duas), e modelos logísticos foram aplicados a cada serviço de saúde. As mulheres colombianas indígenas e afrodescendentes usavam menos os serviços de saúde reprodutiva, quando comparadas àquelas que não informaram a identidade étnica. De acordo com os modelos de regressão, as mulheres indígenas mostravam menores chances de ter um número adequado de consultas de pré-natal (OR = 0,61), o mesmo valendo para as afrodescendentes. As mesmas disparidades apareciam em relação ao parto hospitalar: parturientes indígenas (OR = 0,33) e afrodescendentes (OR = 0,60); e atendimento puerperal: indígenas (OR = 0,80) e afrodescendentes (OR = 0,80). O estudo concluiu que há desigualdades no uso de serviços de saúde reprodutiva por mulheres pertencentes a grupos étnicos na Colômbia, e que estas devem ser alvo de estratégias públicas para garantir seu direito à saúde.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , População Negra , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Indígenas Sul-Americanos , Cuidado Pré-Natal , Serviços de Saúde Reprodutiva , Colômbia/etnologia , Serviços de Saúde do Indígena , Fatores Socioeconômicos , Serviços de Saúde da Mulher
12.
Saúde Soc ; 22(3): 903-915, jul.-set. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: lil-694136

RESUMO

Neste estudo quantitativo e de base populacional objetivou-se identificar as intenções reprodutivas de mulheres com cinco ou mais filhos, residentes em Curitiba, Paraná. Foram entrevistadas 441 mulheres em seus domicílios entre os anos de 2006 a 2008. Calcularam-se frequências, e o teste t de Student e o coeficiente de Spearman para algumas variáveis. Para análise das perguntas abertas utilizou-se a análise de conteúdo e se elaboraram tabelas com as categorias e as respectivas frequências. O estudo revelou que para 51 por cento das mulheres o número ideal de filhos seria dois; 10 por cento tiveram o número de filhos que desejavam. Em 113 casos (40,4 por cento) o marido preferia ter um número maior de filhos do que as mulheres. Identificaram-se dificuldades na definição e na conquista da fecundidade desejada, falhas na assistência à saúde reprodutiva e desigualdades sociais e de gênero. O monitoramento pelos gestores de saúde dos diferenciais de fecundidade é necessário para o alcance da justiça social e a garantia dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos, no Brasil.


This quantitative and population-based study aimed to identify reproductive intentions of women with five or more children living in Curitiba, Paraná. 441 women were interviewed in their homes between the years 2006 to 2008. Frequencies were calculated, as well as Student's t test and Spearman coefficient for some variables. To analyse the open questions it was used content analysis and worked out tables with categories , their frequencies and percentages. The study revealed that for 51% of women the ideal number of children would have been two children; 10% had the number of children they wanted. In 113 cases (40.4%) the husbands would rather have a larger number of children than women. Difficulties were identified in the definition and achievement of desired fertility, besides failures in reproductive health care and social and gender inequalities. Health managers should monitor the differentials in fertility rates in order to pursue social justice and ensure human rights, as well as sexual and reproductive rights in Brazil.


Assuntos
Humanos , Feminino , Anticoncepção , Comportamento Reprodutivo , Condições Sociais , Medicina Reprodutiva , Mulheres , População Urbana , Demografia , Estudos Transversais , Pesquisa Qualitativa
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 18(4): 1041-1050, Abr. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-674777

RESUMO

Estudo quantitativo, descritivo que teve como objetivo conhecer e caracterizar as condições sociodemográficas, reprodutivas e de proteção social de mulheres que vivenciam alta fecundidade, em um grande centro urbano. A população pesquisada constituiu-se de 441 mulheres residentes em Curitiba que tiveram o quinto filho, ou mais, no ano de 2005, identificadas pela declaração de nascido vivo do último filho. Realizaram-se visitas domiciliares para entrevistas nos anos de 2006 a 2008. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário semiestruturado. Os resultados foram apresentados em tabelas com frequências absolutas e relativas, médias e desvio padrão, permitindo delinear o seguinte perfil: mulher migrante do interior do estado, residente há mais de dez anos na capital, vinda de família numerosa, com 35 anos em média e cinco anos de estudo, com mais de uma união, vivendo em união consensual, subempregada, com renda média aproximada de R$ 600,00, responsável por sete dependentes ou mais. Confirmando claramente a vulnerabilidade dessas mulheres e suas famílias. Conclui-se que a busca ativa de mulheres com alta fecundidade pelas equipes de saúde da família, priorizando suas necessidades, contribuiria para a redução das desigualdades sociais e em saúde a que elas estão sujeitas.


