Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 17 de 17
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
RECIIS (Online) ; 18(1)jan.-mar. 2024.
Artigo em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1553227

RESUMO

Com base em uma experiência de atendimento psicológico on-line a mulheres negras quilombolas, no contexto da pandemia, pretendemos: 1) refletir sobre casa e rua na realidade da população negra, guiados pelas noções de "forma social escravista" e de "reterritorialização", ambas de Muniz Sodré, destacando, do interior dessas reflexões e a partir das elaborações teóricas de Carl Gustav Jung (no campo da psicologia analítica), e de Achille Mbembe e Muniz Sodré (no campo das relações étnico-raciais), dois conceitos em construção para a compreensão do sofrimento sociorracial: trauma racial e sombra branca; 2) refletir sobre o lugar da "partilha do comum" no cuidado à saúde mental da população negra de zonas rurais e urbanas. Do ponto de vista teórico-metodológico, trabalhamos ao modo de uma comunicação rapsódica, no sentido grego da palavra (raptein = coser): costurando história de caso e proposições conceituais.


Based on an online psychological care experience for black quilombola women in the context of the pandemic, we intend to: 1) reflect upon home and street in the reality of the black population, guided by the notions of "slavery social form" and "re-territorialization", both by Muniz Sodré, highlighting, from within these reflections and from the theoretical elaborations of Carl Gustav Jung (in the field of analytical psychology), and of Achille Mbembe and Muniz Sodré (in the field of ethnic-racial relations), two concepts under construction to understand socio-racial suffering: racial trauma and white shadow; 2) reflect on the place of "sharing of common things" in mental health care for the black population in rural and urban areas. From a theoretical-methodological point of view, we worked in the form of a rhapsodic communication, in the Greek sense of the word (raptein = to sew): weaving together case histories and conceptual propositions.


Con base en una experiencia de atención psicológica en línea con mujeres negras quilombolas en la pandemia, pretendemos: 1) reflexionar sobre hogar y calle en la realidad de la población negra, guiándonos por nociones de "forma social esclavista" y "reterritorialización", de Muniz Sodré, destacando, en de esas reflexiones y a partir de las elaboraciones teóricas de Carl Gustav Jung (en el campo de la psicología analítica), y de Achille Mbembe y Muniz Sodré (en el campo de las relaciones étnico-raciales), conceptos en construcción para comprender el sufrimiento socio-racial: trauma racial y sombra blanca; 2) reflexionar sobre el lugar de "vida compartida" en el cuidado de la salud mental de la población negra de zonas rurales y urbanas. Desde el punto de vista teórico-metodológico, trabajamos sobre la base de una comunicación rapsódica, en el sentido griego de la palabra (raptein = coser): tejiendo el relato del caso y proposiciones conceptuales.


Assuntos
Humanos , Feminino , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Racismo , Saúde Mental em Grupos Étnicos , COVID-19 , Isolamento Social , Mulheres , Opressão Social , Racismo Sistêmico
2.
REVISA (Online) ; 13(1): 1-5, 2024.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1531552

RESUMO

O editorial aborda o conceito de racismo ambiental e sua impactante relação com comunidades vulneráveis, especialmente aquelas predominantemente negras. Destaca-se a concentração da população negra em áreas de riscos ambientais, em bairros habitados por minorias, ressaltando a necessidade de enfrentar desigualdades socioambientais. Além disso, enfatiza o papel dos enfermeiros como líderes na promoção da saúde planetária, apontando-a como estratégia para combater as consequências das mudanças climáticas. Mediado pela promoção da saúde através do letramento em saúde e do letramento ambiental, por intermédio da criação de espaços seguros, pelo fortalecimento de narrativas políticas e o desenvolvimento de políticas públicas, propostos como caminhos para a mitigação desses problemas. O editorial conclui destacando que o racismo ambiental não se limita a intenções racistas, mas também inclui ações com impactos raciais, reforçando a importância de reconhecê-lo como um problema de saúde pública.


Assuntos
Racismo Sistêmico , Saúde Ambiental , Saúde Pública , Enfermagem , Meio Ambiente , Racismo
3.
Textos contextos (Porto Alegre) ; 22(1): 42348, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1438501

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo geral demonstrar a importância da dimensão étnico-racial na área da habitação, enfatizando os fenômenos socioespaciais atuais, com foco na seletividade socioterritorial. Para tal, utiliza-se de ampla revisão de literatura fundamentada no materialismo histórico e dialético em Marx, bem como nas análises sobre território e espaço de Milton Santos. Assim, evidenciando as motivações deste recorte fazer-se fundamental na área a partir de um resgate histórico sobre a formação socioespacial do espaço urbano no Brasil, tornando notória a consequente seletividade socioterritorial existente nos dias atuais. A partir da contextualização histórica, as ocupações irregulares são tidas como um reflexo desta questão e as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) tornam-se um importante suporte na garantia de moradia adequada à população de baixa renda; porém, ainda um tanto ineficazes sem um olhar atento para quem são os usuários das políticas e serviços ali presentes. Ademais, se fomenta o debate sobre a dimensão étnico racial precisar estar presente desde a formação acadêmica, visto que atualmente o conteúdo referente à temática é escasso ou quase nulo


