Tendência secular da doença respiratória na infância na cidade de Säo Paulo (1984-1996) / Secular trends in child respiratory diseases in S. Paulo City, Brazil (1984-1996)
Rev. saúde pública
; 34(6 Supl): 91-101, dez. 2000.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-274950
Biblioteca responsável:
BR67.1
RESUMO
Objetivo: Estimar a prevalência e a distribuiçäo social da doença respiratória na infância, estabelecer a tendência secular dessa enfermidade e analisar sua determinaçäo, com base nos dados coletados por dois inquéritos domiciliares realizados na cidade de Säo Paulo, SP, em 1984/84 e 1995/96. Métodos: Os inquéritos estudaram amostras probabilísticas da populaçäo residente na cidade com idades entre zero e 59 meses (1.016 em 1984/85 e 1.280 em 1995/96). Nos dois inquéritos estimou-se a prevalência instantânea da doença respiratória alta (acima da epiglote) e da doença respiratória baixa com e sem chiado à ausculta pulmonar. A ocorrência da doença respiratória foi aferida por exames clínicos realizados em dias aleatórios, nos próprios domicílios das crianças, por médicos pediatras devidamente treinados e padronizados quanto ao diagnóstico da doença. Os exames clínicos incluíam a anamnese do dia, antecedentes de doença respiratória e o exame físico completo da criança, incluindo inspeçäo da oro-faringe, otoscopia e ausculta pulmonar. Resultados/Conclusöes: Houve entre os inquéritos aumentos expressivos na prevalência instantânea da doença respiratória alta (de 22,2 por cento para 38,8 por cento) e da doença respiratória baixa com e sem chiado (de 6,0 por cento para 10,0 por cento e de 0,8 por cento para 2,8 por cento, respectivamente). No caso da doença alta e da doença baixa sem chiado, o aumento é generalizado nos vários estratos sociais, o que näo altera, no período, a situaçäo discretamente menos favorável dos estratos de menor renda. No caso da doença baixa com chiado, o aumento se restringe aos estratos de renda baixa e intermediária, sendo particularmente intenso no estrato de menor renda, o que determina o surgimento de uma forte relaçäo inversa entre a doença e a renda familiar. Mudanças positivas em determinantes distais das doenças respiratórias (renda familiar e escolaridade materna) e em variáveis relacionadas à salubridade das moradias justificariam declínio modesto, e näo aumento, das doenças respiratórias na cidade. O aumento na freqüência a creches, observado no período, poderia contrabalançar o efeito positivo das melhorias em variáveis sócio-econômicas e ambientais, mas näo seria suficiente para justificar o aumento das doenças respiratórias na cidade
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Indicadores:
Indicadores_desigualdade_saude
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Doenças Respiratórias
/
Inquéritos Epidemiológicos
Idioma:
Português
Revista:
Rev. saúde pública
Assunto da revista:
Saúde Pública
Ano de publicação:
2000
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
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