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1.
Distúrb. comun ; 34(4): 58040, dez. 2022. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1425815

RESUMO

Introdução: Disfagia é um distúrbio de deglutição com sinais e sintomas específicos, caracterizada por alterações em qualquer fase ou entre as fases da dinâmica de deglutição, de origem congênita ou adquirida, podendo gerar prejuízo pulmonar, nutricional e social. É um transtorno frequentemente encontrado no centro de tratamento intensivo (CTI). Sendo assim, a identificação precoce dos principais agentes etiológicos para transtornos de deglutição é essencial para promover uma assistência fonoaudiológica mais adequada. Objetivo: Verificar a associação entre características epidemiológicas e clínicas com o desfecho contraindicação fonoaudiológica de alimentação por via oral em pacientes internados em um CTI. Métodos: Estudo transversal que avaliou pacientes internados no CTI submetidos a avaliação clínica da deglutição no período entre outubro de 2018 e maio de 2019. O nível 1 da Escala funcional de ingestão por via oral (FOIS) foi considerado de maior risco para aspiração respiratória e comparado com os níveis FOIS 2-7. Variáveis epidemiológicas e clínicas foram obtidas a partir dos registros dos pacientes. Análises univariadas e multivariadas foram realizadas para identificar associações e efeitos entre as variáveis e o desfecho contraindicação da alimentação por via oral. O nível de significância adotado foi de 5% e as análises foram realizadas no programa SPSS v.21.0. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes (64,9% submetidos a intubação orotraqueal ­ IOT; idade de 60 ± 15,3 anos). Pacientes com FOIS 1 permaneceram mais dias em IOT, tiveram a internação no CTI prolongada e a cada dia de internação apresentaram risco de 5% de contraindicação da alimentação por via oral na avaliação fonoaudiológica. Conclusão: Foi evidenciada associação entre maior tempo de intubação orotraqueal, além de maior tempo de internação prévio, com a contraindicação da alimentação por via oral.


Introduction: Dysphagia is a swallowing disorder with specific signs and symptoms, characterized by alterations in any phase or between phases of swallowing dynamics, of congenital or acquired origin, which can lead to pulmonary, nutritional and social damage. It is a disorder often found in the intensive care unit (ICU). Therefore, the early identification of the main etiological agents for swallowing disorders is essential to promote more adequate speech therapy assistance. Objective: To verify the association between epidemiological and clinical characteristics with the outcome speech-language pathology contraindication for oral feeding in patients admitted to an ICU. Methods: Cross-sectional study that evaluated patients admitted to the ICU who underwent clinical evaluation of swallowing between October 2018 and May 2019. Level 1 of the Functional oral intake scale (FOIS) was considered at higher risk for respiratory aspiration and compared with FOIS levels 2-7. Epidemiological and clinical variables were obtained from patient records. Univariate and multivariate analyses were performed to identify associations and effects between variables and the outcome contraindication of oral feeding. The significance level adopted was 5% and the analyses were performed using the SPSS v.21.0 program. Results: 128 patients were included (64.9% undergoing orotracheal intubation - OTI; age of 60 ± 15.3 years). Patients with FOIS 1 spent more days on OTI, had a prolonged stay in the ICU and each day of hospitalization had a 5% risk of contraindication of oral feeding in the speech-language pathology assessment. Conclusion: There was an association between longer times of orotracheal intubation, in addition to longer previous hospitalization time, with the contraindication of oral feeding.


Introducción: La disfagia es un trastorno de la deglución con signos y síntomas específicos, caracterizado por alteraciones en cualquier fase o entre fases de la dinámica de la deglución, de origen congénito o adquirido, que pueden conducir a daño pulmonar, nutricional y social. Es un trastorno que se encuentra a menudo en la unidad de cuidados intensivos (UCI). Por lo tanto, la identificación temprana de los principales agentes etiológicos de los trastornos de la deglución es fundamental para promover una asistencia logopédica más adecuada. Objetivo: Verificar la asociación entre las características epidemiológicas y clínicas con el desenlace fonoaudiológico contraindicación para alimentación oral en pacientes internados en una UTI. Métodos: Estudio transversal que evaluó a pacientes ingresados en UCI a quienes se les realizó evaluación clínica de la deglución entre octubre de 2018 y mayo de 2019. Nivel 1 de la Escala de ingesta oral funcional (FOIS) fue considerado de mayor riesgo para aspiración respiratoria y comparado con los niveles de FOIS 2-7. Las variables epidemiológicas y clínicas se obtuvieron de las historias clínicas de los pacientes. Se realizaron análisis univariados y multivariados para identificar asociaciones y efectos entre las variables y el resultado contraindicación de la alimentación oral. El nivel de significación adoptado fue del 5% y los análisis se realizaron con el programa SPSS v.21.0. Resultados: se incluyeron 128 pacientes (64,9% sometidos a intubación orotraqueal - IOT; edad de 60 ± 15,3 años). Los pacientes con FOIS 1 pasaron más días en OTI, tuvieron una estancia prolongada en la UCI y cada día de hospitalización tenían un 5% de riesgo de contraindicación de alimentación oral en la evaluación de patología del habla y lenguaje. Conclusión: Hubo asociación entre mayor tiempo de intubación orotraqueal, además de mayor tiempo de hospitalización previa, con la contraindicación de alimentación oral.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Transtornos de Deglutição/epidemiologia , Fatores de Risco , Unidades de Terapia Intensiva , Transtornos de Deglutição/etiologia , Estudos Transversais , Estudos Retrospectivos , Dieta , Métodos de Alimentação , Intubação Intratraqueal/efeitos adversos
2.
Distúrb. comun ; 34(2): e53867, jun. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1396709

RESUMO

Introdução: As doenças pulmonares são frequentemente associadas com aumento da morbidade e mortalidade pelo comprometimento ventilatório e impacto negativo na proteção de via aérea inferior, além de favorecer uma dissincronia entre a deglutição e respiração comprometendo a função, prazer, qualidade de vida, podendo levar ao óbito. Objetivo: Identificar o risco de disfagia em pacientes com doenças pulmonares. Método: Estudo transversal, descritivo, realizado de março/2016 a julho/2019, em um Hospital Universitário. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, independente de fatores associados, com estado de alerta suficiente para responder o instrumento; e excluídos pacientes com dificuldades quanto à compreensão das sentenças e/ou instruções, com rastreios prévios, em acompanhamento fonoaudiológico, indisponibilidade para participar do estudo, ausência no leito ou instabilidade do quadro clínico. Foram coletados os dados sociodemográficos, as variáveis clínicas e aplicado o instrumento Eating Assessment Tool (EAT-10). Para análise estatística foi considerado o nível de 5% de significância. Resultados: Participaram 99 pacientes com prevalência do sexo masculino (54,5%), idade acima de 60 anos (57,6%) e diagnóstico de tuberculose (16,1%). Houve risco de disfagia em 15 (15,2%) pacientes com prevalência de enfisema pulmonar (26,6%) e pneumonia (20%). Não foi observada associação entre risco de disfagia e sexo, idade, intubação orotraqueal, traqueostomia, via alternativa de alimentação, refluxo gastroesofágico, disfonia e doença de base pulmonar. Conclusão: Por meio de uma ferramenta rápida e simples de rastreamento foi observada a presença do risco de disfagia em 15,2% dos pacientes com doenças pulmonares.


Introduction: Lung diseases are often associated with increased morbidity and mortality due to ventilatory impairment and a negative impact on lower airway protection, in addition to favoring a desynchrony between swallowing and breathing, compromising function, pleasure, quality of life, and possibility of death. Objective: To identify the risk of dysphagia in patients with lung diseases. Method: Cross-sectional, descriptive study, carried out from March 2016 to July 2019, in a University Hospital. Patients aged 18 years or over, of both sexes, regardless of associated factors, with sufficient alertness to respond to the instrument were included, and patients with difficulties in understanding sentences and/or instructions, with previous screenings, undergoing speech therapy, unavailability to participate in the study, out of bed or with instability of the clinical condition were excluded. Sociodemographic data and clinical variables were collected, and the Eating Assessment Tool (EAT-10) was applied. For statistical analysis, a 5% level of significance was considered. Results: 99 patients participated with a prevalence of males (54.5%), aged over 60 years (57.6%) and diagnosed with tuberculosis (16.1%). There was risk of dysphagia in 15 (15.2%) patients with a prevalence of pulmonary emphysema (26.6%) and pneumonia (20%). There was no association between risk of dysphagia and sex, age, orotracheal intubation, tracheostomy, alternative feeding route, gastroesophageal reflux, dysphonia and underlying lung disease. Conclusion: Through a quick and simple screening tool, the presence of risk of dysphagia was observed in 15.2% of patients with lung diseases.


Introducción: Las enfermedades pulmonares se asocian con un aumento de la morbimortalidad por deterioro ventilatorio y un impacto negativo en la protección de las vías respiratorias inferiores, además de favorecer una disincronía entre la deglución y la respiración, comprometiendo la función, el placer, la calidad de vida y pudiendo conducir a la muerte. Objetivo: Identificar el riesgo de disfagia en pacientes con enfermedades pulmonares. Método: Estudio transversal, descriptivo, realizado de marzo/2016 a julio/2019, en un Hospital Universitario. Se incluyeron pacientes con edad igual o superior a 18 años, de ambos sexos, independientemente de los factores asociados, con estado de alerta suficiente para responder al instrumento,y se excluyeron pacientes con dificultades en la comprensión de frases y/o instrucciones, con tamizaje previo, en tratamiento logopédico, indisponibilidad para participar en el estudio, ausencia en la cama o inestabilidad del cuadro clínico. Se recogieron datos sociodemográficos y variables clínicas y se aplicó el Eating Assessment Tool (EAT-10). Para el análisis estadístico se consideró un nivel de significación del 5%. Resultados: Participaron 99 pacientes con predominio del sexo masculino (54,5%), mayores de 60 años (57,6%) y diagnosticados de tuberculosis (16,1%). Hubo riesgo de disfagia en 15 (15,2%) pacientes con predominio de enfisema pulmonar (26,6%) y neumonía (20%). No hubo asociación entre riesgo de disfagia y sexo, edad, intubación orotraqueal, traqueotomía, vía alternativa de alimentación, reflujo gastroesofágico, disfonía y enfermedad pulmonar subyacente. Conclusión: A través de una herramienta de tamizaje rápida y sencilla se observó la presencia de riesgo de disfagia en el 15,2% de los pacientes con enfermedades pulmonares.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Transtornos de Deglutição/epidemiologia , Programas de Rastreamento , Pneumopatias/complicações , Transtornos de Deglutição/etiologia , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Autoavaliação Diagnóstica
3.
Distúrb. comun ; 33(2): 249-256, jun. 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1401161

RESUMO

Introdução: A atuação fonoaudiológica na disfagia decorrente do câncer de esôfago ainda é recente. Não foi encontrado até o momento, estudos que descrevam a atuação fonoaudiológica em pacientes com câncer de esôfago submetidos a radioterapia. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo descrever a atuação fonoaudiológica em pacientes com câncer de esôfago, submetidos a tratamento radioterápico com queixa de disfagia. Métodos: Trata-se de uma série de cinco casos, que receberam acompanhamento fonoaudiológico ambulatorial. Os pacientes foram avaliados por meio de avaliação clínica da deglutição, classificação do grau de alteração de deglutição com aplicação de escala visual analógica e protocolos de qualidade de vida utilizados na área da oncologia. Foram submetidos ainda a uma abordagem terapêutica para deglutição. Resultados: Os pacientes obtiveram melhora da deglutição, apresentando, ao término do tratamento, diminuição dos sintomas de disfagia, possibilidade de ingesta de alimentos via oral e melhora da qualidade de vida. Conclusão: A fonoterapia, compreendendo a avaliação clínica da deglutição, seguida de treino da deglutição e exercício miofuncional para abertura do esfíncter esofágico superior (Shaker), auxiliou na reabilitação da disfagia esofágica.


Introduction: Speech therapy performance in dysphagia resulting from esophageal cancer is still a recent subject. To date, there are no studies describing the speech therapy performance of patients with esophageal cancer undergoing radiotherapy. For this reason, the aim of this study was to describe speech therapy performance in patients with esophageal cancer receiving radiotherapy treatment and with complaints of dysphagia. Methods: This is a series of five cases, with patients that received outpatient speech therapy. The patients were assessed using clinical swallowing evaluation, classification of the degree of swallowing alteration with application of visual analog scale and quality of life protocols used in oncology. They also underwent a therapeutic approach to swallowing. Results: The patients' swallowing was improved and, at the end of the treatment, there were reduced symptoms of dysphagia, possibility of oral intake of food and improved quality of life. Conclusions: Speech therapy, comprising the clinical assessment of the swallowing function, followed by swallowing training and myofunctional exercise to open the upper esophageal sphincter, supported the rehabilitation of esophageal dysphagia.


Introducción: La actuación fonoaudiológica en disfagia decurrente de cáncer del esófago es todavía reciente. Hasta ahora, no se han encontrado estudios que describan la actuación fonoaudiológica en pacientes con cáncer de esófago sometidos a radioterapia. De esta forma, este trabajo tuvo como objetivo describir la actuación del fonoaudiologo en pacientes con cáncer de esófago sometidos a tratamiento de radioterapia con queja de disfagia.Métodos: Esta es una serie de cinco casos, que recibieron terapia fonoaudiologica en ambulatorio. Los pacientes fueron evaluados mediante evaluación clínica de deglución, clasificación del nivel de alteración de la deglución con aplicación de escala visual analógica y protocolos de calidad de vida utilizados en el área de oncología. También fueron sometidos a un enfoque terapéutico para la deglución. Resultados: Los pacientes mejoraron su deglución, presentando, al final del tratamiento, una reducción en los síntomas de disfagia, la posibilidad de ingesta de alimentos por vía oral y una mejora en la calidad de vida. Conclusión: La terapia fonoaudiologica, que comprende la evaluación clínica de deglución, seguida del entrenamiento de deglución y ejercicio miofuncional para abrir el esfínter esofágico superior, ayudó en la rehabilitación de la disfagia esofágica.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Fonoterapia , Neoplasias Esofágicas/radioterapia , Transtornos de Deglutição/terapia , Qualidade de Vida , Neoplasias Esofágicas/complicações , Transtornos de Deglutição/etiologia
4.
Einstein (Säo Paulo) ; 19: eAO5715, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1249743

RESUMO

ABSTRACT: Objective: To investigate the association between aging and the functional aspects of swallowing (laryngeal penetration and laryngotracheal aspiration) in individuals who underwent supracricoid laryngectomy in the late period and without complaints. Methods: A total of 70 patients, 56 (80%) aged >60 years and 14 (20%) <60 years, under outpatient follow-up, after cancer treatment and with no complaints of swallowing, performed functional evaluation using the swallowing videofluoroscopy. Image classification was performed using the penetration-aspiration scale developed by Rosenbek. The χ2 test and logistic regression were applied to associate the age categories to the outcomes (penetration and aspiration). Results: Patients aged over 60 years had a higher prevalence of penetration (24.29%) and aspiration (48.57%) than patients aged under 60 years. In this sample, aspiration was associated with age. Patients aged over 60 years were more likely to present penetration (27% more) during swallowing than patients under 60 years. Patients aged over 60 years had an approximately four-fold greater probability of laryngotracheal aspiration than patients aged under 60 years. Conclusion: In patients without complaints of swallowing in the late postoperative period of supracricoid laryngectomy, there is a greater probability of laryngotracheal aspiration in elderly aged over 60 years than in individuals under 60 years.


RESUMO Objetivo: Investigar a associação entre o envelhecimento e os aspectos funcionais da deglutição (penetração laríngea e aspiração laringotraqueal) em indivíduos submetidos à laringectomia supracricóidea no período tardio e sem queixas. Métodos: Setenta pacientes, sendo 56 (80%) >60 anos e 14 (20%) <60 anos, em acompanhamento ambulatorial, após tratamento oncológico e sem queixas de deglutição, realizaram avaliação funcional por meio da videofluoroscopia da deglutição. A classificação das imagens foi realizada por meio da escala de penetração-aspiração desenvolvida por Rosenbek. O teste do χ2 e a regressão logística foram aplicados para associação das categorias de idade aos desfechos (penetração e aspiração). Resultados: Os pacientes com idade acima de 60 anos apresentaram maior prevalência de penetração (24,29%) e aspiração (48,57%) do que aqueles com idade inferior a 60 anos. Nesta amostra, a aspiração se mostrou associada à idade. Pacientes acima de 60 anos tiveram chance 27% maior de penetração durante a deglutição do que os com menos de 60 anos. Pacientes acima de 60 anos tiveram chance aproximadamente quatro vezes maior de aspiração laringotraqueal do que pacientes com menos de 60 anos. Conclusão: Em pacientes sem queixas de deglutição no pós-operatório tardio de laringectomia supracricóidea, há maior chance de aspiração laringotraqueal em idosos acima de 60 anos do que em indivíduos abaixo de 60 anos.


Assuntos
Humanos , Idoso , Transtornos de Deglutição/etiologia , Transtornos de Deglutição/epidemiologia , Neoplasias Laríngeas/cirurgia , Neoplasias Laríngeas/diagnóstico por imagem , Laringe , Período Pós-Operatório , Resultado do Tratamento , Deglutição , Laringectomia
5.
CoDAS ; 33(5): e20200203, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1286129

RESUMO

RESUMO Objetivo Diversos comprometimentos da deglutição têm sido relatados em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tendo como causa a desvantagem mecânica da musculatura respiratória devido à hiperinsuflação. Dentre as estratégias terapêuticas, até o momento, não foram encontrados relatos na literatura sobre o uso da terapia manual (TM) no manejo dos transtornos da deglutição nesta população. O objetivo do estudo foi verificar os desfechos de um programa de TM sobre a biomecânica da deglutição de indivíduos com DPOC. Método Foram avaliados 18 indivíduos com idade média 66,06±8,86 anos, 61,1% (11) homens e VEF1%médio 40,28±16,73 antes e após-programa de TM. As medidas analisadas foram: tempo de trânsito oral, tempo de trânsito faríngeo (TTF), número de deglutições, resíduos em valéculas (VL) e seios piriformes, penetração/aspiração e excursão hiolaríngea na deglutição das consistências líquida e pastosa. Resultados Houve diferença significativa no TTF (p=0,04), resíduos em VL (p=0,03), elevação máxima do hioide (p=0,003) e deslocamento do hioide (p=0,02) na deglutição da consistência pastosa. Na consistência líquida apenas redução de resíduos em VL (p=0,001). Conclusão O programa de TM interferiu na biomecânica da deglutição de indivíduos DPOC demonstrada pela redução do TTF, resíduos em VL e maior elevação e deslocamento do hioide na consistência pastosa. Na consistência líquida houve redução de resíduos em VL.


ABSTRACT Purpose Several swallowing disorders have been reported in chronic obstructive pulmonary disease (COPD) patients due to the mechanical disadvantage of the respiratory muscles caused by hyperinflation. To date, no reports have been found in the literature among the therapeutic strategies on the use of manual therapy (MT) to manage swallowing disorders in COPD. The aim of the study was to verify the outcomes of a TM program on the biomechanics of swallowing of individuals with COPD. Methods 18 individuals with a mean age of 66.06 ± 8.86 years, 61.1% (11) men, and a FEV1% mean of 40.28 ± 16.73 were evaluated before and after TM. The measures analyzed were: oral transit time, pharyngeal transit time (PTT), number of swallows, vallecular (VL) residue and pyriform sinuses, penetration/aspiration and hyolaryngeal excursion in liquid and pasty consistencies. Results A significant difference was found in PTT (p=0.04), VL residue (p=0.03), maximal hyoid elevation (p=0.003), and displacement of hyoid (p=0.02) in the pasty consistency. In the liquid consistency, we found a decrease in VL residue (p=0.001). Conclusion The MT program influenced the swallowing biomechanics of COPD patients demonstrated by a reduction in PTT and VL residue and increased hyoid elevation and displacement in the pasty consistency. In the liquid consistency, a decrease in VL residue was found.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Transtornos de Deglutição/etiologia , Transtornos de Deglutição/terapia , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/terapia , Manipulações Musculoesqueléticas , Fenômenos Biomecânicos , Deglutição , Pessoa de Meia-Idade
6.
Rev. CEFAC ; 23(3): e13920, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1155339

RESUMO

ABSTRACT Purpose: to estimate the prevalence of voice- and swallowing-related symptoms in women submitted to total thyroidectomy. Methods: a population-based, observational, cross-sectional, analytical study, based on a Brazilian national survey. A total of 252 women, aged 18 to 58 years, submitted to total thyroidectomy, residing in the five geographical regions of the country participated in the study. All of them answered the version of the Thyroidectomy-Related Voice Questionnaire translated and adapted into Brazilian Portuguese, besides questions on demographic and clinical issues. A descriptive analysis of the categorical and quantitative variables was conducted. The relationship between the total TVQ score and the independent variables was analyzed with the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests. The significance level used was 5%. Results: the most prevalent symptoms were, tired voice, after talking for a long time (50%), and dry mouth/thirst (43.3%). The voice-related symptoms were more prevalent than those related to swallowing. The total TVQ score was not related to age group (p=0.141), profession (p=0.213), region of residence (p=0.303), time since surgery (p=0.955), and radiotherapy/radioiodine therapy (p=0.666). Conclusion: Brazilian women submitted to total thyroidectomy have a high prevalence of voice- and swallowing-related symptoms, the former being predominant.


RESUMO Objetivo: estimar a prevalência de sintomas relacionados à voz e deglutição em mulheres submetidas à tireoidectomia total. Métodos: estudo de base populacional, observacional, transversal e analítico, baseado em um survey nacional brasileiro. Participaram do estudo 252 mulheres submetidas à tireoidectomia total, com idades entre 18 e 58 anos, residentes nas cinco regiões geográficas do país. Todas responderam a versão traduzida e adaptada para o português brasileiro do Thyroidectomy-Related Voice Questionnaire (TVQ), além de questões demográficas e clínicas. Foi realizada análise descritiva das variáveis categóricas e quantitativas. A relação entre escore total do TVQ e variáveis independentes foi analisada por meio dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. O nível de significância foi de 5%. Resultados: os sintomas mais prevalentes foram sensação de voz cansada depois de conversar por muito tempo (50%) e percepção de boca seca/sede (43,3%). Sintomas vocais foram mais prevalentes que os relacionados à deglutição. O escore total do TVQ não se relacionou com faixa etária (p=0,141), profissão (p=0,213), região de residência (p=0,303), tempo de cirurgia (p=0,955) e radioterapia/radioiodoterapia (p=0,666). Conclusão: mulheres brasileiras submetidas à tireoidectomia total possuem alta prevalência de sintomas relacionados à voz e deglutição, com predomínio dos sintomas vocais seguidos dos sintomas relacionados à deglutição.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Tireoidectomia/efeitos adversos , Transtornos de Deglutição/etiologia , Distúrbios da Voz/etiologia , Fatores Socioeconômicos , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco
7.
Distúrb. comun ; 32(2): 277-284, jun. 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1397031

RESUMO

Introdução: A presença da disfagia no ambiente hospitalar aumenta os custos de cuidado com a saúde e leva a maior tempo de internação hospitalar sobrecarregando, portanto, o sistema de saúde. Pacientes internados, por diferentes doenças de base, podem apresentar risco para disfagia com necessidade de intervenção fonoaudiológica. Objetivo: Rastrear o risco de disfagia em pacientes internados em um Hospital Universitário. Métodos: Estudo do tipo transversal descritivo realizado no período de março de 2016 a setembro de 2018 em um Hospital Universitário. Os dados foram coletados por meio de análise de prontuário e aplicação do instrumento de rastreio - Eating Assessment Tool (EAT-10). Os pacientes que pontuaram 3 ou mais foram classificados com risco de disfagia. Para análise estatística foi considerado o nível de 5% de significância. Resultados: O risco de disfagia foi identificado em 191 (7,8%) pacientes. Houve prevalência do sexo masculino, idade superior a 60 anos, e a doença de base prevalente foi cardiovascular. Observou-se que a Disfonia (4,2%), refluxo gastroesofágico (3,8%), uso de traqueostomia (1,1%) e via alternativa de alimentação (3,1%) foram fatores associados ao risco de disfagia. Conclusão: Observou-se risco de disfagia nos pacientes internados principalmente nos pacientes do sexo masculino, idosos e cardiopatas. Disfonia, refluxo gastroesofágico, uso de traquestomia e via alternativa de alimentação foram fatores associados ao risco de disfagia.


Introduction: The presence of dysphagia in hospital care increases costs to health and leads to increased hospital stay, overloading the health system. Hospitalized patients, by different underlying diseases, may present risk for dysphagia in need of rehabilitation. Purpose: To track the risk of dysphagia in patients admitted at a University Hospital. Methods: Descriptive cross-sectional study carried out from March 2016 to September 2018 in a University Hospital. The data were collected by means of chart analysis and application of the Eating Assessment Tool (EAT-10). Patients who scored 3 or more were classified with risk of dysphagia. For statistical analysis, the level of 5% of significance was considered. Results: The risk of dysphagia was identified in 191 (7.8%) patients. There was a prevalence of males, older than 60 years, and the prevalent baseline disease was cardiovascular. Dysphonia (4.2%), gastroesophageal reflux (3.8%), use of tracheostomy (1.1%) and alternative feeding tube (3.1%) were associated with the risk of dysphagia. Conclusion: The risk of dysphagia was observed in patients hospitalized mainly in the male, elderly and cardiac patients. Dysphonia, gastroesophageal reflux, use of tracheostomy and alternative tube of feeding were factors associated with the risk of dysphagia.


Introducción: La presencia de disfagia en aumenta los costos de atención hospitalaria para la salud y conduce a una mayor sobrecarga de estancia en el hospital, por lo que el sistema de salud. Pacientes hospitalizados, por diferentes enfermidades, subyacentes pueden presentar riesgos para la disfagia en necesidad de rehabilitación. Objetivo: rastrear el riesgo de disfagia en pacientes ingresados en un hospital universitario. Métodos: Estudio descriptivo de corte transversal, realizado desde marzo de 2016 hasta septiembre de 2018 en un Hospital Universitario. Los datos fueron recolectados a través del análisis de gráficos y la aplicación de la herramienta de evaluación de la alimentación (EAT-10). Los pacientes que obtuvieron un puntaje de 3 o más fueron clasificados como en riesgo de disfagia. El análisis estadístico consideró el nivel de significancia del 5%. Resultados: El riesgo de disfagia se identificó en 191 (7,8%) pacientes. Hubo una prevalencia masculina, mayor de 60 años, y la enfermedad subyacente prevalente fue cardiovascular. La disfonía (4,2%), el reflujo gastroesofágico (3,8%), el uso de traquestomía (1,1%) y la alimentación alternativa (3,1%) se asociaron con el riesgo de disfagia. Conclusión: el riesgo de disfagia se observó en pacientes hospitalizados, principalmente en hombres, ancianos y pacientes con enfermedades cardíacas. La disfonía, el reflujo gastroesofágico, el uso de traquestomía y la alimentación alternativa fueron factores asociados con el riesgo de disfagia.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Transtornos de Deglutição/diagnóstico , Programas de Rastreamento , Fatores de Risco , Hospitais Universitários , Transtornos de Deglutição/etiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Hospitalização/estatística & dados numéricos
8.
Distúrb. comun ; 32(1): 105-113, mar. 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1395485

RESUMO

A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o Sistema Nervoso Central, é prevalente em mulheres e tanto sua evolução como a gravidade dos sintomas são variáveis, acometendo de forma diferente cada indivíduo. As manifestações clínicas dependem da localização da lesão e da lesão tecidual e os pacientes podem apresentar uma série de sintomas, dentre eles destacam-se a fadiga e a disfagia. A fadiga na Esclerose Múltipla é de natureza multidimensional e a disfagia é um dos sintomas que pode estar ligado à fadiga. Objetivo: Identificar e correlacionar sintomas de fadiga e risco de disfagia em pacientes com Esclerose Múltipla. Métodos: Estudo do tipo transversal descritivo no qual foram incluídos pacientes com diagnóstico de Esclerose Múltipla atendidos no ambulatório de Neurologia de um Hospital Universitário. Os pacientes foram avaliados por meio da escala MFIS-BR e do questionário DYMUS-BR relacionados à fadiga e deglutição, respectivamente. Resultados: Foram incluídos 74 pacientes. Houve prevalência do sexo feminino (56,8%) e idade maior que 60 anos (95,9%). A forma da esclerose múltipla mais frequente foi a Remitente-recorrente (81,1%), o risco de disfagia foi identificado em 19 pacientes (25,7%) e a presença de sintomas de fadiga em 32 pacientes (43,2%). Houve correlação positiva fraca entre sintomas de fadiga e risco de disfagia (r <0,5) Conclusão: Embora fraca, houve correlação positiva entre sintomas de fadiga e risco de disfagia. Quanto maior o grau da fadiga, tanto maior pode ser o risco de alterações da deglutição.


Multiple Sclerosis is a disease that affects the Central Nervous System, it is prevalent in women and its evolution and the severity of symptoms are variable, affecting each individual differently. Clinical manifestations depend on the location of the lesion and tissue injury and patients may present a series of symptoms, including fatigue and dysphagia. Fatigue in Multiple Sclerosis is multidimensional, and dysphagia is one of the symptoms that can be linked to fatigue. Objective: To identify and correlate symptoms of fatigue and risk of dysphagia in patients with Multiple Sclerosis. Methods: Descriptive cross-sectional study in which patients with a diagnosis of Multiple Sclerosis treated at the Neurology Department of a University Hospital were included. Patients were assessed using the MFIS-BR scale and the DYMUS-BR questionnaire related to fatigue and swallowing, respectively. Results: 74 patients were included. There was a prevalence of females (56.8%) and age over 60 years (95.9%). The most frequent form of Multiple Sclerosis was Remitting-Recurrent (81.1%), the risk of dysphagia was identified in 19 patients (25.7%) and the presence of fatigue symptoms in 32 patients (43.2%). There was a positive and weak correlation between fatigue symptoms and risk of dysphagia (r <0.5). Conclusion: Although weak, there was a positive correlation between fatigue symptoms and risk of dysphagia. The greater the degree of fatigue, the greater the risk of changes in swallowing.


La Esclerosis Múltiple es una enfermedad que afecta el sistema nervioso central, prevalece en las mujeres y tanto su evolución como la gravedad de los síntomas son variables y afectan a cada individuo de manera diferente. Las manifestaciones clínicas dependen de la ubicación de la lesión y la lesión del tejido y los pacientes pueden presentar una serie de síntomas, entre los que se destacan la fatiga y la disfagia. La fatiga en la Esclerosis Múltiple es de naturaleza multidimensional y la disfagia es uno de los síntomas que pueden estar relacionados con la fatiga. Objetivo: identificar y correlacionar síntomas de fatiga y riesgo de disfagia en pacientes con Esclerosis Múltiple. Métodos: estudio descriptivo de corte transversal en el que se incluyeron pacientes con diagnóstico de Esclerosis Múltiple tratados en la clínica ambulatoria de neurología de un hospital universitario. Los pacientes fueron evaluados utilizando la escala MFIS-BR y el cuestionario DYMUS-BR relacionados con la fatiga y la deglución, respectivamente. Resultados: se incluyeron 74 pacientes. Hubo una prevalencia de mujeres (56.8%) y mayores de 60 años (95.9%). La forma más frecuente de Esclerosis Múltiple fue la remisión recurrente (81.1%), el riesgo de disfagia se identificó en 19 pacientes (25.7%) y la presencia de síntomas de fatiga en 32 pacientes (43.2%). Hubo una correlación positiva débil entre los síntomas de fatiga y el riesgo de disfagia (r <0.5). Conclusión: Aunque débil, hubo una correlación positiva entre los síntomas de fatiga y el riesgo de disfagia. Cuanto mayor es el grado de fatiga, mayor es el riesgo de cambios en la deglución.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Transtornos de Deglutição/etiologia , Fadiga/complicações , Correlação de Dados , Esclerose Múltipla , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco
10.
CoDAS ; 32(4): e20190036, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1133513

RESUMO

RESUMO Objetivo: Verificar a relação entre o risco de disfagia e o estado de saúde de indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Método: Estudo transversal, com amostra de conveniência. Foram incluídos 23 indivíduos com diagnóstico de DPOC, de acordo com os critérios de GOLD (2019). São participantes de um programa de reabilitação pulmonar, clinicamente estáveis (sem exacerbações dos sintomas, no mínimo, de 30 dias) e em tratamento medicamentoso otimizado. Foram avaliadas as medidas antropométricas (IMC), o pico de fluxo expiratório (PFE), o estado mental (MEEM), o risco de disfagia (Eating Assessment Tool -EAT-10) e o estado de saúde (COPD Assessment Test -CAT). A média de idade dos participantes foi de 60,39 ± 9,90 anos, dos quais 11 eram do sexo feminino e eutróficos. Resultados: Foram encontradas associações positiva e moderada (r=0,57; p=0,004) entre o escore obtido pelo CAT e EAT-10 de indivíduos com DPOC. Conclusão: Os resultados demonstraram relação entre o risco de disfagia e o estado de saúde nos indivíduos com DPOC.


ABSTRACT Purpose: To verify the relationship between the risk of dysphagia and health status in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). Method: Cross-sectional study with convenience sample. Twenty-three individuals with a diagnosis of COPD according to GOLD 2019 criteria. The individuals participated in a pulmonary rehabilitation program, clinically stable (without exacerbations of at least 30 days) and in optimized drug treatment were included. The study analyzed anthropometric measures (BMI), peak expiratory flow (PEF), mental status (MEEM), eating assessment tool (EAT-10), and health status (COPD Assessment Test -CAT). The mean age was 60.39 ± 9.90 years, 11 individuals were female and eutrophic. Results: We observed a positive and moderate association (r = 0.57, p = 0.004) between the CAT and EAT-10 scores in the sample studied. Conclusion: The results demonstrated relationship between the risk of dysphagia and the health status in individuals with COPD.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Transtornos de Deglutição/diagnóstico , Transtornos de Deglutição/etiologia , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/complicações , Testes de Função Respiratória , Nível de Saúde , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/reabilitação , Pessoa de Meia-Idade
11.
Arq. gastroenterol ; 55(4): 352-357, Oct.-Dec. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-983851

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND: Cerebral palsy may be associated with comorbidities such as undernutrition, impaired growth and gastrointestinal symptoms. Children with cerebral palsy exhibit eating problems due to the effect on the anatomical and functional structures involved in the eating function resulting in malnutrition. OBJECTIVE: The aim of this study was to investigate the association between food intake, nutritional status and gastrointestinal symptoms in children with cerebral palsy. METHODS: Cross-sectional study that included 40 children with cerebral palsy (35 with spastic tetraparetic form and 5 with non-spastic choreoathetoid form of cerebral palsy, all requiring wheelchairs or bedridden) aged from 4 to 10 years. The dietary assessment with the parents was performed using the usual household food intake inquiry. Anthropometric data were collected. Gastrointestinal symptoms associated with deglutition disorders, gastroesophageal reflux and chronic constipation were also recorded. RESULTS: The median of height-for-age Z-score (-4.05) was lower (P<0.05) than the median of weight-for-age (-3.29) and weight-for-height (-0.94). There was no statistical difference between weight-for-age and weight-for-height Z-scores. Three patients with cerebral palsy (7.5%) exhibited mild anemia, with normal ferritin levels in two. Symptoms of dysphagia, gastroesophageal reflux, and constipation were found in 82.5% (n=33), 40.0% (n=16), and 60.0% (n=24) of the sample, respectively. The patients with symptoms of dysphagia exhibited lower daily energy (1280.2±454.8 Kcal vs 1890.3±847.1 Kcal, P=0.009), carbohydrate (median: 170.9 g vs 234.5 g, P=0.023) and fluid intake (483.1±294.9 mL vs 992.9±292.2 mL, P=0.001). The patients with symptoms of gastrointestinal reflux exhibited greater daily fluid intake (720.0±362.9 mL) than the patients without symptoms of gastroesophageal reflux (483.7±320.0 mL, P=0.042) and a greater height-for-age deficit (Z-score: -4.9±1.7 vs 3.7±1.5, P=0.033). The patients with symptoms of constipation exhibited lower daily dietary fiber (9.2±4.3 g vs 12.3±4.3 g, P=0.031) and fluid (456.5±283.1 mL vs 741.1±379.2 mL, P=0.013) intake. CONCLUSION: Children with cerebral palsy exhibited wide variability in food intake which may partially account for their severe impaired growth and malnutrition. Symptoms of dysphagia, gastroesophageal reflux, and constipation are associated with different food intake patterns. Therefore, nutritional intervention should be tailored considering the gastrointestinal symptoms and nutritional status.


RESUMO CONTEXTO: Paralisia cerebral pode estar associada com comorbidades como desnutrição, déficit de crescimento e sintomas gastrintestinais. Os problemas alimentares na paralisia cerebral podem ser secundários a anormalidades anatômicas e funcionais que interferem no processo de alimentação. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre ingestão alimentar, estado nutricional e sintomas gastrintestinais em crianças com paralisia cerebral. MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 40 crianças com paralisia cerebral (35 com tetraparesia espástica e 5 com coreoatetose não-espástica) com idade entre 4 e 10 anos. Todos os pacientes permaneciam exclusivamente na cama ou dependiam de cadeiras de rodas. Foi utilizado o inquérito dos alimentos consumidos habitualmente em casa que foi respondido pelos pais. Foram mensurados os dados antropométricos. Sintomas gastrintestinais associados com distúrbios da deglutição, refluxo gastroesofágico e constipação intestinal crônica foram obtidos. RESULTADOS: A mediana do escore Z da estatura para idade (-4,05) foi menor (P<0,05) do que a mediana de peso-idade (-3,29) e peso-estatura (-0,94). Não se observou diferença entre os escores Z de peso-idade e peso-estatura. Três pacientes com paralisia cerebral (7,5%) apresentavam anemia leve com valor normal de ferritina. Sintomas de disfagia, refluxo gastroesofágico e constipação intestinal ocorreram, respectivamente, em 82,5% (n=33), 40,0% (n=16) e 60,0% (n=24) dos pacientes estudados. Os pacientes com sintomas de disfagia apresentaram menor ingestão energética diária (1280,2±454,8 Kcal vs 1890,3±847,1 Kcal; P=0,009), de carboidratos (mediana: 170,9 g vs 234,5 g; P=0,023) e de líquidos (483,1±294.9 mL vs 992,9±292,2 mL; P=0,001). Os pacientes com sintomas de refluxo gastroesofágico apresentaram maior ingestão diária de líquidos (720,0±362,9 mL) em relação aos pacientes sem este tipo de manifestação clínica (483,7±320,0 mL; P=0.042) além de maior déficit de estatura-idade (escore Z: -4,9±1,7 vs 3,7±1,5; P=0,033). Os pacientes com sintomas de constipação intestinal apresentaram menor ingestão diária de fibra alimentar (9,2±4,3 g vs 12,3±4,3 g; P=0.031) e líquidos (456,5±283,1 mL vs 741,1± 379,2 mL; P=0,013). CONCLUSÃO: Crianças com paralisia cerebral apresentam uma grande variabilidade na ingestão alimentar que pode, pelo menos em parte, constituir um fator de agravo para o déficit de crescimento. Sintoma de disfagia, refluxo gastroesofágico e constipação intestinal associaram-se com diferentes padrões de ingestão alimentar. Portanto, a intervenção nutricional deve ser individualizada levando em consideração os sintomas gastrintestinais e o estado nutricional.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Transtornos da Nutrição Infantil/complicações , Transtornos de Deglutição/etiologia , Refluxo Gastroesofágico/etiologia , Paralisia Cerebral/complicações , Estado Nutricional , Constipação Intestinal/etiologia , Comorbidade , Antropometria , Estudos Transversais , Ingestão de Alimentos , Comportamento Alimentar
12.
Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.) ; 84(6): 722-728, Nov.-Dec. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-974384

RESUMO

Abstract Introduction: Lesions in the oral cavity, pharynx and larynx due to endotracheal intubation can cause reduction in the local motility and sensitivity, impairing the swallowing process, resulting in oropharyngeal dysphagia. Objective: To verify the predictive factors for the development of oropharyngeal dysphagia and the risk of aspiration in patients with prolonged orotracheal intubation admitted to an intensive care unit. Methods: This is an observational, analytical, cross-sectional and retrospective data collection study of 181 electronic medical records of patients submitted to prolonged orotracheal intubation. Data on age; gender; underlying disease; associated comorbidities; time and reason for orotracheal intubation; Glasgow scale on the day of the Speech Therapist assessment; comprehension; vocal quality; presence and severity of dysphagia; risk of bronchoaspiration; and the suggested oral route were collected. The data were analyzed through logistic regression. The level of significance was set at 5%, with a 95% Confidence Interval. Results: The prevalence of dysphagia in this study was 35.9% and the risk of aspiration was 24.9%. As the age increased, the altered vocal quality and the degree of voice impairment increased the risk of the presence of dysphagia by 5-; 45.4- and 6.7-fold, respectively, and of aspiration by 6-; 36.4- and 4.8-fold. The increase in the time of orotracheal intubation increased the risk of aspiration by 5.5-fold. Conclusion: Patients submitted to prolonged intubation who have risk factors associated with dysphagia and aspiration should be submitted to an early speech-language/audiology assessment and receive appropriate and timely treatment. The recognition of these predictive factors by the entire multidisciplinary team can minimize the possibility of clinical complications inherent to the risk of dysphagia and aspiration in extubated patients.


Resumo: Introdução: Lesões na cavidade oral, faringe e laringe, em virtude de intubação endotraqueal, podem causar redução da motricidade e da sensibilidade local e comprometer o processo da deglutição, determinando disfagia orofaríngea. Objetivo: Verificar os fatores preditivos do desenvolvimento de disfagia orofaríngea e risco de aspiração em pacientes pós-intubação orotraqueal prolongada internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Estudo observacional, analítico, de delineamento transversal e retrospectivo de coleta de dados de 181 prontuários eletrônicos, de pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada. Foram coletadas informações referentes a idade; sexo; doença de base, comorbidades associadas; tempo e motivo da intubação orotraqueal; Escala Glasgow no dia da avaliação fonoaudiológica; compreensão; qualidade vocal; presença de disfagia e a gravidade; risco de broncoaspiração; e via oral sugerida. Os dados foram analisados por meio da regressão logística. Adotou-se o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: A prevalência de disfagia neste estudo foi de 35,9% e de risco de aspiração de 24,9%. O aumento da idade, a qualidade vocal alterada e o grau de comprometimento da voz elevam os riscos de presença em disfagia em 5; 45,4 e 6,7 vezes, respectivamente, e de aspiração em 6; 36,4 e 4,8 vezes. Já o aumento do tempo de intubação orotraqueal elevou em 5,5 vezes o risco de aspiração. Conclusão: Pacientes submetidos a intubação prolongada que apresentam os fatores de risco relacionados às disfagia e aspiração devem ser submetidos a avaliação fonoaudiológica precoce e receber conduta adequada em tempo hábil. O reconhecimento desses fatores preditivos por toda a equipe multidisciplinar pode minimizar as possibilidades de complicações clínicas inerentes ao risco de disfagia e aspiração em pacientes extubados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Transtornos de Deglutição/etiologia , Aspiração Respiratória/etiologia , Insuficiência Respiratória/complicações , Fatores de Tempo , Índice de Gravidade de Doença , Transtornos de Deglutição/fisiopatologia , Distúrbios da Voz/etiologia , Estudos Transversais , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Fatores Etários , Medição de Risco , Unidades de Terapia Intensiva , Intubação Intratraqueal/efeitos adversos
13.
Einstein (Säo Paulo) ; 16(2): eAO4189, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-953149

RESUMO

ABSTRACT Objective: To determine frequency of dysphagia risk and associated factors in hospitalized patients as well as to evaluate nutritional status by using different methods and correlate the status with scores of the Eating Assessment Tool (EAT-10). Methods: This was a cross-sectional study including 909 inpatients of a philanthropic hospital. For the diagnosis of dysphagia we used an adapted and validated Brazilian version of the Eating Assessment Tool (EAT-10). The nutritional status was evaluated through the subjective global assessment, and anthropometric measurements included weight, calf and arm circumference, and knee height. The Mann-Whitney test, associations using the Pearson's χ2 and Spearman's correlation were used to verify differences between the groups. Results: The prevalence of dysphagia risk was 10.5%, and aging was the associated factor with this condition. Patients at risk presented lower values of arm and calf circumference, variables that correlated inversely with the Eating Assessment Tool (EAT-10) score. Malnutrition was observed in 13.2% of patients based on the subjective global assessment and in 15.2% based on the Body Mass Index. Conclusion: Screening for dysphagia and malnutrition should be introduced in hospitals routine to avoid or minimize damages caused by dysphagia or malnutrition, especially among older people.


RESUMO Objetivo: Verificar a prevalência do risco de disfagia e seus fatores associados em pacientes hospitalizados, bem como avaliar o estado nutricional por diferentes métodos e correlacioná-los à pontuação do Eating Assessment Tool (EAT-10). Métodos: Estudo de delineamento transversal, realizado com 909 pacientes internados em um hospital filantrópico. Para o rastreamento de disfagia, foi aplicado o Eating Assessment Tool (EAT-10) em sua versão adaptada para o Brasil. O diagnóstico nutricional foi realizado por meio da avaliação global subjetiva e pela aferição de medidas antropométicas. A diferença entre os grupos foi verificada pelo teste de Mann-Whitney e as associações, pelo χ2 de Pearson e correlação de Spearman. Resultados: A prevalência do risco de disfagia foi de 10,5%, sendo a faixa etária idosa um fator associado a esta condição. Pacientes em risco apresentaram valores inferiores de perímetro do braço e panturrilha, variáveis que se correlacionaram de forma inversa à pontuação do Eating Assessment Tool (EAT-10). A desnutrição foi identificada em 13,2% dos avaliados, segundo a avaliação global subjetiva, e em 15,2%, quando utilizado o índice de massa corporal. Conclusão: O rastreamento da disfagia e da desnutrição devem ser incorporados à rotina hospitalar, com o objetivo de evitar ou minimizar os prejuízos provocados por estas condições, especialmente nos idosos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Transtornos de Deglutição/epidemiologia , Avaliação Nutricional , Programas de Rastreamento , Estado Nutricional , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Transtornos de Deglutição/diagnóstico , Transtornos de Deglutição/etiologia , Índice de Massa Corporal , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Desnutrição/diagnóstico , Desnutrição/epidemiologia , Pessoa de Meia-Idade
14.
CoDAS ; 30(1): e20170123, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890822

RESUMO

RESUMO Objetivo Descrever a prevalência dos distúrbios da comunicação, deglutição e motricidade orofacial em um grupo de crianças e adolescentes, no momento da matrícula hospitalar em um instituto oncológico. Método Estudo transversal, com a inclusão de crianças com dois anos ou mais e adolescentes de ambos os gêneros, matriculados na Seção de Oncologia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) no período de março de 2014 a abril de 2015 para investigação e/ou tratamento de tumores sólidos. Foi utilizado um protocolo para registro das informações sociodemográficas e clínicas e os achados da avaliação clínica fonoaudiológica, que contemplava aspectos do sistema sensório-motor oral, deglutição, fala, linguagem, voz e audição. Resultados Oitenta e oito crianças/adolescentes (41,3%) avaliados apresentavam algum tipo de distúrbio fonoaudiológico. As alterações fonoaudiológicas mais frequentes foram o distúrbio miofuncional orofacial, a disfonia e os transtornos de linguagem. Os menos frequentes foram a disacusia, a paralisia de língua e o trismo. A variável clínica que teve associação estatisticamente significante com a presença de alterações fonoaudiológicas foi o local da lesão. Conclusão O estudo demonstrou uma alta prevalência de alterações fonoaudiológicas em crianças e adolescentes no momento da matrícula hospitalar em um hospital oncológico. A ocorrência de transtornos fonoaudiológicos foi maior nos grupos de participantes com lesões localizadas no sistema nervoso central e na região da cabeça e pescoço.


ABSTRACT Purpose Describe the prevalence of communication, swallowing and orofacial myofunctional disorders in a group of children and adolescents at the time of registration at a cancer hospital. Methods A cross-sectional study conducted with children aged ≥2 and adolescents, of both genders, admitted to the Pediatric Oncology Section of the Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) from March 2014 to April 2015 for investigation and/or treatment of solid tumors. A protocol was used to record the sociodemographic and clinical information and findings of the speech-language pathology clinical evaluation, which included aspects of the oral sensorimotor system, swallowing, speech, language, voice, and hearing. Results Eighty-eight children/adolescents (41.3%) presented some type of speech-language disorder. The most frequent speech-language disorders were orofacial myofunctional disorder, dysphonia, and language impairments, whereas the less frequent ones were dysacusis, tongue paralysis, and trismus. Site of the lesion was the clinical variable that presented statistically significant correlation with presence of speech-language disorders. Conclusion High prevalence of speech-language disorders was observed in children and adolescents at the time of admission at a cancer hospital. Occurrence of speech-language disorders was higher in participants with lesions in the central nervous system and in the head and neck region.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Transtornos da Articulação/epidemiologia , Distúrbios da Fala/epidemiologia , Transtornos de Deglutição/epidemiologia , Transtornos da Linguagem/epidemiologia , Neoplasias/complicações , Transtornos da Articulação/etiologia , Fatores Socioeconômicos , Distúrbios da Fala/etiologia , Brasil/epidemiologia , Institutos de Câncer , Transtornos de Deglutição/etiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Transtornos da Linguagem/etiologia , Neoplasias/etiologia
15.
CoDAS ; 30(2): e20170060, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890835

RESUMO

RESUMO Objetivo Verificar a correlação entre desvantagem vocal e a qualidade de vida em deglutição de indivíduos que foram submetidos ao tratamento quimiorradioterápico para câncer de laringe. Método Estudo transversal, observacional e quantitativo do qual participaram 14 indivíduos do gênero masculino diagnosticados com câncer de laringe, que, para tratamento, fizeram uso exclusivo de quimiorradioterapia. Aplicaram-se os instrumentos Índice de Desvantagem Vocal e Protocolo de Qualidade de Vida em Deglutição SWAL-QoL. Fez-se análise descritiva e, em seguida, aplicou-se o teste de Correlação de Spearman para verificar se havia correlação entre os escores dos instrumentos aplicados. Foram considerados estatisticamente significativos os valores de p ≤ 0,05. Resultados Não houve correlação significativa entre os domínios total do IDV e global do SWAl-QoL, porém houve correlação significante entre os domínios "Funcional" do IDV e os domínios "Fadiga" e "Social" do Swal-Qol; domínio "Orgânico" do IDV com o domínio "Social" do SWAL-QoL; escore total do IDV, com o domínio de "Deglutição como um fardo" do SWAL-QoL. Além disso, foi possível observar que o tratamento quimiorradioterápico ocasionou maior impacto em relação à voz do que em relação à deglutição para os pacientes estudados. Conclusão Os dados demonstraram correlação significante entre a desvantagem vocal e o impacto da qualidade de vida em deglutição de pacientes com câncer de laringe submetidos à quimiorradioterapia, podendo afetar seu estado emocional e sua socialização, piorando assim, sua qualidade de vida de modo geral.


ABSTRACT Purpose To verify the correlation between the voice handicap and swallowing quality of life in individuals submitted to chemoradiotherapy for laryngeal cancer treatment. Methods Cross-sectional, observational and quantitative study. Fourteen male individuals diagnosed with laryngeal cancer were submitted to exclusive chemoradiotherapy treatment. The individuals completed the Voice Handicap Index (VHI) and the Swallowing Quality of Life (SWAL-QOL) questionnaires. Data were submitted to descriptive and inferential analysis using Spearman's Correlation Test to verify possible correlations among the scores of these instruments. Values of p ≤ 0.05 were considered statistically significant. Results No significant correlation was found between the total VHI and overall SWAL-QOL scores. However, there was significant correlation between the domain Functional of the VHI and the domains Fatigue and Social of the SWAL-QOL, between the domain Organic in the VHI and the SWAL-QOL domain Social, and total VHI score and SWAL-QOL domain Swallowing as a burden. Furthermore, chemoradiotherapy treatment had a greater impact on the voice than on the swallowing for the studied individuals. Conclusion The data showed a significant correlation between voice handicap and the impact of quality of life involving swallowing in individuals with laryngeal cancer submitted to chemoradiotherapy. This may affect individuals' emotional and social aspects, impacting their overall quality of life.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Qualidade de Vida , Transtornos de Deglutição/etiologia , Distúrbios da Voz/etiologia , Neoplasias Laríngeas/terapia , Quimiorradioterapia/efeitos adversos , Estudos Transversais , Pessoa de Meia-Idade
16.
Natal; s.n; 2018. 148 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1552730

RESUMO

No idoso, o momento da alimentação pode estar comprometido em decorrência de um distúrbio de deglutição durante a passagem do alimento pela região oral e faríngea denominado de disfagia orofaríngea (DO). Esta condição de saúde interfere na manutenção de seu estado nutricional e de hidratação, com possibilidades de complicações respiratórias. Reconhecida como síndrome geriátrica por duas importantes comunidades europeias, a DO afeta a autonomia e independência do idoso na realização de suas atividades de vida diária e contribui para o declínio funcional. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um questionário autorreferido de rastreamento de disfagia orofaríngea em idosos (RaDI). A metodologia da pesquisa deste estudo de validação, não aleatorizado e transversal, seguiu as premissas dos Standards for Educational and Psychological Testing que descrevem o processo de obtenção de evidências baseadas: no conteúdo do teste, nos processos de resposta, na estrutura interna, em relação com outras variáveis (validade convergente, discriminante, de critério e de generalização). A coleta da pesquisa, realizada de março de 2013 a outubro de 2017, em Natal, estado do Rio Grande do Norte, incluiu idosos, a partir de 60 anos, de ambos os sexos e excluiu os com dificuldades funcionais para compreender ordens simples, transtorno psiquiátrico, neurológico, neuromuscular, neurodegenerativo ou rebaixamento cognitivo, perda auditiva, mesmo que utilizassem aparelho de amplificação sonora individual, sem nenhuma alimentação por via oral, que tivessem histórico de câncer de cabeça e pescoço e traqueostomizados. Nas duas primeiras etapas da validação, participaram quatro pesquisadores envolvidos nos temas Deglutição e Envelhecimento Humano, três fonoaudiólogos e um dentista sanitarista que compuseram um painel de experts para avaliar as análises de 32 juízes sobre a primeira versão do RaDI com 17 itens. Após sua reformulação, o questionário foi aplicado na população-alvo em 40 idosos. Ajustado para 14 questões, o instrumento foi administrado em 211 voluntários para realização da análise fatorial confirmatória, em que foi considerado o menor valor do qui-quadrado (2), mesmo se for significativo, qui-quadrado normado, raiz do erro quadrático médio de aproximação (RMSEA), raiz quadrada média ponderada residual (WRMR), índice de ajuste comparativo (CFI) e índice de Tucker Lewis (TLI). Realizado alguns ajustes no modelo, a avaliação de sua validade convergente (n=393) e discriminante (n=110) considerou a análise do coeficiente de Spearman  A confiabilidade do teste-reteste, em 75 idosos, utilizou a correlação intraclasse (CCI), Kappa ponderado, erro de medição do instrumento (SEM) e a menor diferença real (SRD), e a consistência interna, o alfa de Cronbach, dentro do intervalo de confiança de 95%. Resultados: O RaDI foi ajustado em sua estrutura interna no modelo de nove questões 2=45,8, p < 0,05, 2/gl =1,76, RMSEA = 0,06, WRMR = 0,72, CFI = 0,97 e TLI = 0,96), com boa confiabilidade (ICC = 0,83, IC 0,74-0,89, p <0,001; SEM = 2,13; SRD = 5,90), alta consistência interna ( = 0,90) e excelente validade discriminante ( = -0,06; p = 0,6), porém moderada convergente  = 0,43; p<0,001). Conclusões: O RaDI produziu respostas válidas e confiáveis para identificar os sintomas de disfagia orofaríngea em idosos residentes na comunidade (AU).


In older adults, feeding may be compromised as a result of a swallowing disorder during the passage of food through the oral and pharyngeal region called oropharyngeal dysphagia (OD). This health condition interferes with the maintenance of their nutritional and hydration status, with the possibility of respiratory complications. Recognized as a geriatric syndrome by two important European Communities, OD affects the autonomy and independence of older adults in carrying out their daily life activities and contributes to functional decline. The objective of this study was to develop and validate a self-reported questionnaire screening for oropharyngeal dysphagia in older people (RaDI). The methodology of this non-randomized, cross-sectional validation study was performed by the Standards for Educational and Psychological Testing, which describe the process of obtaining evidence based on test content, response processes, internal structure, with other variables (convergent validity, discriminant, criterion, and generalization). The data were collected from March 2013 to October 2017, in Natal city of the Rio Grande do Norte state, included older adults, aged 60 and older, of both sexes, and excluded those with functional difficulties to understand simple orders, with hearing loss, even they used individual sound-amplifier apparatus, no oral feeding, history of head and neck cancer and were undergoing to tracheostomy. In the first two stages of validation, four researchers involved in the issues of swallowing and aging, three speech pathologists and a sanitary dentist participated in a panel of experts to evaluate the analyzes of 32 judges on the first version of RaDI with 17 items. After its reformulation, the questionnaire was applied to the target population in 40 older people. Adjusted to 14 questions, the instrument were applied in 211 elders to perform the confirmatory factor analysis, by lower chi-square value (2), even if it is significant, normed chi-square, root of the mean square error of approximation (RMSEA), weighted root mean square residual (WRMR), comparative fit index (CFI) e Tucker Lewis index (TLI). After some adjustments in the model, the evaluation of its convergent validity (n = 393) and discriminant (n = 110) considered the analysis of the Spearman coefficient . The reliability of the test-retest in 75 older subjects, was achieved by intraclass correlation coeficient (ICC), weighted Kappa, standard error of measurement (SEM) and the smallest real difference (SRD), and the internal consistency by Cronbach's alpha with the 95% of confidence interval. Results: RaDI was adjusted in its internal structure to nine questions model 2 = 45,81, p < 0,05, 2/gl =1,76, RMSEA = 0,06, WRMR = 0,72, CFI = 0,97 e TLI = 0,96), with good reliability (ICC = 0,83, IC 0,74-0,89, p <0,001; SEM =02,13; SRD = 5,90) and high internal consistency ( = 0,90) and excellent discriminant ( = -0,06; p = 0,6) but moderate convergent validity  = 0,43; p<0,001). Conclusions: RaDI produced valid and reliable responses to identify the oropharyngeal dysphagia symptoms in community-dwelling older people (AU).


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Idoso , Transtornos de Deglutição/diagnóstico , Programas de Rastreamento/métodos , Transtornos de Deglutição/etiologia , Distribuição de Qui-Quadrado , Estudos Transversais/métodos , Inquéritos e Questionários , Análise Fatorial , Estudo de Validação
17.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-900299

RESUMO

ABSTRACT: Therapy of malignant neoplasms of the tongue or oropharynx may cause dysphagia. Dysphagia in patients has negative significant social and psychological consequences. The six cases reports describe the effect of palatal augmentation prosthesis (PAP) on the management of dysphagia in patients with oral-pharyngeal cancer and as consequence of its treatment. The study also assesses PAP's effects on the quality of life of such patients.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Palato , Neoplasias da Língua/complicações , Transtornos de Deglutição/reabilitação , Prótese Maxilofacial , Qualidade de Vida , Neoplasias da Língua/psicologia , Neoplasias da Língua/reabilitação , Transtornos de Deglutição/etiologia , Inquéritos e Questionários
18.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 63(12): 1076-1081, Dec. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-896330

RESUMO

Summary Objective: Our objective is to explore the effectiveness and feasibility of establishing a swallowing management clinic to implement out-of-hospital management for Parkinson disease (PD) patients with dysphagia. Method: Two-hundred seventeen (217) voluntary PD patients with dysphagia in a PD outpatient clinic were divided into a control group with 100 people, and an experimental group with 117 people. The control group was given dysphagia rehabilitation guidance. The experimental group was presented with the standardized out-of-hospital management method as overall management and information and education materials. Rehabilitation efficiency and incidence rate of dysphagia, as well as relevant complications of both groups were compared after a 6-month intervention. Results: Rehabilitation efficiency and the incidence rate of dysphagia including relevant complications of patients treated with the standardized out-of-hospital management were compared with those seen in the control group. The differences have distinct statistics meaning (p<0.01). Conclusion: Establishing a swallowing management protocol for outpatient setting can effectively help the recovery of the function of swallowing, reduce the incidence rate of dysphagia complications and improve the quality of life in patients with PD.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Ambulatório Hospitalar/organização & administração , Doença de Parkinson/reabilitação , Transtornos de Deglutição/reabilitação , Terapia por Exercício/métodos , Doença de Parkinson/complicações , Qualidade de Vida , Língua/fisiopatologia , Transtornos de Deglutição/etiologia , Estudos de Viabilidade , Educação de Pacientes como Assunto , Multimídia , Pessoa de Meia-Idade
19.
Arq. gastroenterol ; 54(1): 27-32, Jan.-Mar. 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-838813

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND The elderly population faces many difficulties as a result of the aging process. Conceptualize and evaluate their life quality is a challenge, being hard to characterize the impact on daily activities and on functional capacity. The stroke is one of the most disabling neurological diseases, becoming a public health problem. As an aggravating result, there is dysphagia, a disorder that compromises the progression of the food from the mouth to the stomach, causing clinical complications to the individual. OBJECTIVE Characterize the life quality of the elderly swallowing affected by stroke. METHODS Cross-sectional study conducted at the University Hospital, attended by 35 elderly with stroke, being 19 women and 16 men, with age between 60 and 90 years old, that self-reported satisfactory overall clinical picture. It was applied the Quality of Life Swallowing protocol. The data were statistically analyzed, by means of ANOVA tests, Spearman correlation, t test, with significance level of 5%. RESULTS The mean age was 69.5 years; as for the scores obtained by the 35 participants in the 11 domains of the protocol, it was observed a change in score indicating severe to moderate impact in quality of life related to self-reported swallowing (31.8% to 59.5%); the domain that most interfered was the feeding time (31.8%). CONCLUSION Elderly affected by stroke that present dysphagia has low scores in quality of life related to swallowing.


RESUMO CONTEXTO A população idosa enfrenta dificuldades diversas em consequência do processo de envelhecimento. Conceituar e avaliar sua qualidade de vida é um desafio, sendo difícil caracterizar o impacto que provoca em atividades diárias e na capacidade funcional. O acidente vascular encefálico é uma das doenças neurológicas mais incapacitantes, constituindo-se um problema de saúde pública. Como consequência agravante, tem-se a disfagia, desordem que compromete a progressão do alimento da boca ao estômago, acarretando complicações clínicas para o indivíduo. OBJETIVO Caracterizar a qualidade de vida em deglutição de idosos acometidos por acidente vascular encefálico. MÉTODOS Estudo transversal realizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em que participaram 35 idosos com acidente vascular encefálico, sendo 19 mulheres e 16 homens, com idade entre 60 e 90 anos, que autorreferiram quadro clínico geral satisfatório. Foi aplicado o protocolo Quality of Life Swallowing. Os dados foram analisados estatisticamente, por meio dos testes ANOVA, Correlação de Spearman, teste t, com nível de significância P≤0,005. RESULTADOS A idade média foi 69,5 anos; quanto aos escores obtidos pelos 35 participantes nos 11 domínios do protocolo, observou-se uma variação na pontuação média, indicando impacto grave a moderado na qualidade de vida relacionada à deglutição autorreferida (31,8% a 59,5%); o domínio que mais interferiu foi o de duração de alimentação (31,8%). CONCLUSÃO Idosos acometidos por um acidente vascular encefálico que apresente a disfagia possui escores baixos na qualidade de vida relacionada à deglutição.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Qualidade de Vida , Transtornos de Deglutição/etiologia , Acidente Vascular Cerebral/complicações , Transtornos de Deglutição/psicologia , Estudos Transversais , Acidente Vascular Cerebral/psicologia , Escolaridade , Pessoa de Meia-Idade
20.
Rev. otorrinolaringol. cir. cabeza cuello ; 77(1): 73-77, mar. 2017. ilus
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-845650

RESUMO

Arteria Lusoria (AL) o arteria subclavia aberrante derecha es una malformación vascular rara. Es la más común de las malformaciones del arco aórtico. Fue descrita por primera vez por Hunalud en 1735. La etiología no está clarificada hasta hoy en día. AL puede formar parte de un cuadro sindrómico (síndrome de Down, síndrome de Edwards) o de una malformación cardiaca compleja. Es casi siempre asintomática, pero algunas veces puede revelarse por signos respiratorios o disfagia. Se elige habitualmente el tratamiento conservador. Les presentamos el caso de un niño de 2 años que presentó una AL revelada atipicamente por otitis media a repetición.


Arteria Lusoria (AL) or aberrant right subclavian artery is a rare congenital aortic arch malformation. Hunauld described it for the first time in 1735.The cause is until now no totally clarified. Usually it is associated with chromosomal disorders such as Down's syndrome, Edwards's syndrome or appears in childhood with complexes cardiovascular abnormalities. Patients are frequently asymptomatic, but it may be revealed by respiratories symptoms or by a dysphagia. The treatment is generally conservative. We expose a case report about a child of 2 years old with AL diagnosed after several episodes of purulent otitis.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pré-Escolar , Anormalidades Cardiovasculares/complicações , Anormalidades Cardiovasculares/diagnóstico , Otite Média/etiologia , Artéria Subclávia/anormalidades , Transtornos de Deglutição/etiologia , Otite Média/terapia
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