This article aims to demonstrate the importance of the ethnic-racial dimension in housing, emphasizing current socio-spatial phenomena, with a focus on socio-territorial selectivity. In order to do so, it makes use of an extensive literature review based on Marx's historical and dialectical materialism, as well as Milton Santos' analysis of territory and space. Thus, evidencing the motivations of this cut, making itself fundamental in the area from a historical review of the socio-spatial formation of urban space in Brazil, making evident the consequent socio-territorial selectivity existing today. From the historical context, irregular occupations are seen as a reflection of this issue and the Special Zones of Social Interest (ZEIS) become an important support in guaranteeing adequate housing for the low-income population; however, they are still somewhat ineffective without a careful look at who the users of the policies and services present there are. Furthermore, the debate on the racial ethnic dimension is fostered, it needs to be present since academic training, as currently the content related to the subject is scarce or almost nil


Assuntos
Humanos , Política Pública/tendências , Área Urbana , Racismo Sistêmico/tendências , Segregação Residencial/tendências , Fatores Socioeconômicos , Brasil , População Negra , Fatores Raciais/tendências , Ambiente Domiciliar
4.
Rio de Janeiro; s.n; 2023. 80 f p. tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1515887

RESUMO

Este trabalho visou atender às exigências do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em regime de associação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz e Universidade Federal Fluminense, a ser utilizado na dissertação de mestrado. Área de Concentração: Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva. A proposta do estudo se constituiu em realizar uma revisão integrativa sobre a acessibilidade de mulheres negras nos serviços de saúde e o impacto do racismo institucional nesta situação. E em seguida, a partir desta leitura, visamos trazer uma reflexão acerca dos alcances da Bioética da Proteção como um instrumento que nos permita compreender e propor soluções acerca destes processos. A pergunta de pesquisa se constituiu em indagar os aspectos sobre a acessibilidade de mulheres negras nos serviços de saúde encontrados em revisão integrativa. Quanto à metodologia, trata-se de uma revisão integrativa de literatura que seguiu seis etapas: seleção do tema e elaboração da pergunta norteadora; busca na literatura; coleta de dados; análise dos estudos incluídos; discussão do resultado e apresentação da revisão integrativa, os resultados relacionados à pesquisa, foram reunidos de maneira sistemática e ordenada. A pesquisa tem um recorte de 10 anos, idioma em português, texto completo. Resultados: destaca-se que a mulher negra tem menor acesso aos serviços de saúde, ou com baixa qualidade, sendo elas suscetíveis a maior vulnerabilidade e mais propensa a adoecer ou morrer, em decorrência do racismo institucional, sendo consequência do processo estrutural que ainda hoje produz desigualdades, fundamentado na cultura escravocrata. (AU)


This work aimed to meet the requirements of the Graduate Program in Bioethics, Applied Ethics and Collective Health, of the State University of Rio de Janeiro, in association with the Federal University of Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz Foundation and Fluminense, Federal University, to be used in the master's thesis. Area of Concentration: Bioethics, Applied Ethics and Collective Health. The purpose of the study was to carry out an integrative review on the accessibility of black women to perinatal health services and the impact of institutional racism in this situation. And then, from this reading, we aim to bring a reflection about the scope of Bioethics of Protection as an instrument that allows us to understand and propose solutions about these processes. The research question consisted of asking aspects about the accessibility of black women to health services found in an integrative review. As for the methodology, it is an integrative literature review that followed six steps: selection of the theme and elaboration of the guiding question; literature search; data collect; analysis of included studies; discussion of the result and presentation of the integrative review, the results related to the research, were gathered in a systematic and orderly manner. The research has a period of 10 years, language in Portuguese, full text. Results: it is highlighted that black women have less access to health services, or with low quality, being susceptible to greater vulnerability and more likely to become ill or die, as a result of institutional racism, being a consequence of the structural process that still exists today. Produces inequalities, based on the slave culture. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Bioética , Saúde da Mulher , Gestantes , Racismo Sistêmico , Vulnerabilidade Social , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Sistema Único de Saúde , Brasil
5.
Saúde Soc ; 32(2): e220400pt, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1450437

RESUMO

Resumo No Brasil, os racismos são estruturais e estruturantes, pois estão enraizados nos arcabouços das sociedades, nas relações interpessoais e nas instituições, atravessando as ocupações significativas dos sujeitos e coletivos. Isto explica as disparidades em diversos setores da sociedade brasileira, notadamente na empregabilidade das pessoas negras, bem como nos seus modos de adoecer e morrer. Entendendo o papel que os racismos desempenham nas ocupações das pessoas negras, este estudo propõe sistematizar observações que nos permitam compreender o fenômeno da produção de injustiças, com base em relações racializadas e, eventualmente, sugerir formas de enfrentamento dessa realidade. Desta forma, discutimos como os racismos foram instaurados no Brasil, reunindo elementos para a compreensão da ocupação humana e seus condicionantes. Em seguida, refletimos sobre os conceitos de justiça e injustiça ocupacional, que evidenciam os processos ocupacionais vivenciados pelas pessoas negras. Considerando que na terapia ocupacional e na ciência ocupacional brasileira ainda são incipientes os estudos que relacionam racismos e ocupação, apontamos algumas estratégias para reorientar as práticas profissionais de terapeutas ocupacionais, de modo a torná-las proativas e transformadoras.


Abstract In Brazil, the many forms of racisms are structural and structuring, since they are rooted deep within society, in interpersonal relationships, and in institutions, traversing significant occupations of subjects and collectives. This explains the disparities in various sectors of Brazilian society, notably in the employability of Black people, as well as in their forms of getting sick and dying. In understanding the role that racisms play in the occupations of Black people, this study proposes to systematize observations that allow us to understand the phenomenon of the production of injustices based on racialized relations and, eventually, suggest ways to confront this reality. Thus, we discuss how racisms were established in Brazil, gathering elements for the understanding of human occupation and its conditioning factors. We then reflect on the concepts of occupational justice and injustice, which bring light to the occupational processes experienced by Black people. Considering that, in occupational therapy and in Brazilian occupational science, studies relating racisms and occupation are still incipient, we point out some strategies to reorient occupational therapists, practices to make them proactive and transformative.


