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19.
Tese em Português | Saúde Indigena | ID: fsi-6732

RESUMO

O objetivo da presente tese é discutir a alimentação como tradição cultural do povo indígena Javaé, habitante da Ilha do Bananal - TO, para compreender seu cotidiano social e suas relações humanas. Pretende analisar e compreender suas práticas alimentares, a partir da década de 1990 até 2020. O recorte temporal escolhido acompanha o momento em que as abordagens teóricas e metodológicas das ciências sociais passaram a perceber as relações de poder e subalternidade por meio das propostas da interculturalidade crítica e da decolonialidade. O recorte temporal também acompanha o momento de maior impulso de produções relacionadas aos Estudos da Alimentação e à História da Alimentação. Para a realização da pesquisa foram utilizados dados bibliográficos, imagéticos e informações orais obtidas por meio de conversas com indígenas Javaé. Investigamos em que circunstâncias a denominação "alimentação tradicional" surge para esse povo e quais as concepções epistemológicas em torno dela. Além disso, buscamos viabilizar e visibilizar discussões abafadas e escamoteadas, no que concerne às lutas sociais pelo reconhecimento e respeito aos seus modos de vida e práticas alimentares, que passaram por processos diversos de subalternização no transcurso da colonização. Neste sentido, a investigação sobre a alimentação permite que conhecimentos e saberes indígenas Javaé sejam legitimados e valorizados frente à cultura nacional brasileira.


Assuntos
Brasil , Saúde de Populações Indígenas , Indígenas Sul-Americanos , Segurança Alimentar , Comportamento Alimentar , Alimentos, Dieta e Nutrição
20.
Tese em Português | Saúde Indigena | ID: fsi-6351

RESUMO

O estudo das práticas alimentares ultrapassa a questão meramente nutricional, ele é um sistema complexo, em que diversos fatores são responsáveis pela escolha dos alimentos, entre eles, a disponibilidade, preferências, conhecimento nutricional e fatores sociais e culturais. O objetivo deste estudo é descrever e analisar as práticas alimentares de doze mulheres, sendo seis gestantes e seis lactantes que vivem nas comunidades ribeirinhas localizadas ao longo da margem esquerda do Rio Negro, no município de Manaus. Essas mulheres foram identificadas por intermédio dos Agentes Comunitários de Saúde de duas comunidades ribeirinhas, escolhidas pelas peculiaridades quanto ao acesso à área urbana. Uma dessas comunidades é mais distante da capital (Manaus) e próxima da sede de um município menor (Novo Airão), situado na margem direita do Rio Negro, enquanto a outra encontra-se à igual distância da sede de cada um dos dois municípios. Foram realizadas: 1 - entrevistas com gestantes, lactantes e pessoas consideradas importantes nas escolhas alimentares, como mães e parteiras, 2 - observação participante das práticas das gestantes e lactantes relacionadas à alimentação, desde atividades ligadas ao cultivo, plantação e pesca, até a escolha, preparo e consumo dos alimentos e 3 - um grupo focal com os profissionais que atuam na Unidade Básica de Saúde Fluvial que atendem essa população a fim de confrontar a fala desses profissionais com as vivências e relatos das mulheres pesquisadas. A partir da análise de conteúdo de Bardin identificamos quatro eixos temáticos: Do pescado com farinha ao ultraprocessado; O desejo de comer versus a dificuldade de obtenção; Saberes e restrições alimentares no período gravídico-puerperal, e Alimentos como remédios. A dieta básica dessas mulheres é constituída pelo binômio peixe e farinha, sendo modificada em função da estação diretamente ligada à cheia/seca dos cursos de água. No período da cheia, há o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, devido à escassez de alimentos locais como o pescado. Baseados em saberes tradicionais, os conselhos dados por familiares, parteiras e profissionais da saúde em torno do período da gestação e lactação restringem o acesso à determinados alimentos e/ou permeiam a procura por alimentos de difícil obtenção. A compreensão dessas práticas alimentares e das percepções dos profissionais sobre a alimentação dessa população, deve levar à melhor adequação das recomendações feitas pelos profissionais e consequentemente das políticas públicas para as populações ribeirinhas.


Assuntos
Brasil , Saúde de Populações Indígenas , Comportamento Alimentar , Saúde da Mulher , Alimentos, Dieta e Nutrição
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