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1.
Arq. bras. cardiol ; 115(6): 1063-1069, dez. 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1152946

RESUMO

Resumo Fundamento Estudos revelam que pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e frequência cardíaca (FC) <70 batimentos por minuto (bpm) evoluem melhor e têm menor morbimortalidade em comparação com FC >70. Entretanto, muitos pacientes com IC mantêm FC elevada. Objetivo Avaliar se os pacientes acompanhados em ambulatório de cardiologia têm sua FC controlada e como estava a prescrição dos medicamentos que reduzem a mortalidade na IC. Métodos Foram analisados de forma consecutiva pacientes que passaram em consulta e que já acompanhavam em ambulatório de cardiologia, idade > 18 anos e com diagnóstico de IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <45%. Os pacientes em ritmo sinusal foram divididos em dois grupos: FC ≤70 bpm (G1) e FC >70 bpm (G2). Na análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. Foi considerado significante p <0,05. Utilizamos o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para análise. Resultados Foram avaliados 212 pacientes de forma consecutiva. Destes, 41 (19,3%) apresentavam fibrilação atrial ou eram portadores de marca-passo e foram excluídos desta análise; assim, 171 pacientes foram analisados. Os pacientes em ritmo sinusal tinham idade média de 63,80 anos (±11,77), sendo 59,6% homens e FEVE média de 36,64% (±7,79). Com relação à etiologia, a isquêmica estava presente em 102 pacientes (59,65%), enquanto a cardiopatia chagásica em 17 pacientes (9,9%); 131 pacientes eram hipertensos (76,6%), enquanto 63 pacientes (36,84%) eram diabéticos. Quanto à FC, 101 pacientes apresentaram FC ≤70 bpm (59,06%) G1 e 70 pacientes (40,93%) FC >70 bpm (G2). A FC média no G1 foi de 61,53 bpm (±5,26) e no G2, 81,76 bpm (±9,52), p <0,001. A quase totalidade dos pacientes (98,8%) estava sendo tratada com carvedilol prescrito na dose média de 42,14 mg/dia (±18,55) no G1 versus 42,48 mg/dia (±21,14) no G2, p=0,911. A digoxina foi utilizada em 5,9% dos pacientes no G1 versus 8,5% no G2, p=0,510. A dose média de digoxina no G1 foi de 0,19 mg/dia (±0,06) e no G2 foi de 0,19 mg/dia (±0,06), p=0,999. A maioria dos pacientes (87,72%) utilizou o inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor da angiotensina (BRA), e 56,72% utilizaram espironolactona. A dose média de enalapril foi de 28,86 mg/dia (±12,68) e de BRA foi de 87,80 mg/dia (±29,80). A maioria dos pacientes utilizou IECA ou BRA e com doses adequadas. Conclusão O estudo revelou que 40,93% dos pacientes estavam com FC acima de 70 bpm, apesar de o betabloqueador ter sido prescrito para praticamente todos os pacientes e em doses elevadas. Outras medidas precisam ser adotadas para manter a FC mais controlada nesse grupo de frequência mais elevada. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069)


Abstract Background Studies have shown that heart failure (HF) patients with heart rate (HR) < 70 bpm have had a better clinical outcome and lower morbidity and mortality compared with those with HR > 70 bpm. However, many HF patients maintain an elevated HR. Objective To evaluate HR and the prescription of medications known to reduce mortality in HF patients attending an outpatient cardiology clinic. Methods We consecutively evaluated patients seen in an outpatient cardiology clinic, aged older than 18 years, with diagnosis of HF and left ventricular ejection fraction (LVEF) < 45%. Patients with sinus rhythm were divided into two groups - HR ≤ 70 bpm (G1) and HR > 70 bpm (G2). The Student's t-test and the chi-square test were used in the statistical analysis, and a p-value < 0.05 was considered statistically significant. The SPSS software was used for the analyses. Results A total of 212 consecutive patients were studied; 41 (19.3%) had atrial fibrillation or had a pacemaker implanted and were excluded from the analysis, yielding 171 patients. Mean age of patients was 63.80 ± 11.77 years, 59.6% were men, and mean LVEF 36.64±7.79%. The most prevalent HF etiology was ischemic (n=102; 59.6%), followed by Chagasic (n=17; 9.9%). One-hundred thirty-one patients (76.6%) were hypertensive and 63 (36.8%) diabetic. Regarding HR, 101 patients had a HR ≤70 bpm (59.1%) and 70 patients (40.93%) had a HR >70 bpm (G2). Mean HR of G1 and G2 was 61.5±5.3 bpm and 81.8±9.5 bpm, respectively (p<0.001). Almost all patients (98.8%) were receiving carvedilol, prescribed at a mean dose of 42.1±18.5 mg/day in G1 and 42.5±21.1mg/day in G2 (p=0.911). Digoxin was used in 5.9% of patients of G1 and 8.5% of G2 (p=0.510). Mean dose of digoxin in G1 and G2 was 0.19±0.1 mg/day and 0.19±0.06 mg/day, respectively (p=0,999). Most patients (87.7%) used angiotensin converting enzyme inhibitors (ACEI) or angiotensin II receptor blockers (ARB), and 56.7% used spironolactone. Mean dose of enalapril was 28.9±12.7 mg/day and mean dose of ARB was 87.8±29.8 mg/day. The doses of ACEI and ARB were adequate in most of patients. Conclusion The study revealed that HR of 40.9% of patients with HF was above 70 bpm, despite treatment with high doses of beta blockers. Further measures should be applied for HR control in HF patients who maintain an elevated rate despite adequate treatment with beta blocker. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Idoso , Antagonistas de Receptores de Angiotensina , Insuficiência Cardíaca/tratamento farmacológico , Volume Sistólico , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina , Função Ventricular Esquerda , Resultado do Tratamento , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Frequência Cardíaca , Pessoa de Meia-Idade
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(1): 67-75, ene. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-974802

RESUMO

Resumo Queda recorrente representa alto risco de morbidade e mortalidade em idosos, principalmente institucionalizados, dado ao seu quadro de fragilidade e declínio funcional evidentes. O objetivo deste estudo é determinar a incidência e os fatores de risco relacionados a quedas recorrentes em idosos institucionalizados. Estudo longitudinal tipo coorte no período de um ano. Foram avaliados indivíduos com 60 anos ou mais residentes em 10 Instituições de Longa Permanência para Idosos, que deambulassem e possuíssem capacidade cognitiva preservada. Foi questionada a ocorrência de quedas nos últimos doze meses, considerando recorrentes a ocorrência de dois ou mais episódios neste período. Foram ainda coletadas variáveis referentes à instituição, condições sócio demográficas e de saúde do idoso através de questionários. Do total de 364 idosos, 130 foram incluídos. A incidência de quedas recorrentes foi de 26.9% (IC 95% = 22.4 - 31.5). A partir do Qui-quadrado e Regressão Logística, considerando o nível de significância de 5%, foi encontrada fadiga como fator de risco (p = 0.001; RR = 2.9) e uso de betabloqueadores como fator de proteção (p = 0.010; RR = 0.1). Conclui-se que queda recorrente é comum nas Instituições de Longa Permanência para Idosos e a fadiga representa fator de risco.


Abstract Recurrent falls constitute a high risk for morbidity and mortality among older people, especially institutionalized individuals, due to greater frailty and functional decline in this group. The aim of this study was to identify risk factors associated with recurrent falls among institutionalized older persons. A longitudinal cohort study was conducted over a one-year period with a study sample consisting of individuals aged 60 years and over living in 10 Nursing homes (NH) who were able to walk and had preserved cognitive ability. The older persons and carers were asked about the occurrence of falls over the last twelve months. The older persons were considered recurrent fallers if they had had two or more falls during this period. Institutional, sociodemographic and health data was also collected using questionnaires and the residents' medical records. One hundred and thirty individuals were included in the sample out of a total of 364 older people living in the NH. The incidence of recurrent falls was 26.9% (CI95% = 22.4 - 31.5). The results of the chi-square test and logistic regression adopting a significance level of 0.05 showed that fatigue was a risk factor for recurrent falls(p = 0.001; RR = 2.9) and that the use of beta blockers was a protective factor (p = 0.010; RR = 0.1). It was concluded that recurrent falls are common in NH and that fatigue constitutes an important risk factor.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Acidentes por Quedas/estatística & dados numéricos , Fadiga/epidemiologia , Fragilidade/epidemiologia , Casas de Saúde/estatística & dados numéricos , Recidiva , Modelos Logísticos , Incidência , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Estudos Longitudinais , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Fatores de Proteção , Pessoa de Meia-Idade
4.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 63(3): 242-247, Mar. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-956438

