Your browser doesn't support javascript.
loading
A práxis médica no pronto atendimento diante do paciente com sequelas crônicas: culpa, temor e compaixão / The medical praxis in the emergency care in the presence of the patient with chronic sequelae: guilt, fear and compassion / La praxis médica en salas de urgencia frente al paciente con secuelas crónicas: culpa, temor y compasión
Aredes, Janaína de Souza; Giacomin, Karla Cristina; Firmo, Josélia Oliveira Araújo.
Afiliação
  • Aredes, Janaína de Souza; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Belo Horizonte. BR
  • Giacomin, Karla Cristina; Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte. BR
  • Firmo, Josélia Oliveira Araújo; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte. BR
Trab. educ. saúde ; 16(3): 1177-1199, Sept.-Dec. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-963033
Biblioteca responsável: BR15.3
RESUMO
Resumo Qual é a relação entre as urgências e o cuidado crônico? Esta questão, aparentemente paradoxal, foi abordada em uma etnografia realizada no maior hospital de pronto socorro de uma metrópole brasileira, a qual investigou o cuidado médico desde a admissão até a ratificação da condição clínico-funcional do paciente sequelado grave. Entre dezembro de 2012 e agosto de 2013 foram realizadas observação participante e entrevistas com 43 médicos: 25 homens e 18 mulheres, de 28 a 69 anos. A análise, guiada pelo modelo dos signos, significados e ações, levou à constatação de que o cuidado varia segundo o contexto: na 'porta de entrada' e no 'centro de terapia intensiva' luta-se intensamente pela manutenção da vida; no setor 'crônicos', cuida-se de pessoas que sobrevivem, mas com alto grau de dependência. Para o médico, 'vida' significa a recuperação da funcionalidade prévia, enquanto a sobrevida com dependência seria uma 'morte em vida'. O médico se esquiva de lidar com um ser humano altamente limitado, pois sente-se de algum modo culpado pelo quadro, embora se compadeça diante do paciente que demanda cuidados crônicos. A insuficiência de uma rede de cuidados continuados e a falta de formação paliativista do médico geram sofrimentos a quem cuida e a quem é cuidado.
ABSTRACT
Abstract What is the relationship between urgencies and chronic care? This question, which is appa-rently paradoxical, was approached in an ethnography conducted at the largest emergency care hospital of a Brazilian metropolis; the ethnography investigated medical care from admission to the confirmation of the clinical and functional condition of the patient with severe sequelae. Between December 2012 and August 2013, we conducted interviews and participant observation with 43 physicians: 25 men and 18 women, aged between 28 and 69 years. The analysis, which was guided by the signs, meanings and actions model, led to the realization that the care varies according to the context: at the 'gateway' and at the 'intensive therapy center', the struggle to maintain life is intense; at the "chronic patient" sector, care is provided to people who survive, but who have a high degree of dependence. For the physician, 'life' means regaining previous function, while survival with dependence would mean a 'living death.' The physician refrains from dealing with a highly-limited human being, for he/she feels somehow guilty of the clinical picture, even though he/she feels compassion towards the patient who requires chronic care. The insufficiency of a long-term care network and the lack of palliative training on the part of the physicians cause suffering in those who care and in those who are cared for.
RESUMEN
Resumen ¿Cuál es la relación entre las urgencias y el cuidado crónico? Esta cuestión, aparentemente paradójica, se abordó en una etnografía realizada en el mayor hospital de urgencias de una metrópolis brasileña, en la cual se investigó el cuidado médico desde la admisión hasta la ratificación de la situación clínico funcional del paciente con graves secuelas. Entre diciembre del 2012 y agosto del 2013 se realizaron observación participante y entrevistas con 43 médicos: 25 hombres y 18 mujeres, con edades entre 28 y 69 años. El análisis, guiado por el modelo de signos, significados y acciones, permitió constatar que el cuidado varía de acuerdo con el contexto: en la 'puerta de ingreso' y en la 'unidad de cuidados intensivos' se lucha intensamente por mantener al paciente con vida; en el sector 'crónicos' se cuida a personas que sobreviven, pero con alto grado de dependencia. Para el médico, 'vida' significa la recuperación de la funcionalidad previa, mientras que sobrevivir con dependencia sería una 'muerte en vida'. El médico elude el hecho de tratar a un ser humano altamente limitado, ya que se siente de alguna manera culpado por el cuadro, a pesar de compadecerse ante un paciente que demanda cuidados crónicos. La insuficiencia de una red de cuidados continuados y la falta de formación del médico en cuidados paliativos generan sufrimientos tanto a quien cuida como a quien es cuidado.
Assuntos


Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Temas: Doenças crônicas e degenerativas Base de dados: LILACS Assunto principal: Doença Crônica / Pessoas com Deficiência / Atenção à Saúde / Serviços Médicos de Emergência Idioma: Português Revista: Trab. educ. saúde Assunto da revista: Educação / Medicina / Saúde Ambiental / Saúde Pública Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Fundação Oswaldo Cruz/BR / Prefeitura de Belo Horizonte/BR

Similares

MEDLINE

...
LILACS

LIS


Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Temas: Doenças crônicas e degenerativas Base de dados: LILACS Assunto principal: Doença Crônica / Pessoas com Deficiência / Atenção à Saúde / Serviços Médicos de Emergência Idioma: Português Revista: Trab. educ. saúde Assunto da revista: Educação / Medicina / Saúde Ambiental / Saúde Pública Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Fundação Oswaldo Cruz/BR / Prefeitura de Belo Horizonte/BR