RESUMO
ABSTRACT Objective: to analyze the scientific evidence about the experiences of pregnant transsexual men. Method: a descriptive, integrative literature review study without a defined time cut, carried out in January 2021 in the following Databases: Medline, CINAHL, LILACS, CUIDEN, SCOPUS, WoS, EMBASE, PSYCINFO and BDENF, in Portuguese, English and Spanish; using the DECs and MeSH descriptors: "Transgender People", "Pregnancy", "Reproduction", "Fertilization", "Insemination", "Prenatal Care", "Postpartum Period", "Lactation", "Mispontaneous Abortion" , "Habitual abortion", "Reproductive health" and "Health Care" and their respective synonyms. The elaboration of the guiding question was conducted by the PICo Strategy: (Population): transgender men; I (Interest): experiences during the puerperal pregnancy cycle; Co (Context): reproductive health and health services. The final sample was submitted to the Thematic Analysis Technique. Results: a total of 1,011 studies were identified, 10 of which composed this review after the selection process and peer review. The analysis resulted in two thematic categories: "Pregnancy-puerperal cycle: challenges and experiences" and "Pregnant bodies: perceptions and social relationships". Conclusion: the experiences of pregnant transsexual men are marked by concerns related to pregnancy, childbirth, birth and the puerperium, causing unexpected psychological and/or emotional impacts, evidencing cisheteronormativity and transphobia as structuring aspects which add an additional part to fear of childbirth and violations of rights.
RESUMEN Objetivo: analizar la evidencia científica sobre las experiencias de los hombres transexuales embarazados. Método: estudio descriptivo, tipo revisión bibliográfica integradora, sin corte temporal, realizado en enero de 2021 en las siguientes bases de datos: Medline, CINAHL, LILACS, CUIDEN, SCOPUS, WoS, EMBASE, PSYCINFO y BDENF, en los idiomas portugués, inglés y español; utilizando los descriptores DeCS y MeSH: "Personas Transgénero", "Embarazo", "Reproducción", "Fertilización", "Inseminación", "Atención Prenatal", "Período Posparto", "Lactancia", "Aborto Espontáneo", "Aborto Habitual", "Salud Reproductiva" y "Atención a la Salud" y sus respectivos sinónimos. La elaboración de la pregunta guía fue realizada por la estrategia PICo: hombres transgénero (P - Población); experiencias durante el ciclo gravídico-puerperal (I - Interés); salud reproductiva y servicios de salud (Co - Contexto). La muestra final se sometió a la técnica de análisis temático. Resultados: se identificaron 1.011 estudios. Después del proceso de selección y la revisión por pares, 10 compusieron esta revisión. El análisis se ha centrado en dos categorías temáticas: "Ciclo gravídico-puerperal: desafíos y experiencias" y "Cuerpos embarazados: percepciones y relaciones sociales". Conclusión: l as experiencias de hombres transexuales embarazados están marcadas por inquietudes relacionadas a la gestación, el parto, el nacimiento y el puerperio, ocasionando impactos psicológicos y/o emocionales inesperados, evidenciando la cisheteronormatividad y la transfobia como aspectos estructurales que incorporan una parcela adicional al miedo del parto y violaciones de derechos.
RESUMO Objetivo: analisar as evidências científicas sobre experiências de homens transexuais grávidos. Método: estudo descritivo, tipo revisão integrativa de literatura, sem recorte de tempo, realizada em janeiro de 2021 nas seguintes Bases de Dados: Medline, CINAHL, LILACS, CUIDEN, SCOPUS, WoS, EMBASE, PSYCINFO e BDENF, nos idiomas português, inglês e espanhol; usando os descritores DECs e MeSH: "Pessoas Transgênero", "Gravidez", "Reprodução", "Fertilização", "Inseminação", "Cuidado Pré-Natal", "Período Pós-Parto", "Lactação", "Aborto Espontâneo", "Aborto habitual", "Saúde reprodutiva" e "Assistência à Saúde" e respectivos sinônimos. A elaboração da questão norteadora foi conduzida pela Estratégia PICo: (População): homens transexuais; I (Interesse): experiências durante o ciclo gravídico puerperal; Co (Contexto): saúde reprodutiva e serviços de saúde. A amostra final foi submetida à Técnica de Análise Temática. Resultados: foram identificados 1.011 estudos. Após o processo de seleção e avaliação por pares, 10 compuseram esta revisão. A análise resultou em duas categorias temáticas: "Ciclo gravídico-puerperal: desafios e experiências" e "Corpos grávidos: percepções e relações sociais". Conclusão: as experiências de homens transexuais grávidos são marcadas por inquietações relacionadas à gestação, ao parto, ao nascimento e ao puerpério, ocasionando impactos psicológicos e/ou emocionais inesperados, evidenciando a cisheteronormatividade e a transfobia como aspectos estruturantes que acrescentam uma parcela adicional ao medo do parto e violações de direitos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal/psicologia , Transexualidade/psicologia , Gravidez/psicologia , Atitude do Pessoal de Saúde , Período Pós-Parto/psicologia , Pessoas Transgênero/psicologia , Disparidades em Assistência à Saúde , TransfobiaRESUMO
Resumo Objetivo verificar a prevalência de sintomas de depressão pós-parto em puérperas atendidas em uma maternidade pública e sua associação com características socioeconômicas e de apoio social. Método estudo epidemiológico, analítico, do tipo transversal, em uma maternidade pública conduzido de agosto a outubro de 2017. A amostra de 330 puérperas foi entrevistada por meio da aplicação de um formulário, para mensuração da presença de sintomas de depressão pós-parto. Foi utilizada a escala de depressão pós-natal de Edimburgo. Já para mensuração do apoio social, foi utilizado o instrumento Medical Outcomes Study. A medida de associação adotada foi a razão de prevalência (RP) com intervalos de confiança de 95% (IC95%), e aplicada a regressão de Poisson ajustada. Resultados a prevalência de sintomas de DPP foi de 29,7%. A idade entre 14 e 24 anos (PR:1,60; 95%CI: 1,10-2,34), ter até 8 anos de escolaridade (RP:1,39; IC95%:1,01-2,14) e o baixo nível de suporte social afetivo (RP:1,52; IC95%:1,07-2,14) e emocional (RP:2,12; IC95%:1,41-3,19) estiveram associados à maior prevalência de sintomas de DPP. Conclusão e implicações para a prática nesse contexto, os profissionais de saúde podem possuir um papel essencial no qual podem desenvolver, em conjunto, um plano de cuidados de acordo com as necessidades da mulher em período gravídico-puerperal.
Resumen Objetivo verificar la prevalencia de síntomas de depresión posparto en mujeres posparto atendidas en una maternidad pública y su asociación con características socioeconómicas y de apoyo social. Método estudio analítico transversal en una maternidad pública realizada entre agosto y octubre de 2017. La muestra de 330 puérperas fue entrevistada mediante la aplicación de un formulario, para medir la presencia de síntomas de depresión postparto. Se utilizó la Escala de Depresión Postnatal de Edimburgo. Para medir el apoyo social se utilizó el instrumento Medical Outcomes Study. La medida de asociación adoptada fue la razón de prevalencia (RP) con intervalos de confianza del 95% (IC del 95%) y se aplicó la regresión de Poisson ajustada. Resultados la prevalencia de síntomas de DPP fue de 29,7%. Edad entre 14 y 24 años (PR:1,60; 95%CI: 1,10-2,34), tener hasta 8 años de escolaridad (RP: 1,39; IC 95%: 1,01 - 2,14) y el bajo nivel de apoyo social afectivo (RP: 1,52; IC del 95%: 1,07 - 2,14) y emocional (RP: 2,12; IC del 95%: 1,41-3,19) se asociaron con una mayor prevalencia de síntomas de PPD. Conclusión e implicaciones para la práctica en este contexto, los profesionales de la salud pueden jugar un papel fundamental en el que puedan desarrollar conjuntamente un plan de cuidados acorde a las necesidades de la mujer en el período gestacional-puerperal.
Abstract Objective to verify the prevalence of postpartum depression symptoms in postpartum women assisted at a public maternity hospital and its association with socioeconomic and social support characteristics. Method this is an epidemiological, analytical, cross-sectional study in a public maternity hospital conducted from August to October 2017. A sample of 330 postpartum women was interviewed using a form to measure the presence postpartum depression symptoms. The Edinburgh Postnatal Depression Scale was used. To measure social support, the Medical Outcomes Study instrument was used. The measure of association adopted was the prevalence ratio (PR) with 95% confidence intervals (95%CI), and adjusted Poisson regression was applied. Results the prevalence of PPD symptoms was 29.7%. Age between 14 and 24 years (PR:1.60; 95%CI: 1.10-2.34), have up to 8 years of education (PR:1.39; 95%CI: 1.01-2.14) and the low level of affective (PR:1.52; 95%CI: 1.07-2.14) and emotional (PR:2.12; 95%CI: 1.41-3.19) social support were associated with higher prevalence of PPD symptoms. Conclusion and implications for practice in this context, health professionals can play an essential role in which they can jointly develop a care plan according to the needs of women in the pregnancy-puerperal period.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Apoio Social , Saúde da Mulher/estatística & dados numéricos , Depressão Pós-Parto/epidemiologia , Período Pós-Parto/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de RiscoRESUMO
Abstract Objectives: to check the prevalence of anxiety and depression disorder and associated factors during the postpartum period in puerperal women in the city of Ponta Grossa, Paraná. Methods: cross-sectional study conducted in an outpatient clinic for newborn care in the city of Ponta Grossa, Paraná, Brazil, in 2016 and 2017. 250 puerperal women were evaluated with the application of a form to collect anxiety/depression, socioeconomic and gestational data. Descriptive and multiple correspondence analyses were performed. Results: most puerperal women (81.2%) had no depression or a mild depression, 14.4% with mild to moderate depression and 4.4% with moderate to severe depression. In relation to anxiety, 68.4% presented a minimum degree, 21.6% mild anxiety, 7.6% moderate anxiety and 2.4% severe anxiety. Concerning the associated factors with postpartum depression, no sociodemographic variables or those related to childbirth were associated. As for anxiety, yellow/indigenous skin color, lack of paternal support and having interrupted pregnancy were associated with more advanced anxiety conditions. Conclusion: there was no association between demographic and health conditions with postpartum depression; however, regarding anxiety, the yellow/indigenous skin color, the lack of paternal support and the interruption of previous pregnancies were associated with more advanced anxiety conditions.
Resumo Objetivos: verificar a prevalência do transtorno de ansiedade e de depressão e fatores associados no pós-parto de puérperas no município de Ponta Grossa, Paraná. Métodos: estudo transversal, realizado no ambulatório de atendimento de recémnascidos do município de Ponta Grossa, Paraná, nos anos de 2016 e 2017. Foram avaliadas 250 puérperas com aplicação de formulário para levantamento de ansiedade e depressão, dados socioeconômicos, gestacionais. Realizou-se análise descritiva e de correspondência múltipla. Resultados: a maioria das puérperas (81,2%) foi considerada sem depressão ou depressão leve, 14,4% com depressão leve a moderada e 4,4% com depressão moderada a grave. Em relação a ansiedade 68,4% apresentaram grau mínimo, 21,6% ansiedade leve, 7,6% ansiedade moderada e 2,4% ansiedade severa. No que tange aos fatores associados a depressão pós parto, nenhuma variável sociodemográfica e relacionada ao parto apresentouse associada. Já no que se refere à ansiedade, a cor amarela/indígena, a falta de suporte paterna e ter interrompido a gestação apresentaram associação às condições mais avançadas de ansiedade. Conclusão: não houve associação entre condições demográficas e de saúde com a depressão pós-parto, mas, em relação à ansiedade, a cor amarela/indígena, a falta de suporte paterna e a interrupção de gestações anteriores apresentaram associação as condições mais avançadas de ansiedade.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Ansiedade/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Demografia , Depressão Pós-Parto/epidemiologia , Período Pós-Parto/psicologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
O estudo examinou fatores sociodemográficos, clínicos e psicossociais que afetam a continuidade do tratamento e a adesão à medicação antirretroviral em mulheres nos primeiros três meses após o parto. Participaram 56 mulheres vivendo com HIV, com idades entre 18 e 43 anos, na sua grande maioria brancas e casadas. Foram utilizadas entrevistas sobre dados sociodemográficos e clínicos, exames laboratoriais e escalas psicológicas. Análises estatísticas revelaram que mais de um terço das participantes (37,5%) descontinuaram o próprio tratamento após o parto. A qualidade de vida e o apoio instrumental podem favorecer a continuidade do tratamento de HIV após o parto, e as condições de trabalho e a situação clínica dessas mulheres pode afetar a adesão após o parto. Tais resultados podem contribuir para o desenvolvimento de intervenções que favoreçam a continuidade do tratamento e adesão das mulheres no pós-parto. (AU)
This study examined sociodemographic, clinical, and psychosocial factors affecting retention in HIV care and antiretroviral adherence in women during the first three months after delivery. Participants were 56 women living with HIV, aged between 18 and 43 years, mostly white and married. We used interviews about socio-demographic and clinical data, laboratory tests, and psychological scales. Statistical analyses revealed that more than one-third of women (37.5%) discontinued their treatment after delivery. Quality of life and instrumental support may contribute to retention in HIV care after childbirth, and the working conditions and clinical status of these women may affect adherence after childbirth. These findings may contribute to the development of interventions that promote retention in HIV care and adherence during the postpartum period. (AU)
Este estudio examinó los aspectos sociodemográficos, clínicos y psicosociales que afectan la continuidad del tratamiento del VIH y adherencia a los antirretrovirales en las mujeres en los tres meses después del parto. Participaron 56 madres infectadas por VIH, con edades comprendidas entre 18 y 43 años. La mayoría eran blancas y estaban casadas. Se utilizaron entrevistas sobre datos sociodemográficos y clínicos, exámenes de laboratorio y escalas psicológicas. Los análisis estadísticos revelaron que más de un tercio de las mujeres (37,5%) interrumpieron su tratamiento después del parto. La calidad de vida y el apoyo instrumental pueden favorecer la continuidad del tratamiento del VIH después del parto, y que las condiciones laborales y la situación clínica de estas mujeres pueden afectar la adherencia después del parto. Estos resultados pueden contribuir al desarrollo de intervenciones para favorecer la continuidad del tratamiento y la adherencia de las mujeres en el posparto. (AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Qualidade de Vida/psicologia , Apoio Social , HIV , Antirretrovirais/uso terapêutico , Período Pós-Parto/psicologia , Adesão à Medicação/psicologia , Fatores Socioeconômicos , EntrevistaRESUMO
RESUMO: Introdução: Não foram encontrados estudos que avaliam associação entre violência por parceiro íntimo (VPI) anterior ao parto e dificuldades na esfera da sexualidade no período pós-parto. O presente estudo avalia se existe essa associação. Método: Estudo transversal com 700 mulheres que realizaram o pré-natal em Unidade Básica de Saúde (UBS), em São Paulo, entre 2006 e 2007. As dificuldades sexuais (DS) foram avaliadas por meio de questionário elaborado pelos autores e a VPI foi investigada por questionário estruturado elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a depressão pós-parto (DPP) foi avaliada por meio do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e foi considerada variável mediadora. Para calcular os coeficientes de associação das vias diretas e indiretas foi utilizada a análise estrutural (path analysis). Resultados: As prevalências de DS, a VPI e a DPP foram, respectivamente, 30, 42,8 e 27,8%. A violência ocorrida antes do parto não mostrou associação direta - ED = 0,072 (-0,06 - 0,20; p = 0,060) - nem indireta - EI: 0,045 (-0,06 - 0,20; p = 0,123) - em relação ao desfecho estudado. Conclusão: Futuras investigações sobre a relação entre as três variáveis estudadas são recomendadas. Estudos longitudinais que incluam outros mediadores podem trazer melhor entendimento da cadeia causal e elucidação das variáveis que influenciam as questões da sexualidade no pós-parto.
ABSTRACT: Introduction: No studies were found that evaluate the association between intimate partner violence (IPV) before childbirth and sexual issues in the postpartum period. Method: A cross-sectional study with 700 women who received prenatal care in a basic health unit in São Paulo, between 2006 and 2007. Sexual issues were assessed through a questionnaire created by the authors, and intimate partner violence was evaluated using a structured questionnaire developed by the WHO. Postpartum depression was evaluated using the SRQ-20 instrument, with a cut-off point of 7/8 considered to be the mediating variable. A path analysis was performed to determine the different pathways: the direct association between outcome and exposure, and the indirect pathways through the mediator. Results: The prevalence of sexual issues, intimate partner violence and postpartum depression were 30; 42.8; 27.8%, respectively. Violence occurring exclusively before childbirth did not show a direct association (ED = 0.072 (-0.06 - 0.20, p = 0.060)) or indirect (EI: 0.045 (-0.06 - 0.20, p = 0.123)), with sexual issues. Conclusion: Longitudinal studies that include other mediators may provide a better understanding of the causal chain and elucidate variables that influence postpartum sexuality issues.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Comportamento Sexual/psicologia , Depressão Pós-Parto/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Violência por Parceiro Íntimo/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Estudos Transversais , Disfunções Sexuais Psicogênicas , AutorrelatoRESUMO
Introduction: The paternity must not be treated only from the legal obligation perspective, instead, particularly as a right of man to participate in the whole process. Objective: Analyzing the man's participation on the postpartum follow up and his relation with the parenting. Methods: It is a documental research having a qualitative approach in which it is found that more than half of the informing fathers participated on the care to the child either directly or indirectly, regardless of the complexity levels. Results: It has been seen that the fathers are more participative. This means that the parenting is breaking, at some point, with the traditional models of masculinity persisting until today. Conclusion: For this reason, it is crucial that men are stimulated to practice the fatherhood, as through it they can contribute to gender equality
Objetivo: Analisar a participação do homem no acompanhamento do pósparto e sua relação com o exercício da paternidade. Método: trata-se de pesquisa documental com abordagem qualitativa, na qual se observou que mais da metade dos pais informantes participavam dos cuidados direta ou indiretamente, independente dos níveis de complexidade desses cuidados. Resultados: percebeu-se, então, que os pais estão mais participativos, o que leva a crer que o exercício da paternidade está rompendo, em certo ponto, com os modelos tradicionais de masculinidade que ainda perduram nos dias de hoje. Conclusão: Por isso, é de extrema relevância que os homens sejam incentivados a exercerem a paternidade, pois, através dela, eles contribuem para a desigualdade de gênero
Objetivo: Analizar la participación del hombre en el seguimiento del post-parto y su relación con el ejercicio de la paternidad. Método: se trata de investigación documental con abordaje cualitativo, en el que se ha observado que más de la mitad de los padres informantes participaban en los cuidados directa o indirectamente, independientemente de los niveles de complejidad de esos cuidados. Resultados: se percibió, entonces, que los padres están más participativos, lo que lleva a creer que el ejercicio de la paternidad está rompiendo, en cierto punto, con los modelos tradicionales de masculinidad que aún perduran hoy en día. Conclusión: Por ello, es de extrema relevancia que se incentive a los hombres a ejercer la paternidad, pues, a través de ella, ellos contribuyen para la igualdad de género
Assuntos
Feminino , Adulto , Paternidade , Período Pós-Parto/psicologia , Relações Pai-Filho , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Relações Familiares/psicologiaRESUMO
Abstract Objectives To transculturally adapt and validate the Karitane Parenting Confidence Scale to the Brazilian Portuguese language and culture and verify the combination of the results with the maternal sociodemographic characteristics. Methodology This is a validation and transcultural adaptation nestled in a longitudinal and observational study in Porto Alegre, RS, Brazil, assessing mother-infant pairs from different gestational and perinatal environments. The original authors authorized the translation into Brazilian Portuguese, unified version creation, back-translation, analysis by specialists, final version implementation, and acceptance. Cronbach's alpha analysis was performed. The Kruskal-Wallis test with post-hoc Dunn's test was used to compare the study groups. Socioeconomic and demographic characteristics, obtained through a questionnaire in the first 24-48 h of the newborns' life, were associated with maternal results by the Brazilian version of the scale, using Spearman's correlation and Mann-Whitney's test. Results The sample consisted of 251 postpartum women, with the confidence maternal questionnaire being applied at 15 days postpartum. The median score of the mothers' confidence was 40.00 (37.00-43.00). The protocol obtained a Cronbach's alpha of 0.717. There were significant weak positive correlations between maternal confidence and age (p = 0.013, r = 0.157) and between maternal confidence and schooling (p = 0.048, r = 0.125). Additionally, a significant association was observed between maternal confidence and parity (p = 0.030). Conclusion The transcultural adaptation and validation of the confidence maternal questionnaire into Brazilian Portuguese language and culture showed good reliability for this sample. The results of its use demonstrated that maternal confidence was associated with schooling, age and parity.
Resumo Objetivos Adaptar transculturalmente e validar a ferramenta Karitane Parenting Confidence Scale para a língua portuguesa e cultura brasileira, além de verificar a associação de seus resultados com as características sociodemográficas maternas. Metodologia Trata-se da validação e adaptação transcultural aninhada a estudo observacional longitudinal feito em Porto Alegre (RS), com puérperas de diferentes condições gestacionais e perinatais. Os processos ocorreram mediante autorização dos autores originais da escala Karitane Parenting Confidence Scale para a tradução para o português brasileiro, montagem de versão unificada, retradução, análise por experts, aplicação da versão final e validação. Realizou-se a análise Alpha de Cronbach. Para a comparabilidade entre os grupos do estudo utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn. As características socioeconômicas e demográficas das puérperas, obtidas através de questionário estruturado nas 24-48 h pós-parto, foram relacionadas com a confiança materna obtida através da aplicação da escala, utilizando-se a correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney. Resultados A amostra foi composta por 251 puérperas, com a aplicação do questionário sobre confiança materna aos 15 dias pós-parto. A mediana da pontuação de confiança materna foi 40,00 [37,00-43,00]. O protocolo obteve valor de Alpha de Cronbach de 0,717. Houve correlações fracas significativas positivas entre confiança e idade materna (p = 0,013; r = 0,157) e entre confiança e escolaridade materna (p = 0,048; r = 0,125). Além disso, houve associação significativa entre a confiança materna e a paridade (p = 0,030). Conclusão A adaptação transcultural e validação da ferramenta sobre a confiança materna para o português brasileiro mostrou boa confiabilidade. Os resultados de sua aplicação demonstraram que a confiança materna esteve associada à escolaridade, à idade e à paridade.
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Inquéritos e Questionários , Período Pós-Parto/psicologia , Comportamento Materno/psicologia , Relações Mãe-Filho/psicologia , Autoimagem , Fatores Socioeconômicos , Traduções , Brasil , Reprodutibilidade dos Testes , Características CulturaisRESUMO
Se realizó un estudio descriptivo y de cohorte basado en la revisión de historias clínicas y base de datos del Sistema Informático Perinatal (sip) de las pacientes portadoras de esquizofrenia y embarazadas que consultaron en el Hospital Vilardebó entre 2009-2012. Se estudiaron 35 casos de gestaciones que correspondieron a 30 mujeres. Se identificaron determinadas características sociodemográficas y clínicas: mayor edad en el momento de la gestación, menor planificación del embarazo, menor cantidad de controles prenatales, la mayoría de las consultas psiquiátricas se realizaron durante el puerperio. No se evidenció asociación entre madres con esquizofrenia y menor edad gestacional, menor peso del recién nacido o Apgar bajo, así como tampoco con la presencia de complicaciones obstétricas o neonatales.