A quantitative, descriptive study sought to identify the socio-demographic, reproductive and social protection conditions of women in a large city in Brazil. The target population consisted of women living in Curitiba with the last of five or more children born in the year 2005, identified by the registration system of newborn babies. Interviews in households were carried out with 441 women from 2006 to 2008 using a semi-structured questionnaire. Data obtained from the study were presented in tables with absolute and relative frequencies, averages and standard deviations. The following profile was derived from the results: migrant women from the state interior, living for over ten years in the capital, coming from large families, with a mean age of 35 years and five years of schooling, with more than one marriage, living in consensual union, underemployed, with an average income of around US$ 352 to cover the needs of seven or more dependents. This profile clearly confirms the social vulnerability of these women and their families. The study concludes that a proactive search by family health teams for women with high fertility, in order to prioritize their needs, would assist in reducing their social and health inequalities.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Coeficiente de Natalidade , Brasil , Estudos Transversais , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , População Urbana
14.
Saúde Soc ; 21(supl.1): 164-176, maio 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-640925

RESUMO

No Brasil, os direitos reprodutivos estão previstos em legislação nacional e normativas do Ministério da Saúde, devendo ser objeto de políticas públicas, e também uma agenda do movimento de mulheres desde os anos 1970. O planejamento familiar integra essas políticas, tendo como base os princípios da não coerção e escolha informada e responsável, implicando em parâmetros éticos. O Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, mecanismo instituído por lei para exercer o controle social sobre essas políticas, foi instado em 2006 a assegurar os parâmetros éticos e legais quando um programa de implantes hormonais em adolescentes foi autorizado pela prefeitura sem debate no Conselho. A proposta deste artigo é refletir a partir da Ciência Política e do Feminismo sobre as estratégias utilizadas pelo movimento de mulheres para a reversão desse programa, suas alianças e argumentos, bem como as lições aprendidas. Como resultado se obteve a reversão do programa de implantes e o reposionamento do Conselho como órgão deliberativo da política de saúde.


Assuntos
Humanos , Feminino , Conselhos de Saúde , Controle Social Formal , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Medicina Reprodutiva , Participação da Comunidade , Política de Saúde , Feminismo , Saúde da Mulher
15.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 10(supl.1): s107-s118, nov. 2010. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-574846

RESUMO

OBJETIVOS: avaliar a implementação das ações de assistência ao planejamento reprodutivo (PR) em três municípios fluminenses e os aspectos contextuais. MÉTODOS: pesquisa avaliativa realizada entre 2005-2007. Foram realizadas entrevistas com gestores e profissionais de saúde, observação de serviços e análise de documentos. Para análise do grau de implementação do programa foi desenvolvida matriz de avaliação com três componentes - assistência, educação e gerenciamento - e estabelecidos padrões e critérios. Fontes orais e documentais possibilitaram análise do contexto de implementação. RESULTADOS: a implementação do PR no município metropolitano está avançada e nos municípios do interior é incipiente. Atividades educativas apresentaram maior conformidade com critérios do que atividades clínico-assistenciais. Irregularidade de métodos contraceptivos, problemas na oferta de contracepção cirúrgica, ausência de atenção à infertilidade e à saúde reprodutiva masculina foram aspectos frágeis. Existem equipes multiprofissionais, mas há necessidade de capacitação. No município metropolitano, o gerenciamento do programa é ponto forte, mas nos demais é débil. CONCLUSÕES: o grau de implementação da assistência ao PR se relacionou com desigualdades geopolíticas entre os municípios e aspectos do contexto institucional do SUS - pouca integração da rede assistencial e regionalização limitada. O estudo pode contribuir para institucionalização da prática de monitoramento e avaliação das ações de assistência ao planejamento reprodutivo.


OBJECTIVES: to evaluate the implementation of family planning (FP) assistance in three municipalities in the State of Rio de Janeiro, Brazil, along with contextual factors. METHODS: the evaluation was carried out between 2005 and 2007. Interviews were conducted with health workers and managers, the provision of services was observed, and documents consulted. The degree of implementation of the program was assessed by developing an evaluation matrix comprising three components - assistance, education and management - and standards and criteria were established. Oral and documentary sources of information allowed for analysis of the context to the implementation to be carried out. RESULTS: the implementation of FP in the metropolitan municipality was at an advanced stage and in the rural municipalities in its initial stages. Educational activities conformed better to the established criteria than clinical care. Weaknesses included irregular methods of contraception, problems with the availability of contraceptive surgery, the lack of infertility care and male reproductive health. The teams include a range of different professionals, but there is a need for further training. In the metropolitan municipality, program management is a strong point, but in the others management falls short of expectations. CONCLUSIONS: the degree of implementation of FP care is related to geopolitical inequalities and contextual factors associated with the Brazilian National Health System-lack of integration of care networks and limited regionalization. This study may help to encourage institutionalization of the practice of monitoring and evaluating family planning assistance.


Assuntos
Planejamento Familiar , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Direitos Sexuais e Reprodutivos
16.
Saúde Soc ; 17(2): 11-21, abr.-jun. 2008.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-486340

RESUMO

Este artigo tem como objetivo problematizar a pertinência de uma política de saúde para a população de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - GLBT. A partir da consideração dos processos de violação de seus direitos humanos, sistematicamente comprometidos devido a estigmas e processos discriminatórios, busca-se evidenciar a necessidade de uma política de saúde específica a esta população, na perspectiva da integralidade da atenção e da eqüidade no sistema de saúde. O desafio da construção de uma política de atenção integral à saúde dessa população, tal como prevista no programa de governo federal Brasil sem Homofobia, implica a complexificação e alargamento do que se compreende por direitos sexuais e reprodutivos para a efetiva promoção da eqüidade e universalidade do acesso aos bens e serviços.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Assistência Integral à Saúde , Bissexualidade , Equidade , Homossexualidade Feminina , Homossexualidade Masculina , Preconceito , Travestilidade , Violação de Direitos Humanos , Brasil
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA