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1.
Brasília; CONITEC; abr. 2017. ilus, tab.
Não convencional em Português | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-908730

RESUMO

CONTEXTO: A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica, com acometimento progressivo do Sistema Nervoso Central. Apresenta prognóstico incapacitante e afeta todos os domínios de qualidade de vida do paciente. Incide usualmente em adultos jovens, especialmente do sexo feminino. A forma remitente recorrente corresponde a cerca de 85 % dos casos e é caracterizada pela alternância entre períodos de remissão e recidivas (surtos). Estima-se em 30.000 o número de pacientes vivendo com EM no Brasil, sendo a metade já atendida pelo SUS, por meio de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). O PCDT atual preconiza para primeira linha de tratamento as betainterferonas e o glatirâmer, todos injetáveis. A proposta de incorporação da teriflunomida para primeira linha de tratamento da EMRR representa a introdução de um medicamento oral modificador do curso da doença já em estágio inicial para uma população elegível de cerca de 12.000 pacientes. TECNOLOGIA: Teriflunomida 14 mg (Aubagio®). INDICAÇÃO: Primeira linha de tratamento para pessoas com esclerose múltipla remitente recorrente. PERGUNTA: A teriflunomida é eficaz, segura e custo-efetiva para o tratamento de primeira linha de pacientes adultos com EMRR comparada às betainterferonas e glatirâmer? EVIDÊNCIAS CLÍNICAS: A evidência atualmente disponível sobre a eficácia e segurança da teriflunomida comparada às atuais opções de primeira linha para EMRR é baseada em um estudo aberto de superioridade em comparação direta, com a betainterferona 1a SC (estudo TENERE), e dois outros estudos de comparação indireta. Não foram encontradas diferenças significativas em relação a eficácia e segurança entre a teriflunomida e as betainterferonas ou glatirâmer. Questiona-se, entretanto, a limitação do número de estudos disponíveis, do tamanho da amostra e consequente poder estatístico para identificar diferenças, caso exista. Não foi possível estimar o efeito da teriflunomida, seja ele positivo ou negativo. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: O demandante apresentou estudo de custo-minimização comparado à betainterferona 1a SC 44 mcg disponibilizada pelo SUS. O preço proposto pelo demandante é de R$ 70,62 por comprimido, com posologia de um comprimido ao dia, resultando em custo de tratamento anual de R$ 25.776,67 por paciente. Atualmente, a terapia de menor custo para primeira linha de tratamento da EMRR é a betainterferona 1b (300 mcg), com custo anual de R$ 15.236,58 por paciente. A análise de sensibilidade foi conduzida de forma determinística e univariada, com cenários de ± 15% no valor de todos os parâmetros: custo com os medicamentos e monitorização. Os custos com medicamentos foi o parâmetro mais sensível. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: O impacto orçamentário, na perspectiva do SUS, considerou dados epidemiológicos da EM e estimativas de cobertura dos pacientes atendidos pelo SUS a partir do DATASUS. A população alvo para primeira linha foi estimada em 12.151 pacientes. O cenário base de incorporação considerou a média da difusão observada em outros países, de 4,9%, 7,2%, 8,9%, 10,5% e 11,4% nos 5 primeiros anos. Um cenário de difusão mais agressiva considerou o dobro desses valores. O demandante estimou um impacto orçamentário incremental de R$ 8.180.202, ou 0,61%, em 5 anos no caso base e de R$ 33.801.803, ou 2,52%, no cenário alternativo de maior difusão. Entretanto, não ficou claro como seria o fluxo dos pacientes nessa primeira linha de tratamento com três opções terapêuticas. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL: A teriflunomida para EMRR já foi avaliada por agências de ATS do Reino Unido (NICE e SMC), Canadá (CADTH), Austrália (PBAC) e Alemanha (IQWiG). NICE e SMC concluíram que a efetividade da teriflunomida comparada a betainterferona 1a SC permanece não esclarecida, mas decidiram pela incorporação no sistema de saúde do Reino Unido após negociação de preço com o fabricante. O CADTH considerou que não se pode inferir equivalência ou não-inferioridade a partir dos resultados não significativos observados no estudo TENERE. A falta de mascaramento, as diferenças entre os grupos no início do tratamento e em relação aos motivos para sua interrupção podem ter enviesado o resultado do estudo, de acordo com o CADTH. O PBAC considerou as limitações metodológicas, mas assumiu um resultado de não inferioridade da teriflunomida comparada à betainterferona 1a SC. A teriflunomida foi incorporada mediante esquema de risco compartilhado, protocolização e autorização prévia. A agência alemã IQWiG avaliou o estudo TENERE como de elevado risco de viés e não descartaram uma possível inferioridade da teriflunomida frente à betainterferonas, concluindo pela ausência de benefício adicional comprovado em relação às terapias já disponíveis. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Foram localizados 14 medicamentos em fase clínica 3 ou 4 com potencial para entrada no mercado brasileiro com indicação para esclerose múltipla. Desses, 12 são para EMRR e 8 deles com via de administração oral. RECOMENDAÇÃO INICIAL DA CONITEC: Os membros do Plenário da CONITEC, em sua 51ª reunião ordinária, recomendaram que a matéria fosse enviada à Consulta Pública com manifestação preliminar contrária à incorporação. CONSULTA PÚBLICA: Por meio da Consulta Pública nº 01/2017 entre os dias 20/01/2017 e 08/02/2017, foram recebidas 56 contribuições técnico-científicas e 807 contribuições de experiência ou opinião. Após apreciação das contribuições encaminhadas pela sociedade e novas análises realizadas, sobretudo, em relação a não inferioridade da teriflunomida em comparação aos medicamentos betainterferona e acetato de glatirâmer e nova proposta de preço compatível com estes comparadores, o Plenário da CONITEC entendeu que houve argumentação suficiente para alterar sua recomendação inicial. DELIBERAÇÃO FINAL: Recomendar a incorporação da teriflunomida para pacientes com esclerose múltipla, condicionado à atualização do PCDT e negociação de preço com o fabricante. Foi assinado o registro de deliberação 241/2017. A recomendação será encaminhada para decisão do Secretário da SCTIE. DECISÃO: Incorporar a teriflunomida para o tratamento da esclerose múltipla remitente recorrente, no âmbito do Sistema Único de Saúde ­ SUS, dada pela Portaria nº 19, publicada no DOU nº 77, do dia 24 de abril de 2017, seção 2, pág. 57.(AU)


Assuntos
Animais , Anti-Inflamatórios/uso terapêutico , Acetato de Glatiramer/uso terapêutico , Fatores Imunológicos/uso terapêutico , Interferons/uso terapêutico , Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente/tratamento farmacológico , Brasil , Análise Custo-Benefício , Avaliação em Saúde/economia , Sistema Único de Saúde
2.
Brasília; CONITEC; 2014. graf, ilus, mapa.
Não convencional em Português | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-875374

RESUMO

CONTEXTO: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, desmielinizante, crônica do sistema nervoso central, comum em adultos jovens, predominante entre mulheres, com evolução progressiva e imprevisível. A incidência mundial é de 2,5 casos novos a cada 100.000 pessoas por ano e no Brasil sua taxa de prevalência média é de aproximadamente 15 casos/100.000 habitantes, variando entre as regiões e sendo mais prevalente nas regiões sul e sudeste. Atualmente, segundo PCDT vigente (Portaria SAS/MS nº 493, de 23 de setembro de 2010), acetato de glatirâmer e betainterferona (1A ou 1B) são os fármacos de primeira escolha para o tratamento de Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR). O uso de natalizumabe ocorre em casos refratários, tanto às betainterferonas quanto a glatirâmer. Atualmente, existem 11.650 pacientes recebendo betainterferonas, acetato de glatirâmer e natalizumabe para o tratamento de EM (DATASUS). TRATAMENTO: O tratamento é preconizado apenas para as formas EM-RR e EM-SP, pois não há evidência de benefício para as demais. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla do Ministério da Saúde publicado em novembro de 2013 preconiza as betainterferonas e glatirâmer como primeira escolha e recomenda que o natalizumabe seja iniciado somente em casos refratários tanto a betainterferonas quanto a glatirâmer. A CONITEC já avaliou outras demandas por incorporação do fingolimode ao tratamento de esclerose múltipla no SUS, tendo emitido o relatório número 04, de julho de 2012, no qual não recomendou a incorporação desta tecnologia para a primeira linha de tratamento da esclerose múltipla. O relatório, à época, trouxe como um dos motivos para a não incorporação do medicamento os dados de segurança, que demandava a realização de estudos clínicos de fase IV ou de pós-comercialização a fim de avaliar a segurança do medicamento, especialmente os efeitos adversos cardiovasculares, para que então se reavaliasse a relação risco e benefício da tecnologia. A TECNOLOGIA: Fingolimode é indicado como terapia modificadora de doença para tratamento de pacientes adultos com esclerose múltipla remitente recorrente para reduzir a freqüência de reincidências e retardar a progressão da incapacidade7 (CID G35.0, ou seja, esclerose múltipla). EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: os demandantes apresentaram em seus pareceres técnico-científicos as buscas realizadas por evidências científicas. Nos três casos, a pergunta de pesquisa foi adequada, considerando os comparadores disponíveis no SUS. Nas três propostas encaminhadas, os demandantes selecionaram o estudo que comparou o fingolimode ao betainterferona-1a (TRANSFORMS) e mais dois artigos que derivaram deste estudo principal, um de extensão do estudo e outro de análise de subgrupo. Os três estudos são de nível de evidência 1B, segundo maior nível de evidência. Os resultados apontam para eficácia superior do fingolimode em relação ao betainterferona-1a, porém ainda há incertezas sobre os resultados de segurança, especialmente para o uso em primeira linha. DELIBERAÇÃO FINAL: Com discussão posterior à Consulta Pública, tendo como base a ausência de dados novos que superassem a incerteza quanto ao balanço de riscos e benefícios do uso do fingolimode em primeira e segunda linha, devido, sobretudo, aos potenciais eventos cardiovasculares relacionados à primeira dose do fingolimode, os membros do plenário, na reunião realizada nos dias 7 e 8/5/2014, deliberaram, por unanimidade, por não recomendar a incorporação do fingolimode para a primeira e segunda linha do tratamento da esclerose múltipla. DECISÕES: PORTARIA Nº 24, de 27 de junho de 2014 - Torna pública a decisão de incorporar o fingolimode no Sistema Único de Saúde nos casos de: pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente; com surtos incapacitantes após falha ao uso de betainterferona e de glatirâmer; com impossibilidade de uso de natalizumabe e sem contraindicação ao uso de fingolimode conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.


Assuntos
Humanos , Interferon beta/efeitos adversos , Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente/tratamento farmacológico , Cloridrato de Fingolimode/administração & dosagem , Acetato de Glatiramer/efeitos adversos , Natalizumab , Sistema Único de Saúde , Brasil , Análise Custo-Benefício/economia , Falha de Tratamento
3.
Arq. neuropsiquiatr ; 70(10): 774-779, Oct. 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-651592

RESUMO

INTRODUCTION: Many patients with multiple sclerosis (MS) are currently receiving treatment with interferon beta (IFNb) and glatiramer acetate (GA). Identifying nonresponders patients is important to define therapy strategies. Several criteria for treatment response to IFNb and GA have been proposed. OBJECTIVE: It was to investigate the response to treatment with IFNb-1a, IFNb-1b and GA among relapsing-remitting multiple sclerosis (RRMS) patients. METHODS: We analyzed treatment response to IFNb and GA in ninety-one RRMS patients followed for at least one year. Clinical response was established by clinical criteria based on relapses, disability progression or both. RESULTS: We observed a proportion of nonresponders, ranging from 3.3 to 42.9%, depending on the stringency of the criteria used. CONCLUSIONS: Our sample of Brazilian patients with MS has similarities when compared to other studies and there was no statistically significant difference regarding age, gender, ethnicity or disease duration between responders and nonresponders.


INTRODUÇÃO: Muitos pacientes com esclerose múltipla (EM) estão atualmente recebendo tratamento com interferon beta (IFNb) e acetato de glatiramer (AG). Identificar pacientes não respondedores é importante para definir estratégias terapêuticas. Foram propostos vários critérios para definir a resposta ao tratamento com IFNb e AG. OBJETIVO: Foi investigar a resposta ao tratamento com IFNb-1a, IFNb-1b e AG entre pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR). MÉTODOS: Analisamos a resposta ao tratamento com IFNb e AG em 91 pacientes com EMRR acompanhados por um período de pelo menos um ano. A resposta clínica foi estabelecida por critérios baseados em surtos, progressão da incapacidade ou ambos. RESULTADOS: Observamos uma proporção de não respondedores que variou de 3,3 a 42,9%, dependendo do rigor do critério utilizado. CONCLUSÕES: Nossa amostra de pacientes brasileiros com EM tem semelhanças quando comparada a outros estudos e não apresentou diferença estatisticamente significativa entre respondedores e não respondedores com relação à idade, sexo, etnia ou duração da doença.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Adjuvantes Imunológicos/uso terapêutico , Fatores Imunológicos/uso terapêutico , Interferon beta/uso terapêutico , Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente/tratamento farmacológico , Peptídeos/uso terapêutico , Estudos de Coortes , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento
4.
Arq. neuropsiquiatr ; 65(3b): 885-888, set. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-465202

RESUMO

Esclerose múltipla é uma doença crônica, inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central. O tratamento preconizado para a forma surto-remissão é com imunomoduladores, fornecidos em Belo Horizonte pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Analisamos os dados de 283 pacientes inscritos no Programa de Medicamentos Excepcionais (imunomoduladores) da SES/MG no período de maio a outubro de 2004. Houve predomínio do sexo feminino (3,7:1) e a idade média dos pacientes foi 38,4±10,7 anos, com as primeiras manifestações clínicas ocorridas aos 29,7±10,2 anos. Os sintomas iniciais foram: sensitivos (46,4 por cento), visuais (33,1 por cento), síndrome de tronco cerebral/cerebelo (30,1 por cento) e motores (25,9 por cento). Os sintomas observados em surtos subseqüentes foram motores (22,3 por cento), síndromes de tronco cerebral/cerebelo (18,9 por cento), visuais (18,9 por cento) e sensitivos (9,6 por cento). Em 234 RM de encéfalo e 109 RM da medula espinhal existiam lesões desmielinizantes em 97,4 por cento e 85,3 por cento respectivamente. Comparamos nossos achados com outras séries descritas na literatura brasileira.


Multiple sclerosis is a chronic inflammatory demyelinating disease of the central nervous system. The recommended treatment for the relapsing-remitting form is carried out with the immunomodulatory drugs, which are provided, in Belo Horizonte, by Minas Gerais Secretary of State for Health (MG/SSH). We analyzed data of 283 patients registered at Exceptional Drug Program (immunomodulators) of SES/MG from May to October 2004. There was predominance of females (3.7:1) and the mean age was 38.4±10.7 years old. The first clinical manifestations were 29.7±10.2 years old. The initial symptoms included sensorial (46.4 percent), visual (33.1 percent), brainstem/cerebellar syndromes (30.1 percent) and motor (pyramidal) syndrome (25.9 percent). The symptoms observed in subsequent relapses were motor (22.3 percent), brainstem/cerebellar syndromes (18.9 percent), visual (18.9 percent) and sensorial findings (9.6 percent). In 234 brain MRI and 109 spine MRI there were demyelinating lesions at 97.4 percent and 85.3 percent respectively. We compared our findings with other series described on Brazilian literature.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Criança , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Fatores Imunológicos/uso terapêutico , Imageamento por Ressonância Magnética , Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente/tratamento farmacológico
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