A descriptive cohort study was conducted basedon the review of medical records and Perinatal Information System database (sip) of pregnant women with schizophrenia who were assisted atthe State Mental Facility (Hospital Vilardebó) from2009 to 2012. 35 cases of pregnancies which corresponded to 30 women were studied. Certainsocio-demographic and clinical characteristics were identified: age at the time of pregnancy,lower pregnancy planning, less prenatal medicalcare, most psychiatric consultations were heldduring the post-partum period. No associationwere found between mothers with schizophreniaand lower gestational age, low birth weight or low Apgar, nor the presence of obstetric or neonatal complications are evident.
Assuntos
Feminino , Humanos , Adolescente , Recém-Nascido , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez , Psicologia do Esquizofrênico , Gravidez/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Amostragem Estratificada , Epidemiologia Descritiva , Estudos Retrospectivos , Estudos de Casos e Controles , Esquizofrenia , Índice de Apgar , Fatores Socioeconômicos , Idade Gestacional , Aleitamento Materno , Benzodiazepinas/uso terapêutico , Antipsicóticos/uso terapêutico , Peso ao NascerRESUMO
ABSTRACT OBJECTIVE To assess the influence of I mmigration on the psychological health of women after childbirth. METHODS In this cross-sectional study, immigrant and Portuguese-native women delivering in the four public hospitals of the metropolitan area of Porto, Portugal, were contacted by telephone between February and December 2012 during the first postpartum month to schedule a home visit and fill in a questionnaire. Most immigrant (76.1%) and Portuguese mothers (80.0%) agreed to participate and with the visits, thus a total of 89 immigrants and 188 Portuguese women were included in the study. The questionnaire included the application of four validated scales: Mental Health Inventory-5, Edinburgh Postpartum Depression Scale, Perceived Stress Scale, and Scale of Satisfaction with Social Support. Statistical analysis included t-test and Chi-square or Fisher's test, and logistic regression models. RESULTS Immigrants had an increased risk of postpartum depression (OR = 6.444, 95%CI 1.858-22.344), and of low satisfaction with social support (OR = 6.118, 95%CI 1.991-18.798). We did not perceive any associations between migrant state, perceived stress, and impoverished mental health. CONCLUSIONS Immigrant mothers have increased vulnerabilities in the postpartum period, resulting in an increased risk of postpartum depression and lesser satisfaction with the received social support.
RESUMO OBJETIVO Avaliar a influência da imigração na saúde psicológica da mulher após o parto. MÉTODOS Neste estudo transversal, mulheres imigrantes e portuguesas com partos nos quatro hospitais públicos da região metropolitana de Porto, Portugal, foram contatadas por telefone entre fevereiro e dezembro de 2012, durante o primeiro mês pós-parto, para agendar uma visita domiciliar e preencher um questionário. A maioria das mães imigrantes (76,1%) e das mães portuguesas (80,0%) aceitou participar e aceder a visitas domiciliares, totalizando 89 imigrantes e 188 mulheres portuguesas incluídas no estudo. O questionário incluiu a aplicação de quatro escalas validadas: Inventário de Saúde Mental-5, Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo, Escala de Stress Percebido e Escala de Satisfação com o Suporte Social. As análises estatísticas incluíram os testes t-student, Qui-quadrado ou teste de Fisher e o cálculo de modelos de regressão logística. RESULTADOS As imigrantes tiveram risco aumentado de depressão pós-parto (OR 6,444; IC95% 1,858-22,344) e de baixa satisfação com o suporte social (OR = 6,118; IC95% 1,991-18,798). Não houve associação entre migração, stress percebido e saúde mental empobrecida. CONCLUSÕES Mães imigrantes apresentam vulnerabilidades aumentadas no período pós-parto, aumentando o risco de depressão pós-parto e havendo menor satisfação com o apoio social recebido.
Assuntos
Humanos , Feminino , Depressão Pós-Parto/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Emigrantes e Imigrantes/psicologia , Portugal/epidemiologia , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Entrevistas como Assunto , Fatores de Risco , Saúde da Mulher , Depressão Pós-Parto/epidemiologia , Europa Oriental/epidemiologia , Emigrantes e Imigrantes/estatística & dados numéricos , Promoção da Saúde/métodos , Mães/psicologiaRESUMO
Resumo O objetivo deste artigo é estimar a magnitude de transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) no puerpério em uma maternidade de referência para agravos perinatais e identificar subgrupos vulneráveis. Trata-se de um estudo transversal realizado uma maternidade de alto risco fetal no Rio de Janeiro, Brasil, com 456 mulheres que realizaram o parto na instituição. O Trauma History Questionnaire e o Post-Traumatic Stress Disorder Checklist foram utilizados para captar experiências traumáticas e sintomas de TEPT, respectivamente. A prevalência geral de TEPT foi de 9,4%. O TEPT mostrou-se mais prevalente entre mulheres com três ou mais partos, que tiveram recém-nascido com Apgar no 1º minuto menor ou igual a sete, com histórico de agravo mental antes ou durante a gravidez, com depressão pós-parto, que sofreram violência física ou psicológica perpetrada por parceiro íntimo na gravidez, que tiveram experiência sexual não desejada e que foram expostas a cinco ou mais traumas. Rápido diagnóstico e tratamento são fundamentais para melhorar a qualidade de vida da mulher e a saúde do recém-nascido.
Resumen El propósito de este artículo es estimar la magnitud del trastorno de estrés postraumático (TEPT) en el período post-parto, en una maternidad de referencia para los problemas perinatales e identificar subgrupos vulnerables. Se trata de un estudio transversal, realizado en una maternidad de alto riesgo fetal de Río de Janeiro, Brasil, a con 456 mujeres que habían realizado parto en la institución. Trauma History Questionnaire y Post-Traumatic Stress Disorder Checklist se utilizaron para capturar experiencias traumáticas y síntomas de TEPT, respectivamente. La prevalencia global de TEPT fue del 9,4%. El TEPT fue más frecuente entre las mujeres con tres o más partos, que tuvieron niños con Apgar en el minuto 1 inferior o igual a siete, con un historial de lesión mental antes o durante el embarazo, con depresión posparto, que sufrieron violencia física o psicológica perpetrada por su pareja durante el embarazo, que tuvieron experiencia sexual no deseada durante la infancia y que fueron expuestas a cinco o más traumas. Diagnóstico precoz y el tratamiento son fundamental para mejora en la calidad de las mujeres de la vida y la salud del recién nacido.
Abstract The objectives of this study were to estimate the prevalence of postpartum posttraumatic stress disorder (PTSD) in a maternity hospital for fetal high-risk pregnancies and to identify vulnerable subgroups. This was a cross-sectional study at a fetal high-risk maternity hospital in Rio de Janeiro, Brazil, with a sample of 456 women who had given birth at this hospital. The Trauma History Questionnaire and Post-Traumatic Stress Disorder Checklist were used to screen for lifetime traumatic events and PTSD symptoms, respectively. Overall prevalence of PTSD was 9.4%. Higher PTSD prevalence was associated with three or more births, a newborn with a 1-minute Apgar score of seven or less, history of mental disorder prior to or during the index pregnancy, postpartum depression, physical or psychological intimate partner violence during the pregnancy, a history of unwanted sexual experience, and lifetime exposure to five or more traumas. Rapid diagnosis and treatment of PTSD are essential to improve the mother’s quality of life and the infant’s health.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Complicações do Trabalho de Parto/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Complicações na Gravidez/psicologia , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Prevalência , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/etiologia , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/psicologiaRESUMO
OBJECTIVE To estimate the incidence and identify risk factors for intimate partner violence during postpartum.METHODS This prospective cohort study was conducted with women, aged between 18-49 years, enrolled in the Brazilian Family Health Strategy in Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. Of the 1.057 women interviewed during pregnancy and postpartum, 539 women, who did not report violence before or during pregnancy, were evaluated. A theoretical-conceptual framework was built with three levels of factors hierarchically ordered: women's and partners' sociodemografic and behavioral characteristics, and relationship dynamics. Incidence and risk factors of intimate partner violence were estimated by Poisson Regression.RESULTS The incidence of violence during postpartum was 9.3% (95%CI 7.0;12.0). Isolated psychological violence was the most common (4.3%; 95%CI 2.8;6.4). The overlapping of psychological with physical violence occurred at 3.3% (95%CI 2.0;5.3) and with physical and/or sexual in almost 2.0% (95%CI 0.8;3.0) of cases. The risk of partner violence during postpartum was increased for women with a low level of education (RR = 2.6; 95%CI 1.3;5.4), without own income (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9) and those who perpetrated physical violence against their partner without being assaulted first (RR = 2.0; 95%CI 1.2;3.4), had a very controlling partner (RR = 2.5; 95%CI 1.1;5.8), and had frequent fights with their partner (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9).CONCLUSIONS The high incidence of intimate partner violence during postpartum and its association with aspects of the relationship's quality between the couple, demonstrated the need for public policies that promote conflict mediation and enable forms of empowerment for women to address the cycle of violence.
OBJETIVO Estimar a incidência e identificar fatores de risco para violência por parceiro íntimo no pós-parto.MÉTODOS Realizamos estudo de coorte prospectivo com mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas na Estratégia Saúde da Família da cidade de Recife, Nordeste do Brasil, entre 2005 e 2006. Das 1.057 mulheres entrevistadas durante a gestação e no puerpério, foram avaliadas 539 sem relatos de violência antes e durante a gestação. Foi construído um modelo teórico-conceitual com três blocos de fatores, hierarquicamente ordenados: características sociodemográficas, comportamentais da mulher e do parceiro e dinâmica da relação. A incidência e fatores de risco de violência por parceiro íntimo foram estimados pela Regressão de Poisson.RESULTADOS A incidência de violência no pós-parto foi 9,3% (IC95% 7,0;12,0). Violência psicológica isolada foi mais frequente (4,3%; IC95% 2,8;6,4). A sobreposição de violência psicológica com a física ocorreu em 3,3% (IC95% 2,0;5,3) e com a física ou sexual ou ambas, em quase 2,0% (IC95% 0,8;3,0) dos casos. O risco de violência por parceiro íntimo no pós-parto foi maior para mulheres: com baixa escolaridade (RR = 2,6; IC95% 1,3;5,4), sem renda própria (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9) e que agrediam fisicamente o parceiro sem estarem sendo agredidas (RR = 2,0; IC95% 1,2;3,4), tinham um parceiro muito controlador (RR = 2,5; IC95% 1,1;5,8) e brigavam frequentemente com seus parceiros (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9).CONCLUSÕES A elevada incidência de violência por parceiro íntimo no pós-parto e sua associação com aspectos da qualidade da relação entre o casal, revela a necessidade de políticas públicas que promovam a mediação de conflitos, busquem equidade social e de gênero e possibilitem formas de empoderamento das mulheres para o enfrentamento do ciclo violento.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Período Pós-Parto/psicologia , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Violência por Parceiro Íntimo/psicologia , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
OBJECTIVE To assess the determinants of exclusive breastfeeding abandonment. METHODS Longitudinal study based on a birth cohort in Viçosa, MG, Southeastern Brazil. In 2011/2012, 168 new mothers accessing the public health network were followed. Three interviews, at 30, 60, and 120 days postpartum, with the new mothers were conducted. Exclusive breastfeeding abandonment was analyzed in the first, second, and fourth months after childbirth. The Edinburgh Postnatal Depression Scale was applied to identify depressive symptoms in the first and second meetings, with a score of ≥ 12 considered as the cutoff point. Socioeconomic, demographic, and obstetric variables were investigated, along with emotional conditions and the new mothers’ social network during pregnancy and the postpartum period. RESULTS The prevalence of exclusive breastfeeding abandonment at 30, 60, and 120 days postpartum was 53.6% (n = 90), 47.6% (n = 80), and 69.6% (n = 117), respectively, and its incidence in the fourth month compared with the first was 48.7%. Depressive symptoms and traumatic delivery were associated with exclusive breastfeeding abandonment in the second month after childbirth. In the fourth month, the following variables were significant: lower maternal education levels, lack of homeownership, returning to work, not receiving guidance on breastfeeding in the postpartum period, mother’s negative reaction to the news of pregnancy, and not receiving assistance from their partners for infant care. CONCLUSIONS Psychosocial and sociodemographic factors were strong predictors of early exclusive breastfeeding abandonment. Therefore, it is necessary to identify and provide early treatment to nursing mothers with depressive symptoms, decreasing the associated morbidity and promoting greater duration of exclusive breastfeeding. Support from health professionals, as well as that received at home and at work, can assist in this process. .
