RESUMO
Resumo Objetivo Identificar os fatores que facilitam ou dificultam a construção da autonomia na adolescência através da experiência de jovens adultos com diabetes tipo 1 e seus pais. Métodos Estudo de natureza qualitativa, descritiva e exploratória. Foram realizadas duas entrevistas de grupo focal, uma com nove jovens adultos peritos na gestão de sua doença e outra com sete pais. Para análise dos dados, foram usados análise de conteúdo temática e categorial, com particularidades de entrevista de grupo focal, e recurso ao software NVIVO 12. Resultados Emergiram duas grandes categorias e dez subcategorias relativas aos fatores que facilitaram (sistemas de suporte, conhecimentos, alimentação, bomba de insulina, responsabilização precoce pela gestão da terapêutica, características dos jovens), e dificultaram (regime terapêutico, estigma, atitude dos profissionais de saúde, características dos jovens, conhecimento) o desenvolvimento da autonomia na gestão da doença. Conclusão A autonomia na gestão do diabetes envolve vários desafios aos adolescentes, o que requer adequação de atitudes e intervenções de profissionais. Além da gestão tradicional da condição de saúde, é essencial abordar temas relacionados com a socialização dos adolescentes, procurando estratégias inovadoras que promovam o coping e a qualidade de vida. Os resultados deste estudo possibilitam refletir sobre a relação terapêutica com os adolescentes, salientando a importância de individualizar cuidados e respostas inovadoras às suas necessidades específicas.
Resumen Objetivo Identificar los factores que facilitan o dificultan la construcción de la autonomía en la adolescencia a través de la experiencia de jóvenes adultos con diabetes tipo 1 y sus padres. Métodos: Estudio de naturaleza cualitativa, descriptiva y exploratoria. Se realizaron dos entrevistas de grupo focal, una con nueve jóvenes adultos expertos en la gestión de su enfermedad y otra con siete padres. Para el análisis de datos se utilizó el análisis de contenido temático y categorial, con particularidades de entrevista de grupo focal y recurso del software NVIVO 12. Resultados Surgieron dos grandes categorías y diez subcategorías relativas a los factores que facilitaron el desarrollo de la autonomía en la gestión de la enfermedad (sistemas de apoyo, conocimientos, alimentación, bomba de insulina, responsabilización temprana de la gestión de la terapéutica, características de los jóvenes) y los que la dificultaron (régimen terapéutico, estigma, actitudes de los profesionales de la salud, características de los jóvenes, conocimientos). Conclusión La autonomía en la gestión de la diabetes incluye muchos desafíos para los adolescentes, lo que requiere adaptación de actitudes e intervenciones de profesionales. Además de la gestión tradicional del estado de salud, es esencial abordar temas relacionados con la socialización de los adolescentes y buscar estrategias innovadoras que promuevan el coping y la calidad de vida. Los resultados de este estudio permiten reflexionar sobre la relación terapéutica con los adolescentes y destacar la importancia de individualizar los cuidados y las respuestas innovadoras para sus necesidades específicas.
Abstract Objective To identify the factors that facilitate or hinder the construction of autonomy in adolescence through the experience of young adults with type-1 diabetes and their parents. Methods This was a qualitative, descriptive, and exploratory study. Two focus group interviews were conducted: one with nine young adults who were experts in managing their illness and the other with seven parents. Thematic and categorical content analysis was used for data analysis, with particularities of a focus group interview and the use of the NVIVO 12 software. Results Two major categories and ten subcategories related to factors that facilitated (support systems, knowledge, diet, insulin pump, early responsibility for managing therapy, and characteristics of young people) and hindered (therapeutic regimen, stigma, attitude of health professionals, characteristics of young people, and knowledge) the development of autonomy in disease management emerged. Conclusion Autonomy in the management of diabetes involves several challenges for adolescents, which requires adaptation of attitudes and interventions by professionals. In addition to the traditional management of the health condition, addressing issues related to the socialization of adolescents is essential, looking for innovative strategies that promote coping and quality of life. The results of this study make it possible to reflect on the therapeutic relationship with adolescents, emphasizing the importance of individualizing care and innovative responses to their specific needs.
Assuntos
Humanos , Adulto , Doença Crônica/terapia , Autonomia Pessoal , Diabetes Mellitus , Autogestão , Controle Glicêmico , Entrevistas como Assunto , Grupos FocaisRESUMO
O rápido envelhecimento populacional observado no Brasil marca a transição demográfica e epidemiológica devido à baixa mortalidade e à alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes mellitus tipo 2 (DM2). O DM2 é uma doença metabólica caracterizada por elevados níveis de açúcar no sangue e alta morbidade em idosos, associada ao risco cardiovascular. O controle dos níveis glicêmicos é essencial para prevenir complicações agudas e crônicas, evitando prejuízos à capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida do indivíduo. As recomendações para o controle glicêmico no DM2 envolvem ações não farmacológicas, como mudanças no estilo de vida (dieta, perda de peso e atividade física regular), e terapia medicamentosa. Os idosos são os maiores consumidores de medicamentos no país, e a polifarmácia, combinada com as mudanças fisiológicas típicas do envelhecimento, torna essa parte da população mais suscetível a problemas relacionados aos medicamentos, que podem afetar o sucesso da terapêutica. Nos últimos anos, estudos em farmacogenômica, uma área que explora a variação interindividual da resposta a medicamentos, demonstraram a associação de variantes em genes com o metabolismo de medicamentos, evidenciando interações farmacogenéticas em diversas classes de antidiabéticos orais. Este estudo buscou compreender os diferentes fatores que influenciam o controle glicêmico em idosos com diabetes referida, residentes no município de São Paulo, participantes do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), no período de 2010 a 2015. Foram delineados três artigos que analisaram as características socioeconômicas, aspectos de saúde, estilo de vida e aqueles relacionados ao DM2, como manejo da hiperglicemia e a variabilidade genética na resposta a medicamentos e o controle glicêmico, e seu impacto no desenvolvimento de complicações decorrentes do DM2. O artigo 1 descreve os perfis farmacoepidemiológico e farmacogenético dos idosos. O segundo artigo avalia os fatores associados ao controle glicêmico inadequado, enquanto o artigo 3 estima o risco de desenvolvimento de complicações em 5 anos. A metformina, antidiabético oral da classe das biguanidas e primeira escolha para o tratamento do DM2, foi o medicamento mais utilizado pelos idosos da amostra (61,3%), em monoterapia (35,2%), em mais da metade das associações de 2 AD e em todos os esquemas com 3 AD. Das variantes genéticas associadas à eficácia do tratamento com metformina estudadas, portadores do genótipo TT da variante rs2252281 (SLC47A1) apresentaram maior chance de controle glicêmico inadequado (OR = 4,19 IC 1,22; 14,36). Esse fenômeno foi observado em 32,1% dos idosos e estava associado à utilização de dois ou três antidiabéticos (OR = 2,89 IC 95% 1,47; 5,67), ao tempo de duração do DM2 (OR = 1,46 IC 95% 0,68; 3,12) e à presença de doença cardíaca (OR = 2,02 IC 95% 1,02; 4,01). Problemas nos olhos (RR= 2,13 IC 95% 1,24; 3,66), retinopatia diabética (RR = 3,18 IC 95% 1,05; 9,61) e episódios agudos de hipoglicemia (RR = 2,28 IC 95% 1,49; 3,49) e hiperglicemia (RR = 2,78 IC 95% 1,65; 4,68) tiveram risco aumentado em idosos com controle glicêmico inadequado. Estes resultados reforçam a necessidade de uma abordagem abrangente e individualizada para o manejo da hiperglicemia nos idosos. O controle glicêmico nesta parcela da população é desafiador, e suas implicações no desenvolvimento de complicações do DM2 destacam a importância de manter os níveis de glicose no sangue dentro de faixas saudáveis. A pactuação de metas glicêmicas menos rígidas pode evitar situações adversas, como a hipoglicemia, e a adoção de esquemas terapêuticos menos complexos pode contribuir significativamente para melhora na adesão.
The rapid aging of the population observed in Brazil marks the demographic and epidemiological transition due to low mortality and a high prevalence of noncommunicable chronic diseases, such as type 2 diabetes mellitus (TDM2). TDM2 is a metabolic disease characterized by elevated blood sugar levels and high morbidity in the elderly, associated with cardiovascular risk. Controlling glycemic levels is essential to prevent acute and chronic complications, avoiding impairments to functional capacity, autonomy, and quality of life. Recommendations for glycemic control in TDM2 involve non-pharmacological actions, such as lifestyle changes (diet, weight loss, and regular physical activity), and drug therapy. Elderly individuals are the largest consumers of medications in the country, and polypharmacy, combined with the physiological changes typical of aging, makes this population more susceptible to medication-related problems that can affect the success of therapy. In recent years, studies in pharmacogenomics, an area that explores interindividual variation in drug response, have demonstrated the association of genetic variants with drug metabolism, highlighting pharmacogenetic interactions in various classes of oral antidiabetics. This study aimed to understand the different factors influencing glycemic control in elderly individuals with reported diabetes living in São Paulo city, participants in the Health, Well-being, and Aging Study (SABE) from 2010 to 2015. Three articles were outlined, analyzing socioeconomic characteristics, health aspects, lifestyle, and those related to TDM2, such as hyperglycemia management and genetic variability in drug response and glycemic control, and its impact on the development of complications from TDM2. Article 1 describes the pharmacoepidemiological and pharmacogenetic profiles of the elderly. The second article evaluates factors associated with inadequate glycemic control, while the third article estimates the risk of developing complications over 5 years. Metformin, an oral antidiabetic of the biguanide class and the first choice for TDM2 treatment, was the most used medication by the elderly in the sample (61.3%), either in monotherapy (35.2%) or in more than half of the combinations of 2 antidiabetic drugs and all regimens with 3 drugs. Among the studied genetic variants associated with metformin treatment effectiveness, carriers of the TT genotype of the rs2252281 variant (SLC47A1) had a higher chance of poor glycemic control (OR = 4.19 CI 1.22; 14.36). Poor glycemic control was observed in 32.1% of the elderly and was associated with the use of two or three antidiabetics (OR = 2.89 CI 95% 1.47; 5.67), the duration of TDM2 (OR = 1.46 CI 95% 0.68; 3.12), and the presence of heart disease (OR = 2.02 CI 95% 1.02; 4.01). Problems with eyes (RR = 2.13 CI 95% 1.24; 3.66), diabetic retinopathy (RR = 3.18 CI 95% 1.05; 9.61), and acute episodes of hypoglycemia (RR = 2.28 CI 95% 1.49; 3.49) and hyperglycemia (RR = 2.78 CI 95% 1.65; 4.68) had an increased risk in elderly individuals with poor glycemic control. These results emphasize the need for a comprehensive and individualized approach to hyperglycemia management in the elderly. Glycemic control in this population segment is challenging, and its implications for the development of DM2 complications underscore the importance of maintaining blood glucose levels within healthy ranges. Agreeing on less stringent glycemic targets can prevent adverse situations such as hypoglycemia, and the adoption of less complex therapeutic regimens can significantly contribute to improved adherence.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Farmacogenética , Idoso , Envelhecimento , Farmacoepidemiologia , Diabetes Mellitus , Uso de Medicamentos , Doenças não Transmissíveis , Controle GlicêmicoRESUMO
Pouco se sabe sobre a atuação do psicólogo no Brasil junto a pessoas com Diabetes Mellitus. O objetivo desta pesquisa foi identificar os psicólogos brasileiros que trabalham com essa população e suas ações. Foram convidados a responder a um questionário online psicólogos que atuam ou atuaram junto a pessoas com diabetes. Participaram 79 psicólogos, principalmente da região Sudeste (59,5%). Todos declararam que haviam cursado pósgraduação. Na amostra, predominou o gênero feminino (89,9%), com idade entre 26 e 40 anos (46,8%). A maioria dos que atuam com diabetes declarou-se autônoma ou voluntária, e quase metade trabalhava menos do que 10 horas semanais. Entre aqueles que deixaram de trabalhar com diabetes, apenas uma minoria tinha vínculo empregatício. Além do trabalho com pessoas com diabetes, a maior parte declarou exercer outras atividades profissionais, como atendimentos clínicos em consultórios particulares, sugerindo que esta não é a atividade principal. Majoritariamente, os respondentes declararam não ter conhecimentos suficientes para o atendimento específico às pessoas com diabetes. Discute-se a qualidade da formação profissional dos psicólogos no Brasil, a necessidade de aprimoramento em relação à atuação com pessoas com diabetes e as condições de trabalho.(AU)
Little is known about the practice of psychologists in Brazil caring for people with Diabetes Mellitus. The aim of this research was to identify the Brazilian psychologists who work with this population and describe their actions. Psychologists who work or have worked with people diagnosed with diabetes were invited to answer an online questionnaire. The 79 participants lived mainly in the Southeast Region (59.5%). All of them declared to have a graduate degree, most were female (89.9%), aged 26 to 40 years (46.8%). Most of those working with diabetes declared to be autonomous or voluntary, and almost half had a workload of less than 10 hours a week. Among those who stopped working with diabetes, only a minority had a formal employment contract. In addition, most of them stated that they had other professional activities related to clinical care in private offices, suggesting that working with diabetes is not their main activity. Mostly, respondents stated that they did not have enough knowledge to care for people with diabetes. The quality of professional education of psychologists in Brazil, the need for specific improvement in labor relations and conditions were discussed.(AU)
Son escasas las informaciones del trabajo de los psicólogos en Brasil con las personas con Diabetes Mellitus. El objetivo de este estudio fue identificar los psicólogos brasileños que trabajan con esta población y describir sus acciones. Se invitó a psicólogos que trabajan o hayan trabajado con personas con diabetes a responder un cuestionario en línea. Participaron 79 psicólogos, principalmente de la región Sureste de Brasil (59,5%). Todos declararon tener posgrado. En la muestra hubo una mayor prevalencia del género femenino (89,9%), de edades de entre 26 y 40 años (46,8%). La mayoría de los que trabajan con personas con diabetes se declararon autónomos o voluntarios, y casi la mitad trabajaba menos de 10 horas a la semana. Entre los que dejaron de trabajar con las personas con diabetes, solo una minoría tenía una relación laboral. Además de trabajar con personas con diabetes, la mayoría afirmó tener otras actividades profesionales, como la atención clínica en consultorios privados, lo que sugiere que esta no es su actividad principal. La mayoría de los encuestados afirmaron que no tenían los conocimientos suficientes para atender específicamente a las personas con diabetes. Se discuten la calidad de la formación profesional de los psicólogos en Brasil, la necesidad de mejora en relación con el trabajo con personas con diabetes y las condiciones laborales.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Psicologia , Encenação , Diabetes Mellitus , Capacitação Profissional , Ansiedade , Dor , Equipe de Assistência ao Paciente , Atenção Primária à Saúde , Política Pública , Qualidade de Vida , Pesquisadores , Autocuidado , Unidades de Autocuidado , Autoimagem , Ciências Sociais , Doenças Autoimunes , Especialização , Estresse Psicológico , Terapêutica , Transplante , Voluntários , Cicatrização , Comportamento , Composição Corporal , Adaptação Psicológica , Preparações Farmacêuticas , Exercício Físico , Redução de Peso , Família , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Cegueira , Colesterol , Saúde Mental , Surtos de Doenças , Cuidado Periódico , Cetoacidose Diabética , Efeitos Psicossociais da Doença , Continuidade da Assistência ao Paciente , Aconselhamento , Acesso Universal aos Serviços de Saúde , Intervenção em Crise , Direito Sanitário , Morte , Complicações do Diabetes , Depressão , Diabetes Mellitus Tipo 1 , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Angiopatias Diabéticas , Diagnóstico , Diálise , Emergências , Prevenção de Doenças , Cirurgia Bariátrica , Medo , Transtorno da Compulsão Alimentar , Epidemias , Dor Crônica , Insulinas , Disfunção Cognitiva , Comportamento Problema , Dieta Saudável , Carga Global da Doença , Cooperação e Adesão ao Tratamento , Acesso a Medicamentos Essenciais e Tecnologias em Saúde , Esgotamento Psicológico , Autonegligência , Tristeza , Diabulimia , Angústia Psicológica , Modelo Transteórico , Intervenção Psicossocial , Controle Glicêmico , Fatores Sociodemográficos , Bem-Estar Psicológico , Alimento Processado , Promoção da Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Amputação Cirúrgica , Hospitalização , Hiperglicemia , Hipoglicemia , Falência Renal Crônica , Estilo de Vida , Transtornos Mentais , Metabolismo , Doenças Nutricionais e Metabólicas , ObesidadeRESUMO
Dentre as doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes no panorama atual, o diabetes mellitus desponta não somente como doença de maneira isolada, mas também como resultado das suas inúmeras complicações. É caracterizado por uma síndrome de etiologia múltipla, com hiperglicemia persistente em decorrência dos defeitos na produção de insulina ou na sua ação sobre as células. Objetivo: Analisar o impacto do Cuidado Farmacêutico no controle glicêmico de usuários de Unidades de Saúde com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em um município de pequeno porte do Paraná. Método: Estudo quantitativo realizado entre setembro de 2021 à março de 2022, que analisou desfechos clínicos como glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e microalbuminúria em pacientes com diagnóstico de DM2. Resultados: Dos 17 participantes, 11 eram do sexo feminino (64,7%), com média de idade de 60,4 anos (dp ± 10,7), variando entre 41 e 79 anos. Ocorreu uma discreta redução na média dos resultados de HbA1c depois do Cuidado Farmacêutico, passando de 9,9% no início do estudo para 9,2% ao final dele. Entretanto, houve uma melhora substancial nos níveis de HbA1c em 58,8% dos pacientes, observando-se 53% de redução para um dos indivíduos acompanhados. Conclusões: Bons resultados foram evidenciados durante o processo de Cuidado Farmacêutico em pacientes com DM2, onde verificou-se a diminuição clinicamente importante dos índices de HbA1c, o que influencia na redução das complicações decorrentes da doença
Among the most prevalent non-communicable chronic diseases in the current scenario, diabetes emerges not only as a disease in isolation but also as result of the countless complications. It is characterized by a syndrome of multiple etiologies, with persistent hyperglycemia due to defects in insulin production or in its action on cells. Objetctive: Analyze the impact of Pharmaceutical Care on the glycemic control of users of basic health units diagnosed with type 2 diabetes (DM2) in a small city in Parana. Method: Quantitative study carried out between September 2021 and march 2022, that analyzed clinical outcomes such as fasting blood glucose, glycated hemoglobin (HbA1c) and microalbuminuria in patients diagnosed with DM2. Results: Of the 17 participants, 11 were female (64,7%), with a mean age od 60.4 years (sd ± 10.7), ranging between 41 and 79 years. There was a slight reduction in mean HbA1c results after Pharmaceutical Care, from 9.9% to 9.2% at the end of the study. However, there was a substantial improvement in these values in 58.8% of the patients, reaching a 53% reduction for one of the followed individuals. Conclusions: Good results were evidenced during the Pharmaceutical Care process in user with DM2, with a significant decrease in glycated hemoglobin levels, which influences the reduction of complications resulting from the disease
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Assistência Farmacêutica , Diabetes Mellitus Tipo 2/epidemiologia , Controle Glicêmico , Brasil , Hemoglobinas Glicadas , Doenças não TransmissíveisRESUMO
INTRODUCTION: Optimal serum levels of vitamin D are of great importance, especially in populations with comorbidities such as Diabetes Mellitus (DM). OBJECTIVE: The study evaluated the relationship between hypovitaminosis D and glycemic control in older adults with type 2 DM. METHODS: Cross-sectional and prospective study, part of the EELO project (Study on Aging and Longevity), conducted in Southern Brazil. Glycated hemoglobin (diabetes ≥6.5%) and serum levels of vitamin D (25(OH)D) were evaluated. Hypovitaminosis D was determined using cutoff points <20 and <30 ng/mL). Multivariate logistic regression was used to assess the risk of having uncontrolled DM. RESULTS: Of the 120 older adults included in the study, aged between 60 and 87 years, 74.2% were women, 66.7% used hypoglycemic medications and 75.8% exhibited uncontrolled diabetes. An inverse correlation was observed between the levels of 25(OH) D and glycated hemoglobin (rS=-0.19, p=0.037), suggesting that low levels of vitamin D are associated with poor glycemic control in diabetic individuals. The prevalence of hypovitaminosis D when using the cutoff points of <20 and <30 ng/mL were 34.2% and 75.0%, respectively. The odds ratio (OR) analysis showed that individuals with 25(OH)D<20ng/mL have almost 4 times more risk of having uncontrolled DM (OR:3.94; CI95%:1.25-12.46, p=0.02) when compared to the older adults with sufficient levels of vitamin D. CONCLUSION: The results indicate that the optimal serum levels currently recommended for 25(OH)D should preferably be 30 ng/mL or higher to contribute to better glycemic control in older adults with type 2 DM.
INTRODUÇÃO: Os níveis séricos ideais de vitamina D são de grande importância, especialmente na população com comorbidades como o Diabetes Mellitus (DM). OBJETIVO: O estudo avaliou a relação entre hipovitaminose D e controle glicêmico em idosos com DM tipo 2. MÉTODOS: Estudo transversal e prospectivo, parte do projeto EELO (Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade), no Sul do Brasil. A hemoglobina glicada (diabetes ≥6,5%) e os níveis séricos de vitamina D (25(OH)D) foram avaliados. Hipovitaminose D foi determinada usando ponto de corte <20 e <30 ng/mL. Regressão logística multivariada foi utilizada para avaliar o risco de ter DM descompensado. RESULTADOS: Dos 120 idosos incluídos no estudo, idade entre 60 a 87 anos, 74,2% eram mulheres, 66,7% faziam uso de medicamentos hipoglicemiantes e 75,8% apresentavam diabetes descompensada. Uma correlação inversa foi observada entre os níveis de 25(OH)D e hemoglobina glicada (rS=-0,19; p=0.037), sugerindo que baixos níveis de vitamina D está associado a um pior controle glicêmico em diabéticos. A prevalência de hipovitaminose D quando se utiliza ponto de corte <20 e <30 ng/mL foi de 34,2% e 75,0%, respectivamente. A análise Odds ratio (OR) mostrou que indivíduos com 25(OH)D<20 ng/mL tem quase 4 vezes mais risco de ter DM descompensado (OR:3,94; IC95%:1,2512,46; p=0,02) quando comparado aos idosos com níveis suficientes de vitamina D. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que os níveis sérios ideais atualmente recomendados para 25(OH)D maior ou igual a 30 ng/ml contribuem para o melhor controle glicêmico na população idosa com DM tipo 2.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Deficiência de Vitamina D , 25-Hidroxivitamina D 2/deficiência , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Controle Glicêmico , Hemoglobinas Glicadas , Saúde do Idoso , Estudos Transversais , Estudos ProspectivosRESUMO
Introducción: La diabetes en pacientes con COVID-19 se asocia a mayor morbilidad y mortalidad. El aislamiento social podría dificultar el acceso a la atención e insumos médicos. Nuestro objetivo fue describir el control glucémico durante la pandemia y los recursos médicos y tecnológicos disponibles. Métodos: Estudio retrospectivo, descriptivo, analítico y transversal. Se analizaron los resultados de una encuesta realizada a pacientes diabéticos del Hospital de Pediatría Juan P. Garrahan. Se indagó infección por coronavirus, proximidad geográfica, control metabólico, cobertura, insumos y conectividad. Resultados: No se informaron casos de COVID-19. El 52,9% vivía a más de dos horas de viaje. El 95,7% realizó 4 o más glucemias diarias, el 12,8% estuvo en el rango glucémico ideal de 70-140 mg%, el 75,2% entre 140-250 mg% y el 12% por encima de 250 mg%. El 6,8% presentó cetosis y el 3,4% hipoglucemia severa. El 17,9% refirió dificultades para conseguir insumos. Todos poseían internet, 12% con limitaciones. El 10% que vivía a 2 o más horas del hospital estuvo en rango ideal vs. 28% de los que vivían más cerca (p=0,02). El 96,4% de los que retiraron insumos de su cobertura social o provincial alcanzaron un control metabólico aceptable (70-250 mg%) vs. 79,5% de los que lo hicieron en el hospital. (p=0,0002). Conclusiones: La mayoría presentó un control metabólico aceptable. La distancia y las dificultades de disponibilidad de insumos, se asociaron a peor control glucémico. La conectividad y recursos tecnológicos son limitados (AU)
Introduction: In patients with diabetes who are infected with COVID-19, the latter is associated with increased morbidity and mortality. Social isolation may complicate access to care and medical supplies. Our aim was to describe glycemic control during the pandemic and the medical and technological resources available. Methods: Retrospective, descriptive, analytical, and cross-sectional study. The results of a survey conducted in patients with diabetes seen at Hospital de Pediatría Juan P. Garrahan were analyzed. Coronavirus infection, geographic proximity to the hospital, metabolic control, healthcare coverage, supplies, and connectivity were investigated. Results: No cases of COVID-19 were reported. Overall, 52.9% lived more than two hours travel from the hospital; 95.7% performed four or more daily capillary blood glucose measurements; in 12.8% blood glucose was within the target range of 70-140 mg%, in 75.2% it was between 140-250 mg%, and in 12% above 250 mg%; 6.8% had ketosis and 3.4% severe hypoglycemia. Overall, 17.9% reported difficulties in obtaining medical supplies. All had internet access, although 12% with limitations. Ten percent of the patients who lived 2 or more hours from the hospital had blood glucose levels within the target range vs. 28% of those who lived closer (p=0.02); 96.4% of those who received diabetes supplies from their social or provincial insurance achieved acceptable metabolic control (70-250 mg%) vs. 79.5% of those who did so from the hospital (p=0,0002). Conclusions: The majority of patients had acceptable metabolic control. Distance and difficulties in the availability of supplies were associated with worse glycemic control. Connectivity and technological resources are limited (AU)
Assuntos
Humanos , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Telemedicina , Diabetes Mellitus , Acesso a Medicamentos Essenciais e Tecnologias em Saúde , Controle Glicêmico/instrumentação , COVID-19/complicações , Doença Crônica , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Estudos RetrospectivosRESUMO
O período gestacional é caracterizado por diversas alterações metabólicas, dentre elas, a hiperglicemia, que confere uma importante condição, muitas vezes associada a desfechos desfavo[1]ráveis tanto para mãe como para o bebê. Diante desse cenário, a manutenção de um bom controle glicêmico se faz necessária, visando diminuir a morbimortalidade perinatal e a morbidade materna em curto e longo prazo. Devido à ausência de um consenso sobre esse manejo, o objetivo deste trabalho foi compilar as melhores práticas publicadas na literatura, no período de 2009 até 2021, para o manejo da hiperglicemia durante a gestação e sugerir um protocolo para o manejo da hiper[1]glicemia intra-hospitalar de gestantes a ser adotado em um hospital público de Salvador, na Bahia.
Pregnancy is characterized by several metabolic alterations, among which hyperglycemia is often associated with unfavorable outcomes for both mother and baby. In this scenario, maintaining a good glycemic control is necessary to reduce perinatal morbidity and maternal morbidity in the short- and long-term. Considering the lack of consensus regarding such a management, this work sought to compile the best management practices for hyperglycemia during pregnancy published in the literature from 2009 to 2021, as well as to suggest a new protocol to be adopted in a public hospital in Salvador, Bahia.
El período gestacional se caracteriza por varias alteraciones metabólicas, entre las cuales la hiperglucemia confiere una condición importante a menudo asociada con resultados desfavorables tanto para la madre como para el bebé. En este escenario, es necesario mantener un buen control glucémico para reducir la morbilidad perinatal y la morbilidad materna a corto y largo plazo. Debido a la falta de consenso sobre este manejo, el objetivo de este trabajo fue recopilar las mejores prácticas publicadas en la literatura, de 2009 a 2021, en cuanto al manejo de la hiperglucemia durante el embarazo, y proponer un protocolo para el manejo de la hiperglucemia interhospitalaria a gestantes, para ser adoptado en un hospital público de Salvador, Bahía.
Assuntos
Morbidade , Gravidez de Alto Risco , Controle Glicêmico , HiperglicemiaRESUMO
INTRODUCCIÓN: La Diabetes Mellitus II es un problema sanitario a nivel mundial, sin excepción en nuestro país. El tratamiento farmacológico de la DM2 se basa en un esquema escalonado, que varía según las necesidades del paciente y el desarrollo de la enfermedad, así como del control glucémico del mismo. El retraso en la intensificación del tratamiento o el inicio de la insulinización, hecho que se conoce como inercia terapéutica, obedece a diferentes factores atribuibles tanto al paciente, como al sistema sanitario, aumentando el riesgo de complicaciones crónicas, tanto micro como macrovasculares. MATERIALES Y MÉTODOS: Se realizó un estudio observacional, transversal, descriptivo y de correlación. Se estudiaron 422 pacientes de consulta externa de Endocrinología y Medicina Interna del Hospital "José Carrasco Arteaga" en el año 2018, con diagnóstico de Diabetes Mellitus II que recibieron como tratamiento dos antidiabéticos orales; con el objetivo de conocer la frecuencia y factores asociados a la inercia terapéutica en estos pacientes. La recolección de datos se realizó a partir de las historias clínicas de los pacientes, en un formulario diseñado para el estudio. El análisis fue hecho en el programa SPSS v.25, aplicando estadística descriptiva y de correlación con la prueba Chi-cuadrado, con un nivel de confianza del 95%. RESULTADOS: El 59.2% de la muestra estudiada tenía 65 años o más, 54.7% fueron mujeres, 46.7% tenía sobrepeso y 36% obesidad. El 96.7% tenía tres o más años de evolución de la enfermedad, 63.7% presentaron control glucémico adecuado. La comorbilidad más frecuente fue la hipertensión arterial, que se presentó en el 61.6%. El 87% tenía Metformina más Glibenclamida como tratamiento. El 86.3% se encontraban recibiendo su actual tratamiento por más de tres meses. La inercia terapéutica se presentó en el 25.8%, y de estos casos, la inercia se relacionó con el personal de salud en el 75.2%. CONCLUSIÓN: Se presentó inercia terapéutica en el 25.8% de la muestra. La mayoría de las inercias terapéuticas están relacionadas con el personal de salud. No se encontró asociación estadísticamente significativa de la ocurrencia de la inercia terapéutica con la edad, el sexo, el nivel de instrucción, las comorbilidades, el estado nutricional o el tiempo de evolución de la DMII.(au)
BACKGROUND: Diabetes Mellitus II is a global health issue, with no exception in Ecuador. The pharmacological treatment of DM2 is based on a stepped scheme, which varies according to the patients' needs, the disease course, and the glycaemic control. The delay in the treatment intensification or the insulin initiation, known as therapeutic inertia, is caused by different factors attributable to both the patient and the health care systems, increasing the risk of both micro and macrovascular chronic complications. METHODS: we carried out an observational, cross-sectional, descriptive and correlation study. 422 patients from the Endocrinology and Internal Medicine outpatient clinic of "Hospital José Carrasco Arteaga" in 2018, with DM2 diagnosis, who received two oral antidiabetic drugs as treatment were studied; with the purpose of identifying the frequency and associated factors with therapeutic inertia in these patients. Data was collected from medical records in a form designed for this study. The data analysis was made in the SPSS v.25 software, applying descriptive statistics and correlation statistics with Chi-square test, with a confidence level of 95%. RESULTS: 59.2% of the sample was 65 years or older, 54.7% were women, 46.7% were overweight and 36% were obese. 96.7% had three or more years of diagnosis of the disease, 63.7% had adequate glycaemic control. The most frequent comorbidity was hypertension, which occurred in 61.6% patients. 87% were using Metformin plus Glibenclamide as treatment. 86.3% were receiving their current treatment for more than three months. Therapeutic inertia presented in 25.8% of the sample, and of these cases, inertia was related to health personnel in 75.2%. CONCLUSION: therapeutic inertia presented in 25.8% of the sample. Most of the therapeutic inertias were related to the health personnel. No significant statistically association was found between the occurrence of therapeutic inertia with age, sex, educational level, comorbidities, nutritional status or years of evolution of DMII.(au)
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Diabetes Mellitus , Controle Glicêmico , Hipertensão , Insulina , Obesidade , Atenção à Saúde , Sobrepeso , MetforminaRESUMO
RESUMEN El coronavirus 2 del síndrome respiratorio agudo grave es el tercer betacoronavirus desde el año 2003 capaz de ocasionar una infección del tracto respiratorio inferior, llevando, en casos críticos, al síndrome de dificultad respiratoria aguda y la muerte. La edad avanzada, la hipertensión arterial y la diabetes mellitus son, entre otros, tres factores determinantes en los peores desenlaces clínicos. Múltiples mecanismos pueden explicar la mayor susceptibilidad de las personas diabéticas a las infecciones respiratorias. La hiperglucemia crónica altera tanto a la inmunidad humoral como al celular. Esta enfermedad predispone a la sobreexpresión de la proteína de la membrana celular que sirve como receptora del virus y a una respuesta inflamatoria exacerbada, aumentando el riesgo de una descompensación y de la aparición de crisis hiperglicémicas. Ante la ausencia de un tratamiento efectivo o de una vacuna, todos los esfuerzos deben hacerse para procurar un buen control metabólico de los pacientes con diabetes mellitus con y sin COVID-19. Por lo anterior, se plantean en este artículo de reflexión, diferentes propuestas para el tratamiento de la diabetes mellitus en la unidad de cuidados intensivos, sin descartar la forma ambulatoria, en donde la telemedicina y otras tecnologías permitirán acortar la distancia y mantener las medidas de aislamiento preventivo.
SUMMARY Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 is the third beta-coronavirus since 2003 capable of causing lower respiratory tract infection, leading to severe cases of acute respiratory distress syndrome and death. Advanced age, high blood pressure and diabetes mellitus are three predictors of worse clinical outcomes. Multiple mechanisms could explain the greater susceptibility of diabetic people to respiratory infections. Chronic hyperglycemia alters both humoral and cellular immunity. This disease predisposes to virus receptor overexpression and an exaggerated inflammatory response, increasing the risk of decompensation and hyperglycemic crises. In the absence of an effective vaccine or treatment for the virus, this vicious circle should be stopped with an emphasis on controlling glucose. This paper presents different proposals for the treatment of diabetes mellitus both on an outpatient basis where telemedicine and other technologies will make it possible to continue adequate ambulatory care to maintain preventive isolation measures up to care in the intensive care unit.
