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[RESUMO]. Objetivo. Descrever o perfil sociodemográfico de mães de crianças com síndrome congênita do Zika. Métodos. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Foram convidadas a participar todas as 39 mães de bebês nascidos vivos entre os casos notificados em 2015 e 2016 com diagnóstico confirmado de síndrome congênita do Zika no Estado da Saúde do Espírito Santo. Dessas 39 mulheres, 25 concordaram em participar. Para a coleta de dados foram utilizados um formulário para identificar o perfil sociodemográfico e um diário de campo. Resultados. Das 25 mães, 19 (74,0%) se declararam não brancas e 16 declararam (64,0%) possuir companheiro. Quanto à escolaridade, 12 (48,0%) possuíam ensino médio completo. A renda domiciliar per capita variou de nenhuma renda até US$ 1 111,11; 12 mulheres (48,0%) tinham entre nenhuma renda e renda de US$ 61,72. Quanto à moradia, 17 (68,0%) residiam em áreas de periferia com condições precárias. Das 25 mulheres, 16 (64,0%) apresentavam vínculo empregatício antes da gestação; e dessas 16 com vínculo, 12 (75,0%) foram demitidas ou pediram demissão após o nascimento do bebê. Conclusões. O perfil das mães revelou que a epidemia não foi equânime e atingiu preferencialmente mulheres de baixa renda e de estratos sociais desfavorecidos. Nesse sentido, acredita-se que a doença possa ser determinada pelas desigualdades sociais de saúde presentes no país. Os dados descritos podem fornecer subsídios para o planejamento de ações efetivas para garantir uma rede de proteção social para crianças com síndrome congênita do Zika e suas famílias.
[ABSTRACT]. Objective. Describe the sociodemographic profile of mothers of children with congenital Zika syndrome. Method. This is a descriptive, cross-sectional, quantitative study. The 39 mothers of live born babies among the cases notified in 2015 and 2016 with confirmed diagnosis of congenital Zika syndrome in the state of Espírito Santo, Brazil, were invited to participate. Of these, 25 mothers were enrolled. Data were collected using a socioeconomic questionnaire and a field diary. Results. Skin color was self-reported as non-white by 19/25 mothers (74.0%), and 16 (64.0%) reported having a partner. Regarding schooling, 12 (48.0%) had completed high school. Per capita income varied from no income to US$ 1 111.11, and ranged from none to US$ 61.72 for 12 women (48.0%). Seventeen women (68.0%) lived in underprivileged periphery areas with poor living conditions. Of the 25 women, 16 (64.0%) had a job prior to the pregnancy; and of these, 12 (75.0%) were fired or quit after the baby was born. Conclusions. The profile of mothers shows that the Zika epidemics was not equanimous and preferentially affected women with low income and lower social class. In this sense, we believe that congenital Zika syndrome may be determined by social inequalities in Brazil. The data described in the present study may be useful for the planning of effective actions to ensure a social protection network for children with congenital Zika syndrome and their families.
[RESUMEN]. Objetivo. Describir el perfil sociodemográfico de las madres de niños con síndrome congénito por el virus del Zika. Métodos. Estudio descriptivo, transversal, de abordaje cuantitativo. Se invitó a participar en el estudio a 39 madres de niños nacidos vivos pertenecientes al grupo de casos notificados entre 2015 y 2016 con diagnóstico confirmado de síndrome congénito por el virus del Zika en el estado de Espírito Santo. De las 39 mujeres, 25 aceptaron participar. Para la recolección de datos se utilizó un formulario para identificar el perfil sociodemográfico y un diario de campo. Resultados. De las 25 madres, 19 (74,0%) manifestaron no ser blancas y 16 (64,0%) tener una pareja. En cuanto a la escolaridad, 12 (48,0%) poseían eduación media completa. El ingreso domiciliario per cápita varió desde ningún ingreso hasta US$ 1 111,11; 12 mujeres (48,0%) reportaron desde no tener ingresos hasta un ingreso de US$ 61,72. En cuanto a la vivienda, 17 (68,0%) vivían en zonas periféricas con condiciones precarias. De las 25 mujeres, 16 (64,0%) presentaban vínculo laboral antes de la gestación, y de estas 12 (75,0%) fueron despedidas o renunciaron después del nacimiento del niño. Conclusiones. El perfil de las madres reveló que la epidemia no fue equitativa y alcanzó mayormente a mujeres de bajos ingresos y de estratos sociales desfavorecidos. En ese sentido, la enfermedad podría ser determinada por las desigualdades sociales de salud presentes en el país. Los datos encontrados son útiles para planificar acciones efectivas enfocadas a garantizar una red de protección social para niños con síndrome congénito por el virus del Zika y sus familias.
Assuntos

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados de organismos internacionais Indicadores: Indicadores_desigualdade_saude Base de dados: PAHO-IRIS Assunto principal: Brasil / Saúde Pública / Epidemiologia / Doenças Transmissíveis / Determinantes Sociais da Saúde / Zika virus / Microcefalia Idioma: Português Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Artigo

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Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados de organismos internacionais Indicadores: Indicadores_desigualdade_saude Base de dados: PAHO-IRIS Assunto principal: Brasil / Saúde Pública / Epidemiologia / Doenças Transmissíveis / Determinantes Sociais da Saúde / Zika virus / Microcefalia Idioma: Português Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Artigo