OBJETIVO Avaliar os determinantes ao abandono do aleitamento materno exclusivo. MÉTODOS Estudo longitudinal baseado em coorte de nascimentos realizado em Viçosa, Minas Gerais. Acompanharam-se 168 puérperas provenientes da rede pública de saúde em 2011/2012. Foram realizadas três entrevistas com as puérperas: aos 30, 60 e 120 dias após o parto. O abandono do aleitamento materno exclusivo foi analisado no segundo e quarto meses após o parto. Aplicou-se escala Edinburgh Post-Natal Depression Escale para identificar os sintomas depressivos no primeiro e segundo encontros, adotando-se o ponto de corte ≥ 12. Foram investigadas variáveis socioeconômicas, demográficas, obstétricas, condições emocionais e rede social da puérpera durante a gestação e puerpério. RESULTADOS As prevalências de abandono do aleitamento materno exclusivo aos 30, 60 e 120 dias após o parto foram 53,6% (n = 90), 47,6% (n = 80) e 69,6% (n = 117), respectivamente, e sua incidência no quarto mês em relação ao primeiro foi 48,7%. Sintomas de depressão pós-parto e parto traumático associaram-se com abandono do aleitamento materno exclusivo no segundo mês após o parto. No quarto mês, mostraram significância as variáveis: menor escolaridade materna, não possuir imóvel próprio, ter voltado a trabalhar, não ter recebido orientações sobre amamentação no puerpério, reação negativa da mulher com a notícia da gestação e não receber ajuda do companheiro com a criança. CONCLUSÕES Fatores psicossociais e sociodemográficos se mostraram fortes preditores do abandono precoce do aleitamento materno exclusivo. Dessa forma, é necessário identificar e tratar precocemente as nutrizes com sintomatologia depressiva, reduzindo ...
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Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Adulto Jovem , Aleitamento Materno/psicologia , Cuidado do Lactente/métodos , Mães/psicologia , Brasil , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Depressão Pós-Parto , Estudos Longitudinais , Relações Mãe-Filho , Período Pós-Parto/psicologia , Fatores de Risco , Fatores SocioeconômicosRESUMO
OBJECTIVES: To evaluate the prevalence of suicide risk and comorbidities in postpartum women. METHODS: This is a cross-sectional study of postpartum women. The sample comprised mothers who have received prenatal care from the Brazilian National System of Public Heath in the city of Pelotas. Suicide risk and other mental disorders were evaluated using the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). A yes answer on one of the six interview questions was considered a sign of suicide risk. RESULTS: The sample consisted of 919 postpartum women. The 11.5% suicide prevalence was 4.62 (CI 2.45, 8.73) times higher in women with low educational levels. Women with comorbid depression or an anxiety disorder showed a 17.04 (CI 2.27; 19.96) times greater risk of suicide than those who did not suffer from any mood disorder. CONCLUSION: Lower education levels and psychiatric disorders are associated with suicide risk. Bipolar disorder is the psychiatric disorder with the highest impact on suicide risk.
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência do risco de suicídio e de comorbidades em mulheres pós-parto. MÉTODOS: Este foi um estudo em corte transversal com mulheres pós-parto. A amostra foi constituída de mães que receberam cuidados pré-natais prestados pelo Sistema Nacional de Saúde Pública do Brasil na cidade de Pelotas. O risco de suicídio e outros transtornos mentais foram avaliados pela Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). Uma resposta afirmativa a qualquer das seis perguntas é considerada um risco de suicídio. RESULTADOS: A amostra consistiu de 919 mulheres pós-parto. A prevalência do risco de suicídio foi de 11,5%. Ela foi 4,62 vezes mais alta (IC de 95% 2,45; 8,73) em mulheres de baixo nível educacional. Mulheres apresentando qualquer comorbidade para depressão e transtornos ansiosos tiveram uma chance 17,04 vezes maior (IC 95% 2,27; 19,96) àquelas que não apresentaram nenhum transtorno afetivo. CONCLUSÃO: Um nível educacional mais baixo e a presença de um transtorno psiquiátrico se associam ao risco de suicídio. O transtorno bipolar é o diagnóstico psiquiátrico com maior impacto sobre o risco de suicídio.
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Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Transtornos Mentais/epidemiologia , Período Pós-Parto/psicologia , Ideação Suicida , Tentativa de Suicídio/estatística & dados numéricos , Suicídio/estatística & dados numéricos , Transtornos de Ansiedade/epidemiologia , Transtornos de Ansiedade/psicologia , Brasil/epidemiologia , Comorbidade , Estudos Transversais , Depressão Pós-Parto/epidemiologia , Depressão Pós-Parto/psicologia , Transtorno Depressivo/epidemiologia , Transtorno Depressivo/psicologia , Transtornos Mentais/psicologia , Prevalência , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Tentativa de Suicídio/psicologia , Suicídio/psicologiaRESUMO
A Violência entre Parceiros Íntimos (VPI) tem sido reconhecida como um importante problema de saúde pública e um fator de risco para agravos a saúde de mulheres e crianças. Os serviços de saúde desempenham importante papel na detecção precoce da VPI, especialmente em momentos da vida nos quais se preconiza o atendimento sistematizado, como na gestação e primeira infância. Esta dissertação tem como objetivo principal estimar a probabilidade de ocorrência de Violência Física entre Parceiros Íntimos (VFPI) durante a gestação e/ou pós-parto em população atendida em Unidades Básicas de Saúde (UBS), segundo diferentes características sócio-econômicas e demográficas da clientela. Trata-se de um estudo transversal, realizado com usuárias de 5 UBS da cidade do Rio de Janeiro no ano de 2007. Foram entrevistadas 811 mães de crianças de até cinco meses de idade, que não possuíam nenhuma contra-indicação formal para a amamentação e que relataram ter tido pelo menos uma relação amorosa um mês ou mais durante a gestação ou no período do pós-parto. Condições socioeconômicas e demográficas e relativas aos hábitos de vida do casal foram consideradas como potenciais preditores de violência. Utilizou-se a versão em português da CTS2 para identificar as situações de VPI. A variável de desfecho foi analisada em três níveis: ausência de VFPI, presença de VFPI no período da gestação ou do pós-parto e presença de VFPI em ambos os períodos. Utilizou-se um modelo logito-multinomial para as projeções de prevalências segundo os descritores selecionados...
Intimate partner violence (IPV) has been recognized as an important public health problem and a risk factor for health problems of women and children. Health services play an important role in early detection of IPV. This issue is especially important in moments of lifewhen systematized care is recommended, such as the pregnancy and early childhood. The main objective of this research was to estimate the probability of physical intimate partnersviolence (PIPV) during pregnancy or postpartum period. This is a cross-sectional study carried out in 5 primary health care units in Rio de Janeiro during the year 2007. Eight hundred and eleven interviews with mothers of children up to five months of age were carried out. Mothers presenting any formal contraindication for breastfeeding were consideredineligible, as well as women not reporting at least one month of amorous relationship during the pregnancy or postpartum period. Socioeconomic, demographic and life habits of thecouple were considered as potential predictors. The outcome variable was assessed at three levels: no PIPV; PIPV during the pregnancy or postpartum; and PIPV in both periods. A multinomial logit model was used for projecting the respective prevalence according to arange of selected descriptors. The risk factors significantly associated with a greater risk of PIPV were: maternal age < 20; women with less than twelve years of schooling; women with 2 or more children under five years old; alcohol misuse by mother or partner; illicit drug abuse by the women or partner; and mother's perception of infant's health lower than expected.
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Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde/ética , Gravidez/psicologia , Maus-Tratos Conjugais/prevenção & controle , Maus-Tratos Conjugais/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Serviços de Saúde/tendências , Violência Doméstica/prevenção & controle , Violência Doméstica/psicologia , Saúde do Adolescente , Brasil/epidemiologia , Brasil/etnologia , Saúde da Criança , Saúde do Idoso , Saúde da Mulher/éticaRESUMO
Background: Mood disorders are common in Chile. Among these, post partum depression (PPD) deranges the maternal and family relationships. Aim: To determine the prevalence and risk factors associated with PPD in puerperal women in Temuco, Chile. Material and methods: The Edinburgh Postnatal Depression Scale was administered to 73 puerperal women aged 15 to 32 years, between 40 to 45 days after delivery. To detect risk factors, 20 women with and 20 women without post partum depression (PPD) were interviewed and their clinical records were reviewed to assess their perinatal care. Results: The prevalence of PPD in the whole sample was 50.7 percent. The individual psychological risk factors detected were a feeling of discomfort with their body after giving birth, a personal history of mental health problems and a high level of overload associated to child care. An individual physical risk factor was alcohol consumption during pregnancy. Family risk factors were a poor relationship with the father of the child during pregnancy, a history of mental health problems in close family members, a history of family violence and a poor realtionship with parents during puerpurium. Having more children was a sociodemographic risk factor. Conclusions: Pospartum depression is common. The characterization of risk factors should lead to the implementation of preventive strategies.
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Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Depressão Pós-Parto/epidemiologia , Saúde Mental/estatística & dados numéricos , Período Pós-Parto/psicologia , Atenção Primária à Saúde , Saúde da Mulher , Consumo de Bebidas Alcoólicas/efeitos adversos , Consumo de Bebidas Alcoólicas/psicologia , Chile/epidemiologia , Depressão Pós-Parto/psicologia , Métodos Epidemiológicos , Casamento/psicologia , Fatores SocioeconômicosRESUMO
A falta de implementaçäo de programas adequados de atendimento no ciclo grávido-puerperal é uma constante nos serviços de saúde brasileiros. Muito embora a psicologia da gravidez, parto e puerpério tenha adquirido um suporte teórico e metodológico considerável, a populaçäo continua a näo dispor desses serviços, e desconhecendo seus benefícios para um bom suporte emocional numa fase considerada "crítica", para muitos. As autoras monstram as condutas psicológicas relevantes em cada fase do ciclo grávido-puerperal (gestaçäo, parto e puerpério), relacionando-as ao contexto sócio-cultural e econônica onde as gestantes estäo inseridas, enfatizando que todo o trabalho psicológico, se situa em termos de prevençäo primária possíveis complicaçöes e quadros patológicos, além de situaçöes especiais, tais como, abortos, malformaçöes, mortes, etc
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Humanos , Feminino , Gravidez , Gravidez na Adolescência/psicologia , Período Pós-Parto/psicologia , Gravidez/psicologia , Cuidado Pré-Natal , Transtornos Puerperais/prevenção & controle , Fatores Socioeconômicos , Pai/psicologiaRESUMO
Se analiza el efecto de dos variables psicosociales, eventos vitales y soporte social, sobre el desarrollo de un cuadro depresivo en el postparto. Se encontró que las puérperas depresivas diferían de las normales en presentar un número mayor de sucesos vitales y un puntaje total más alto de esta escala. La variable soporte social no tiene carácter predictivo, sin embargo presenta un efecto de interacción sobre los eventos vitales
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Humanos , Feminino , Adulto , Apoio Social , Período Pós-Parto/psicologia , Acontecimentos que Mudam a Vida , Depressão , Causalidade , Estresse Psicológico/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Amostragem Aleatória e SistemáticaRESUMO
Se estudia el desarrollo de cuadros depresivos en el puerperio en una cohorte de 125 mujeres embarazadas y diversos factores asociados a este fenómeno. Se encontró un incidencia de 8.8 por ciento y una prevalencia de 20.5 por ciento para este trastorno. El análisis de riesgo mostró que la actitud negativa hacia su embarazo, el antecedente de depresión en el tercer trimestre de éste y la insatisfacción con su relación de pareja, son los factores que se asociaron en forma significativa