Assuntos
População Negra , Racismo/história , Racismo Sistêmico , Brasil
7.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e257126, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1529221

RESUMO

O texto é um relato de experiência da participação no Grupo de Estudos psicoQuilombologia ocorrida nos meses de setembro de 2020 a março de 2021, período atravessado pela segunda onda da pandemia de COVID-19 no Brasil. O objetivo do relato é apresentar o conceito-movimento de psicoQuilombologia como uma proposta epistemológica quilombola de agenciamento de cuidado e saúde, com base em uma escuta que se faça descolonial e inspirada no fecundo e ancestral acervo de cuidado dos povos africanos, quilombolas e pretos, preservado e atualizado em nossos quilombos contemporâneos. A metodologia utilizada é a escrevivência, método desenvolvido por Conceição Evaristo que propõe uma escrita em que as vivência e memórias estão totalmente entrelaçadas, imersas e imbricadas com a pesquisa. O resultado das escrevivências dessa pesquisa descortinam que os povos pretos desenvolveram práticas de cuidado e acolhimento às vulnerabilidades do outro, enraizadas no fortalecimento de laços e conexões coletivas de afetos e cuidado mútuos. Práticas de cuidado que articulam memória, ancestralidade, tradição, comunidade, transformação, luta, resistência e emancipação, engendrando modos coletivos de ser e viver. Nas quais cuidar do outro implica tratar suas relações e situar o cuidado como extensão de uma cura que se agencia no coletivo. O trabalho conclui apontando que o cenário pandêmico vigente acentua a pungência de se desenvolver estratégias de cuidado baseadas em epistemologias pretas e quilombolas, valorizando os sentidos de ancestralidade, comunidade, pertencimento e emancipação.(AU)


The text is an experience report of the participation in the psicoQuilombology Study Group that carried out from September 2020 to March 2021, during the second wave of the COVID-19 pandemic in Brazil. The purpose of the report is to introduce the concept-movement of psicoQuilombology as a quilombola epistemological proposal for the development of care and health, based on a decolonial listening and inspired by the rich care collection of African peoples, quilombolas and Blacks, preserved and updated in our contemporary quilombos. The methodology used is writexperience [escrevivências], a method developed by Conceição Evaristo who proposes a writing in that the experiences and memories are totally involved with the research. The result of the writability of this research show that Black people have developed practices of care and acceptance of the other's vulnerabilities, based on the strengthening of ties and collective connections of mutual affection and care. Care practices that mix memory, ancestry, tradition, community, transformation, struggle, resistance and emancipation, outlining collective ways of being and living. The core idea is that taking care of the other means treating your relationships and maintaining care as an extension of a cure that takes place in the collective. The paper concludes by pointing out that the current pandemic scenario demonstrates the urgent need to develop care strategies based on black and quilombola epistemologies, valuing the senses of ancestry, community, belonging and emancipation.(AU)


Este es un reporte de experiencia de la participación en el Grupo de Estudio psicoQuilombología que ocurrió en los meses de septiembre de 2020 a marzo de 2021, periodo en que Brasil afrontaba la segunda ola de la pandemia de la COVID-19. Su propósito es presentar el concepto-movimiento de psicoQuilombología como una propuesta epistemológica quilombola para el desarrollo del cuidado y la salud, basada en una escucha decolonial e inspirada en el rico acervo asistencial de los pueblos africanos, quilombolas y negros, conservado y actualizado en nuestros quilombos contemporáneos. La metodología utilizada es la escrivivencia, un método desarrollado por Conceição Evaristo quien propone una escrita en que las vivencias y los recuerdos están totalmente involucrados con la investigación. El resultado de la escrivivencia muestra que las personas negras han desarrollado prácticas de cuidado y aceptación de las vulnerabilidades del otro, basadas en el fortalecimiento de lazos y conexiones colectivas de afecto y cuidado mutuos. Prácticas de cuidado que mezclan memoria, ascendencia, tradición, comunidad, transformación, lucha, resistencia y emancipación, perfilando formas colectivas de ser y vivir. El cuidar al otro significa tratar sus relaciones y mantener el cuidado como una extensión de una cura que tiene lugar en lo colectivo. El trabajo concluye que el actual escenario pandémico demuestra la urgente necesidad de desarrollar estrategias de atención basadas en epistemologías negras y quilombolas, y que valoren los sentidos de ascendencia, comunidad, pertenencia y emancipación.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Negro ou Afro-Americano , Estratégias de Saúde , Aprendizagem Baseada em Problemas , Conhecimento , Empatia , Pandemias , COVID-19 , Quilombolas , Pobreza , Preconceito , Psicologia , Política Pública , Qualidade de Vida , Religião , Recursos Audiovisuais , Comportamento Social , Condições Sociais , Desejabilidade Social , Predomínio Social , Identificação Social , Fatores Socioeconômicos , Estereotipagem , Violência , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Inclusão Escolar , Atitude , Etnicidade , Família , Saúde Mental , Colonialismo , Congressos como Assunto , Saneamento Básico , Participação da Comunidade , Vida , Comportamento Cooperativo , Internet , Cultura , Terapias Espirituais , Autonomia Pessoal , Espiritualidade , Populações Vulneráveis , População Negra , Agricultura , Educação , Ego , Acolhimento , Existencialismo , Racismo , Marginalização Social , Migração Humana , Violência Étnica , Escravização , Status Moral , Fragilidade , Sobrevivência , Ativismo Político , Construção Social da Identidade Étnica , Nação-Estado , Liberdade , Índice de Vulnerabilidade Social , Solidariedade , Empoderamento , Evolução Social , Fatores Sociodemográficos , Racismo Sistêmico , Minorias Étnicas e Raciais , Terapia de Reestruturação Cognitiva , Vulnerabilidade Social , Cidadania , Diversidade, Equidade, Inclusão , Condições de Trabalho , População Africana , Profissionais de Medicina Tradicional , Hierarquia Social , História , Comportamento de Retorno ao Território Vital , Zeladoria , Habitação , Direitos Humanos , Individualidade , Acontecimentos que Mudam a Vida , Comportamento de Massa
8.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e248295, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1431129