RESUMO

Summary Introduction: The mortality rate attributed to ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) has decreased in the world. However, this disease is still responsible for high costs for health systems. Several factors could decrease mortality in these patients, including implementation of cardiac intensive care units (CICU). The aim of this study was to evaluate the effect of CICU implementation on prescribed recommended treatments and mortality 30 days after STEMI. Method: We performed a retrospective study with patients admitted to CICU between 2005 and 2006 (after group) and between 2000 and 2002, before CICU implementation (before group). Results: The after group had 101 patients, while the before group had 143 patients. There were no differences in general characteristics between groups. We observed an increase in angiotensin-converting enzyme inhibitors, clopidogrel and statin prescriptions after CICU implementation. We did not find differences regarding number of patients submitted to reperfusion therapy; however, there was an increase in primary percutaneous angioplasty compared with thrombolytic therapy in the after group. There was no difference in 30-day mortality (before: 10.5%; after: 8.9%; p=0.850), but prescription of recommended treatments was high in both groups. Prescription of angiotensin-converting enzyme inhibitors and beta-blocker decreased mortality risk by 4.4 and 4.9 times, respectively. Conclusion: CICU implementation did not reduce mortality after 30 days in patients with STEMI; however, it increased the prescription of standard treatment for these patients.


Resumo Introdução: Apesar da diminuição da mortalidade por infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAM-ST) no mundo, a doença ainda acarreta elevados custos e morbidade. Muitas medidas contribuem para a redução da mortalidade, dentre elas a criação de unidades intensivas coronarianas (UCO). Objetivo: Avaliar o impacto da criação de uma UCO na prescrição de tratamentos preconizados e na mortalidade em 30 dias em pacientes com IAM-ST. Método: Foi realizado estudo retrospectivo e foram coletados dados de prontuários de pacientes internados na UCO de 2005 a 2006 (grupo depois). Esses dados foram comparados com dados do serviço de 2000 a 2002, previamente à criação da UCO (grupo antes). Resultados: Havia 101 e 143 pacientes nos grupos depois e antes, respectivamente. Não houve diferenças em relação às características populacionais e às características do infarto entre os períodos. Observamos aumento na prescrição de iECA, clopidogrel e estatinas. Apesar da ausência de mudanças no número de pacientes que receberam terapia de reperfusão, houve aumento de angioplastias primárias em detrimento ao uso de trombolíticos no período posterior à criação da UCO. Não observamos diminuição da mortalidade em 30 dias após IAM-ST (antes: 10,5%; depois: 8,9%; p=0,850), mas a prescrição de tratamentos preconizados foi alta em ambos os períodos. O uso de iECA e de betabloqueador diminuiu o risco de morte em 4,4 e 4,9 vezes, respectivamente. Conclusão: Em pacientes com IAM-ST, a criação da UCO não reduziu a mortalidade em 30 dias, mas houve aumento na prescrição de tratamentos preconizados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Unidades de Cuidados Coronarianos/estatística & dados numéricos , Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST/mortalidade , Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST/terapia , Prescrições de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Modelos Logísticos , Análise Multivariada , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Resultado do Tratamento , Mortalidade Hospitalar , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Pessoa de Meia-Idade
5.
Clinics ; 71(11): 635-638, Nov. 2016. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-828550

RESUMO

OBJECTIVES: Recent studies have revealed a relationship between beta-blocker use and worse prognosis in acute coronary syndrome, mainly due to a higher incidence of cardiogenic shock. However, the relevance of this relationship in the reperfusion era is unknown. The aim of this study was to analyze the outcomes of patients with acute coronary syndrome that started oral beta-blockers within the first 24 hours of hospital admission (group I) compared to patients who did not use oral beta-blockers in this timeframe (group II). METHODS: This was an observational, retrospective and multicentric study with 2,553 patients (2,212 in group I and 341 in group II). Data regarding demographic characteristics, coronary treatment and medication use in the hospital were obtained. The primary endpoint was in-hospital all-cause mortality. The groups were compared by ANOVA and the chi-square test. Multivariate analysis was conducted by logistic regression and results were considered significant when p<0.05. RESULTS: Significant differences were observed between the groups in the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, enoxaparin, and statins; creatinine levels; ejection fraction; tabagism; age; and previous coronary artery bypass graft. Significant differences were also observed between the groups in mortality (2.67% vs 9.09%, OR=0.35, p=0.02) and major adverse cardiovascular events (11% vs 29.5%, OR=4.55, p=0.02). CONCLUSIONS: Patients with acute coronary syndrome who underwent early intervention with oral beta-blockers during the first 24 hours of hospital admission had a lower in-hospital death rate and experienced fewer major adverse cardiovascular events with no increase in cardiogenic shock or sustained ventricular arrhythmias compared to patients who did not receive oral beta-blockers within this timeframe.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Síndrome Coronariana Aguda/tratamento farmacológico , Síndrome Coronariana Aguda/mortalidade , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Infarto do Miocárdio/tratamento farmacológico , Brasil/epidemiologia , Mortalidade Hospitalar , Modelos Logísticos , Análise Multivariada , Infarto do Miocárdio/mortalidade , Estudos Retrospectivos , Choque Cardiogênico/mortalidade , Resultado do Tratamento
6.
Brasília; CONITEC; maio 2016. tab, ilus, ilus.
Monografia em Português | LILACS, BRISA | ID: biblio-837341

RESUMO

Contexto: A insuficiência cardíaca crônica é uma síndrome sistêmica complexa e progressiva que se caracteriza por comprometimento da perfusão tecidual, com sintomas característicos de dispneia, fadiga, além de piora da qualidade de vida. A síndrome está relacionada a altas taxas de mortalidade e hospitalização. Ivabradina é um protótipo de medicamentos que agem na frequência cardíaca e que recentemente foi aprovada para tratamento de insuficiência cardíaca crônica associada a betabloqueadores em indivíduos em estágios mais avançados da doença e que mantêm a frequência cardíaca alta mesmo em tratamento com as doses mais altas toleradas desses medicamentos. Pergunta: A associação de ivabradina ao tratamento convencional com betabloqueadores é eficaz e segura no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca crônica, quando comparada ao tratamento com betabloqueadores? Evidências científicas: Foram avaliados 15 estudos, dentre os quais um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo no qual se incluíram 6.500 indivíduos com insuficiência cardíaca crônica em estágio funcional NYHA II a IV e frequência cardíaca ≥70 bpm. O tratamento com ivabradina em dose média de 6 mg duas vezes ao dia em associação a betabloqueadores por 23 meses diminuiu o risco de internação por piora no quadro de insuficiência cardíaca em 26%, ao que se associa um NNT de 20 (IC 95% 15 a 31). O medicamento não demonstrou efeito no desfecho primário mortalidade por causas cardiovasculares como também não se observou diminuição de risco de mortalidade por todas as causas. Observou-se uma diminuição no risco de mortalidade por insuficiência cardíaca, desfecho secundário, embora associada à imprecisão importante, em função das baixas taxas de eventos e do amplo intervalo de confiança (NNT 83, IC 95% 52 a 333). Por meio de outros estudos sugere-se que o medicamento tenha efeitos na reversão do remodelamento cardíaco associada à progressividade da doença, diminuição de biomarcadores relacionados à insuficiência cardíaca e na diminuição da pós-carga cardíaca, melhorando o funcionamento ventricular e acoplamento ventrículo arterial, sem, entretanto, interferir na função renal. Identificaram-se efeitos na diminuição da frequência cardíaca e da variação da frequência cardíaca. O uso do medicamento está associado a um NNH de 58 (no período de dois anos) em relação ao desfecho fibrilação atrial em indivíduos com frequência cardíaca maior que 70 bpm. Discussão: O principal benefício do medicamento, cujo efeito foi avaliado por meio de evidência de alta qualidade, é evitar internações por piora no quadro de insuficiência cardíaca. O efeito relativo é de uma diminuição de 26% quando se compara ao uso isolado de betabloqueadores. Entretanto, mesmo para o desfecho de maior benefício, o efeito absoluto ainda é muito baixo, atingindo uma diminuição de 4,9% apenas. Para outros desfechos de hospitalização, o efeito absoluto é ainda mais baixo e mais impreciso. Não houve efeito na mortalidade de forma que o uso do medicamento não obteve efeito nos desfechos mortalidade por todas as causas e por causas cardiovasculares. O efeito estatisticamente significativo observado para diminuição em mortalidade por insuficiência cardíaca partiu de uma medida de baixa qualidade e, portanto, um efeito de baixa confiabilidade e bastante passível de modificação por trabalhos futuros. O medicamento aumenta o risco de fibrilação atrial, como um NNH de 83. Os resultados da análise econômica são frágeis e partem de informações imprecisas, principalmente sobre a estimativa, em termos quantitativos, da população elegível ao tratamento com ivabradina. Decisão: Não incorporar a ivabradina para o tratamento de insuficiência cardíaca crônica moderada a grave em indivíduos com frequência cardíaca ≥ 70 bpm e que toleram menos de 50% da dose alvo recomendada de agentes betabloqueadores, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Foi publicada a Portaria Nº 19, de 24 de maio de 2016.


Assuntos
Humanos , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Benzazepinas/uso terapêutico , Insuficiência Cardíaca/tratamento farmacológico , Frequência Cardíaca/efeitos dos fármacos , Brasil , Análise Custo-Benefício/economia , Avaliação da Tecnologia Biomédica , Sistema Único de Saúde
7.
Arq. bras. cardiol ; 102(5): 495-504, 10/06/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-711091

RESUMO

Fundamento: O tratamento da insuficiência cardíaca evoluiu nas últimas décadas, sugerindo que sua sobrevida tem aumentado. Objetivo: Verificar se houve melhora na sobrevida dos pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Métodos: Comparamos retrospectivamente os dados de seguimento e tratamento de duas coortes de pacientes com insuficiência cardíaca sistólica admitidos para compensação até o ano 2000 (n = 353) e após 2000 (n = 279). Foram analisados: morte hospitalar, re-hospitalizações e morte no seguimento de 1 ano. Utilizamos os testes U de Mann-Whitney e qui-quadrado para comparação entre os grupos. Os preditores de mortalidade foram identificados pela análise de regressão por meio do método dos riscos proporcionais de Cox e análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Os pacientes internados até o ano 2000 eram mais jovens, tinham menor comprometimento ventricular esquerdo e receberam menor proporção de betabloqueadores na alta. A sobrevida dos pacientes hospitalizados antes de 2000 foi menor do que a dos hospitalizados após 2000 (40,1% vs. 67,4%; p < 0,001). Os preditores independentes de mortalidade na análise de regressão foram: a etiologia chagásica (hazard ratio: 1,9; intervalo de confiança de 95%: 1,3-3,0), inibidores da enzima conversora da angiotensina (hazard ratio: 0,6; intervalo de confiança de 95%: 0,4-0,9), betabloqueador (hazard ratio: 0,3; intervalo de confiança de 95%: 0,2-0,5), creatinina ≥ 1,4 mg/dL (hazard ratio: 2,0; intervalo de confiança de 95%: 1,3-3,0), sódio sérico ≤ 135 mEq/L (hazard ratio: 1,8; intervalo de confiança de 95%: 1,2-2,7). Conclusões: Pacientes com insuficiência cardíaca avançada apresentaram melhora significativa na sobrevida e redução ...


Background: The treatment of heart failure has evolved in recent decades suggesting that survival is increasing. Objective: To verify whether there has been improvement in the survival of patients with advanced heart failure. Methods: We retrospectively compared the treatment and follow-up data from two cohorts of patients with systolic heart failure admitted for compensation up to 2000 (n = 353) and after 2000 (n = 279). We analyzed in-hospital death, re-hospitalization and death in 1 year of follow-up. We used Mann-Whitney U test and chi-square test for comparison between groups. The predictors of mortality were identified by regression analysis through Cox proportional hazards model and survival analysis by the Kaplan-Meier survival analysis. Results: The patients admitted until 2000 were younger, had lower left ventricular impairment and received a lower proportion of beta-blockers at discharge. The survival of patients hospitalized before 2000 was lower than those hospitalized after 2000 (40.1% vs. 67.4%; p<0.001). The independent predictors of mortality in the regression analysis were: Chagas disease (hazard ratio: 1.9; 95% confidence interval: 1.3-3.0), angiotensin-converting-enzyme inhibitors (hazard ratio: 0.6; 95% confidence interval: 0.4-0.9), beta-blockers (hazard ratio: 0.3; 95% confidence interval: 0.2-0.5), creatinine ≥ 1.4 mg/dL (hazard ratio: 2.0; 95% confidence interval: 1.3-3.0), serum sodium ≤ 135 mEq/L (hazard ratio: 1.8; 95% confidence interval: 1.2-2.7). Conclusions: Patients with advanced heart failure showed a significant improvement in survival and reduction in re-hospitalizations. The neurohormonal blockade, with angiotensin-converting-enzyme inhibitors and beta-blockers, had an important role in increasing survival of these patients with advanced heart failure. .


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Insuficiência Cardíaca/mortalidade , Insuficiência Cardíaca/terapia , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Brasil , Pressão Sanguínea/fisiologia , Métodos Epidemiológicos , Mortalidade Hospitalar , Prognóstico , Estudos Retrospectivos , Taxa de Sobrevida , Fatores de Tempo
8.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 24(2): 34-43, abr.-jun. 2014. graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: lil-740487

RESUMO

o sistema nervoso autônomo contribui diretamente para uma série de atividades biológicas e está envolvido em inúmeras doenças. A hiperatividade simpática é um dos vários mecanismos envolvidos na patogênese da hipertensão arterial sistêmica (HAS) primária. A transmissão da informação nervosa através de sinapses é mediada por agentes químicos específicos conhecidos como neurotransmissores, representados pela acetilcolina e pelas catecolaminas. O bloqueio dos receptores pré e pós-sinapse permite que a ação de fárrnacos alcance sua plenitude no controle dos portadores de hiperati vidade simpática. Um percentual significativo de hipertensos são resistentes ao tratamento farrnacológico. A denervação simpática renal surgiu como estratégia terapêutica adjunta no controle de hipertensos resistentes ao tratamento clínico. Nos últimos cinco anos, diversos estudos demonstraram resultados consistentes na redução da pressão arterial. Diversas outras condições clínicas associam-se à hiperatividade do sistema adrenérgico, tais como a insuficiência cardíaca, o diabetes mellitus, a doença renal crônica, a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono e as arritmias cardíacas. Nestes contextos, a redução da atividade simpática renal também mostrou-se ser benéfica em estudos clínicos iniciais. Uma variedade de dispositivos dedicados foram e estão sendo desenvolvidos com o objetivo de ampliar a segurança e a eficácia do método, além de facilitar o procedimento. Estudos multicêntricos, prospectivos, randomizados e controlados em andamento investigam desfechos como mortalidade cardiovascular, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral em longo prazo.


The autonomic nervous system contributes directly to a number of biological activities and is involved in numerous diseases. Sympathetic hyperactivity is one of several mechanisms involved in the pathogenesis of primary hypertension. The transmission through the nerve synapses is mediated by specific chemical agents known as neurotransmitters represented by the acetylcholine and catecholarnine. Blockade of specific pre-and post-synapse receptors allows the treatment of patients with sympathetic hyperactivity. A large proportion of hypertensive patients are resistant to pharmacological treatment. Renal sympathetic denervation emerged as adjunctive therapeutic strategy in controlling hypertension resistant to medical treatrnent. ln the last five years, several studies have shown consistent results in lowering blood pressure. Several other clinica! conditions are associated with hyperactivity of the adrenergic system such as heart failure, diabetes mellitus, chronic kidney disease, obstructive sleep apnea, polycystic ovary syndrome and cardiac arrhythrnias. ln these contexts, the reduction in renal sympathetic activity also proved to be beneficial in initial clinical studies. A substantial variety of dedicated devices have been developed in order to reduce variability between operators, reduce renal artery manipulation, improve vessel contact, reduce radiation exposure and procedure time, and therefore improving safety and efficacy. Mu!ticenter, prospective, randomized, controlled trials are ongoing to investigate long term outcomes such as cardiovascular mortality, acute myocardial infarction and stroke.


