Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 99
Filtrar
1.
Rev. bras. estud. popul ; 40: e0251, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-1521759

RESUMO

Resumo A cidade é um modo de viver, pensar e sentir. O modo de vida urbano é capaz de produzir ideias, comportamentos, valores e conhecimentos, mas também pode acirrar disparidades socioeconômicas e de saúde da população que ali reside. Este artigo examina as disparidades em saúde urbana em seis capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Manaus. Para quantificar e mapear as disparidades intraurbanas nesses espaços, foram utilizados os dados do Censo Demográfico de 2010 para a aplicação do índice de saúde urbana (ISU), uma métrica que sintetiza oito diferentes variáveis socioeconômicas e de saneamento desagregadas por setores censitários. Os resultados são discutidos à luz de três vertentes teóricas: a diferenciação centro-periferia; abordagem econômica da saúde; e epidemiologia social. As descobertas desse estudo revelam que os setores censitários que abrangem populações com maior status socioeconômico e melhores condições de saneamento apresentaram índices de saúde urbana mais elevados do que os da periferia da cidade. Há indícios de melhores indicadores de saúde urbana para o Rio de Janeiro e São Paulo, em comparação com as demais capitais analisadas. No entanto, há importantes nuances em cada uma das seis cidades estudadas, especialmente quando se atribuem diferentes pesos às variáveis que compõem o ISU, apesar da marcada segregação espacial comum a todas elas. Considerar as distinções dentro do espaço urbano é uma estratégia fundamental para a compreensão desses aspectos sociais e econômicos e seus potenciais desdobramentos nas condições de saúde da população.


Abstract A city is a way of living, thinking, and feeling. The urban lifestyle can produce ideas, behaviors, values, and knowledge. Still, it can also intensify socioeconomic and health disparities in the population. This article examines urban health disparities in six Brazilian capitals: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, and Manaus. To quantify and map intra-urban disparities in these spaces, data from the 2010 Demographic Census are used to apply the Urban Health Index, a metric that synthesizes eight different socio-economic and sanitation variables disaggregated by census tracts. The results are discussed in light of three theoretical perspectives: center-periphery differentiation, the economic approach to health, and social epidemiology. The findings of this study reveal that census tracts covering populations with higher socio-economic status and better sanitation conditions exhibited higher urban health index scores than those in the city's periphery. Results indicate better urban health indicators for Rio de Janeiro and São Paulo, compared to the other capitals analyzed. However, there are important nuances in each of the six cities, especially when assigning different weights to the variables that compose the Urban Health Index, despite the marked spatial segregation common to all. Considering distinctions within urban space is a fundamental strategy to understand these social and economic aspects and their potential implications for population health conditions.


Resumen La ciudad es una forma de vivir, pensar y sentir. El modo de vida urbano es capaz de producir ideas, comportamientos, valores y conocimientos, pero también lo es de intensificar las disparidades socioeconómicas y de salud de la población que reside en ella. Este artículo examina las disparidades en salud urbana en seis capitales brasileñas: São Paulo, Río de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte y Manaus. Para cuantificar y mapear las disparidades intraurbanas en estos espacios, se utilizan datos del censo demográfico de 2010 para aplicar el índice de salud urbana, una métrica que sintetiza ocho diferentes variables socioeconómicas y de saneamiento desagregadas por sectores censales. Los resultados se discuten a la luz de tres perspectivas teóricas: la diferenciación centro-periferia, el enfoque económico de la salud y la epidemiología social. Los hallazgos de este estudio revelan que los sectores censales que abarcan poblaciones con un mayor estatus socioeconómico y mejores condiciones de saneamiento presentaron puntajes más altos en el índice de salud urbana que los de la periferia de la ciudad. Hay indicios de mejores indicadores de salud urbana para Río de Janeiro y São Paulo, en comparación con las demás capitales analizadas. Sin embargo, se observan matices importantes en cada una de las seis ciudades analizadas, especialmente al asignar diferentes pesos a las variables que componen el pindice de salud urbana, a pesar de la marcada segregación espacial común a todas ellas. Considerar las distinciones dentro del espacio urbano es una estrategia fundamental para comprender estos aspectos sociales y económicos y sus posibles implicaciones en las condiciones de salud de la población.


Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Urbanização , Cidades , Planejamento de Cidades , Áreas de Pobreza , Saúde da População Urbana , Epidemiologia , Saneamento Básico , Censos , Disparidades nos Níveis de Saúde , Segregação Social , Gestão da Saúde da População , Índice de Desenvolvimento em Saúde , Setor Censitário , Disparidades Socioeconômicas em Saúde
2.
Psicol. Estud. (Online) ; 28: e54416, 2023. graf
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1514632

RESUMO

RESUMO O planejamento urbano é um processo que compreende sucessivas melhorias voltadas para a qualidade de vida das populações e o envelhecimento populacional pressiona para que instâncias sociais assumam novas posturas sobre os modos de se planejar a cidade. Para compreender a ligação do idoso com o ambiente, é necessário entender os recursos disponíveis no local e as experiências vividas naquele contexto. A partir do sentido de lugar, as pessoas transformam os espaços e são por eles transformados. Assim, esse estudo questionou como moradores idosos de três localidades da cidade de Brasília constroem seu sentido de lugar, a partir da identificação de facilitadores e barreiras enfrentadas diariamente e das demandas para a construção de um ambiente amigável ao envelhecimento. Os dados qualitativos apresentados decorrem do uso de três técnicas de pesquisa: entrevistas face a face, entrevistas caminhadas e diários fotográficos. Fizeram parte do estudo 63 participantes com idade entre 60 e 90 anos. A análise realizada por meio do software Iramuteq permitiu a elaboração de quatro classes relacionadas aos vínculos sociais e comunitários, às atividades das rotinas diárias, aos aspectos simbólicos que refletem o sentido de lugar e a relação com elementos rurais e urbanos percebidos em cada cenário. Estar atento às mudanças resultantes dessa inversão da pirâmide demográfica incide sobre algumas das questões identificadas nesse estudo, mas também confirma o quanto ainda se faz necessário avançar para incluir de modo mais realista a dinâmica relação idoso-ambiente em estudos que abordam o processo de envelhecimento.