RESUMO

Este ensaio propõe que a Covid-19 pode operar como um analisador, dentro da perspectiva da análise institucional, iluminando um determinado modo de organização social que promove profundas desigualdades e ameaça a vida em diversos níveis e revelando as condições sociais, institucionais e políticas de produção de sofrimento no corpo profissional de Enfermagem. A pandemia desvelou um conjunto de marcas relacionadas à profissão, agravadas pela crise sanitária, reforçando a naturalização das relações de cuidado atribuídas ao feminino, bem como um conjunto de clivagens e hierarquias internas à profissão a partir da sinergia de marcadores da diferença, como gênero, cor/raça, classe e geração. Além disso, este trabalho mostra a presença de uma necropolítica nas respostas à pandemia que banaliza a vida e permite morrer determinados grupos sociais. A ideia de "profissionais de linha de frente" é criticada em suas metáforas bélicas, mas tomada como figura de linguagem em sua potência para afirmar que existem corpos que, pelas marcas sociais e históricas e pela interdependência do cuidado, são mais presentes e exigidos e, portanto, mais vulneráveis à doença e ao sofrimento dela decorrente.(AU)


The essay proposes that Covid-19 can operate as an analyzer, within the perspective of institutional analysis, illuminating a certain mode of social organization that promotes profound inequalities and threatens life at various levels, revealing the social, institutional and political conditions for the production of suffering in the professional nursing body. The pandemic would unveil a set of marks related to the profession, aggravated by the sanitary crisis, reinforcing the naturalization of the care relations attributed to the feminine, as well as a set of cleavages and internal hierarchies to the profession from the synergy of markers of difference as gender, color/race, class and generation. The work shows the presence of necropolitics in responses to the pandemic, which trivializes life and allows certain social groups to die. The idea of "front-line professionals" is criticized in its war metaphors, but taken as a figure of speech in its potency to affirm that there are bodies that by social and historical marks, and by the interdependence of care, are more present and demanded, and therefore more vulnerable to disease and the resulting suffering.(AU)


El ensayo propone que el Covid-19 puede funcionar como analizador, desde la perspectiva del análisis institucional, revelando las condiciones sociales, institucionales y políticas de producción de sufrimiento de enfermeras. La pandemia revela algunas marcas relacionadas con la profesión, agravadas por la crisis de salud, reforzando la naturalización de la atribución del cuidado a lo femenino y un conjunto de jerarquías internas de la profesión. El trabajo también muestra la presencia de una necropolítica en las respuestas a la pandemia. La idea de "profesionales de primera línea" es criticada, pero tomada como una figura del lenguaje en su potencia para afirmar que hay cuerpos que, por las marcas sociales e históricas y por la interdependencia del cuidado, están más presentes y demandados, y por lo tanto más vulnerables a la enfermedad.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Enfermagem , Angústia Psicológica , Identidade de Gênero , Autoteste , COVID-19 , Oxigenoterapia , Dor , Equipe de Assistência ao Paciente , Alta do Paciente , Pacientes , Política , Atenção Primária à Saúde , Psicologia , Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde , Qualidade de Vida , Relações Raciais , Salários e Benefícios , Mudança Social , Isolamento Social , Ciências Sociais , Fatores Socioeconômicos , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos , Mulheres Trabalhadoras , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Características da População , Teoria de Enfermagem , Riscos Ocupacionais , Esgotamento Profissional , Viroses , Vacinas , Pesquisa em Enfermagem , Acidentes de Trabalho , Portador Sadio , Saúde Mental , Mortalidade , Modelos de Enfermagem , Saúde Ocupacional , Carga de Trabalho , Autonomia Profissional , Assistência de Longa Duração , Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde , Programas de Imunização , Transmissão de Doença Infecciosa , Continuidade da Assistência ao Paciente , Feminismo , Cuidados Críticos , Vulnerabilidade a Desastres , Risco à Saúde Humana , Acesso à Informação , Atenção à Saúde , Poluição do Ar , Economia e Organizações de Saúde , Emergências , Emprego , Meio Ambiente e Saúde Pública , Funções Essenciais da Saúde Pública , Disparidades nos Níveis de Saúde , Ética Profissional , Vigilância em Saúde do Trabalhador , Programa de Prevenção de Riscos no Ambiente de Trabalho , Efeitos da Contaminação do Ar , Enfermagem Baseada em Evidências , Medo , Remuneração , Intervenção Médica Precoce , Medicalização , Assistência Ambulatorial , Equipamento de Proteção Individual , Sistemas de Apoio Psicossocial , Estresse Ocupacional , Esgotamento Psicológico , Assistência ao Paciente , Sobrecarga do Cuidador , Modelos Biopsicossociais , Teste Sorológico para COVID-19 , Equidade de Gênero , Desenvolvimento de Vacinas , Recursos Comunitários , Enquadramento Interseccional , Racismo Sistêmico , Vulnerabilidade Social , Crise Humanitária , Condições de Trabalho , Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda , Prevenção de Acidentes , Ocupações em Saúde , Serviços de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Comportamento de Ajuda , Hierarquia Social , Hospitalização , Hospitais , Humanismo , Cuidados para Prolongar a Vida , Máscaras , Tono Muscular , Assistência Noturna , Cuidados de Enfermagem , Enfermagem Prática , Equipe de Enfermagem , Doenças Profissionais
9.
Psicol. soc. (Online) ; 35: e277147, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1521418