Assuntos
Humanos , Ablação por Cateter/métodos , Hipertensão/complicações , Hipertensão/fisiopatologia , Insuficiência Cardíaca/diagnóstico , Insuficiência Cardíaca/fisiopatologia , Tratamento Farmacológico/métodos , Sistema Nervoso Autônomo/fisiopatologia , Sistema Nervoso Simpático/fisiopatologia , Antagonistas Adrenérgicos beta , Clonidina/efeitos adversos , Denervação , Estudos Cross-Over , Fibrilação Atrial/fisiopatologia , Guanabenzo , Guanfacina/efeitos adversos , Metildopa/efeitos adversos , Rim , Simpatectomia/métodos
10.
Arq. bras. cardiol ; 102(4): 319-326, abr. 2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: lil-709321

RESUMO

Fundamento: As diretrizes baseiam-se em evidências para pautar suas recomendações; apesar disso, há uma lacuna entre o recomendado e a prática clínica. Objetivo: Descrever a prática de prescrição de tratamentos com indicação baseada em diretrizes para pacientes com síndrome coronariana aguda no Brasil. Métodos: Foi realizada uma subanálise do registro ACCEPT, na qual foram avaliados os dados epidemiológicos e a taxa de prescrição de ácido acetilsalicílico, inibidores P2Y12, antitrombóticos, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina/bloqueadores AT1 e estatinas. Além disso, avaliou-se a qualidade da reperfusão coronariana no infarto com supradesnivelamento do segmento ST. Resultados: Foram avaliados 2.453 pacientes. As taxas de prescrição de ácido acetilsalicílico, inibidores de P2Y12, antitrombóticos, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina/bloqueadores AT1 e estatinas foram, respectivamente, de 97,6%, 89,5%, 89,1, 80,2%, 67,9%, 90,6%, em 24 horas, e, respectivamente, de 89,3%, 53,6, 0%, 74,4%, 57,6%, 85,4%, em 6 meses. Com relação ao infarto com supradesnivelamento do segmento ST, somente 35,9% e 25,3% dos pacientes foram submetidos a angioplastia primária e trombólise, respectivamente, nos tempos recomendados. Conclusão: Este registro mostrou altas taxas de prescrição inicial de antiplaquetários, antitrombóticos e estatina, bem como taxas mais baixas de betabloqueadores e de inibidores da enzima conversora de angiotensina/bloqueadores AT1. Independentemente da classe, todos apresentaram queda do uso aos 6 meses. A maioria dos pacientes com infarto com supradesnivelamento do segmento ST não foi submetida a reperfusão coronariana no tempo recomendado. .


Background: The recommendations in guidelines are based on evidence; however, there is a gap between recommendations and clinical practice. Objective: To describe the practice of prescribing evidence-based treatments for patients with acute coronary syndrome in Brazil. Methods: This study carried out a subanalysis of the ACCEPT registry, assessing epidemiological data and the prescription rate of acetylsalicylic acid, p2y12 inhibitors, antithrombotic drugs, beta-blockers, angiotensin-converting enzyme inhibitors/angiotensin-receptor blockers (IAT1RB), and statins. In addition, the quality of myocardial reperfusion in ST-segment elevation myocardial infarction was evaluated. Results: This study assessed 2,453 patients. The prescription rates of acetylsalicylic acid, p2y12 inhibitors, antithrombotic drugs, beta-blockers, angiotensin-converting enzyme inhibitors/IAT1RB, and statins were as follows: in 24 hours - 97.6%, 89.5%, 89.1%, 80.2%, 67.9% and 90.6%; and at six months - 89.3%, 53.6%, 0%, 74.4%, 57.6% and 85.4%, respectively. Regarding ST-segment elevation myocardial infarction, only 35.9% and 25.3% of the patients underwent primary angioplasty and thrombolysis, respectively, within the recommended times. Conclusion: This registry showed high initial prescription rates of antiplatelet drugs, antithrombotic drugs, and statins, and lower prescription rates of beta-blockers and angiotensin-converting enzyme inhibitors/IAT1RB. Independently of the class, the use of all drugs decreased by six months. Most patients with ST-segment elevation myocardial infarction did not undergo myocardial reperfusion within the time recommended. .


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Síndrome Coronariana Aguda/tratamento farmacológico , Prescrições de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Medicina Baseada em Evidências/normas , Guias de Prática Clínica como Assunto/normas , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Análise de Variância , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Aspirina/uso terapêutico , Brasil , Fibrinolíticos/uso terapêutico , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/uso terapêutico , Infarto do Miocárdio/tratamento farmacológico , Reperfusão Miocárdica , Inibidores da Agregação Plaquetária/uso terapêutico , /uso terapêutico , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento
11.
Arq. bras. cardiol ; 102(3): 279-287, 03/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-705717

RESUMO

Fundamento: A frequência cardíaca de recuperação no primeiro minuto (FCR1) é um preditor de mortalidade na insuficiência cardíaca (IC), mas seu prognóstico não foi avaliado no teste de caminhada de seis minutos (TC6M) nesses pacientes. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo determinar a FCR1 no TC6M em pacientes com IC e sua correlação com a distância percorrida em seis minutos (DP6M). Métodos: Protocolo controlado, transversal, com 161 indivíduos, 126 pacientes com IC sistólica estável, divididos em dois grupos (G1 e G2), que receberam ou não β-bloqueador e 35 voluntários no grupo controle (G3) que tiveram a FCR1 registrada no TC6M. Resultados: A FCR1 e a DP6M foram significativamente diferentes nos três grupos. Os valores médios de FCR1 e DP6M foram: FCR1 = 12 ± 14 bpm G1, 18 ± 16 bpm G2 e 21 ± 13 bpm G3; DP6M = 423 ± 102 m G1, G2 396 ± 101 m e 484 ± 96 m G3 (p < 0,05). Os resultados demonstraram uma correlação entre FCR1 e DP6M no G1 (r = 0,3, p = 0,04) e G3 (r = 0,4, p = 0,03), mas não em G2 (r = 0,12, p = 0,48). Conclusão: A resposta da FCR1 foi atenuada em pacientes em uso de βB e mostrou correlação com o TC6M, refletindo uma melhor tolerância ao exercício. A FCR1 após a DP6M parece representar uma alternativa quando os testes de esforço na esteira não são tolerados. .


Background: Heart rate recovery at one minute of rest (HRR1) is a predictor of mortality in heart failure (HF), but its prognosis has not been assessed at six-minute walk test (6MWT) in these patients. Objective: This study aimed to determine the HRR1 at 6MWT in patients with HF and its correlation with six-minute walk distance (6MWD). Methods: Cross-sectional, controlled protocol with 161 individuals, 126 patients with stable systolic HF, allocated into 2 groups (G1 and G2) receiving or not β-blocker and 35 volunteers in control group (G3) had HRR1 recorded at the 6MWT. Results: HRR1 and 6MWD were significantly different in the 3 groups. Mean values of HRR1 and 6MWD were: HRR1 = 12 ± 14 beat/min G1; 18 ± 16 beat/min G2 and 21 ± 13 beat/min G3; 6MWD = 423 ± 102 m G1; 396 ± 101m G2 and 484 ± 96 m G3 (p < 0.05). Results showed a correlation between HRR1 and 6MWD in G1(r = 0.3; p = 0.04) and in G3(r = 0.4; p= 0.03), but not in G2 (r= 0.12; p= 0.48). Conclusion: HRR1 response was attenuated in patients using βB and showed correlation with 6MWD, reflecting better exercise tolerance. HRR1 after 6MWT seems to represent an alternative when treadmill tests could not be tolerated. .


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Teste de Esforço , Insuficiência Cardíaca/fisiopatologia , Frequência Cardíaca/fisiologia , Caminhada/fisiologia , Análise de Variância , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Estudos de Casos e Controles , Estudos Transversais , Tolerância ao Exercício/fisiologia , Insuficiência Cardíaca/tratamento farmacológico , Prognóstico , Valores de Referência , Fatores de Tempo
12.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 24(1): 23-32, jan.-mar. 2014.
Artigo em Português | LILACS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: lil-729290

RESUMO

A elevada prevalência populacional de doença arterial coronária crônica propiciou a melhora dos métodos preventivos, diagnósticos e terapêuticos. A confirmação de isquemia, com ou sem sintomas, trouxe tratamento inovadores visando à redução de eventos agudos, melhora na qualidade de vida e aumento de sobrevida Estudos recentes comparam os resultados do tratamento clínico com outras intervenções e concluíram que o sucesso da intervenção clínica está embasado na otimização terapêutica. Definida a influência dos fatores de risco e os mecanismos fisiopatológicos da doença, o tratamento medicamentoso constitui a base e a sequência de todas as intervenções na doença arterial coronária crônica.


The high prevalence of patients with chronic coronary artery disease has led to the improvement of preventive, diagnostic and therapeutic methods. Confirmation of ischemia with or without symptoms, brought innovative treatment aimed at reducing acute events, improvement in quality of life and increased survival. Recent studies have compared the results of clinical treatment with other interventions and concluded that the success of clinical intervention is based on therapeutic optimization. Once established the inluence of risk factors and physiopathological mechanisms of the disease, drug treatment constitutes the basis and the sequence of all interventionns in chronic artery disease.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Aspirina/administração & dosagem , Doença da Artéria Coronariana/fisiopatologia , Doença da Artéria Coronariana/terapia , Infarto do Miocárdio/terapia , Insuficiência Cardíaca/fisiopatologia , Insuficiência Cardíaca/terapia , Uso de Medicamentos/tendências , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Antagonistas Adrenérgicos beta/efeitos adversos , Bloqueadores dos Canais de Cálcio/uso terapêutico , Inibidores da Agregação Plaquetária/administração & dosagem , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/efeitos adversos , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/administração & dosagem , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/efeitos adversos , Nitratos/uso terapêutico , Trimetazidina/uso terapêutico , Vasodilatadores/uso terapêutico
13.
Arq. bras. cardiol ; 101(5): 442-448, nov. 2013. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-696887

RESUMO

FUNDAMENTO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome que cursa com má evolução nas formas avançadas. O bloqueio neuro-hormonal modifica essa história natural; no entanto, ele com frequência é subotimizado. OBJETIVO: Neste estudo procuramos verificar em qual percentual médicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo dos medicamentos de comprovada eficácia. MÉTODOS: Foram selecionados consecutivamente 104 pacientes ambulatoriais com disfunção sistólica, todos sob tratamento estabilizado. Avaliaram-se dados demográficos e o tratamento verificando-se as doses atingidas. Os achados são apresentados em percentual e fizeram-se correlações entre as diferentes variáveis. RESULTADOS: A idade média dos pac. foi de 64,1 ± 14,2 anos, com PAS 115,4 ± 15,3 mmHg, FC de 67,8 ± 9,4 bpm, peso 76,0 ± 17,0 kg e em ritmo sinusal (90,4%). Quanto ao tratamento, 93,3% estavam recebendo um bloqueador do SRA (52,9% IECA), todos recebiam betabloqueador (BB), sendo o carvedilol o mais prescrito (92,3%). Quanto às doses: 97,1% dos que recebiam um BRA estavam com dose abaixo da ideal; os que recebiam IECA 52,7% receberam dose otimizada. Quanto ao BB, em 76,0% foi possível prescrever as doses alvos. Nesse grupo de pac. a maioria com dose alvo do BB, pode-se observar que 36,5% apresentavam frequência cardíaca igual ou maior que 70 bpm em ritmo sinusal. CONCLUSÕES: Médicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo de inibidores da ECA e BB para a maioria dos pac. Mesmo recebendo as doses preconizadas, cerca de um terço dos pac. persiste com FC acima de 70 bpm e deveria ter seu tratamento otimizado.


BACKGROUND: Heart failure (HF) is a syndrome that leads to poor outcome in advanced forms. The neurohormonal blockade modifies this natural history; however, it is often suboptimal. OBJECTIVE: The aim of this study is to assess at what percentage cardiologists used to treating HF can prescribe target doses of drugs of proven efficacy. METHODS: A total of 104 outpatients with systolic dysfunction were consecutively enrolled, all under stabilized treatment. Demographic and treatment data were evaluated and the doses achieved were verified. The findings are shown as percentages and correlations are made between different variables. RESULTS: The mean age of patients was 64.1 ± 14.2 years, with SBP =115.4 ± 15.3, HR = 67.8 ± 9.4 bpm, weight = 76.0 ± 17.0 kg and sinus rhythm (90.4%). As for treatment, 93.3% received a RAS blocker (ACEI 52.9%), all received beta-blockers (BB), the most often prescribed being carvedilol (92.3%). As for the doses: 97.1% of those receiving an ARB were below the optimal dose and of those who received ACEI, 52.7% received an optimized dose. As for the BB, target doses were prescribed to 76.0% of them. In this group of patients, most with BB target dose, it can be seen that 36.5% had HR > 70 bpm in sinus rhythm. CONCLUSION: Cardiologists used to treating HF can prescribe target doses of ACEI and BB to most patients. Even though they receive the recommended doses, about one third of patients persists with HR > 70 bpm and should have their treatment optimized.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/administração & dosagem , Insuficiência Cardíaca Sistólica/tratamento farmacológico , Frequência Cardíaca/efeitos dos fármacos , Doença Crônica , Estudos de Coortes , Estudos Transversais , Pacientes Ambulatoriais , Estatísticas não Paramétricas
14.
Arq. bras. cardiol ; 101(4): 304-310, out. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-690578

RESUMO

FUNDAMENTO: A doença de Chagas continua a ser uma importante doença endêmica no país, sendo o acometimento cardíaco a sua manifestação mais grave. OBJETIVO: Verificar se o uso concomitante de carvedilol potencializará o efeito antioxidante das vitaminas E e C na atenuação do estresse oxidativo sistêmico na cardiopatia chagásica crônica. MÉTODOS: Foram estudados 42 pacientes com cardiopatia chagásica, agrupados de acordo com a classificação modificada de Los Andes, em quatro grupos: 10 pacientes no grupo IA (eletrocardiograma e ecocardiograma normais: sem envolvimento do coração), 20 pacientes do grupo IB (eletrocardiograma normal e ecocardiograma anormal: ligeiro envolvimento cardíaco), oito pacientes no grupo II (eletrocardiograma e ecocardiograma anormais, sem insuficiência cardíaca: moderado envolvimento cardíaco) e quatro pacientes no grupo III (eletrocardiograma e ecocardiograma anormais com insuficiência cardíaca: grave envolvimento cardíaco). Os marcadores de estresse oxidativo foram medidos no sangue, antes e após um período de seis meses de tratamento com carvedilol e após seis meses de terapia combinada com vitaminas E e C. Os marcadores foram: atividades da superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase, glutationa S-transferase e redutase, mieloperoxidase e adenosina deaminase, e os níveis de glutationa reduzida, de espécies reativas do ácido tiobarbitúrico, proteína carbonilada, vitamina E e óxido nítrico. RESULTADOS: Após o tratamento com carvedilol, todos os grupos apresentaram diminuições significativas dos níveis de proteína carbonilada e glutationa reduzida, enquanto os níveis de óxido nítrico e atividade da adenosina aumentaram significativamente apenas no grupo menos acometido (IA). Além disso, a maioria das enzimas antioxidantes mostrou atividades diminuídas nos grupos menos acometidos (IA e IB). Com a adição das vitaminas ao carvedilol houve diminuição dos danos em proteínas, nos níveis de glutationa e na maior parte da atividade das enzimas antioxidantes. CONCLUSÕES: A queda dos níveis de estresse oxidativo, verificada pelos marcadores testados, foi mais acentuada quando da associação do fármaco carvedilol com as vitaminas antioxidantes. Os dados sugerem que tanto o carvedilol isoladamente como sua associação com as vitaminas foram eficazes em atenuar o dano oxidativo sistêmico em pacientes com CC, especialmente aqueles menos acometidos, sugerindo a possibilidade de sinergismo entre esses compostos.


