Situação epidemiológica da tuberculose no Rio Grande do Sul: uma análise com base nos dados do Sinan entre 2003 e 2012 com foco nos povos indígenas / Epidemiologic situation of tuberculosis in Rio Grande do Sul: an analysis about Sinan's data between 2003 and 2012 focusing on indigenous peoples
As maiores taxas de incidência no período foram descritas pelos grupos de raça/cor preta, amarela e indígena. Os casos acometeram principalmente homensadultos que residiam em zonas urbanas. Indígenas apresentaram maior percentual de notificações em menores de 10 anos (12%). Nas baciloscopias de controle, informações ausentes e exames não realizados somaram mais de 50% em todo o período e grupos. A cura foi mais prevalente entre brancos (66,2%); indígenas, pardos e pretos tiveram os menores índices de cura 59,4, 58,4 e 60%, respectivamente.
Conclusão:
A tuberculose é um grave problema de saúde no Rio Grande do Sul, e as ações de diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos não vêm ocorrendo como preconizadas. A situação indígena guarda semelhanças e diferenças em comparação com o observado em outras regiões do país, permanecendo contudo francamente desfavorável perante os demais grupos. Por fim, destacamse marcantes desigualdades entre os grupos de raça/cor. Enquanto indígenas e pretos ocupam, em termos gerais, as piores posições no quadro, os brancos, a melhor.