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Humanos , Diabetes Mellitus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Telemedicina , Pandemias , Controle Glicêmico , GlucoseRESUMO
Type 2 Diabetes Mellitus (T2DM) is a costly, lifestyle-related disorder, its management is very critical and challenging hence lifestyle intervention may a cornerstone in the reversal and management of T2DM. This study designed to assess the impact of lifestyle intervention holistic (LIH) Model on blood glucose levels (BGL), Health-Related Quality of Life (HRQOL), and medical treatment cost in T2DM patients. This prospective, quasi-experimental study was conducted among 224 T2DM patients in Delhi Diabetes Research Center (DDRC), New Delhi. The study participants were allocated into two groups-Lifestyle Intervention Counseling (LIC) group received lifestyle-based counseling through the LIH model while the Usual-care group received only standard treatment. Study outcomes were assessed at baseline, 3rd, 6th, and 12th month and data were analyzed through SPSS. Study results revealed that LIC participants had decreased in fasting blood glucose 0.26 mg dL-1(-4.37 to 4.89), blood glucose postprandial -70.16 mg dL-1(-85.15 to -55.16), HbA1C -2.82% (-5.26 to -0.37), medicine cost (p < 0.004), hospitalization cost (p < 0.011), and cost of surgery (p < 0.0005). A significant improvement also observed in HRQOL and adherence towards a holistic model in LIC group. The study concludes that lifestyle-based counseling and its adherence was cost-effective and significantly improves BGL, HRQoL, and medical treatment in T2DM patients.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Diabetes Mellitus Tipo 2/terapia , Controle Glicêmico , Estilo de Vida , Qualidade de Vida , Tabagismo/prevenção & controle , Glicemia , Exercício Físico , Aconselhamento , Dieta/estatística & dados numéricos , Angústia PsicológicaRESUMO
Introduction Individuals with pre-diabetes have altered glycemic levels, are generally asymptomatic, and are at increased risk for developing type 2 diabetes mellitus. Objective Identify the prevalence of periodontal individuals with undiagnosed hyperglycemia and associated impact factors. Material and method Fifty-six patients with periodontitis and without diabetes self-report, users of dental clinic services at Federal University of Juiz de Fora were included in this research, during one year and a half of experimental evaluation. Socioeconomic and demographic data, anthropometric patterns, fasting capillary blood glucose, and complete periodontal examination (six sites per tooth) were evaluated. Result The sample consisted of 58.9% female, mean age 53 years old, 58.9% obese/overweight and 45.3% had a low level of education. A total of 28.6% (n=16) participants had undiagnosed hyperglycemia (between 100 to 160 mm / dL), of which 81.3% were obese/overweight, 25% were smokers, 56.3% reported having a history of diabetes in the family, 93.8% had a family income up to 2 brazilian´s minimum wages. BMI values were higher in the group of patients with hyperglycemia (29.8 ± 5.7, p = 0.03) compared to the group without hyperglycemia (26.6 ± 5.6). Patients with hyperglycemia had a greater number of sites with clinical attachment loss (CAL) between 4 and 6 mm (p = 0.04) when compared with the normoglycemic group. Conclusion Undiagnosed CAL attachment loss between 4 and 6 mm due to periodontitis than normoglycemic individuals.
Introdução Indivíduos com pré-diabetes apresentam níveis glicêmicos alterados, geralmente são assintomáticos e apresentam risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus tipo 2. Objetivo Identificar a prevalência de indivíduos periodontais com hiperglicemia não diagnosticada e os fatores de impacto associados. Material e método Cinquenta e seis pacientes com periodontite e sem autorrelato de diabetes, usuários de serviços de clínica odontológica da Universidade Federal de Juiz de Fora foram incluídos nesta pesquisa, durante um ano e meio de avaliação experimental. Foram avaliados dados socioeconômicos e demográficos, padrões antropométricos, glicemia capilar de jejum e exame periodontal completo (seis sítios por dente). Resultado A amostra foi composta por 58,9% do sexo feminino, média de idade de 53 anos, 58,9% obesidade / sobrepeso e 45,3% com baixa escolaridade. Um total de 28,6% (n=16) participantes tinham hiperglicemia não diagnosticada (entre 100 a 160 mm / dL), dos quais 81,3% eram obesos / com sobrepeso, 25% eram fumantes, 56,3% relataram ter histórico de diabetes na família, 93,8% tinham renda familiar de até 2 salários mínimos brasileiros. Os valores de IMC foram maiores no grupo de pacientes com hiperglicemia (29,8 ± 5,7, p = 0,03) em comparação ao grupo sem hiperglicemia (26,6 ± 5,6). Pacientes com hiperglicemia apresentaram maior número de sítios com perda clínica de inserção (CAL) entre 4 e 6 mm (p = 0,04) quando comparados ao grupo normoglicêmico. Conclusão A perda de inserção de CAL não diagnosticada entre 4 e 6 mm devido à periodontite do que indivíduos normoglicêmicos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Periodontite , Estado Pré-Diabético , Fatores de Risco , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Controle Glicêmico , Hiperglicemia , Doenças Periodontais , Doença Crônica , ObesidadeRESUMO
Objetivo: Avaliar a prevalência e o manejo da hiperglicemia de estresse em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado de janeiro a junho de 2018. Os dados foram obtidos a partir de 582 prontuá- rios eletrônicos, considerando os valores glicêmicos durante a hospitalização, história prévia ou não de diabetes mellitus, causas do internamento, tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, presença de complicações durante o internamento e conduta utilizada em caso de hiperglicemia de estresse. Resulta- dos: Dos 582 pacientes internados na unidade de terapia intensi- va, 579 tiveram sua glicemia indicada nos prontuários analisados; 341 (58,9%) apresentaram hiperglicemia em algum momento da internação, sendo a hiperglicemia de estresse caracterizada em 200 pacientes (35%). A duração média de internamento desses pacientes foi de 8,39±10,9 dias, e a causa mais frequente de inter- namento foi devido a pós-operatório por diversas causas, somando 148 indivíduos (74%). Dentro os pacientes, 72 (36%) apresenta- ram alguma complicação. Além disso, 13 casos (6,5%) evoluíram para óbito. Conclusão: Estudos disponíveis sobre alvos de gli- cose em pacientes críticos das unidades de terapia intensiva apresentam difícil interpretação devido às diferenças subs- tanciais no grupo de populações e aos protocolos de gestão de pacientes utilizados em vários centros. Todavia, a prevalência da hiperglicemia de estresse encontrada nesta amostra é se- melhante à de outras casuísticas estudadas. O índice eleva- do de complicações enfatiza a necessidade de padronização nos critérios para diagnóstico e tratamento da hiperglicemia de estresse objetivando melhor prognóstico desses pacientes independentemente da causa do internamento.
Objective: To evaluate the prevalence and management of stress hyperglycemia in patients hospitalized in anintensive care unit. Methods: Retrospective study, carried out from January to June 2018. Data were obtained from 582 electronic medical records, considering glycemic values during hospitalization, existence of previous history of Diabetes Mellitus, causes of hospitalization, length of stay in the intensive care unit, presence of complications during hospitalization, and behavior used in case of stress hyper- glycemia. Results: Of the 582 patients admitted in the ICU, 579 had their glycemia indicated in the charts analyzed: 341 (58,9%) had hyperglycemia in a certain moment of hospitalization, with stress hyperglycemia being present in 200 patients (35%). The average duration of hospitalization of these patients was 8,39 ± 10,9 days, and the most frequent cause of hospitalization was postoperative for various causes, totaling 148 individuals (74%). Of the patients, 72 (36%) presented some type of complication and 13 patients (6,5%) died. Conclusion: Available studies on glucose targets in critical intensive care unit patients are difficult to be interpre- ted because of substantial differences in the study populations and of patient management protocols used at various centers. However, the prevalence of stress hyperglycemia found in this sample is similar to that of other study groups. The high com- plication rate emphasizes the need for standardization of the criteria for diagnosis and treatment of stress hyperglycemia aiming at a better prognosis of these patients regardless of the cause of hospitalization.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Estresse Fisiológico , Hiperglicemia/epidemiologia , Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Complicações Pós-Operatórias/epidemiologia , Glicemia/análise , Protocolos Clínicos , Prevalência , Estudos Transversais , Estudos Retrospectivos , Mortalidade Hospitalar , Diabetes Mellitus/diagnóstico , Diabetes Mellitus/etiologia , Registros Eletrônicos de Saúde/estatística & dados numéricos , Administração Intravenosa , Controle Glicêmico , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Hiperglicemia/complicações , Hiperglicemia/etiologia , Hiperglicemia/tratamento farmacológico , Hiperglicemia/sangue , Hipoglicemiantes/administração & dosagem , Hipotensão/diagnóstico , Insulina/administração & dosagemRESUMO
RESUMO Objetivo analisar a utilização de serviços de urgência e emergência por indivíduos com complicações agudas de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus. Método estudo retrospectivo realizado nos três serviços públicos de pronto-atendimento em município do Sul do Brasil. Os dados foram coletados mediante consulta aos prontuários eletrônicos das pessoas que compareceram duas ou mais vezes no período de janeiro de 2018 a fevereiro de 2020. Na análise foi utilizado Regressão Logística e georreferenciamento dos endereços residenciais. Resultados das 1.125 pessoas, 72,7% procuraram os serviços por Hipertensão; 18,1% por Diabetes; e 7,3%, por ambas as condições. A maioria não possuía a condição crônica registrada na Atenção Primária e residia próximo aos serviços de pronto-atendimento. Tiveram mais chances de três ou mais comparecimentos os usuários que procuraram concomitantemente as Unidades de Pronto atendimento do Hospital Universitário e as municipais, por ambas as condições, com menor escolaridade e sem companheiro. Conclusão e implicações para a prática informações sobre a utilização dos serviços de urgência e emergência e das pessoas que os procuram por complicações agudas da Hipertensão e/ou Diabetes podem subsidiar a formulação de políticas públicas e a proposição de estratégias mais efetivas na identificação, acompanhamento e busca ativa de pessoas com condições crônicas.