RESUMEN El urbanismo es un proceso que comprende sucesivas mejoras encaminadas a la calidad de vida de las poblaciones y el envejecimiento de la población presiona a las instancias sociales para que asuman nuevas posturas sobre las formas de planificar este entorno. Para comprender la percepción del ambiente por parte de los adultos mayores, es necesario comprender los recursos disponibles en el lugar y también las experiencias vividas en ese contexto. Desde el sentido del lugar, las personas transforman espacios y son transformados por ellos. Por lo tanto, este estudio cuestionó cómo los residentes mayores de tres localidades de la ciudad de Brasilia construyen su sentido de lugar, en función de sus identificaciones de los facilitadores y las barreras que se enfrentan a diario y las demandas para construir un ambiente amigable con el envejecimiento. Los datos cualitativos presentados derivan del uso de tres técnicas de investigación: entrevistas personales, entrevistas complementarias y diarios fotográficos. 63 personas mayores entre 60 y 90 años participaron en el estudio. El análisis realizado con el software Iramuteq permitió el desarrollo de cuatro clases relacionadas con los vínculos sociales y comunitarios, actividades de la rutina diaria, aspectos simbólicos que reflejan el sentido del lugar y la relación con los elementos rurales y urbanos percibidos en cada escenario. Conocer los cambios resultantes de esta inversión de la pirámide demográfica se centra en algunos de los problemas identificados en este estudio, pero también confirma cuánto progreso aún se necesita para incluir de manera más dinámica la relación entre el anciano y el ambiente en los estudios que abordan el envejecimiento.


ABSTRACT. The urban planning is a process that comprises successive improvements aimed at the quality of life of populations and the aging of the population puts pressure on social instances to assume new postures about the ways of planning this environment. To understand the elderly's attachment with the environment, it is necessary to understand the resources available in the place and the experiences lived in that context. From the sense of place, people transform spaces and are transformed by them. Thus, this study questioned how elderly residents of three locations in the city of Brasília build their sense of place, based on their identification of facilitators and barriers faced daily and the demands for building an aging-friendly environment. The qualitative data presented derives from the use of three research techniques: face-to-face interviews, go-along interviews, and photographic diaries. Sixty-three elderly persons between 60 and 90 years participated in the study. The analysis carried out using the Iramuteq software allowed the development of four classes related to social and community bonds, activities of daily routines, symbolic aspects that reflect the sense of place and the relationship with rural and urban elements perceived in each scenario. Being aware of the changes resulting from the demographic pyramid's inversion incur on some of the issues identified in this study. However, the results confirm how much further progress is still needed to include more dynamically the elderly-environment relationship in studies that address the aging process.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Percepção/fisiologia , Idoso/fisiologia , Planejamento de Cidades/tendências , Qualidade de Vida/psicologia , Idoso/psicologia , Envelhecimento/psicologia , Meio Ambiente
4.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e255684, 2023. tab, graf, ilus
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1529232

RESUMO

Os estudos sobre as relações mútuas entre as pessoas e o ambiente buscam subsidiar melhorias no contexto urbano a partir de métodos e técnicas pautados na compreensão do uso de espaços públicos e privados. A crescente demanda pela promoção de ambientes amigáveis para idosos e crianças nos cenários urbanos direcionou esta pesquisa e elencou dois componentes: o panorama relativo à população local e o arcabouço teórico da psicologia ambiental. Para tanto, buscou-se identificar as principais atividades realizadas por crianças e idosos em seus respectivos locais de moradia. Foram avaliados os principais usos e atividades desses dois grupos, em duas vizinhanças, diferenciando-os de acordo com suas especificidades em termos de demandas individuais e ambientais. As observações sistemáticas a partir da técnica de mapeamento comportamental centrado no lugar (MCCL) ocorreram na cidade de Brasília, Distrito Federal (DF) e permitiram compreender o processo de apropriação dos espaços na infância e na velhice e suas repercussões em termos da congruência pessoa-ambiente. Cada um destes setores organizados a partir de elementos específicos direciona as ações dos participantes para determinados tipos de comportamentos, observados de maneira a compor um roteiro em que a brincadeira (lazer ativo) surge como central na infância e a caminhada (circulação) como mais potente para a população idosa. Os resultados demonstram que o diálogo entre a psicologia ambiental e a ciência do desenvolvimento humano tem sido bastante profícuo e tem contribuído para a compreensão de aspectos da relação pessoa-ambiente em diferentes momentos do ciclo de vida.(AU)


Studies on the mutual relations between people and the environment seek to support improvements in the urban context from methods and techniques based on understanding the use of public and private spaces. The growing demand for the promotion of friendly urban environments for older people and children guided this research, with two notable components: the panorama related to the local population and the theoretical framework of Environmental Psychology. Therefore, we sought to identify the main activities carried out by children and older people in their respective dwellings. The main uses and activities of these two groups were evaluated in two neighborhoods, differentiating them according to their specificities in terms of individual and environmental demands. Systematic observations using the place-centered behavioral mapping technique took place in the city of Brasília, Federal District, and allowed us to understand the process of appropriation of spaces in childhood and old age and its repercussions in terms of person-environment congruence. Each of these sectors, organized from specific elements, directs the participants' actions towards certain types of behavior, observed in order to compose a script in which playing (active leisure) emerges as central in childhood and walking (circulation) as more potent for the older people. The results demonstrated that the dialogue between environmental psychology and the science of human development has been very fruitful and has contributed to the understanding of aspects of the person-environment relationship at different times in the life cycle.(AU)


Los estudios sobre las relaciones mutuas entre las personas y el medio ambiente buscan aportar mejoras en el contexto urbano mediante métodos y técnicas basados en la comprensión del uso de los espacios públicos y privados. La creciente demanda de la promoción de ambientes amigables para las personas mayores y los niños en entornos urbanos guio esta investigación y enumeró dos componentes: el panorama relacionado con la población local y el marco teórico de la Psicología Ambiental. En este contexto, buscamos identificar las principales actividades que realizan los niños y las personas mayores en sus respectivas viviendas. Se evaluaron los principales usos y actividades de estos dos grupos en dos barrios, diferenciándolos según sus especificidades en cuanto a las demandas individuales y ambientales. Las observaciones sistemáticas utilizando la técnica de mapeo conductual centrado en el lugar (MCCL) ocurrieron en la ciudad de Brasília, Distrito Federal (Brasil) y nos permitieron comprender el proceso de apropiación de espacios en la infancia y la vejez y sus repercusiones en la congruencia persona-ambiente. Cada uno de estos sectores, organizados a partir de elementos específicos, orienta las acciones de los participantes hacia determinados comportamientos, observados para componer un guion en el que el juego (ocio activo) emerge como central en la infancia y el caminar (circulación) como el más potente para las personas mayores. Los resultados demuestran que el diálogo entre la Psicología Ambiental y la ciencia del desarrollo humano ha sido muy fructífero y ha contribuido a la comprensión de aspectos de la relación persona-entorno en diferentes momentos del ciclo de vida.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Criança , Proteção da Criança , Área Urbana , Conservação dos Recursos Naturais , Desenvolvimento Ecológico , Meio Ambiente , Psicologia Ambiental , Parques Recreativos , Estacionamentos , Satisfação Pessoal , Fisiologia , Arte , Psicologia , Qualidade de Vida , Leitura , Recreação , Segurança , Autocuidado , Autoimagem , Futebol , Alienação Social , Comportamento Social , Desejabilidade Social , Isolamento Social , Ciências Sociais , Apoio Social , Seguridade Social , Socialização , Esportes , Piscinas , População Urbana , Políticas, Planejamento e Administração em Saúde , Direitos dos Idosos , Brasil , Atividades Cotidianas , Exercício Físico , Comportamento Infantil , Educação Infantil , Indicadores de Qualidade de Vida , Saúde Ambiental , Saúde Mental , Saúde da Criança , Saúde do Idoso , Exposições Educativas , Doença Crônica , Transporte de Pacientes , Terapia de Relaxamento , Desenvolvimento de Pessoal , Cidades , Planejamento de Cidades , Direitos Civis , Desequilíbrio Ecológico , Ecologia Humana , Natureza , Vida , Acesso Universal aos Serviços de Saúde , Cuidados Médicos , Autonomia Pessoal , Espiritualidade , Valor da Vida , Amigos , Populações Vulneráveis , Educação Continuada , Planejamento Ambiental , Funções Essenciais da Saúde Pública , Prevenção de Doenças , Desenvolvimento Industrial , Recuperação e Remediação Ambiental , Relações Familiares , Resiliência Psicológica , Prazer , Comportamento Sedentário , Vida Independente , Política Ambiental , Participação Social , Pandemias , Integração Comunitária , Habilidades Sociais , Avós , Envelhecimento Cognitivo , Anúncio de Utilidade Pública , Dieta Saudável , Sistemas de Apoio Psicossocial , Instalações de Transporte , Uso do Telefone Celular , Direitos Culturais , Acesso a Medicamentos Essenciais e Tecnologias em Saúde , Análise de Dados , Respeito , Inclusão Digital , Direito à Saúde , Empoderamento , Estado Funcional , Liberdade de Circulação , COVID-19 , Expectativa de Vida Saudável , Qualidade do Sono , Enquadramento Interseccional , Cidadania , Geriatria , Diversidade, Equidade, Inclusão , Apoio Familiar , Ginástica , Hábitos , Escrita Manual , Física Médica , Planejamento em Saúde , Promoção da Saúde , Habitação , Direitos Humanos , Relações Interpessoais , Solidão , Longevidade , Métodos , Motivação , Ruído
5.
Brasília; Fiocruz Brasília;Instituto de Saúde de São Paulo; 19 de maio de 2022. 62 p.
Não convencional em Português | LILACS, Coleciona SUS, PIE, ODS | ID: biblio-1370193

RESUMO

Contexto: Na década de 1970, o Relatório Lalonde apresentou-se como uma nova perspectiva de saúde e um ponto de partida para o conceito de Cidades Saudáveis. Ele expôs um conceito ampliado de saúde ao afirmar que as melhorias das condições de saúde da população podem ser resultado de mudanças no ambiente físico-social e no estilo de vida. Pergunta: Quais são os critérios adotados em diferentes partes do mundo para caracterizar cidades/municípios saudáveis? Método: As buscas foram realizadas em PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Social Systems Evidence, em 8 e 10 de março de 2022, com o propósito de identificar estudos primários e secundários que abordassem critérios para caracterização de Cidades Saudáveis. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, apenas o processo de seleção por títulos e resumos foi realizado em duplicidade e de forma independente. Foram incluídos estudos publicados em inglês, espanhol e português, e não houve limitação para inclusão quanto ao delineamento ou data de publicação. Os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica com instrumentos específicos para cada delineamento. Resultados: As publicações recuperadas nas fontes de dados foram 2.723, das quais 24 foram incluídas após o processo de seleção. Os domínios das Cidades Saudáveis propostos pela OMS foram utilizados para agregar os estudos incluídos, conforme apresentado a seguir. Domínio 1: Melhorar a governança da cidade para a saúde e bem-estar. Seis artigos foram indicados neste domínio, que trata sobre parcerias locais para promover a saúde; responsabilização e prestação de contas; utilização de um perfil de saúde na cidade em conjunto com um plano de desenvolvimento de saúde; promoção da saúde nas políticas públicas; e diplomacia na cidade. Domínio 2: Reduzir/minimizar as desigualdades em saúde. Cinco artigos foram incluídos neste domínio, que aborda o significado e as formas de medir os problemas de desigualdade social e impacto sobre a sociedade; e desenvolver um plano de ação para resolver os conflitos. Domínio 3: Promover a abordagem de saúde em todas as políticas. Sete artigos são apresentados neste domínio, que se refere a mecanismos de formulação de políticas locais com coerência para benefício da saúde e para aumentar a capacidade de avaliação dos impactos na saúde. Domínio 4: Promover o desenvolvimento e o empoderamento da comunidade e criar ambientes sociais que apoiem a saúde. Cinco artigos foram associados a este domínio, que abarca temas de promoção do letramento e resiliência da comunidade; promoção da inclusão social e projetos comunitários; garantia de acesso à assistência social; incentivo à prática de atividade física em todas as idades; criação de ambientes físicos e sociais livres de fumo; incentivo à alimentação saudável e limitação do acesso a alimentos ricos em açúcares; e abordagem de problemas de saúde mental e bem-estar social. Domínio 5: Criar ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis. Onze estudos foram arrolados neste domínio, que aborda temas como criar bairros seguros e limpos; promover e investir em deslocamento saudável (a pé ou de bicicleta); enfrentar os problemas de saneamento básico, poluição sonora e do ar, mudanças climáticas, diminuição da emissão de carbono, higiene e habitação; incentivar a receptividade de crianças e idosos; garantir acesso a áreas verdes para convívio social e investir em planejamento urbano saudável. Domínio 6: Melhorar a qualidade e o acesso aos serviços locais de saúde e sociais. Um estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado por assegurar a cobertura universal na saúde e remover barreiras; melhorar a qualidade de serviços para a comunidade e a articulação entre os serviços de atenção primária à saúde e outros serviços públicos de saúde. Domínio 7: Considerar todas as pessoas no planejamento da cidade e priorizar os mais vulneráveis. Quatro artigos foram relacionados neste domínio, que se refere à prática saudável para crianças no início da vida, garantir acesso à educação para todos, garantir o envelhecimento saudável e identificar nas cidades as necessidades das pessoas mais vulneráveis. Domínio 8: Fortalecer os serviços locais de saúde pública e a capacidade de lidar com emergências relacionadas à saúde. Um artigo foi citado neste domínio, que trata de temáticas de investimento em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças com base na população e comunidade; cuidar do problema de obesidade em jovens e adultos; e lidar com emergências relacionadas às mudanças climáticas e fenômenos como epidemias e desastres naturais. Domínio 9: Manter um plano de preparação, prontidão e resposta urbana em emergências de saúde pública. Nenhum estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado pelo desenvolvimento de práticas de vigilância inclusivas; promoção de informações e práticas com base em evidências; entendimento e ação sobre as vulnerabilidades; trabalho em fortalecimento e respostas comunitárias; e planejamento de medidas de emergências. Outras propostas: Dois estudos abordam proposições que não foram associadas diretamente aos domínios recomendados pela OMS, mas que podem contribuir para aprimorar os critérios de Cidades Saudáveis. Um deles discute o conceito de cidades inteligentes, que utilizam tecnologias de informação e comunicação para melhorar a produtividade e organizar uma governança mais aberta. O outro estudo tem como foco o ecofeminismo, trabalho reprodutivo e de cuidado, planejamento urbano feminista e o incentivo para integração da saúde humana e ambiental. Considerações finais: Os estudos incluídos apresentam informações relevantes sobre a caracterização de Cidades Saudáveis, principalmente os diferentes conceitos abordados acerca do que considerar na avaliação e implementação de cidades e comunidades saudáveis. Os resultados mostram que ainda são escassos os relatos sobre experiências de implementação da proposta de Cidades Saudáveis. As ações de promoção da saúde, como a criação de ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis, o planejamento urbano voltado à abordagem de uma grande diversidade de problemas e soluções, a promoção da abordagem de saúde em políticas de outros setores e a melhora da governança na cidade para saúde e bem-estar, fazem parte do rol de critérios de Cidades Saudáveis, e têm sido postas em prática em muitos municípios, inclusive no Brasil. No entanto, as estratégias de busca desta revisão rápida não conseguiram recuperar tais experiências nacionais. O fato de não terem sido recuperadas nas buscas pode ser um indicativo de que o termo "cidade saudável" não tem sido considerado por muitos pesquisadores em suas publicações.


Context: In the 1970s, the Lalonde Report presented itself as a new perspective on health and a starting point for the concept of Healthy Cities. He exposed an expanded concept of health by stating that improvements in the population's health conditions can be the result of changes in the physical-social environment and in lifestyle. Question: What are the criteria adopted in different parts of the world to characterize healthy cities/municipalities? Method: The searches were carried out in PubMed, Virtual Health Library and Social Systems Evidence, on March 8 and 10, 2022, with the purpose of identifying primary and secondary studies that addressed criteria for the characterization of Healthy Cities. Using rapid review shortcuts to simplify the process, only the title and abstract selection process was performed in duplicate and independently. Studies published in English, Spanish and Portuguese were included, and there was no limitation for inclusion in terms of design or publication date. The included studies were evaluated for methodological quality with specific instruments for each design. Results: The publications retrieved from the data sources were 2,723, of which 24 were included after the selection process. The Healthy Cities domains proposed by WHO were used to aggregate the included studies, as shown below. Domain 1: Improve city governance for health and well-being. Six articles were indicated in this domain, which deals with local partnerships to promote health; accountability and accountability; use of a health profile in the city in conjunction with a health development plan; health promotion in public policies; and diplomacy in the city. Domain 2: Reduce/minimize health inequalities. Five articles were included in this domain, which addresses the meaning and ways of measuring problems of social inequality and impact on society; and develop an action plan to resolve conflicts. Domain 3: Promoting the health approach in all policies. Seven articles are presented in this domain, which refers to mechanisms for formulating local policies with coherence for the benefit of health and to increase the capacity to assess health impacts. Domain 4: Promote community development and empowerment and create social environments that support health. Five articles were associated with this domain, which covers topics of literacy promotion and community resilience; promoting social inclusion and community projects; guarantee of access to social assistance; encouraging the practice of physical activity at all ages; creating smoke-free physical and social environments; encouraging healthy eating and limiting access to foods rich in sugars; and addressing mental health and social well-being issues. Domain 5: Create physical and built environments that support health and healthy choices. Eleven studies were enrolled in this domain, which addresses topics such as creating safe and clean neighborhoods; promote and invest in healthy commuting (on foot or by bicycle); face the problems of basic sanitation, noise and air pollution, climate change, reduction of carbon emissions, hygiene and housing; encourage the receptivity of children and the elderly; ensure access to green areas for social interaction and invest in healthy urban planning. Domain 6: Improve the quality of and access to local health and social services. One study was associated with this domain, which is characterized by ensuring universal health coverage and removing barriers; improve the quality of services for the community and the articulation between primary health care services and other public health services. Domain 7: Consider all people in city planning and prioritize the most vulnerable. Four articles were listed in this domain, which refers to healthy practice for children early in life, ensuring access to education for all, ensuring healthy aging and identifying the needs of the most vulnerable people in cities. Domain 8: Strengthen local public health services and capacity to deal with health-related emergencies. An article was cited in this domain, which deals with investment themes in population and community-based health promotion and disease prevention programs; to take care of the problem of obesity in young people and adults; and dealing with emergencies related to climate change and phenomena such as epidemics and natural disasters. Domain 9: Maintain an urban preparedness, preparedness, and response plan for public health emergencies. No studies were associated with this domain, which is characterized by the development of inclusive surveillance practices; promotion of evidence-based information and practices; understanding and acting on vulnerabilities; work in community strengthening and responses; and planning of emergency measures. Other proposals: Two studies address propositions that were not directly associated with the domains recommended by the WHO, but that may contribute to improving the Healthy Cities criteria. One of them discusses the concept of smart cities, which use information and communication technologies to improve productivity and organize more open governance. The other study focuses on ecofeminism, reproductive and care work, feminist urban planning, and encouraging the integration of human and environmental health. Final considerations: The studies included present relevant information about the characterization of Healthy Cities, mainly the different concepts approached about what to consider in the evaluation and implementation of healthy cities and communities. The results show that there are still few reports on experiences of implementing the Healthy Cities proposal. Health promotion actions, such as creating physical and built environments that support health and healthy choices, urban planning aimed at addressing a wide range of problems and solutions, promoting a health approach in policies in other sectors and the improvement of governance in the city for health and well-being, are part of the list of Healthy Cities criteria, and have been put into practice in many municipalities, including Brazil. However, the search strategies of this rapid review failed to retrieve such national experiences. The fact that they were not retrieved in searches may be an indication that the term "healthy city" has not been considered by many researchers in their publications.