BACKGROUND: Chagas disease is still an important endemic disease in Brazil, and the cardiac involvement is its more severe manifestation. OBJECTIVE: To verify whether the concomitant use of carvedilol will enhance the antioxidant effect of vitamins E and C in reducing the systemic oxidative stress in chronic Chagas heart disease. METHODS: A total of 42 patients with Chagas heart disease were studied. They were divided into four groups according to the modified Los Andes classification: 10 patients in group IA (normal electrocardiogram and echocardiogram; no cardiac involvement); 20 patients in group IB (normal electrocardiogram and abnormal echocardiogram; mild cardiac involvement); eight patients in group II (abnormal electrocardiogram and echocardiogram; no heart failure; moderate cardiac involvement); and four patients in group III (abnormal electrocardiogram and echocardiogram with heart failure; severe cardiac involvement). Blood levels of markers of oxidative stress were determined before and after a six-month period of treatment with carvedilol, and six months after combined therapy of carvedilol with vitamins E and C. The markers analyzed were as follows: activities of superoxide dismutase, catalase, glutathione peroxidase, glutathione S-transferase and reductase, myeloperoxidade and adenosine deaminase; and the levels of reduced glutathione, thiobarbituric-acid reactive substances, protein carbonyls, vitamin E, and nitric oxide. RESULTS: After treatment with carvedilol, all groups showed significant decrease in protein carbonyls and reduced glutathione levels, whereas nitric oxide levels and adenosine activity increased significantly only in the less severely affected group (IA). In addition, the activity of most of the antioxidant enzymes was decreased in the less severely affected groups (IA and IB). By combining the vitamins with carvedilol, a reduction in protein damage, in glutathione levels, and in the activity of most of the antioxidant enzymes were observed. CONCLUSIONS: The decrease in oxidative stress levels observed by means of the markers tested was more significant when carvedilol was used in combination with the antioxidant vitamins. The findings suggest that both carvedilol alone and in combination with the vitamins were effective in attenuating the systemic oxidative stress in patients with Chagas heart disease, especially those less severely affected, thus suggesting the possibility of synergism between these compounds.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Antagonistas Adrenérgicos beta/farmacologia , Ácido Ascórbico/farmacologia , Carbazóis/farmacologia , Doença de Chagas/tratamento farmacológico , Estresse Oxidativo/efeitos dos fármacos , Propanolaminas/farmacologia , Vitamina E/farmacologia , Análise de Variância , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Antioxidantes/análise , Ácido Ascórbico/uso terapêutico , Biomarcadores/sangue , Doença Crônica , Carbazóis/uso terapêutico , Doença de Chagas/metabolismo , Sinergismo Farmacológico , Quimioterapia Combinada/métodos , Estudos Prospectivos , Propanolaminas/uso terapêutico , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento , Vitamina E/uso terapêutico
15.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 23(3): 17-21, jul.-set.2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-754413

RESUMO

A hipertensão arterial é a doença cardiovascular mais prevalentee, para se atingir a meta de controle ideal, a maioriados pacientes necessita de mais de uma classe terapêutica.Além disso, devido à presença de muitas comorbidades associadas,é comum o uso de outras medicações associadas.O entendimento das interações benéficas e indesejáveisdos medicamentos anti-hipertensivos entre si e com outrostipos de medicamentos, é muito importante para se obter umtratamento adequado do paciente hipertenso. Neste artigo,abordamos as principais interações das diferentes classesde anti-hipertensivos que apresentam benefícios na melhorobtenção do efeito anti-hipertensivo e na redução de efeitoscolaterais. Também são apresentadas as interações que podematrapalhar o efeito anti-hipertensivo das medicações, assimcomo aumentar a chance de efeitos colaterais...


Hypertension is the most prevalent cardiovascular disease,and to achieve the goal of optima! contrai, most patients requiremore than one therapeutic c1ass. In addition, due to thepresence of several associated co-morbidities it is common touse other associated medications. Understanding beneficialand undesirable interactions of antihypertensive medicationsamong themselves and with other types of drugs, it is veryimportant to get a proper treatment of the hypertensive patient.In this article we discuss the main interactions of differentclasses of antihypertensive drugs which are beneficial inobtaining better antihypertensive effect and reducing sideeffects. We also presented the interactions that could disruptthe antihypertensive effect of the drugs as well as increasethe risk of side effects...


Assuntos
Humanos , Idoso , Interações Medicamentosas , Doenças Cardiovasculares/metabolismo , Hipertensão/complicações , Hipertensão/metabolismo , Hipertensão/terapia , Antagonistas Adrenérgicos beta/efeitos adversos , Bloqueadores dos Canais de Cálcio/efeitos adversos , Comorbidade , Doença Crônica/tratamento farmacológico , Peptidil Dipeptidase A/efeitos adversos
16.
Arq. bras. cardiol ; 101(1): 4-8, jul. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-681835

RESUMO

FUNDAMENTO: A associação da ativação autonômica, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e classe funcional da insuficiência cardíaca é mal compreendida. Objetivo: Nosso objetivo foi correlacionar a gravidade dos sintomas com a atividade simpática cardíaca, através do uso de iodo-123-metaiodobenzilguanidina (123I-MIBG); e com FEVE em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) sistólica sem tratamento prévio com betabloqueador. MÉTODOS: Trinta e um pacientes com IC sistólica, classe I a IV da New York Heart Association (NYHA), sem tratamento prévio com betabloqueador, foram inscritos e submetidos à cintilografia com 123I-MIBG e ventriculografia radioisotópica para determinação da FEVE. A relação precoce e tardia coração/mediastino (H/M) e a taxa de washout (WO) foram medidas. RESULTADOS: De acordo com a gravidade dos sintomas, os pacientes foram divididos em grupo A, com 13 pacientes em classe funcional NYHA I/II, e grupo B, com 18 pacientes em classe funcional NYHA III/ IV. Em comparação com os pacientes do grupo B, o grupo A apresentou uma FEVE significativamente maior (25% ± 12% para o grupo B vs. 32% ± 7% no grupo A, p = 0,04). As relações precoces e tardias H/M do Grupo B foram menores do que as do grupo A (H/M precoce 1,49 ± 0,15 vs. 1,64 ± 0,14, p = 0,02; H/M tardia 1,39 ± 0,13 vs. 1,58 ± 0,16, p = 0,001, respectivamente). A taxa de WO foi significativamente maior no grupo B (36% ± 17% vs. 30% ± 12%, p = 0,04). A variável que mostrou a melhor correlação com a NYHA foi a relação H/M tardia (r = -0,585, p = 0,001), ajustada para idade e sexo. CONCLUSÃO: Esse estudo mostrou que o 123I-MIBG cardíaco se correlaciona melhor do que a fração de ejeção com a gravidade dos sintomas em pacientes com insuficiência cardíaca sistólica sem tratamento prévio com beta-bloqueador.


BACKGROUND:The association of autonomic activation, left ventricular ejection fraction (LVEF) and heart failure functional class is poorly understood. OBJECTIVE: Our aim was to correlate symptom severity with cardiac sympathetic activity, through iodine-123-metaiodobenzylguanidine (123I-MIBG) scintigraphy and with LVEF in systolic heart failure (HF) patients without previous beta-blocker treatment. METHODS: Thirty-one patients with systolic HF, class I to IV of the New York Heart Association (NYHA), without previous beta-blocker treatment, were enrolled and submitted to 123I-MIBG scintigraphy and to radionuclide ventriculography for LVEF determination. The early and delayed heart/mediastinum (H/M) ratio and the washout rate (WR) were performed. RESULTS: According with symptom severity, patients were divided into group A, 13 patients in NYHA class I/II, and group B, 18 patients in NYHA class III/IV. Compared with group B patients, group A had a significantly higher LVEF (25% ± 12% in group B vs. 32% ± 7% in group A, p = 0.04). Group B early and delayed H/M ratios were lower than group A ratios (early H/M 1.49 ± 0.15 vs. 1.64 ± 0.14, p = 0.02; delayed H/M 1.39 ± 0.13 vs. 1.58 ± 0.16, p = 0.001, respectively). WR was significantly higher in group B (36% ± 17% vs. 30% ± 12%, p= 0.04). The variable that showed the best correlation with NYHA class was the delayed H/M ratio (r= -0.585; p=0.001), adjusted for age and sex. CONCLUSION: This study showed that cardiac 123I-MIBG correlates better than ejection fraction with symptom severity in systolic heart failure patients without previous beta-blocker treatment.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Insuficiência Cardíaca Sistólica/fisiopatologia , Insuficiência Cardíaca Sistólica , Compostos Radiofarmacêuticos , Volume Sistólico/fisiologia , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Prognóstico , Valores de Referência , Medição de Risco , Índice de Gravidade de Doença , Estatísticas não Paramétricas
17.
Brasília; CONITEC; jun. 2013. tab, ilus.
Monografia em Português | LILACS, BRISA | ID: biblio-837035