RESUMEN Objetivo analizar el uso de los servicios de urgencia y emergencia por personas con complicaciones agudas de Hipertensión Arterial y / o Diabetes Mellitus. Método estudio retrospectivo realizado en los tres servicios públicos de emergencia de un municipio del sur de Brasil. Los datos se recogieron consultando las historias clínicas electrónicas de las personas que acudieron dos o más veces entre enero de 2018 y febrero de 2020. En el análisis se utilizó la Regresión Logística y la georreferenciación de domicilios. Resultados de las 1125 personas, el 72,7% buscó servicios por hipertensión, el 18,1% por diabetes mellitus y el 7,3% por ambas condiciones. La mayoría no tenía la enfermedad crónica registrada en Atención Primaria y vivía cerca de los servicios de emergencia. Los usuarios que acudieron de forma concurrente a las Unidades Hospitalarias de Urgencias del Hospital Universitario y las municipales, por ambas condiciones, con menor escolaridad y sin pareja tenían más probabilidades de tener tres o más apariciones. Conclusión e implicaciones para la práctica las informaciones sobre el uso de los servicios de urgencia y emergencia y las personas que los buscan por complicaciones agudas de Hipertensión Arterial y / o Diabetes Mellitus pueden apoyar la formulación de políticas públicas y la propuesta de estrategias más efectivas en la identificación, seguimiento y búsqueda activa de personas con enfermedades crónicas.
ABSTRACT Objective to analyze the use of urgency and emergency services by individuals with acute complications of Hypertension and/or Diabetes Mellitus. Method a retrospective study conducted in three public emergency care services in a city in southern Brazil. Data was collected by consulting the electronic medical records of people who attended two or more times during the period from January 2018 to February 2020. Logistic Regression and geo-referencing of residential addresses were used in the analysis. Results of the 1,125 people, 72.7% sought the services for hypertension; 18.1% for diabetes; and 7.3% for both conditions. Most did not have the chronic condition registered in Primary Care and lived near the emergency services. Users who sought the Emergency Care Units of the University Hospital and the municipal ones concomitantly, for both conditions, with less education, and without a partner had a greater chance of three or more attendances. Conclusion and implications for practice information on the use of urgency and emergency services and of people who seek them for acute complications of Hypertension and/or Diabetes can subsidize the formulation of public policies and the proposition of more effective strategies in the identification, follow-up and active search for people with chronic conditions.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Atenção Primária à Saúde , Diabetes Mellitus , Serviços Médicos de Emergência , Hipertensão , Autocuidado , Centros de Saúde , Estudos Retrospectivos , Estratificadores de Equidade , Controle Glicêmico/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo Objetivo elaborar um modelo interpretativo sobre a adesão ao autocuidado de pessoas com Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde. Método estudo de método misto realizado em quatro Unidades Básicas de Saúde. O estudo quantitativo transversal foi composto por 329 participantes, elegeram-se variáveis sociodemográficas e clínicas e o questionário de atividades de autocuidado. No estudo qualitativo, com 31 participantes, utilizou-se a vertente construtivista da Teoria Fundamentada nos Dados. Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva e a codificação inicial e focalizada. Resultados a maioria dos participantes é do sexo feminino, casada, com um a cinco anos de estudo, aposentada e com renda de um a três salários-mínimos. Obteve-se baixa adesão à alimentação saudável, à atividade física e ao monitoramento glicêmico. A adesão desejável foi relacionada ao uso de medicamentos e cuidados com os pés. Na etapa qualitativa, obteve-se como fenômeno: Enfrentando a complexidade do tratamento do Diabetes Mellitus e buscando o autocuidado. Este foi sustentado por duas categorias: Encontrando as dificuldades para seguir o tratamento e Valorizando os aspectos facilitadores do tratamento que deram subsídios para a elaboração do modelo. Conclusões e implicações para a prática foi elaborado um modelo interpretativo cujos elementos demonstram a complexidade do fenômeno e contribuem para a adesão ao autocuidado nessa população.
Resumen Objetivo elaborar un modelo interpretativo sobre adhesión al autocuidado de personas con Diabetes Mellitus en Atención Primaria de Salud. Método estudio de método mixto realizado en cuatro Unidades Básicas de Salud. El estudio cuantitativo transversal fue compuesto por 329 participantes, se eligieron variables sociodemográficas y clínicas y el cuestionario de actividades de autocuidado. En el estudio cualitativo, con 31 participantes, se utilizó el enfoque constructivista de Grounded Theory. Los datos se analizaron mediante estadística descriptiva y codificación inicial y focalizada. Resultados la mayoría de los participantes son mujeres, casadas, con uno a cinco años de estudio, jubiladas y con ingresos de uno a tres salarios mínimos. Se obtuvo una baja adhesión a la alimentación saludable, la actividad física y el control glucémico. La adhesión deseable se relacionó con el uso de medicamentos y el cuidado de los pies. En la etapa cualitativa se obtuvo el siguiente fenómeno: Enfrentando la complejidad del tratamiento de la Diabetes Mellitus y buscando el autocuidado. Esto fue apoyado por dos categorías: Encontrando las dificultades para seguir el tratamiento y Valorando los aspectos facilitadores del tratamiento que apoyaron el desarrollo del modelo. Conclusiones e implicaciones para la práctica se desarrolló un modelo interpretativo cuyos elementos demuestran la complejidad del fenómeno y contribuyen a la adhesión al autocuidado en esta población.
Abstract Objective to develop an interpretive model on the adherence to self-care of people with Diabetes Mellitus in Primary Health Care. Method a mixed-method study conducted in four Basic Health Units. The cross-sectional quantitative study was composed of 329 participants, sociodemographic and clinical variables and the questionnaire of self-care activities were chosen. In the qualitative study, with 31 participants, the constructivist strand of Grounded Theory was used. The data were analyzed using descriptive statistics and initial and focused coding. Results most participants are female, married, with one to five years of schooling, retired, and with an income of one to three minimum wages. Low adherence to healthy eating, physical activity, and glycemic monitoring was obtained. The desirable adherence was related to the use of medications and foot care. In the qualitative step, the phenomenon was: Facing the complexity of the treatment of Diabetes Mellitus and seeking self-care. This was supported by two categories: Encountering difficulties to follow the treatment and valuing the facilitating aspects of the treatment that provided subsidies for the development of the model. Conclusions and implications for practice an interpretative model was elaborated whose elements demonstrate the complexity of the phenomenon and contribute to the adherence to self-care in this population.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Atenção Primária à Saúde , Autocuidado , Diabetes Mellitus Tipo 2/terapia , Cooperação e Adesão ao Tratamento , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Exercício Físico , Prevalência , Pesquisa Qualitativa , Teoria Fundamentada , Dieta Saudável , Controle GlicêmicoRESUMO
ABSTRACT Objective: To investigate the association between inadequate functional health literacy, considering the Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults, and glycemic control in elderly patients with type 2 diabetes, and to examine this association in low social support settings, according to Medical Outcomes Study . Methods: Cross-sectional study conducted at the diabetes referral center of a university hospital. Participants were recruited among type 2 diabetes patients aged 60 years or older, between May 2013 and November 2014. The primary outcome was the most recent glycated hemoglobin value measured within the last 6 months. Results: A total of 398 elderly patients with type 2 diabetes were evaluated. Of these, 232 were not eligible to participate. The final sample comprised 166 participants. Hierarchical multiple linear regression was performed. The following variables were entered in three blocks: sociodemographic characteristics, clinical variables and health literacy scores. Regression analysis of the interaction between health literacy and social support as a determinant of glycemic control was also performed. Mean age of subjects was 68.0 years (standard deviation of 5.9). Mean glycated hemoglobin value was 8.5% (standard deviation of 1.4). Short assessment of health literacy for Portuguese speaking adults score was independently associated with glycated hemoglobin (B=-0.059; p=0.043). The interaction between social support and health literacy score (p=0.003) was a determinant of glycemic control. Conclusion: Health literacy is associated with glycemic control. Social support may modify the relation between health literacy and glycemic control.