Assuntos
Humanos , Qualidade de Vida , Planejamento de Cidades , Cidade Saudável , Direção e Governança do Setor de Saúde , Promoção da Saúde , Saneamento em Desastres , Populações Vulneráveis , Pegada de Carbono
6.
Rev. peru. med. exp. salud publica ; 39(1): 83-90, ene.-mar. 2022. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1389932

RESUMO

RESUMEN Se buscó caracterizar la satisfacción y percepciones de los residentes de Lima Metropolitana sobre distintos aspectos de la ciudad que pueden afectar su calidad de vida y salud, identificando diferencias por nivel socioeconómico (NSE) y cambios en el tiempo. Se realizó un análisis secundario de la Encuesta «Lima Cómo Vamos¼ entre 2010 y 2019, reportando los resultados mediante porcentajes, con diferencias entre NSE para cada año y entre años. En 2019 la satisfacción y percepciones eran mayoritariamente desfavorables, y han disminuido hasta en 30 puntos porcentuales con el tiempo. Las personas de NSE más bajos tenían valoraciones más desfavorables y con mayores reducciones en el tiempo. Esta insatisfacción y percepciones desfavorables revelan deficiencias en servicios públicos y condiciones urbanas que podrían afectar negativamente la calidad de vida y salud, haciendo necesarias políticas que reduzcan las brechas socioeconómicas y mejoren la salud de los ciudadanos de Lima Metropolitana.


ABSTRACT We aimed to characterize the satisfaction and perceptions of the residents of Lima about different aspects of urban life that can affect their quality of life and health, identifying differences by socioeconomic status (SES) and changes over time. A secondary data analysis of the "Lima Cómo Vamos" survey was conducted between 2010 and 2019. Results are reported through percentages, with differences between SES for each year and between years. In 2019, satisfaction and perceptions were mostly unfavorable, and have decreased by up to 30% over time. People with lower SES had more unfavorable evaluations and with greater reductions over time. This dissatisfaction and unfavorable perceptions reveal deficiencies in public services and urban conditions that could negatively affect the quality of life and health, making it necessary to design and implement policies that reduce socioeconomic gaps and improve the health of Lima citizens.


Assuntos
Satisfação Pessoal , Classe Social , Disparidades nos Níveis de Saúde , Política Pública , Qualidade de Vida , Saúde Ambiental , Saúde Pública , Saúde da População Urbana , Inquéritos e Questionários , Planejamento de Cidades , América Latina
7.
Psicol. ciênc. prof ; 42: e242612, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1406399

RESUMO

A carência habitacional no Brasil resulta da falta de planejamento urbano e da execução de políticas habitacionais equivocadas. A moradia adequada é uma ação promotora de saúde e está presente nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Este estudo objetiva analisar, assim, os determinantes da qualidade de vida (QV) e o impacto na vida dos responsáveis pelas famílias beneficiárias de um programa de habitação social na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Trata-se de uma pesquisa mista feita em duas etapas: quantitativa de delineamento observacional, descritivo e transversal; qualitativa, realizada por meio da análise de conteúdo de Bardin. A metodologia utilizada para a coleta quantitativa abarca um questionário sociodemográfico e o WHOQOL-BREF; para a coleta qualitativa foi utilizado um questionário estruturado. Das 122 famílias de um empreendimento de habitação de interesse social, 63,93% (78) responderam à pesquisa quantitativa. A pesquisa qualitativa contou com a participação de oito beneficiárias. O perfil sociodemográfico é de 89,74% mulheres, 51,28% solteiros, 46,15% pessoas com ensino fundamental incompleto e 50% pessoas como únicas responsáveis economicamente pela família, com renda familiar média de R$ 1.051,12 para três pessoas por apartamento. A classificação geral e nos domínios do WHOQOL-BREF foi de QV regular e a pesquisa qualitativa identificou que as famílias reconhecem a importância da nova moradia, mas guardam boas lembranças da residência anterior. A nova unidade habitacional impactou positivamente a vida dos pesquisados; porém, são necessárias políticas intersetoriais para melhoria da QV do público beneficiário. Os resultados demonstram a necessidade de políticas públicas promotoras de saúde complementares, conforme revisado no referencial teórico.(AU)


The housing shortage in Brazil results from the lack of urban planning and implementation of bad housing policies. Adequate housing is a health-promoting action and is present in the World Health Organization (WHO) guidelines. Thus, this study aims to analyze the determinants of quality of life (QOL) and the impact on the lives of those responsible for families benefiting from a social housing program, in the metropolitan region of Porto Alegre/RS. This is a mixed research carried out in two steps: an observational, descriptive, and cross-sectional quantitative step; a qualitative step, carried out with Bardin's analysis of content. The methodology used for the quantitative collection includes a sociodemographic questionnaire and the WHOQOL-BREF; for qualitative collection, a structured questionnaire was used. Of the 122 families from a social housing project, 63.93% (78) responded to the quantitative survey. The qualitative research was answered by eight beneficiaries. The sociodemographic profile is 89.74% women, 51.28% single, 46.15% with incomplete elementary education, and 50% as the sole economically responsible for the family, with average family income of R$ 1,051.12 for three people per apartment. The classification, both general and in the WHOQOL-BREF domains, was of regular QOL, and the qualitative research identified that the families recognize the importance of the new home but keep good memories of the previous house. The new housing unit positively impacted the lives of those surveyed; however, intersectoral policies are needed to improve the QOL of the beneficiary public. The results show the need for complimentary health-promoting public policies, as reviewed in the theoretical references.(AU)


El déficit habitacional en Brasil es consecuencia de la falta de planificación urbana y de políticas de vivienda inadecuadas. La vivienda digna promueve la salud y es parte de las directrices de la Organización Mundial de la Salud (OMS). Entonces, este estudio tiene como objetivo analizar los determinantes de la calidad de vida (CV) y el impacto en la vida de los beneficiados por un programa de vivienda social en la región metropolitana de Porto Alegre (RS). Se trata de una investigación mixta: un paso cuantitativo de diseño observacional, descriptivo y transversal y un paso cualitativo, realizado mediante el análisis de contenido de Bardin. La metodología utilizada incluye un cuestionario sociodemográfico y el WHOQOL-BREF para la recopilación cuantitativa de la CV y un cuestionario estructurado con preguntas subjetivas para la recopilación cualitativa. De las 122 familias abordadas en un proyecto de vivienda social, el 63,93 % (78) respondió a la encuesta cuantitativa. A la investigación cualitativa, asistieron ocho beneficiarias. El perfil sociodemográfico es 89,74 % mujeres, 51,28 % solteros, 46,15 % con educación primaria incompleta y 50 % como sostenes de familia. El ingreso familiar medio es de BRL 1501,12 para tres personas por departamento. La clasificación, general y relativa al WHOQOL-BREF, fue de CV regular, y la investigación cualitativa identificó que se reconoce la importancia de la nueva vivienda, pero se guardan el afecto y los buenos recuerdos de la casa anterior. La nueva vivienda tuvo un impacto positivo en la vida de los encuestados, pero se necesitan políticas intersectoriales para mejorar la CV del beneficiario. Los resultados demuestran la necesidad de políticas públicas que promuevan la salud complementaria, tal como se revisó en el marco teórico.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Qualidade de Vida , Populações Vulneráveis , Promoção da Saúde , Habitação , Psicologia , Habitação Popular , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Urbanização , Planejamento de Cidades , Habitação Social , Programas Sociais , Vulnerabilidade Social
9.
São Paulo; s.n; 2022. 173 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1396889