RESUMO

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbidade, incapacidade e morte no mundo e no Brasil, sendo responsáveis por 29% das mortes registradas em 2007. Os gastos com internações pelo SUS totalizaram 1,2 milhões em 2009 e, com envelhecimento da população e mudança dos hábitos de vida, a prevalência e importância das DCV tendem a aumentar nos próximos anos. Uma das manifestações da doença coronariana é a angina estável, sendo definida como síndrome clínica caracterizada tipicamente por desconforto torácico provocado por exercício ou estresse emocional e aliviado por repouso ou nitroglicerina e pode ser atribuído à isquemia do miocárdio. Não apresenta risco imediato à vida, porém a progressão para doença mais grave não pode ser excluída, justificando estratégia eficaz no seu tratamento. A ivabradina é um medicamento que pertence à classe dos inibidores do nó sinusal. Avanços no entendimento fisiológico do mecanismo do nó sinusal levaram ao desenvolvimento de abordagens terapêuticas com efeitos específicos sobre ele. Ivabradina pode ser usada no tratamento da angina estável como monoterapia ou em combinação com beta bloqueador. O uso da ivabradina é eficaz e seguro em pacientes com angina estável com contraindicação ou intolerância a betabloqueadores em relação à melhora dos desfechos associados quando comparado a placebo? Para responder a essa pergunta, o demandante elaborou um Parecer Técnico-Científico, com descrição da estratégia de busca, dos critérios de inclusão e exclusão e dos motivos de não inclusão dos artigos excluídos. Apenas apresentaremos os detalhes mais importantes da metodologia e os resultados dos estudos incluídos. Com base nos critérios de inclusão e exclusão descritos, na estratégia de busca e nas referências dos artigos selecionados, foram incluídos 10 estudos, cinco deles originais, sobre a eficácia e segurança da ivabradina em pacientes com angina estável. Foi analisado o estudo de custo-efetividade apresentado pelo demandante, seguem os detalhes importantes e fundamentais: -Objetivo: Desenvolver uma análise de custo-efetividade avaliando o uso de ivabradina versus não tratar no tratamento da angina estável em pacientes com frequência cardíaca ≥ 70 bpm e contraindicação ou intolerância a beta-bloqueadores; -População-alvo: Pacientes com angina estável, frequência cardíaca ≥ 70 bpm e contraindicação ou intolerância a beta-bloqueadores; Horizonte da análise: Foi analisado o horizonte de tempo lifetime (até 30 anos), de forma a refletir o horizonte de vida dos pacientes acompanhados no modelo; Perspectiva: Sistema Único de Saúde; -Comparadores: Ivabradina versus não tratar; -Taxa de desconto: Foi aplicada uma taxa de desconto anual de 5% para custos e desfechos; -Desfechos considerados: Anos de vida salvos, Hospitalizações por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) evitadas, Revascularizações do miocárdio evitadas. Os desfechos econômicos contemplados foram custos médicos diretos, incluindo os recursos médicos utilizados diretamente para o tratamento do paciente, como custos de medicamentos, hospitalizações por IAM e IC, revascularizações e consultas e exames para acompanhamento dos pacientes pós eventos cardiovasculares. Custos indiretos e custos não médicos diretos não foram incluídos na análise. -Estrutura do modelo: O tipo de análise selecionada foi a análise de custo-efetividade, uma vez que o modelo objetiva comparar os custos médicos diretos e os desfechos de saúde envolvidos no tratamento da angina estável em pacientes com frequência cardíaca ≥ 70 bpm e contraindicação ou intolerância a beta-bloqueadores com ivabradina versus não tratar. Para a estimativa dos custos e desfechos dos tratamentos foi elaborado um modelo de Markov que acompanhou pacientes com angina estável ao longo do curso natural da doença até o final de sua vida, considerando a transição dos pacientes por diferentes estados de saúde. Os estados de saúde considerados foram: angina estável sem evento, hospitalização por infarto agudo do miocárdio, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização cardíaca, angina estável pós evento, morte cardiovascular e morte por outras causas. Foi analisado também o estudo de impacto orçamentário apresentado pelo demandante. Os autores consideraram três cenários na análise: cenário base, cenário alternativo e cenário restrito. Os membros da CONITEC, presentes na 12ª Reunião Ordinária do plenário realizada nos dias 05 e 06/02/2013, recomendaram, por unanimidade, a não incorporação no SUS do medicamento ivabradina para o tratamento da angina estável em pacientes com contraindicação ou intolerância a betabloqueadores. Portaria N.º 29, de 12 de JUNHO de 2013 - Decisão de não incorporar o medicamento ivabradina no tratamento da angina estável em pacientes com contraindicação ou intolerância a betabloqueadores no Sistema Único de Saúde - SUS.


Assuntos
Humanos , Antagonistas Adrenérgicos beta , Antagonistas Adrenérgicos beta/efeitos adversos , Angina Estável/terapia , Atenolol , Brasil , Análise Custo-Benefício , Avaliação da Tecnologia Biomédica , Sistema Único de Saúde
18.
Arq. bras. cardiol ; 98(3): 218-224, mar. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-622516

RESUMO

FUNDAMENTO: Há cada vez mais evidências sugerindo que doença de Chagas envolve dano oxidativo e contribui para a progressão da doença cardíaca. OBJETIVO: Avaliar o efeito do carvedilol sobre marcadores de estresse oxidativo na doença de Chagas crônica. MÉTODOS: A população de estudo incluiu 42 pacientes com cardiopatia chagásica e os biomarcadores de estresse oxidativo foram medidos antes e após um período de seis meses de tratamento com carvedilol (37,5 mg/dia). Os pacientes foram considerados de acordo com a classificação de Los Andes, e a atividade da superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase, S-transferase e redutase, mieloperoxidase e adenosina deaminase; e os níveis de glutationa reduzida, de espécies reativas do ácido tiobarbitúrico, proteína carbonil, vitamina E e óxido nítrico foram medidos no sangue. RESULTADOS: Após o tratamento com carvedilol, todos os grupos apresentaram reduções significativas nos níveis de proteína carbonil e glutationa reduzida, enquanto os níveis de óxido nítrico e atividade da adenosina aumentaram significativamente somente no grupo IA. Além disso, a maioria das enzimas antioxidantes apresentou diminuição de suas atividades, nos grupos IA e IB. CONCLUSÃO: Os dados sugerem que o tratamento com carvedilol foi eficaz na atenuação do dano oxidativo, um efeito que pode ser particularmente importante em doença de Chagas crônica com cardiopatia.


BACKGROUND: There is increasing evidence suggesting that Chagas disease involves oxidative damage and contributes to heart disease progression. OBJECTIVE: To evaluate the effect of carvedilol on oxidative stress markers in chronic Chagas disease. METHODS: The study population included 42 patients with Chagas cardiomyopathy and oxidative stress biomarkers were measured before and after a period of six months of treatment with carvedilol (37.5 mg/day). Patients were considered according to the Los Andes classification and the activity of superoxide dismutase, catalase, glutathione peroxidase, S-transferase and reductase, myeloperoxidase and adenosine deaminase; levels of reduced glutathione, thiobarbituric acid reactive species, carbonyl protein, vitamin E and nitric oxide were measured in blood. RESULTS: After treatment with carvedilol, all groups showed significant reductions in levels of carbonyl protein and reduced glutathione, whereas the levels of nitric oxide and adenosine activity increased significantly only in group IA. Moreover, most of the antioxidant enzymes showed decrease in activity in groups IA and IB. CONCLUSION: The data suggest that treatment with carvedilol was effective in attenuating oxidative damage, an effect that may be particularly important in patients with chronic Chagas' disease cardiomyopathy.


FUNDAMENTO: Hay cada vez más evidencias sugiriendo que la enfermedad de Chagas envuelve daño oxidativo y contribuye a la progresión de la enfermedad cardíaca. OBJETIVO: Evaluar el efecto del carvedilol sobre marcadores de estrés oxidativo en la enfermedad de Chagas crónica. MÉTODOS: La población de estudio incluyó 42 pacientes con cardiopatía chagásica y los biomarcadores de estrés oxidativo fueron medidos antes y después de un período de seis meses de tratamiento con carvedilol (37,5 mg/día). Los pacientes fueron considerados de acuerdo con la clasificación de Los Andes, y la actividad de la superóxido dismutasa, catalasa, glutatión peroxidasa, S-transferasa y reductasa, mieloperoxidasa y adenosina deaminasa; y los niveles de glutatión reducida, de especies reactivas del ácido tiobarbitúrico, proteína carbonil, vitamina E y óxido nítrico fueron medidos en la sangre. RESULTADOS: Después del tratamiento con carvedilol, todos los grupos presentaron reducciones significativas en los niveles de proteína carbonil y glutatión reducida, mientras que los niveles de óxido nítrico y actividad de la adenosina aumentaron significativamente solamente en el grupo IA. Además de eso, la mayoría de las enzimas antioxidantes presentó disminución de sus actividades, en los grupos IA e IB. CONCLUSIONES: Los datos sugieren que el tratamiento con carvedilol fue eficaz en la atenuación del daño oxidativo, un efecto que puede ser particularmente importante en enfermedad de Chagas crónica con cardiopatía.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antioxidantes/farmacologia , Carbazóis/farmacologia , Cardiomiopatia Chagásica/tratamento farmacológico , Estresse Oxidativo/efeitos dos fármacos , Propanolaminas/farmacologia , Análise de Variância , Adenosina Desaminase/metabolismo , Antagonistas Adrenérgicos beta/farmacologia , Biomarcadores/metabolismo , Cardiomiopatia Chagásica/metabolismo , Glutationa/metabolismo , Óxido Nítrico/metabolismo , Estudos Prospectivos , Carbonilação Proteica/efeitos dos fármacos
19.
Arq. bras. cardiol ; 98(3): 195-202, mar. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-622518