RESUMO Objetivo: Verificar a associação entre alfabetismo em saúde inadequado, segundo o Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults , e controle glicêmico, em pacientes idosos com diabetes tipo 2, bem como avaliar tal associação no contexto de baixo suporte social, segundo o Medical Outcomes Study . Métodos: Estudo transversal conduzido no centro de referência de diabetes de um hospital universitário. Os participantes foram recrutados entre pacientes com diabetes tipo 2 com idade de 60 anos ou mais, entre maio de 2013 e novembro de 2014. O desfecho primário foi o valor mais recente de hemoglobina glicada obtido nos últimos 6 meses. Resultados: Foram avaliados 398 pacientes idosos com diabetes tipo 2. Destes, 232 não foram considerados elegíveis para participar da pesquisa. A amostra final incluiu 166 participantes. Foi realizada análise de regressão linear múltipla hierárquica com as seguintes variáveis inseridas em três blocos: características sociodemográficas, variáveis clínicas e escore de alfabetismo em saúde. Realizou-se também uma análise de regressão adicional da interação entre alfabetismo em saúde e apoio social como determinante do controle glicêmico. A média de idade dos indivíduos foi 68,0 anos (desvio-padrão de 5,9). O valor médio de hemoglobina glicada foi de 8,5% (desvio-padrão de 1,4). O Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults mostrou-se independentemente associado à hemoglobina glicada (B=-0,059; p=0,043). A interação entre suporte social e escore de alfabetismo em saúde (p=0,003) foi determinante para o controle glicêmico. Conclusão: O alfabetismo em saúde está associado ao controle glicêmico. O suporte social pode modificar a relação entre o escore de alfabetismo em saúde e o controle glicêmico.
Assuntos
Humanos , Idoso , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Letramento em Saúde , Apoio Social , Glicemia , Hemoglobinas Glicadas/análise , Estudos Transversais , Controle Glicêmico , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Estudo observacional transversal com o objetivo de analisar o controle glicêmico de pessoas com diabetes mellitus por meio dos valores de HbA1c na atenção primária à saúde de um município do interior paulista. Participaram do estudo as pessoas que utilizaram medicamentos para o tratamento do diabetes mellitus adquiridos na rede de atenção primária à saúde no ano de 2018. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Foram utilizados dados secundários obtidos por meio do prontuário de saúde eletrônico. Os dados foram analisados no software SPSS 20.0 por meio de estatística descritiva, teste Qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 0,05 e regressão logística binária para obtenção da odds ratio e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A amostra foi constituída de 3181 pessoas, com predomínio de mulheres e média de idade de 62,8 anos (desvio padrão = 12,3). A metformina foi o medicamento mais utilizado, sendo que, 27,5% das pessoas utilizaram apenas a metformina, 19,7% utilizaram apenas sulfonilureia, 21,1% utilizaram metformina + sulfonilureia, 18,3% utilizaram antidiabético oral + insulina e 13,4% utilizaram apenas insulina. O controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%) foi encontrado em 44,8% das pessoas com DM e, quando utilizado a meta menos rígida (HbA1c <8,0%) para as pessoas com idade ≥55 anos, 70,6% apresentaram controle glicêmico adequado. A idade e a terapia medicamentosa estiveram associadas ao controle glicêmico adequado (p<0,001). O controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%) foi mais frequente entre pessoas de maior idade, sendo de apenas 30,4% entre as pessoas de 25 a 34 anos, 35,4% entre as de 35 a 44 anos, 37,1% entre as de 45 a 54 anos, 45,1% entre as de 55 a 64 anos, 45,2% entre as de 65 a 74 anos, alcançando o seu máximo, 55,8%, entre as pessoas com idade ≥75 anos. Quanto à terapia medicamentosa, as pessoas que utilizaram insulina ou antidiabético oral + insulina apresentaram menor frequência de controle glicêmico adequado, 27,1% e 20,9%, respectivamente. Por outro lado, 78,4% das pessoas que utilizaram apenas metformina, 45,1% das que utilizaram apenas sulfonilureia e 38,2% das que utilizaram metformina + sulfonilureia, apresentaram controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%). O estudo mostra que o alcance do controle glicêmico adequado é ainda um desafio, o que aumenta a necessidade de ampliação nas ações de atenção à saúde das pessoas com DM, especialmente no que tange às pessoas mais jovens e em uso de terapias medicamentosas intensas.
This is a cross-sectional observational study that aims to analyze the glycemic control of people with diabetes mellitus by HbA1c values in primary health care in a city in the countryside of São Paulo. People who used drugs for the treatment of diabetes mellitus, acquired in the primary health care network in 2018, participated in the study. The study was approved by the research ethics committee. The secondary data obtained from the electronic health record were used. The data were analyzed using the SPSS 20.0 software with descriptive statistics, Pearson's Chi-square test, with a significance level of 0.05 and binary logistic regression, to obtain the odds ratio and their respective 95% confidence intervals. The sample consisted of 3,181 people, with a predominance of women and a mean age of 62.8 years-old (standard deviation = 12.3). Metformin was the most widely used drug, with 27.5% of people using only metformin, 19.7% use only sulfonylurea, 21.1% use metformin + sulfonylurea, 18.3% use oral antidiabetic + insulin and 13.4% use only insulin. Adequate glycemic control (HbA1c <7.0%) was found in 44.8% of people with DM and, when using the less rigid target (HbA1c <8.0%) for people aged ≥55 years-old, 70.6% had adequate glycemic control. Age and drug therapy were associated with adequate glycemic control (p <0.001). Adequate glycemic control (HbA1c <7.0%) was more frequent among older people, being only 30.4% among people who are 25 to 34 years-old, 35.4% among those who are 35 to 44 years-old, 37.1% between 45 and 54 years-old, 45.1% between 55 and 64 years-old, 45.2% between 65 and 74 years-old, reaching its maximum, 55.8%, among people aged ≥75 years-old. As for drug therapy, people who used insulin or oral antidiabetic + insulin had a lower frequency of adequate glycemic control, 27.1% and 20.9%, respectively. On the other hand, 78.4% of people who used only metformin, 45.1% of those who used only sulfonylurea and 38.2% of those who used metformin + sulfonylurea, have presented adequate glycemic control (HbA1c <7.0%). The study shows that the achievement of adequate glycemic control is still a challenge, what increases the need to expand health care actions for people with DM, especially with regard to younger people and those ones who use intense drug therapies.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Atenção Primária à Saúde , Hemoglobinas Glicadas , Distribuição de Qui-Quadrado , Diabetes Mellitus/tratamento farmacológico , Controle Glicêmico , Insulina/uso terapêuticoRESUMO
Objetivo: Investigar os fatores associados ao controle glicêmico em indivíduos com diabetes mellitus (DM). Métodos: estudo seccional, com participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto com DM autorreferido; utilizou-se regressão logística binomial. Resultados: foram incluídos 1.242 indivíduos; 54,2% apresentaram hemoglobina glicada ≥6,5%, evidenciando controle glicêmico inadequado; mostraram-se fatores associados ao controle glicêmico inadequado o sexo masculino (OR=1,39 IC95%1,05;1,85), raça/cor da pele preta (OR=1,74 IC95%1,22;2,48) ou parda (OR=1,57 IC95%1,14;2,16), nível médio de ocupação (OR=1,63 IC95%1,02;2,58), não ter plano de saúde (OR=1,47 IC95%1,09;1,96), uso de insulina (OR=7,34 IC95%3,56;15,15), relação cintura-quadril alterada (OR=1,87 IC95%1,19;2,93), tabagismo (OR=1,73 IC95%1,09;2,74) e autoavaliação da saúde ruim ou muito ruim (OR=2,37 IC95%1,17;4,83). Conclusão: os resultados reforçam o contexto multicausal no controle glicêmico, que foi associado a fatores sociodemográficos, estilos de vida e condições de saúde.
Objetivo: investigar los factores asociados con el control glucémico en personas con diabetes mellitus (DM). Métodos: estudio seccional, con participantes en el Estudio Longitudinal de Salud del Adulto con DM autoinformada; se utilizó regresión logística binomial. Resultados: se incluyeron 1.242 individuos; el 54,2% tenía hemoglobina glicada ≥6,5%, mostrando un control glucémico inadecuado; los factores asociados con un control glucémico inadecuado fueron género masculino (OR=1,39 IC95% 1,05;1,85), raza/color de piel negra (OR=1,74 IC95%1,22;2,48) o parda (OR=1,57 IC95%1,14;2,16), nivel medio de ocupación (OR=1,63 IC95%1,02;2,58), sin seguro de salud (OR=1,47 IC95%1,09;1,96), uso de insulina (OR=7,34 IC95%3,56;15,15), aumento de la relación cintura-cadera (OR=1,87 IC95%1,19;2,93), tabaquismo (OR=1,73 IC95%1,09;2,74) y autoevaluación de mala salud o muy mala (OR=2,37 IC95%1,17;4,83). Conclusión: los resultados refuerzan el contexto multicausal en el control glucémico, que se asoció con factores sociodemográficos, estilos de vida y condiciones de salud.
Objective: to investigate factors associated with glycemic control in individuals with diabetes mellitus (DM). Methods: this was a cross-sectional study, with participants in the Longitudinal Study of Adult Health with self-reported DM; binomial logistic regression was used. Results: 1,242 individuals were included; 54.2% had glycated hemoglobin ≥6.5%, showing inadequate glycemic control; factors associated with inadequate glycemic control were male sex (OR=1.39 95%CI 1.05;1.85), black skin color (OR=1.74 95%CI 1.22;2.48) or brown skin color (OR=1,57 95%CI 1.14;2.16), average occupation level (OR=1.63 95%CI 1.02;2.58), not having health insurance (OR=1.47 95%CI 1.09;1.96), use of insulin (OR=7.34 95%CI 3.56;15.15), increased waist-to-hip ratio (OR=1.87 95%CI 1.19;2.93), smoking (OR=1.73 95%CI 1.09;2.74), and poor or very poor self-rated health (OR=2.37 95%CI 1.17;4.83). Conclusion: the results reinforce the multicausal context in glycemic control, which was associated with sociodemographic factors, lifestyles and health conditions.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Hemoglobinas Glicadas , Complicações do Diabetes , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Controle Glicêmico/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Longitudinais , Disparidades nos Níveis de Saúde , HiperglicemiaRESUMO
Abstract Background: Vegetarian diets have been linked to reduced risk of chronic noncommunicable diseases, since they positively modulate biochemical parameters, particularly those related with glycemic control and lipemia, and considered as potential strategy for weight control. Objective: To compare the nutritional status, lifestyle and lipid profile of adult vegetarians with omnivores in a sample of individuals in the city of São Paulo. Methods: This was a cross-sectional study. Anthropometric, biochemical and lifestyle variables were compared between vegetarians and omnivores. A significance level of 5% was considered for all analyses. Results: Vegetarians were more likely to practice physical activity (64.3% vs 42.5%, p = 0.056) and consuming dietary supplements (48.1% vs 20.5%, p = 0.012). There was no statistically significant difference for the variables: age, sex, triglycerides, total cholesterol and low-density lipoprotein between the two groups. Vegetarians had significantly lower weight [60.8 kg (56.7 - 69.4) vs 71.1 kg (58.0 - 75.4), p = 0.038], BMI [22.4 kg/m2 (20.9 - 23.8) vs 24.6 kg/m2 (21.7 - 26.1), p = 0.001], and waist circumference [(81.8 ± 8.2 vs 87.8 ± 10.9 cm, p = 0.003)], and higher high-density lipoprotein (54.88 ± 14.44 vs 47.30 ± 12.27 mg /dL p = 0.008) than omnivores. Conclusion: Compared with omnivores, vegetarians had a better nutritional status, with lower BMI and waist circumference, significantly higher levels of plasma lipoprotein high-density, and healthier lifestyle.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Dieta Vegetariana , Índice de Massa Corporal , Circunferência da Cintura , Vegetarianos , Pesos e Medidas Corporais , Exercício Físico , Estado Nutricional , Doença Crônica , Estudos Transversais , Controle Glicêmico , Estilo de Vida , Lipoproteínas/sangueRESUMO
Abstract Objective: To examine the relationship between the level of glycemic control and coated tongue in type 2 diabetes mellitus patients with xerostomia. Material and Methods: This study was an analytical survey and involved 64 type 2 diabetes mellitus patients, aged between 17 to 65 years old with 34 males and 30 females. Diagnosis of diabetes mellitus was determined from the patient's medical records. The level of glycemic control was obtained from the patient's last blood sugar examination. Xerostomia was diagnosed with a questionnaire, while coated tongue diagnosis based on clinical features and the severity of coated tongue was assessed using the Kojima index Results: There was a significant relationship between the level of glycemic control and coated tongue (p=0.0026) in type 2 diabetes mellitus patients with xerostomia. Moreover, there was a significant relationship between the level of glycemic control and the severity of the coated tongue (p=0.001). Specifically, poor glycemic control was associated with a higher occurrence of the coated tongue as well as more severe tongue coating Conclusion: There was a significant relationship between the level of glycemic control in and coated tongue in type 2 diabetes mellitus patients with xerostomia. Therefore, diabetes mellitus patients should control their level of glycemic control to prevent the oral complication of the disease.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Doenças da Língua/patologia , Xerostomia/diagnóstico , Diabetes Mellitus/patologia , Diabetes Mellitus Tipo 2/patologia , Controle Glicêmico , Prontuários Médicos , Inquéritos e Questionários , Interpretação Estatística de Dados , Índice Glicêmico , Estudos Observacionais como Assunto/métodos , Indonésia/epidemiologiaRESUMO
RESUMEN Objetivo: Evaluar si existe relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico e identificar sus principales predictores en personas con diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2, en un Centro de Salud Familiar de Concepción, Chile. Material y Método: Estudio cuantitativo, transversal, descriptivo y correlacional. Participaron 175 personas, quienes dieron respuesta a un instrumento compuesto por: Datos biosociodemográficos, Resumen de Actividades de Autocuidado en Diabetes y Evaluación breve de la alfabetización de salud para adultos hispanohablantes, además glicemia preprandial y HbA1c para verificar control glicémico. Resultados: Los participantes fueron en su mayoría mujeres (70,3%); edad promedio 65,1 años; años de escolaridad promedio 9,3 años; con pareja el 61,7%; pensionados el 45,7%; ingreso económico per cápita $147.300 aproximadamente; tiempo transcurrido desde el diagnóstico, 11 años, aproximadamente; utilizando antiglicémicos orales el 63,4% y no fumadores un 88,6%. Tres áreas de autocuidado clasificaron como inadecuadas: alimentación, actividad física y automonitorización de glicemia; 20% con inadecuada alfabetización en salud, existiendo diferencia en el nivel educacional, ingreso económico y tipo de terapia farmacológica; 65,8% con control glicémico inadecuado. Conclusiones: No se obtuvo relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico. Se identificó como principal predictor del control glicémico el tipo de terapia farmacológica. Se evidenció un autocuidado inadecuado y un bajo porcentaje de compensación, lo que lleva a reflexionar sobre el quehacer como equipo de salud en la atención primaria, debiendo movilizar los esfuerzos a favor del modelo integral para mantener una población compensada y libre de complicaciones.
ABSTRACT Objective: To assess whether there is a relationship between self-care, health literacy with glycemic control and identify its main predictors in people diagnosed with Type 2 Diabetes Mellitus at a Family Health Center in Concepción, Chile. Material and Method: Quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational study. 175 people participated responding instruments that consisted of bio-sociodemographic questions, Summary of Self-Care Diabetes Activities and Health Literacy Brief Assessment for Spanish-speaking adults, as well as pre-prandial glycemia and HbA1c to verify glycemic control. Results: Participants were mostly women (70.3%); average age 65.1 years; average years of schooling 9.3 years; with a partner (61.7%); pensioners (45.7%); per capita income, approximately $ 147,300; time since diagnose, approximately 11 years; using oral antiglycemic agents (63.4%); non-smokers (88.6%). Three areas of self-care were classified as inadequate: nutrition, physical activity and self-monitoring of glycemia; 20% of participants showed inadequate health literacy, with differences in educational level, income and pharmacological therapy; 65.8% with inadequate glycemic control. Conclusions: There was no relationship between self-care and health literacy with glycemic control. The type of pharmacological therapy was identified as the main predictor of glycemic control. There is evidence of inadequate self-care and a low compensation level, which leads to reflect on improving work in primary health care and increasing efforts to have a comprehensive model to maintain a compensated population and free of complications.
RESUMO Objetivo: Avaliar se existe relação entre autocuidado, alfabetização em saúde com controle glicêmico e identificar seus principais preditores em pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus Tipo 2 em um Centro de Saúde da Família em Concepción, Chile. Material e Método: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Participaram 175 pessoas que responderam a um instrumento composto por: Perguntas biosociodemográficas, Resumo das atividades de autocuidado em diabetes e Breve avaliação da alfabetização em saúde para adultos de língua espanhola, além de glicemia pre-prandial e HbA1c para verificar o controle glicêmico. Resultados: Os participantes foram majoritariamente mulheres (70,3%); idade média 65,1 anos; média de anos de escolaridade 9,3 anos; com parceiro o (61,7%); pensionistas o (45,7%); renda econômica per capita $ 147.300 aproximadamente; tempo decorrido desde o diagnóstico, aproximadamente 11 anos; uso de agentes antiglicêmicos orais o (63,4%); não fumantes o (88,6%). Três áreas de autocuidado classificadas como inadequadas: alimentação, atividade física e automonitoramento da glicemia; 20% com alfabetização em saúde inadequada, havendo diferença no nível educacional, renda econômica e tipo de terapia medicamentosa; 65,8% com controle glicêmico inadequado. Conclusões: Não houve relação entre autocuidado e alfabetização em saúde com controle glicêmico. O tipo de terapia farmacológica foi identificado como o principal preditor do controle glicêmico. Foi evidenciado autocuidado inadequado e baixo percentual de compensação, o que leva a refletir sobre a tarefa como equipe de saúde na atenção básica, e deve mobilizar esforços em favor do modelo integral para manter uma população compensada livre de complicações.