RESUMO

A saúde nas cidades é uma crescente preocupação e sofre diversas ameaças oriundas de deficiências no planejamento urbano, proporcionando, em especial, o aumento da poluição e da vulnerabilidade ocasionada pela desigualdade socioespacial. Viver em centros urbanos tem sido um fator de risco para o desenvolvimento de doenças. Em contrapartida, é notório que melhorias na usabilidade do espaço urbano adicionam bemestar à vida das pessoas, e intervenções nessa área devem ser pensadas como ferramentas para melhoria da saúde pública. Neste sentido, esse estudo propõe como objetivo central avaliar o atendimento pelo município de São Paulo ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 11 da Agenda 2030 (ODS 11), cujo propósito é tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Esta avaliação foi feita através da análise do alcance dos objetivos estabelecidos no Plano Diretor Estratégico (PDE), Lei Municipal nº 16.050/2014, principal norma regulatória de planejamento urbano vigente no município de São Paulo, que está em vias de sofrer revisão legislativa. Em relação aos objetivos específicos, este estudo analisou a convergência entre o que dispõe as metas do ODS 11 e os objetivos do PDE, bem como as ações realizadas pelo Poder Público local, no período de 2014 até 2019, correlatas às metas e objetivos propostos. Para essa avaliação, ao todo, foram analisados dados de 73 indicadores municipais. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa que se apoiou na revisão bibliográfica de temas inerentes ao planejamento urbano sustentável, e no método de abordagem indutiva e dedutiva, para análise e caracterização dos dados apurados no estudo proposto. Como resultado, constatou-se evidente a convergência entre as metas do ODS 11 e os objetivos do PDE, porém, em relação ao cumprimento dos objetivos e metas, o único resultado exitoso encontrado foi em mobilidade urbana, tão somente na melhoria da frota municipal de ônibus com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, saltando de 78,7%, em 2014, para 99,4% de acessibilidade da frota, em 2019. Todos os demais indicadores analisados apontam enorme distanciamento entre o que se é proposto, nas normas, e o que é de fato realizado pela governança municipal competente. Orçamentos essenciais reduzidos ou esvaziados; ausência de gestão integrada, descentralizada e participativa; políticas, ações, sistemas de monitoramento e disponibilização de dados interrompidos, também foram evidenciados, demonstrando que, além do atraso no cumprimento das metas e objetivos propostos, o município falha em garantir o acesso à informação. Acredita-se que, com diagnóstico apurado, e com as recomendações oferecidas neste estudo, seja possível contribuir com a revisão do PDE, bem como de políticas públicas de planejamento urbano, permitindo reflexões sobre as possibilidades e caminhos para as práticas de governança local que contemplem a efetiva incorporação de valores sustentáveis, alinhados em nível global, para o alcance da prosperidade e o bem-estar de todos até 2030.


Health in cities is a growing concern and suffers from several threats arising from deficiencies in urban planning, providing, in particular, the increase in pollution and vulnerability caused by socio-spatial inequality. Living in urban centers has been a risk factor for the development of diseases. On the other hand, it is clear that improvements in the usability of urban space add well-being to people's lives, and interventions in this area should be thought of as tools for improving public health. In this sense, this study proposes as a central objective to evaluate the compliance by the municipality of São Paulo with the Sustainable Development Goal nº 11 of Agenda 2030 (SDG 11), whose purpose is to make cities inclusive, safe, resilient and sustainable. This evaluation was carried out by analyzing the scope of the objectives established in the Strategic Master Plan (SMP), Municipal Law nº 16.050/2014, the main regulatory norm for urban planning in force in the city of São Paulo, which is in the process of undergoing legislative review. Regarding the specific objectives, this study analyzed the convergence between the SDG 11 goals and the objectives of the SMP, as well as the actions carried out by the local Government, from 2014 to 2019, related to the proposed goals and objectives. For this assessment, in total, data from 73 municipal indicators were analyzed. This is a qualitative-quantitative research that was supported by the bibliographic review of themes inherent to sustainable urban planning, and by the inductive and deductive approach method, for analysis and characterization of the data obtained in the proposed study. As a result, the convergence between the goals of SDG 11 and the goals of the SMP was evident, however, in relation to the fulfillment of goals and targets, the only successful result found was in urban mobility, specifically related to the improvement of the municipal vehicles fleet with accessibility for people with reduced mobility, jumping from 78.7% in 2014 to 99.4% of fleet accessibility in 2019. All the other indicators analyzed point to a huge gap between what is proposed in the regulations and what is actually carried out by the competent municipal governance. Reduced or depleted essential budgets; lack of integrated, decentralized and participatory management; policies, actions, monitoring systems and availability of interrupted data were also evidenced, demonstrating that, in addition to the delay in meeting the proposed goals and objectives, the municipality fails to guarantee access to information. It is believed that, with an accurate diagnosis, and with the recommendations offered in this study, it is possible to contribute to the review of the SMP, as well as public policies for urban planning, allowing reflections on the possibilities and paths for local governance practices that contemplate the effective incorporation of sustainable values, aligned at a global level, to achieve prosperity and well-being for all by 2030.


Assuntos
Planejamento de Cidades , Cidade Saudável , Desenvolvimento Sustentável , Cultura , Mobilidade Urbana , Habitação
17.
Psicol. ciênc. prof ; 39: e187957, jan.-mar.2019.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1098510

RESUMO

Penso a relação entre diferentes psicologias sociais e as cidades. Para tanto, caracterizo tais psicologias como manifestantes que foram às ruas em 2013 nas chamadas "jornadas de junho". Faço, a partir desse experimento ficcional, uma reflexão acerca do compromisso ético e dos desafios práticos e epistêmicos que as psicologias sociais enfrentam em diferentes campos empíricos, tais como: a luta por direitos humanos; as políticas públicas; a prática científica e acadêmica; e os movimentos sociais. Neste processo, destaca-se a cidade em sua radical heterogênese como potência de desacomodação das formações estereotipadas que assombram as práticas e as pesquisas em Psicologia Social. Por fim, este texto relaciona estas reflexões com a temática do Encontro Regional Sul da ABRAPSO de 2014, em Londrina, que foi "O clamor das ruas", problematizando a dialética rua x interioridade que é constituinte da subjetividade contemporânea, com vistas à problematização de uma dimensão comum que tem na cidade seu modo de expressão por excelência.(AU)


I think on the relation between different social psychologies and the cities. In order to do that, I figure those social psychologies as demonstrators who took the streets in the so -called June Journeys in 2013. From this fictional experiment I make a reflection about the ethical engagement and the practical and epistemic challenges faced by social psychologies in different empirical fields: human rights struggle; public policies; scientific and academy practices; and social movements. By doing so, the city in its radical hetero engenderment is highlighted as a potential inconvenience to the stereotyped formations that haunts Social Psychology in praxis and research. By the end, this text relates those reflections with the theme from de Regional South Encounter of ABRAPSO in 2014, at Londrina, "The claim from the streets", questioning the dialectics street x interior which is constitutive of the contemporary subjectivity, in order to analyse a common dimension which has in the city its expression par excellence.(AU)


Pienso acerca de la relación de las distintas psicologías sociales y las ciudades. En este objetivo caracterizo estas distintas psicologías sociales como manifestantes que salieron a las calles en las llamadas "días de junio" en 2013. Pienso en la relación entre diferentes psicologías sociales y ciudades. Con este fin, caracterizo tales psicologías como manifestantes que salieron a las calles en 2013 en los llamados "viajes de junio". A partir de este experimento ficticio, reflexiono sobre el compromiso ético y los desafíos prácticos y epistémicos que enfrentan las psicologías sociales en diferentes campos empíricos, tales como: la lucha por los derechos humanos; políticas públicas; práctica científica y académica; y movimientos sociales. En este proceso, la ciudad se destaca en su heterogénesis radical como un poder desencadenante de formaciones estereotipadas que persiguen las prácticas e investigaciones de la Psicología Social. Finalmente, este texto relaciona estas reflexiones con el tema de la Reunión Regional del Sur ABRAPSO 2014 en Londrina, que fue "El clamor de las calles", problematizando la dialéctica calle x interioridad que es un componente de la subjetividad contemporánea, con miras a problematizar una dimensión común que tiene en la ciudad su modo de expresión por excelencia.(AU)


Assuntos
Humanos , Psicologia Social , Cidades , Política , Pobreza , Preconceito , Prisões , Psicologia , Política Pública , Qualidade de Vida , Racionalização , Segurança , Ciência , Ajustamento Social , Comportamento Social , Mudança Social , Controle Social Formal , Meio Social , Isolamento Social , Justiça Social , Percepção Social , Planejamento Social , Ciências Sociais , Previdência Social , Apoio Social , Valores Sociais , Seguridade Social , Socialização , Fatores Socioeconômicos , Sociologia , Estereotipagem , Desemprego , Urbanização , Violência , Comportamento , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Saneamento Urbano , Sistema Único de Saúde , Brasil , Humanos , Atividades Cotidianas , Poder Psicológico , Adaptação Psicológica , Acidentes de Trânsito , Família , Desenvolvimento Econômico , Áreas de Pobreza , Indústria da Construção , Limpeza Urbana , Zona Rural , Saúde Ambiental , Higiene , Saúde Mental , Estatísticas Vitais , Responsabilidade Legal , Previsões Demográficas , Densidade Demográfica , Planejamento de Cidades , Direitos Civis , Comunicação , Mundo Romano , Colonialismo , Área Urbana , Congressos como Assunto , Participação da Comunidade , Natureza , Vida , Espaços Confinados , Indicadores Demográficos , Cidade Saudável , Criatividade , Crime , Organização Comunitária , Vulnerabilidade a Desastres , Cultura , Vigilância em Desastres , Capitalismo , Direito Sanitário , Estado , Federalismo , Poder Público , Tomada de Decisões , Economia , Educação , Emigração e Imigração , Emoções , Meio Ambiente , Projetos , Infraestrutura , Recursos Humanos , Distribuição por Idade e Sexo , Mercado de Trabalho , Estudos Populacionais em Saúde Pública , Ética , Capacitação Profissional , Equidade , Indicadores de Desenvolvimento Sustentável , Desenvolvimento Industrial , Gestão e Planejamento de Terrenos , Política Ambiental , Participação Social , Homofobia , Discriminação Social , Migração Humana , Fatores de Proteção , Xenofobia , Normas Sociais , Fatores Sociológicos , Ajustamento Emocional , Equilíbrio Trabalho-Vida , Tutoria , Sobrevivência , Ativismo Político , Fracasso Acadêmico , Direitos Culturais , Acesso a Medicamentos Essenciais e Tecnologias em Saúde , Opressão Social , Liberdade , Corrupção , Ciência do Cidadão , Cognição Social , Abastecimento de Alimentos , Mobilidade Urbana , Ambiente Domiciliar , Características da Vizinhança , Coesão Social , Cidadania , Diversidade, Equidade, Inclusão , Governo , Processos Grupais , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Habitação , Direitos Humanos , Individualidade , Indústrias , Jurisprudência , Acontecimentos que Mudam a Vida , Oriente Médio , Ciência Militar , Princípios Morais , Movimento
18.
Rev. bras. estud. popul ; 36: e0089, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1137767

RESUMO

Este artigo visa investigar a estrutura invisível de segregação da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), a partir das inter-relações entre processos de produção do espaço urbano, princípios de planejamento e dinâmicas populacionais. Essas inter-relações são fundamentais para compreender a estruturação de desigualdades socioeconômicas nas áreas metropolitanas. Realizou-se uma análise do processo de formação da estrutura de segregação na região, abordando os diversos planos urbanísticos desenvolvidos para Goiânia. Apresenta-se, ainda, uma breve análise de indicadores populacionais com base em dados dos Censos Demográficos de 1950 a 2010 e de indicadores locais de associação espacial em 2010, para caracterizar as diferentes dinâmicas da região. Foi desenvolvida uma análise crítica destes aspectos, a fim de identificar e exibir as principais características da formação desta região em um diagrama síntese. Procuramos discutir como esta estrutura espacial resultante contribui para a reprodução de relações sociais segregadas. Os principais resultados indicam que a RMG não possui uma simples centralidade ou uma pluricentralidade. Há uma série de anéis concêntricos com diferentes tipos de centralidade funcionando em um sistema integrado - mas não inclusivo - de segregação. Identificamos também tópicos de pesquisas para investigar dinâmicas sociais, demográficas e econômicas que permitem aumentar o entendimento da formação espacial e de planejamento urbano dessa região.