RESUMO

FUNDAMENTO: A despeito de elevada prevalência e importância clínica da Fibrilação Atrial (FA), não existem até o momento publicações brasileiras informando o perfil clínico e a estratégia de tratamento (controle de ritmo vs. controle de frequência cardíaca) mais utilizada nesse universo de pacientes. OBJETIVO: Avaliar a estratégia de tratamento mais empregada na FA em ambulatório especializado no manejo dessa doença. Secundariamente, procurou-se descrever o perfil clínico dessa população. MÉTODOS: Estudo transversal que avaliou sequencialmente, em 167 portadores de FA, a estratégia de tratamento mais empregada, bem como o perfil clínico desses pacientes. Utilizou-se questionário padronizado para coleta de dados. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS® versão 13.0. RESULTADOS: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos (61% com score CHADS2 > 2), em que 54% dos indivíduos apresentavam fibrilação atrial paroxística ou persistente, 96,6% utilizavam antagonistas da vitamina K ou AAS, e 76,6% faziam uso de betabloqueador (81,2% frequência x 58,8% ritmo, p < 0,05); a estratégia de controle de frequência foi a mais empregada (79,5% x 20,5%, p < 0,001). Houve uma tendência estatística a maior agrupamento de pacientes com disfunção ventricular (15,2% x 2,9%; p = 0,06), CHADS2 > 2 (60,5% x 39,5%; p = 0,07) e valvopatias (25,8% x 11,8%; p = 0,08) no segmento de controle da frequência. CONCLUSÃO: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos, a estratégia de controle de frequência cardíaca foi a mais empregada.


BACKGROUND: Despite the high prevalence and clinical importance of atrial fibrillation (AF), there is no Brazilian study about the clinical profile of patients with AF and the most used treatment strategy (heart rhythm control vs. heart rate control) for them. OBJECTIVE: To assess the most used treatment strategy for AF in an outpatient clinic specialized in the management of that disease. In addition, the clinical profile of the population studied was provided. METHODS: Cross-sectional study assessing sequentially, in 167 patients with AF, the most used treatment strategy, as well as their clinical profile. A standardized form was used for data collection. The statistical analysis was performed by using the SPSS® software, version 13.0. RESULTS: In that population at high risk for thromboembolic events (61% had CHADS2 > 2), 54% of the patients had paroxysmal or persistent AF, 96.6% used vitamin K antagonists or acetylsalicylic acid, and 76.6% used beta-blocker (heart rate, 81.2% x heart rhythm, 58.8%; p < 0.05). Heart rate control was the most used treatment strategy (79.5% x 20.5%; p < 0.001). A statistical tendency towards more patients with ventricular dysfunction (15.2% x 2.9%; p = 0.06), CHADS2 > 2 (60.5% x 39.5%; p = 0.07) and heart valve diseases (25.8% x 11.8%; p = 0.08) was observed in the heart rate control group. CONCLUSION: In that population at high risk for thromboembolic events, the heart rate control strategy was the most used.


FUNDAMENTO: A despecho de la elevada prevalencia y importancia clínica de la Fibrilación Atrial (FA), no existen hasta el momento publicaciones brasileñas informando el perfil clínico y la estrategia de tratamiento (control de ritmo vs. control de frecuencia cardíaca) más utilizada en ese universo de pacientes. OBJETIVO: Evaluar la estrategia de tratamiento más empleada en la FA en ambulatorio especializado en el manejo de esa enfermedad. Secundariamente, se buscó describir el perfil clínico de esa población. MÉTODOS: Estudio transversal que evaluó secuencialmente, en 167 portadores de FA, la estrategia de tratamiento más empleada, así como el perfil clínico de esos pacientes. Se utilizó cuestionario estandarizado para recolección de datos. El análisis estadístico fue realizado por medio del software SPSS® versión 13.0. RESULTADOS: En esa población de alto riesgo para eventos tromboembólicos (61% con escore CHADS2 > 2), en que 54% de los individuos presentaban fibrilación atrial paroxística o persistente, 96,6% utilizaban antagonistas de la vitamina K o AAS, y 76,6% hacían uso de betabloqueante (81,2% frecuencia x 58,8% ritmo, p < 0,05); la estrategia de control de frecuencia fue la más empleada (79,5% x 20,5%, p < 0,001). Hubo una tendencia estadística la mayor agrupamiento de pacientes con disfunción ventricular (15,2% x 2,9%; p = 0,06), CHADS2 > 2 (60,5% x 39,5%; p = 0,07) y valvulopatías (25,8% x 11,8%; p = 0,08) en el segmento de control de la frecuencia. CONCLUSION: En esa población de alto riesgo para eventos tromboembólicos, la estrategia de control de frecuencia cardíaca fue la más empleada.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Antiarrítmicos/uso terapêutico , Fibrilação Atrial/terapia , Doenças das Valvas Cardíacas/terapia , Disfunção Ventricular Esquerda/terapia , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Assistência Ambulatorial/métodos , Aspirina/uso terapêutico , Fibrilação Atrial/fisiopatologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Sistema de Condução Cardíaco/fisiopatologia , Frequência Cardíaca/fisiologia , Doenças das Valvas Cardíacas/fisiopatologia , Tromboembolia/epidemiologia , Tromboembolia/prevenção & controle , Disfunção Ventricular Esquerda/fisiopatologia , Vitamina K/antagonistas & inibidores , Vitamina K/uso terapêutico
20.
Rev. bras. oftalmol ; 70(6): 371-377, nov.-dez. 2011. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-612909

RESUMO

OBJETIVO: Identificar causas relacionadas com a não aderência ao tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto e sugerir meios para posteriormente minimizá-las. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário a pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, escolhidos aleatoriamente, para avaliação dos fatores relacionados com a interrupção do tratamento. Para isso, utilizou-se uma análise univariada, pelo teste exato de Fisher, e considerou estatisticamente significativo p<0,05. RESULTADOS: A partir do questionário, identificou-se dois subgrupos, um que já havia interrompido o tratamento e outro que nunca o havia interrompido, compostos por 25 e 11 pacientes respectivamente. Estes grupos foram comparados entre si e todos os parâmetros analisados. O custo dos medicamentos (p=0,001) e o fator esquecimento (p=0,007) foram estatisticamente relevantes para a interrupção do tratamento da doença. As demais variáveis testadas não obtiveram significância estatística. CONCLUSÃO: O custo dos medicamentos e o fator esquecimento foram os fatores mais importantes para interrupção do tratamento.


The objective was to identify causes related to noncompliance of primary open-angle glaucoma and suggest ways to minimize them later. A questionnaire was given to patients with primary open angle glaucoma in Hospital Gaffrée Guinle, chosen randomly, to assess factors related to discontinuation of treatment. For this we used a univariate analysis by Fisher's exact test and considered statistically significant p <0.05. From the questionnaire, we identified two sub-groups, who had stopped treatment and another who had never stopped for 25 compounds and 11 patients respectively. These groups were compared, and all parameters examined. The cost of drugs (p = 0.001) and forgetting factor (p = 0.007) were statistically significant for discontinuation of treatment of disease. The other variables tested did not achieve statistical significance. CONCLUSION: The cost of drugs and forgetting to take medication were the factors most important to withholding treatment.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Soluções Oftálmicas/administração & dosagem , Glaucoma de Ângulo Aberto/tratamento farmacológico , Adesão à Medicação/estatística & dados numéricos , Soluções Oftálmicas/economia , Soluções Oftálmicas/efeitos adversos , Inibidores da Anidrase Carbônica/administração & dosagem , Prostaglandinas/administração & dosagem , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Recusa do Paciente ao Tratamento/psicologia , Recusa do Paciente ao Tratamento/estatística & dados numéricos , Cooperação do Paciente/psicologia , Cooperação do Paciente/estatística & dados numéricos , Custos de Medicamentos , Agonistas alfa-Adrenérgicos/administração & dosagem , Antagonistas Adrenérgicos beta/administração & dosagem , Adesão à Medicação/psicologia
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