RESUMO

Resumo Este artigo é um desdobramento da tese de doutorado que trata das relações e processos de subjetivação entre equipes técnicas e famílias na rede de saúde mental. Neste contexto, o trabalho aborda forças conservadoras e possibilidades de resistência ao poder. O racismo está presente no cotidiano de pessoas que convivem com situações de sofrimento mental, mas poucas vezes esse marcador social é abordado nos serviços, caracterizando o silenciamento de experiências vividas. A metodologia utilizada foi a cartografia, incluindo pesquisa de campo, permitindo rastreamento de processos e considerando o posicionamento político de quem pesquisa, com orientação para práticas comprometidas com transformações sociais. A análise dos dados produzidos associa perspectiva interseccional sobre as demandas em saúde mental à esquizoanálise, buscando a construções de saída dos impasses entre familiares e equipes. Concluímos que sustentando indagações sobre modos de nos relacionar e revisitar nossa história, podemos construir práticas coletivas antirracistas na saúde mental.


Resumen Este artículo es fruto de una tesis doctoral que aborda las relaciones y los procesos de subjetivación entre los equipos técnicos y las familias en la red de salud mental. Aborda las fuerzas conservadoras y las posibilidades de resistencia al poder. El racismo está presente en el cotidiano de las personas que viven con sufrimiento mental, pero ese marcador social raramente es abordado en los servicios, caracterizando el silenciamiento de las experiencias vividas. La metodología utilizada fue la cartografía, incluyendo la investigación de campo, permitiendo rastrear procesos y teniendo en cuenta el posicionamiento político hacia prácticas comprometidas con la transformación social. El análisis de los datos asocia perspectiva interseccional de las demandas de salud mental con el esquizoanálisis, con búsquedas de salidas a los impasses entre familiares y equipos. Concluimos que apoyando preguntas sobre los modos de relacionarnos y revisitando nuestra historia, podemos construir prácticas colectivas antirracistas en salud mental.


Abstract This article is an offshoot of a doctoral thesis that deals with the relationships and processes of subjectivation between technical teams and families in the mental health network. In this context, it deals with conservative forces and possibilities of resistance to power. Racism is present in the daily lives of people who live with situations of mental suffering, but this social marker is rarely addressed in the services, characterizing the silencing of lived experiences. Cartography was the methodology used, including field research, which allows processes to be traced and takes into account the political positioning of the researcher towards practices committed to social transformation. The analysis of the data produced associates an intersectional perspective on mental health demands with schizoanalysis, seeking ways out of the impasse between family members and teams. We conclude that by supporting questions about ways of relating and revisiting our history, we can build anti-racist collective practices in mental health.


Assuntos
Família , Saúde Mental , Racismo , Racismo Sistêmico/prevenção & controle , Serviços de Saúde Mental
10.
Rev. psicol. (Fortaleza, Online) ; 13(2): 80-90, jul./dez. 2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1378968

RESUMO

Situando o campo onto-epistemológico do espaço universitário, este texto volta-se para a contestação da produção de conhecimento científico e, com isso, possibilitar marcar o não-marcado (privilégio do saber) e citar sobre o mal falado (racismo). Para isso, situa-se que a entrada na universidade de sujeitos historicamente construídos como objetos científicos acarreta tensões através da exposição de um curioso silenciamento acerca da produção da ficção de neutralidade de um certo tipo de sujeito-sistema (homem, branco, cis, hétero). Neste escrito, ocorre a marcação da localização da autoria (negra, homem, cis, gay) como uma estratégia de produção de autonomia, do negro falar sobre si, marcando a trajetória como parte do fazer ciência - não como novidade e, sim, como uma re-inauguração anti-racista. Com o objetivo de tentar responder "Quem pode falar?" (KILOMBA, 2019, p. 33), organiza-se a partir daqui uma "contação de histórias" biográfica e coletiva sobre os atravessamentos de uma formação racista para pessoas negras, a qual pretende se ater sobre as tensões, os racismos e as negociações das questões raciais na área da Psicologia.


Situating the onto-epistemological field of the university space, this text turns to the contestation of the production of scientific knowledge and, thus, making it possible to mark the unmarked (privilege of knowledge) and to quote about the amiss spoken (racism). It is situated, the entry into the university of an object historically constructed to produce through the exposition of a strange silencing about the fiction of a type of neutrality of a system (man, white cis, hetero) ). In this writing, the location of authorship (black, male, cis, gay) is marked as a strategy for the production of autonomy, for black people to talk about themselves, marking the trajectory as part of doing science - not as a novelty, but as an anti-racist re-inauguration. With the aim of trying to answer "Who can speak?" (KILOMBA, 2019, p. 33), it organizes itself into a biographical and collective "storytelling" about the crossings of a racist formation for black people, which intends to focus on tensions, racisms and the negotiations of issues races in the field of Psychology


Assuntos
Racismo Sistêmico , Psicologia Social , Racismo
11.
Psicol. ciênc. prof ; 42(spe): e264143, 2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1386988

RESUMO

Pode a clínica psicológica escutar as subjetividades periféricas? A partir dessa problematização, o presente estudo teórico se propõe a pensar a relação entre clínicas psicológicas e subjetividades periféricas, aquelas vidas que estão afastadas dos diversos centros: políticos, sociais, econômicos, étnico-raciais, de gênero e sexualidades etc. Marcadas por relações de exclusão, opressões e precarizações, as subjetividades periféricas são vistas como produtos de processos de colonização que se atualizam em estratégias mais sofisticadas, investindo além do corpo biológico e alcançando os processos de subjetivação em suas múltiplas faces. Ao mesmo tempo, também são vistas como sujeitas, cujos processos de dessubjetivação dessa produção de território existencial terrificante expressam linhas de resistência crítica e inventiva que contornam um espaço fora do centro não como lugar de sujeição, mas de politização do corpo e afirmação da vida. O estudo aponta para a irrupção da fixidez teórico-metodológica e aposta na invenção de uma clínica que pensa a partir de onde os pés pisam, e da experimentação dos contextos e das vidas que se propõe cuidar, produzindo uma dupla tarefa de descolonização: da psicologia clínica ainda carregada de discursos e práticas colonizantes e das subjetividades que são produtoras e produtos de processos de opressão e exclusão.(AU)


Can psychological clinic listen to peripheral subjectivities? From this problematic, this theoretical study reflects on the relationship between psychological clinics and peripheral subjectivities-lives that are removed from the various centers: political, social, economic, racial-ethnic, gender and sexualities, etc. Marked by exclusion, oppression, and precariousness, peripheral subjectivities are seen as products of colonization processes that are reiterated by more sophisticated strategies, going beyond the biological body and reaching the subjectivation processes in its multiple facets. Simultaneously, they are seen as subjects, whose desubjectivation processes of this terrifying existential territory production express critical and inventive resistances that outline a peri-space not as a place of subjection, but of politicization of the body and affirmation of life. The study argues in favor of dismantling theoretical-methodological fixity and inventing a clinic rooted on experimentation of the contexts and lives it proposes to care for, engendering a double decolonization: of clinical psychology still laden with colonizing discourses and practices and of subjectivities that produce and are products of oppression and exclusion.(AU)


¿Puede la clínica psicológica escuchar las subjetividades periféricas? Desde esta problematización, este estudio se propone pensar la relación entre clínicas psicológicas y subjetividades periféricas, aquellas vidas que están apartadas de todos los centros: políticos, sociales, económicos, étnico-raciales, de género y sexualidades, etc. Marcadas por relaciones de exclusión, opresiones, precarizaciones, estas subjetividades periféricas son producto de los procesos de colonización que se actualizan en estrategias más sofisticadas que, más allá del cuerpo biológico, invisten en los procesos de subjetivación y sus múltiplos rostros. Al mismo tiempo, son agentes cuyos procesos de subjetivación de esta producción de territorio existencial petrificante exprimen líneas de resistencia crítica e inventiva que contornan el margen del centro no como espacio de sujeción, sino como espacio de politización del cuerpo y afirmación de la vida. El estudio realizado apunta a la necesidad de ruptura con los aportes teórico-metodológicos rígidos y apuesta en la invención de una clínica que piensa desde su fundamentación, y de la experimentación de los contextos y vidas que buscan cuidar, lo que produce una doble tarea de descolonización: de la psicología clínica aún marcada por las prácticas de colonialidad y de las subjetividades que son productoras y producto de los procesos de opresión y exclusión.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicologia Clínica , Áreas de Pobreza , Colonialismo , Propriedade , Psicologia , Política Pública , Isolamento Social , Problemas Sociais , Fatores Socioeconômicos , Diversidade Cultural , Sexualidade , Projetos de Investimento Social , Ética , Racismo , Etnocentrismo , Opressão Social , Privilégio Social , Respeito , Evitação da Informação , Racismo Sistêmico
12.
Rio de Janeiro; s.n; 2022. 54f p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1532195

RESUMO

A população brasileira é formada por indivíduos de diversas origens, conceitos, múltiplas experiências e culturas. Se por um lado isso se traduz em um povo miscigenado e plural, por outro traz em seu conteúdo as dolorosas ações e marcas do racismo, considerando toda a trajetória dos não-brancos desde a formação desse território enquanto nação. Essa atitude discriminatória, que tanto fere aquele que sofre seu efeito direto, precisa ser amplamente discutido, em todos os espaços, sejam eles de conhecimento, de escuta, de gestão. Esse estudo se propõe a ampliar a discussão sobre a questão do racismo que é praticado nas instituições públicas vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), tomando como base o acolhimento de manifestações de ouvidoria e sua prática diária. A proposição se faz necessária como forma de compreender quais os possíveis entraves para essa escuta, e de que forma esse atendimento de ouvidoria poderá auxiliar o gestor público a promover mudanças substanciais e consistentes no enfrentamento da questão do racismo institucional no SUS, permeado desde sempre pelo racismo estrutural que nos cerca. (AU)