This article aims to research the invisible structure of segregation of the Metropolitan Region of Goiânia (RMG), through the interrelations among processes of urban space production, urban planning principles, and population dynamics. These interrelations are fundamental to understanding the structure of socioeconomic inequalities in metropolitan areas. We analyzed the process of formation of segregation structure in the region, addressing the various urban plans developed for Goiânia. We provide a brief analysis of population indicators based on Demographic Census data from 1950 to 2010 and local indicators of spatial association in 2010 to characterize different dynamics in the region. We developed a critical analysis of these aspects, in order to identify and illustrate the main characteristics of the formation of this region in a summary diagram. We discussed how this overall spatial structure contributes to the reproduction of segregated social relations. Main results indicate that RMG does not have a simple centrality or a multi-centrality. There are a series of concentric rings with different types of centralities, which function in an integrated - but not inclusive - segregation system. We also identify research topics of social, demographic, and economic dynamics that would improve our understanding of spatial formation and urban planning in this region.


Este artículo busca investigar la estructura invisible de segregación de la Región Metropolitana de Goiânia (RMG) a partir de las interrelaciones entre procesos de producción del espacio urbano, principios de planificación y dinámicas poblacionales. Estas interrelaciones son fundamentales para comprender la estructuración de desigualdades socioeconómicas en las áreas metropolitanas. Analizamos el proceso de formación de la estructura de segregación en la región, abordando los diversos planos urbanísticos desarrollados para Goiânia. Disponibilizamos un breve análisis de indicadores poblacionales basados en datos de los censos demográficos desde 1950 hasta 2010 y de indicadores locales de asociación espacial en 2010 para caracterizar las diferentes dinámicas de la región. Desarrollamos un análisis crítico de estos aspectos con el fin de identificar y mostrar las principales características de la formación de esta región en un diagrama de síntesis. Buscamos discutir cómo esta estructura espacial resultante contribuye a la reproducción de relaciones sociales segregadas. Los principales resultados indican que la RMG no tiene una simple centralidad o una multicentralidad, sino que hay en ella una serie de anillos concéntricos con diferentes tipos de centralidad que funcionan en un sistema integrado, pero no inclusivo, de segregación. Identificamos también temas de investigación para analizar dinámicas sociales, demográficas y económicas que permiten aumentar el entendimiento de la formación espacial y de planificación urbana de esa región.


Assuntos
Humanos , Planejamento de Cidades , Área Urbana , Segregação Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Demografia , Censos , Indicadores e Reagentes , Relações Interpessoais
19.
Rev. adm. pública (Online) ; 52(6): 1015-1031, nov.-dez. 2018.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-977151

RESUMO

Abstract The argument of this essay is that Lefebvre's writings contain relevant contributions to understand the contemporary phenomenon of neoliberal urbanism and, at the same time, his politics of the possible can contribute to explain the restless urban struggles and spatial practices of social movements. We value the author's contribution from a comprehensive perspective, avoiding the usual fragmented way it has been used in the fields of public administration, organization and urban studies. Our reading follows Gadamer's notion of "the horizon of the question", which indicates that "we can understand a text only when we have understood the question to which it is an answer". Accordingly, the question posed asks for the contribution of Lefebvre's oeuvre to understand contemporary urban processes and to make visible possible futures objectively implied in processes of social struggles.


Resumen El argumento de este ensayo es que los escritos de Lefebvre contienen contribuciones relevantes para entender el fenómeno contemporáneo del urbanismo neoliberal y, al mismo tiempo, su política de lo posible puede contribuir para explicar las incansables luchas urbanas y las prácticas espaciales de movimientos sociales. Valorizamos la contribución del autor desde una perspectiva comprensiva, que evite el modo fragmentado como es usualmente utilizada en los campos de la administración pública y de los estudios organizacionales y urbanos. Nuestra lectura sigue la noción de Gadamer acerca del "horizonte de la pregunta", la cual indica que "se puede entender un texto solamente cuando entendemos la pregunta para la cual él es una respuesta". En este sentido, la cuestión que hacemos pregunta sobre la contribución de la obra de Lefebvre para entender procesos urbanos contemporáneos y para visibilizar futuros posibles objetivamente implicados en los procesos de luchas sociales.


Resumo O argumento deste ensaio é que os escritos de Lefebvre contêm contribuições relevantes para entender o fenômeno contemporâneo do urbanismo neoliberal e, ao mesmo tempo, que sua política do possível pode contribuir para explicar as incessantes lutas sociais e práticas espaciais de movimentos sociais. Valorizamos a contribuição do autor a partir de uma perspectiva compreensiva, que evita o modo fragmentado como tem sido utilizada nos campos da administração pública, dos estudos organizacionais e urbanos. Nossa leitura segue a noção de Gadamer sobre o "horizonte da pergunta", a qual indica que "podemos entender um texto somente quando entendemos a pergunta para a qual ele é uma resposta". Nesse sentido, a questão que fazemos pergunta sobre a contribuição da obra de Lefebvre para entender processos urbanos contemporâneos e para visibilizar futuros possíveis objetivamente implicados nos processos de lutas sociais.


Assuntos
Sociedades , Fatores Socioeconômicos , Reforma Urbana , Cidades , Planejamento de Cidades
20.
Estud. interdiscip. envelhec ; 23(3): 47-75, dez. 2018. ilus
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1010245

RESUMO

A população idosa cresce e as áreas urbanas se expandem mundialmente. Esta realidade interfere na qualidade de vida dos idosos, o que pode afetar sua saúde. Por esta razão, a questão vem sendo discutida pela Organização Mundial da Saúde, que criou o "Guia Global da Cidade Amiga do Idoso", no intuito de identificar pontos fracos e fortes de cidades e localidades quanto à sua amigabil idade ao envelhecimento. Assim, este estudo conduz uma pesquisa qualitativa, utilizando-se da técnica de grupo focal e das diretrizes do guia, para diagnosticar uma região da cidade de Belo Horizonte quanto a seus aspectos amigáveis aos idosos lá residentes. Contou com a participação de mais de 30 pessoas, idosas e não idosas, e concluiu que a região tem potencial para ser considerada amiga do idoso. (AU)


The elderly population grows, and the urban areas expand worldwide. This reality interferes with elderly's life quality, which may affect their health. For this reason, this issue has been discussed by the World Health Organization, which created the document "Global Age-Friendly Cities: a Guide", in order to identify strengths and weaknesses of cities and localities regarding their age-friendliness. Thus, this study conducts a qualitative research, uses the focus group technique and the Guide's guidelines to diagnose a region of Belo Horizonte city concerning its age-friendly aspects. Over 30 individuals, older and younger, participated in the research. The conclusion is that the region has potential to be considered age-friendly. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Saúde do Idoso , Cidades , Planejamento de Cidades/métodos , Envelhecimento Saudável , Organização Mundial da Saúde , Brasil
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA