Reproducão assistida como causa de morbidade materna e perinatal / Assisted reproduction as a cause of maternal and perinatal morbidity
Rev. bras. ginecol. obstet
; Rev. bras. ginecol. obstet;27(12): 759-767, dez. 2005.
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-429424
Biblioteca responsável:
BR26.1
RESUMO
OBJETVOS: realizar revisão bibliográfica do impacto das técnicas de fertilizacão assistida e reproducão assistida (RA) na morbidade materna e perinatal. MÉTODOS: foram pesquisadas fontes bibliográficas pelo SCI e MEDLINE, com o intuito de identificar o maior número de estudos relacionados com os termos: fertilizacão in vitro, reproducão assistida, técnicas reprodutivas, combinadas com morbidade e com mortalidade materna, perinatal e neonatal. RESULTADOS: a literatura permite concluir que o maior problema de morbidade materna relaciona-se à ocorrência de maior número de gravidezes múltiplas, destacando-se em alguns estudos a maior freqüência de hipertensão induzida pela gravidez e diabetes gestacional. A ocorrência de maior número de gravidezes múltiplas aumenta consideravelmente as complicacões maternas, fetais e dos recém-nascidos. Recomenda-se um pré-natal diferenciado, de enfoque multidisciplinar para otimizar resultados. Há evidências de maior número de malformacões congênitas. Discutem-se as características especiais deste grupo de mulheres e das diferentes técnicas de RA, particularmente a ICSI, na etiologia dos defeitos congênitos, embora não existam diferencas claras entre os procedimentos. Algumas meta-análises recentes mostraram que o número de malformacões congênitas em criancas nascidas por ICSI é maior do que entre as nascidas espontaneamente, mas não mais freqüentes que as nascidas por outras técnicas de RA. Não existe consenso se este fato é decorrente do procedimento per se, da manipulacão dos gametas, da inducão da ovulacão ou do fato de que estes casais são inférteis e do tempo que levam para engravidar. Existem poucos estudos que avaliaram de modo consistente, sistemático e prolongado a evolucão perinatal de criancas nascidas mediante a utilizacão de embriões congelados. CONCLUSÕES: em relacão às malformacões fetais há, definitivamente, maior número entre as originadas de RA, que entre as criancas concebidas naturalmente, com RR de 1,4 a 2,0 (IC 95 por cento: 1,3-2,7). Não há tempo e registro suficientes para analisar os resultados originados de gravidezes com embriões congelados. Não é claro se os achados devem-se às características dos casais que se submetem a estes procedimentos, ou às peculiariedades de cada método. Muitos dos problemas relacionados à morbidade materna e perinatal devem-se ao significativo número de gravidezes múltiplas originadas de RA.
Texto completo:
1
Indicadores:
Indicadores_morbidade_fatores_risco
/
Indicadores_mortalidade
Temas:
Mortalidade_infantil_perinatal_materna
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Fertilização in vitro
/
Mortalidade Infantil
/
Mortalidade Materna
/
Morbidade
/
Técnicas de Reprodução Assistida
/
Mortalidade Fetal
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. ginecol. obstet
Assunto da revista:
GINECOLOGIA
/
OBSTETRICIA
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Article