The Brazilian population is made up of individuals from different origins, concepts, multiple experiences and cultures. If, on the one hand, this translates into a mixed and plural people, on the other hand, it brings in its content the painful actions and marks of racism, considering the entire trajectory of non-whites since the formation of this territory as a nation. This discriminatory attitude, which so hurts those who suffer its direct effect, needs to be widely discussed, in all spaces, be they knowledge, listening, management. This study aims to broaden the discussion on the issue of racism that is practiced in public institutions linked to the Unified Health System (SUS), based on the reception of ombudsman manifestations and their daily practice. The proposition is necessary as a way to understand what are the possible obstacles to this listening, and how this ombudsman service can help the public manager to promote substantial and consistent changes in facing the issue of institutional racism in the SUS, permeated since always by the structural racism that surrounds us. (AU)


Assuntos
Humanos , Sistema Único de Saúde , Gestão em Saúde , Racismo , Racismo Sistêmico , Defesa do Paciente , Brasil , Discriminação Social
13.
Interface (Botucatu, Online) ; 25: e200824, 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1279228

RESUMO

A maternidade invoca extrema complexidade. Este artigo discute a experiência com o racismo internalizado, interpessoal e institucional que configura a vida de mães negras no processo de cuidar de seus filhos negros pelo Mapeamento Corporal Narrado, metodologia visual originada na África do Sul. A história de Gabriela, 31, mãe de duas crianças, revelou dois eixos temáticos: 1. A experiência de ser mulher negra, no cotidiano; e 2. Ser mãe negra, em termos práticos. O mapeamento corporal oportunizou um processo inédito de reflexão sobre a vida e o tornar-se negra para Gabriela. O estudo identificou desafios no exercício cotidiano de educar crianças em um país com práticas racistas, como o Brasil, revelando estratégias que buscam combater o impacto do imaginário social que inferioriza o povo negro. (AU)


Maternity invokes extreme complexity. This article discusses the experiences of internalized, interpersonal and institutional racism that shape the lives of black mothers in the process of caring for their black children using Body-Map Storytelling, a methodology developed in South Africa. The story told by Gabriela, aged 31, mother of two children, revealed two core themes: 1. The everyday experience of being a black woman; 2. Being a black mother, in practical terms. Body mapping provided Gabriela with an unprecedented opportunity to reflect on life and becoming black. The study identified a number of challenges in the daily exercise of educating children in a country with racist practices like Brazil, revealing strategies that seek to combat the impact of a social imaginary that inferiorizes black people. (AU)


La maternidad invoca una complejidad extrema. Este artículo discute la experiencia con el racismo internalizado, interpersonal e institucional que configura la vida de madres negras en el proceso de cuidar de sus hijos negros por medio del Mapeo Corporal Narrado, metodología visual con origen en Sudáfrica. La historia de Gabriela, 31 años, madre de dos niños, reveló dos ejes temáticos: 1. La experiencia de ser mujer negra en el cotidiano; y 2. Ser madre negra en términos prácticos. El mapeo corporal brindó un proceso inédito de reflexión sobre la vida y el convertirse en negra para Gabriela. El estudio identificó desafíos en el ejercicio cotidiano de educar a niños en un país con prácticas racistas, como Brasil, revelando estrategias que buscan combatir el impacto del imaginario social que inferioriza al pueblo negro. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Poder Familiar/psicologia , Negro ou Afro-Americano , Racismo Sistêmico , Relações Mãe-Filho/psicologia , Arte , Brasil , Racismo
14.
São Paulo; SMS; jul. 2020. 59 p. graf, tab.(Boletim CEInfo Análise, XV, 18).
Monografia em Português | LILACS, ColecionaSUS, SMS-SP, CEINFO-Producao, SMS-SP | ID: biblio-1433828

RESUMO

A desigualdade social é um tema latente em nosso país, visto sua história de ex-colônia e de quase quatro séculos de escravização de pessoas negras. Nos últimos anos houve avanços na implementação de políticas públicas voltadas para a saúde da população negra, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida desse grupo. Este boletim tem como objetivo fornecer subsídios para monitorar e avaliar essas políticas, para tanto serão apresentadas informações desagregadas por raça/cor. A população negra corresponde a 37% da população do Município de São Paulo (MSP), contudo tem 60,3% dos beneficiários do programa Bolsa Família. Entre 2012 a 2018 houve aumento da proporção de nascidos vivos de mães pretas e pardas, com maior proporção de mães adolescentes ­ 13,3% em relação às brancas ­ 7,8%; o início tardio do pré-natal e o acompanhamento insuficiente também é mais frequente em mulheres negras e indígenas. A população negra tem a maior proporção de casos de HIV notificados ­ 47,2%, risco relativo 2,5 vezes maior de ter Aids; corresponde a 54,9% dos casos de Sífilis Adquirida; teve aumento da incidência de Tuberculose, com maior risco relativo de adquirir a doença em relação aos brancos. Quanto ao estado nutricional, crianças negras apresentaram maior prevalência de excesso de peso e déficit de altura, em comparação as brancas. Os trabalhadores negros representam 37% dos ocupados, mas são vítimas de metade dos acidentes notificados ­ 51,4%. Em relação as doenças crônicas não transmissíveis, a mortalidade na população preta é maior por Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus e Doença Cerebrovascular, tanto em menores como em maiores de 60 anos. A mortalidade por Câncer de Mama e de Colo Uterino se concentra acima dos 50 anos e mulheres pretas estão em primeiro lugar, seguidas das brancas. A violência acomete prioritariamente jovens negros de 15 a 29 anos, que representam 68,8% dos óbitos por Intervenção Legal nessa faixa etária. A mortalidade precoce, antes dos 65 anos de idade, ocorre muito mais no sexo masculino e na população negra. Apesar das políticas instituídas com olhar para a saúde da população negra, as iniquidades ainda estão presentes e os indicadores permitem visualizar essas vulnerabilidades. Fica o desafio de ampliar de fato o acesso aos serviços, diminuira as desigualdades a fim de melhorar a saúde da população negra


