RESUMO
A miringoesclerose é uma alteração cicatricial da lâmina própria da membrana timpânica caracterizada por proliferação de fibras colágenas, seguida de hialinização, deposição de cálcio e fósforo, seguindo uma seqüência semelhante ao que ocorre em outros tipos de calcificação patológica comuns em pacientes com doença renal crônica. OBJETIVO: Verificar a influencia da insuficiência renal crônica (IRC) na prevalência da miringoesclerose. MÉTODO: Foi realizada otoscopia em 341 pacientes com IRC em hemodiálise e em 356 indivíduos de um grupo controle. Foi comparada a freqüência de otoscopia positiva entre os dois grupos, procurando-se relacionar com variáveis pessoais e relacionadas a IRC. RESULTADOS: O grupo de pacientes apresentou 11,7 por cento de otoscopia positiva contra 5,1 por cento do grupo controle. Não houve influência do sexo ou cor na freqüência da miringoesclerose. Porém, os grupos foram heterogêneos em relação à faixa etária. Também não houve diferença importante no tempo de diálise nem nos níveis séricos de minerais e do PTH entre os pacientes do grupo de estudo que apresentavam otoscopia positiva ou negativa. CONCLUSÃO: Os achados, embora apontem para uma maior ocorrência da miringoesclerose nos pacientes renais crônicos, não nos permitem concluir com certeza que exista alguma relação entre a IRC e as alterações timpânicas.
Myringosclerosis is a scar of the tympanic membrane lamina propria, resulting from trauma or inflammation, characterized by proliferation of collagen, hyalinization, calcium and phosphate deposits and cartilaginous or osseous metaplasia of the middle ear mucosa, a sequence that is similar to that taking place in other types of pathologic calcification, common in chronic renal failure (CRF). AIM: To verify the influence of chronic renal failure on the prevalence of myringosclerosis. METHOD: The otoscopic examination was done in 341 chronic renal failure patients and in 356 normal control individuals. The frequency of positive otoscopies was compared between the two groups, based on individual variables and those pertaining to CRF. RESULTS: 11.7 percent of the patients had a positive otoscopy in the CRF group, compared to 5.1 percent in the control group. There was no statistical diference in the frequency of myringosclerosis acording to gender, ethnic group, time of dialysis or serum minerals. The groups had a wide age range. CONCLUSION: Although the findings of this study suggest a higher ocurrence of myringosclerosis in patients with renal disease, they do not provide a basis for stating that there is any relation between renal failure and tympanic alterations.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Criança , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Falência Renal Crônica/complicações , Otosclerose/etiologia , Membrana Timpânica/patologia , Estudos de Casos e Controles , Estudos Transversais , Otoscopia , Otosclerose/diagnóstico , Esclerose , Adulto JovemRESUMO
Se revisaron las cirugías radicales y aticotomías realizadas en el Hospital San Juan de Dios en el período 1996-2000, con el fin de investigar antecedentes preoperatorios, hallazgos quirúrgicos y evolución postoperatoria. Para ello se inspeccionaron las fichas clínicas de los pacientes sometidos a las cirugías antes mencionadas durante ese período. El análisis de los resultados se efectúo con una muestra de 109 oídos operados. El promedio etario fue de 36 años. El 83 por ciento presentaba bolsillos de retracción timpánica con fondo no controlable. Más de la mitad de los pacientes tenía patología ótica contralateral. En el 85 por ciento de ellos se realizó cirugía radical y en el 14 por ciento, aticotomía. En el 68 por ciento de las cirugías se encontró colesteatoma. Se logró mejoría auditiva en 4 de los 27 oídos sometidos a cirugía radical asociada a timpanoplastía tipo 3, y en 6 de las 10 aticotomías complementadas con timpanoplastía de tipo 3. En este último grupo la diferencia entre los PTP pre y postoperatorio fue estadísticamente significativa.
Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Pessoa de Meia-Idade , Colesteatoma da Orelha Média/cirurgia , Colesteatoma da Orelha Média/complicações , Complicações Pós-Operatórias , Orelha Média/cirurgia , Orelha Média/patologia , Cuidados Pós-Operatórios , Doença Crônica , Otopatias/cirurgia , Otopatias/complicações , Seguimentos , Membrana Timpânica/patologia , Otite Média/complicações , Resultado do Tratamento , TimpanoplastiaRESUMO
A otite média crônica supurativa tem sido clinicamente definida como a saída de secreçäo crônica do ouvido médio associada a uma perfuraçäo da membrana timpânica. Cento e quarenta e quatro ossos temporais humanos com otite média crônica foram divididos em dois grupos: aqueles com membranas timpânicas íntegras (26) e aqueles com tímpanos perfurados (118). Os seguintes achados patológicos foram documentados: tecido de granulaçäo, alteraçöes ossiculares, granulomas de colesterol, colesteatomas e timpanosclerose. As seguintes regiöes foram pesquisadas para a presença destes achados: epitímpano, aditus and antrum, seio timpânico, nicho da janela redonda, hipotímpano e membrana timpânica