RESUMO
INTRODUCTION: Pharyngocutaneous fistula after larynx and hypopharynx cancer surgery can cause several damages. This study's aim was to derive a clinical decision rule to predict pharyngocutaneous fistula development after pharyngolaryngeal cancer surgery.METHODS: A retrospective cohort study was conducted, including all patients performing total laryngectomy/pharyngolaryngectomy (n = 171). Association between pertinent variables and pharyngocutaneous fistula development was assessed and a predictive model proposed.RESULTS: American Society of Anesthesiologists scale, chemoradiotherapy, and tracheotomy before surgery were associated with fistula in the univariate analysis. In the multivariate analysis, only American Society of Anesthesiologists maintained statistical significance. Using logistic regression, a predictive model including the following was derived: American Society of Anesthesiologists, alcohol, chemoradiotherapy, tracheotomy, hemoglobin and albumin pre-surgery, local extension, N-classification, and diabetes mellitus. The model's score area under the curve was 0.76 (95% CI 0.64-0.87). The high-risk group presented specificity of 93%, positive likelihood ratio of 7.10, and positive predictive value of 76%. Including the medium-low, medium-high, and high-risk groups, a sensitivity of 92%, negative likelihood ratio of 0.25, and negative predictive value of 89% were observed.CONCLUSION: A clinical decision rule was created to identify patients with high risk of pharyngocutaneous fistula development. Prognostic accuracy measures were substantial. Nevertheless, it is essential to conduct larger prospective studies for validation and refinement.
INTRODUÇÃO: Fístula faringocutânea após cirurgia de câncer de laringe e hipofaringe causa diversos danos. Nosso objetivo foi derivar uma regra de decisão clínica (RDC) para predizer o desenvolvimento da fístula faringocutânea após cirurgia.MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo incluindo todos os pacientes submetidos à laringectomia total e faringolaringectomia (n = 171). Analisou-se a associação entre as variáveis pertinentes e o desenvolvimento da fístula e foi proposto um modelo preditivo.RESULTADOS: Na análise univariada, a ASA, quimioradioterapia (QRT) e traqueostomia antes da cirurgia foram associadas à fístula. Na análise multivariada, somente a ASA manteve-se estatisticamente significante. Por regressão logística, derivamos um modelo preditivo incluindo: ASA, álcool, QRT, traqueostomia, hemoglobina e albumina pré-operatórias, extensão local, N, DM. A curva ROC do modelo foi 0,76 (95% CI 0,64−0,87). O grupo de alto risco teve especificidade 93%, Likelihood positivo 7,10 e valor preditivo positivo 76%. Incluindo os grupos de médio baixo, médio alto e alto risco, temos sensibilidade de 92%, Likelihood negativo 0,25 e valor preditivo positivo 89%.CONCLUSÃO: Criamos uma RDC para identificar os pacientes de alto risco ao desenvolvimento da fístula faringocutânea. As medidas de acurácia prognóstica foram substanciais. Entretanto, é essencial conduzir estudos prospectivos maiores para validação/refinamento do modelo.
Assuntos
Adulto , Idoso , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fístula Cutânea/etiologia , Laringectomia/efeitos adversos , Doenças Faríngeas/etiologia , Análise de Variância , Estudos de Coortes , Neoplasias Laríngeas/cirurgia , Valor Preditivo dos Testes , Estudos Retrospectivos , Fatores de RiscoRESUMO
A fístula faringocutânea (FFC) é a complicação mais comum após a laringectomia total. OBJETIVOS: Estabelecer a incidência dessa complicação e analisar seus fatores predisponentes. MÉTODO: Este estudo é uma coorte histórica transversal que incluiu 94 pacientes submetidos à laringectomia total. Os seguintes aspectos foram relacionados ao surgimento de FFC: gênero, idade, sítio do tumor, estadiamento patológico conforme o TNM, o tipo de esvaziamento cervical realizado, radioterapia e traqueostomia prévias e o uso de grampeador para fechamento faríngeo. Nos casos de FFC, considerou-se o dia pós-operatório de seu diagnóstico, duração e abordagem terapêutica. RESULTADOS: FFC foi diagnosticada em 20 pacientes (21,3%). Houve incidência significativamente maior na de FFC no estadiamento T4 comparado com T2/T3 (p = 0,03). Os demais aspectos não apresentaram diferença estatística. Entretanto, 40,9% dos pacientes que se submeteram à traqueostomia prévia desenvolveram fístula, contra 21,1% dos pacientes fora dessa condição. CONCLUSÕES: Estadiamento avançado do tumor primário é um fator prognóstico para FFC.
Pharyngocutaneous fistula (PCF) is the most common complication after total laryngectomy. OBJECTIVES: To establish the incidence of this complication and to analyze the predisposing factors. METHOD: This is a cross-sectional study of a historical cohort including 94 patients who underwent total laryngectomy. The following aspects were correlated to the occurrence of PCF: gender, age, tumor site, TNM staging, type of neck dissection, previous radiation therapy, previous tracheotomy, and use of stapler for pharyngeal closure. The following were considered in PCF cases: the day into postoperative care when the fistula was diagnosed, duration of occurrence, and proposed treatment. RESULTS: Twenty (21.3%) patients had PCF. The incidence of PCF was statistically higher in T4 tumors when compared to T2 and T3 neoplasms (p = 0.03). The other analyzed correlations were not statistically significant. However, 40.9% of the patients submitted to tracheostomy previously had fistulae, against 21.1% of the patients not submitted to this procedure. CONCLUSION: Advanced primary tumor staging is correlated with higher incidences of PCF.
Assuntos
Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fístula Cutânea/etiologia , Fístula/etiologia , Laringectomia/efeitos adversos , Doenças Faríngeas/etiologia , Estudos Transversais , Carcinoma de Células Escamosas/cirurgia , Neoplasias Laríngeas/cirurgia , Fatores de RiscoRESUMO
El reflujo gastroesofágico (RGE) constituye una enfermedad prevalente, que puede presentar complicaciones esofágicas y extraesofágicas. El reconocimiento de las diversas manifestaciones de esta afección es importante para facilitar el diagnóstico, tratamiento y disminuir al máximo su progresión a dichas complicaciones. Cuando el RGE tiene manifestaciones otorrinolaringológicas se denomina Reflujo Faringolaringeo (RFL) el cual está asociado a una gran variedad de manifestaciones clínicas. Se presenta el caso de un paciente con un reflujo faringolaríngeo severo manifestado como una laringitis crónica hiperplásica. Además, se realiza una revisión del síndrome de reflujo faringolaringeo, su fisiopatología, clínica, diagnóstico, tratamiento y la relación establecida entre cáncer laríngeo y reflujo