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adolescente , População Negra/estatística & dados numéricos , Distribuição por Etnia , Mensuração das Desigualdades em Saúde , Racismo Sistêmico , Política de Saúde , Tuberculose/epidemiologia , Violência/estatística & dados numéricos , Sífilis/epidemiologia , Estado Nutricional , Prevalência , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Nascido Vivo/epidemiologia , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia
15.
Rio de Janeiro; Unifeso; 03/03/2020. 15 p.
Monografia em Português | LILACS, SES-RJ | ID: biblio-1425937

RESUMO

Do mesmo modo que o mito da democracia racial esteve ancorado em uma determinada tradição do pensamento social brasileiro, a insurgência contra o racismo também se ancora sobre o trabalho de inúmeros pesquisadores. São vozes que de certa forma têm oferecido subsídios teóricos para os movimentos sociais melhor pressionarem o Estado no sentido do encaminhamento de soluções para o referido problema. Ainda que sob diversas perspectivas teóricas, que por sua vez implicam em encaminhamentos diversos, essas pesquisas têm permitido visualizar os conflitos que envolvem as raças/etnias no Brasil. São trabalhos que possibilitam pensar as relações raciais sob o crivo dos direitos humanos, apontando para os grandes diferenciais entre brancos e negros no tocante ao usufruto de direitos, do mais fundamental direito à vida aos mais diversos direitos sociais. São, então, tematizadas as questões da exclusão social e da vulnerabilidade dos negros, entendidas como desafios para compreensão do Estado brasileiro como um Estado democrático de direitos.


Assuntos
Sexismo , Discriminação Social , Racismo Sistêmico , Política de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Etnicidade , Feminismo
16.
Psicol. soc. (Online) ; 32: e020017, 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1135915

RESUMO

Resumo Com a declaração da OMS de uma pandemia do novo coronavírus, novos hábitos e medidas de segurança sanitária passaram a ser elaboradas e adotadas a fim de conter o rápido contágio. No entanto, as medidas estipuladas, concebidas a partir da lógica ocidental, protegem um ser humano abstrato, desconsiderando as multiplicidades que nos diferenciam, em especial nos países do Sul Global. Neste artigo serão analisadas as articulações entre uma medida específica - o uso de máscaras para proteção da contaminação - e corpos singulares, de uma parcela da população exposta a diversas vulnerabilidades sociais e marcada pela desigualdade racial que agrava a necessidade de proteção na pandemia. As máscaras junto aos corpos de homens negros, podem produzir mais vulnerabilidade, medo e morte. Efeitos diferentes da proteção pretendida, tendo em vista o regime necropolítico associado ao acúmulo de desigualdades e racismo, marcas estruturais características da colonialidade experienciada em cidades como o Rio de Janeiro.


Resumen Con la declaración de la OMS de una nueva pandemia de Coronavirus, se comenzaron a desarrollar y adoptar nuevos hábitos y medidas de seguridad sanitaria para contener el rápido contagio. Sin embargo, las medidas estipuladas, concebidas con base en la lógica occidental, protegen a un ser humano abstracto, sin tener en cuenta las multiplicidades que nos diferencian, especialmente en los países del Sur Global. En este artículo, se analizarán los vínculos entre una medida específica (el uso de máscaras para proteger contra la contaminación) y los cuerpos singulares de una porción de la población expuesta a diversas vulnerabilidades sociales y marcada por la desigualdad racial que agrava la necesidad de protección en la pandemia. Las máscaras junto a los cuerpos de los hombres negros pueden producir más vulnerabilidad, miedo y muerte. Diferentes efectos de la protección pretendida, ante el régimen necropolítico asociado a la acumulación de desigualdades y racismo, marcas estructurales propias de la colonialidad vivida en ciudades como Río de Janeiro.


Abstract Since WHO's statement of a pandemic of the new coronavirus, new habits and health security methods have been developed and adopted in order to contain the contagion spread. However, the stipulated methods are mainly conceived from a Western logic. They protect an abstract human being, disregarding the multiplicities that differentiate us, especially in the countries of the Global South. This paper analyzed the articulations between a specific method - the use of masks to protect against contamination - and singular bodies of part of the population that are exposed to different social vulnerabilities and marked by racial inequality. The masks that partially cover the face, when coupled with the bodies of black people, produce vulnerability, fear and death. These are different effects from the intended protection by the use of masks, owing to the necropolitical regime associated with the accumulation of inequalities and racism, structural conditions that are characteristics of the coloniality experienced in cities such as Rio de Janeiro.


Assuntos
Coronavirus , População Negra , Pandemias , Racismo , Máscaras , Medo , Aparência Física/etnologia , Racismo Sistêmico/psicologia , Vulnerabilidade Social
17.
s.l; CRI, Articulação para o Combate ao Racismo Institucional; [2006?]. 145 p. ilus.
Monografia em Português | LILACS, ColecionaSUS, SMS-SP, COVISA-Acervo | ID: biblio-1530915
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA