Tônus e diâmetro arterial coronário não se correlacionam com o grau de denervação autonômica em pacientes com cardiopatia chagásica crônica / Coronary artery diameter and baseline tonus do not correlate with degree of cardiac parasympathetic impairment in patients with chronic chagas cardiomypathy
Rev. bras. cardiol. invasiva
; 16(1): 70-76, jan.-mar. 2008. ilus, tab, graf
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-489319
Biblioteca responsável:
BR44.1
RESUMO
Introdução: Portadores de cardiopatia chagásica crônica (CCC) apresentam precoce e intensa disautonomia, postulando-se potenciais anormalidades vasomotoras coronárias e conseqüente isquemia e fibrose miocárdica. Esta investigação correlacionou o grau de denervação parassimpática cardíaca com o diâmetro e o tônus arterial coronário. Método: Em 18 pacientes com CCC (55 ± 9 anos, 8 do gênero masculino) e 23 voluntários normais (37 ± 11 anos, 16 do gênero masculino), avaliou-se a sensibilidade barorreflexa (SBR) com monitoração contínua da pressão arterial (PA) e indução de aumentos transitórios da PA por administração endovenosa de fenilefrina (50 µg a 150 µg). Cateterismo cardíaco com cinecoronariografia basal e 5 minutos após 5 mg de dinitrato de isossorbida (DNIS) foi realizado em pacientes chagásicos. Análise quantitativa do diâmetro arterial coronário foi realizada off-line nas duas condições. O tônus basal arterial coronário foi estimado pelo aumento porcentual do diâmetro após DNIS. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi calculada pelo método de Dodge biplanar na ventriculografia de contraste, usando-se ecocardiografia bidimensional para o diâmetro diastólico (DDVE) e estimativa da massa do ventrículo esquerdo. Resultados: Verificou-se acentuada redução da SBR (4,1 ± 1,7 ms/mmHg) na CCC comparativamente aos controles (15,0 ± 1,5 ms/mmHg) (p < 0,001). O diâmetro coronário médio foi de 2,2 ± 0,3 mm, correlacionando-se significativamente com variáveis expressando remodelamento cardíaco: FEVE (p = 0,017, R = 0,554), DDVE (p = 0,0036, R = 0,648) e massa VE (p = 0,022, R = 0,534). Não foi observada correlação significante entre diâmetro coronário e SBR (p = 0,457, R = 0,187). O tônus arterial coronário basal foi de 13 ± 17%, sem correlação com qualquer variável, incluindo o diâmetro coronário (p = 0,386, R = 0,218) e a SBR (p = 0,822, R = 0,057). Conclusões: A denervação parassimpática não parece influenciar o diâmetro e o tônus arterial coronário basal na CCC.
ABSTRACT
Background: Chronic Chagas Cardiomyopathy (CCC) induces early severe cardiac dysautonomia, potentially causing derangements in the regulation of coronary vasomotion and leading to myocardial ischemia and fibrosis. We assessed the correlation between dysautonomia severity and coronary artery diameter and tonus. Methods: Eighteen patients with CCC (55±9 yrs, 8 males) and 23 normal volunteers (37±11 yrs, 16 males) were investigated. Both groups underwent evaluation of baroreflex sensitivity (BRS) by means of invasive arterial pressure (AP) monitoring and transient increases of AP induced by intravenous phenilephrinefrin injections (50-150µg). Patients with CCC had cardiac catheterization and coronary angiography at baseline and 5 min. after administration of 5mg of isosorbide-dinitrate (ISDN). Quantitative coronary analysis was performed off-line for both conditions (baseline and post-ISDN). Baseline coronary artery tonus was calculated by the percent diameter increase after ISDN. LVEF was calculated by Dodge biplane method from contrast ventriculography and 2D-echocardiogram was used for the measurement of LV diastolic diameter and mass. Results: CCC patients showed severe reduction of the BRS (4.1 ± 1.7 ms/mmHg) as compared to controls (15.0 ± 1.5 ms/mmHg), p < 0.001. Mean coronary artery diameter was 2.2 ± 0.3 mm, and was significantly correlated with parameters of LV remodeling: LEFF (p = 0.017, R = 0.554), LVDD (p = 0.0036, R = 0.648) and LV mass (p = 0.022, R = 0.534). No significant correlation occurred between coronary diameter and the BRS (p = 0.457, R = 0.187). Baseline coronary tonus was 13 ± 17%, without correlation with any variables, including coronary diameter (p = 0.386, R = 0.218) and BRS (p = 0.822, R = 0.057). Conclusions: Cardiac parasympathetic impairment does not seem to determine coronary artery diameter and tonus in patients with CCC.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Temas:
Doenças crônicas e degenerativas
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Doenças do Sistema Nervoso Autônomo
/
Sistema Vasomotor
/
Doença de Chagas
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. cardiol. invasiva
Assunto da revista:
Cardiologia
/
CIRURGIA GERAL
Ano de publicação:
2008
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/BR
Similares
MEDLINE
...
LILACS
LIS