RESUMO
Esta dissertação visa caracterizar o
perfil epidemiológico dos
pacientes indígenas referenciados à CASAI-DF, bem como identificar outras morbidades, dados sóciodemográficos e resolução dos problemas que geraram os
encaminhamentos .
Método: Constitui um estudo epidemiológico transversal, de base institucional, retrospectivo acerca do
perfil epidemiológico dos
indígenas encaminhados à CASAI/DF através da adaptação de dois instrumentos de
coleta de dados um proposto por Dantas (2010) e outro adivindo do prontuário do Ambulatório de
Saúde Indígena do
Hospital Universitário de Brasília (ASI-HUB). A
população de estudo foi composta por 109
prontuários de
indígenas com idade superior a 18 anos e a
análise foi realizada através do programa SPSS Statistics 20. Resultados e discussão Entre os
pacientes encaminhados para a CASAI-DF, 33 (30,0%) apresentaram patologias associadas a quatro principais tipos de
doenças crônicas não transmissíveis , sendo maioria do
sexo feminino (p = 0,600), do
Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xingu (p = 0,919), que não retornaram ao
tratamento em Brasília (p = 0,087) e vieram por
motivo de
consulta ambulatorial (p = 0,868), não apresentando diferença estatisticamente significativa nessas variáveis. Considerações Os achados dessa
pesquisa demonstram que as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são encontradas entre as demais patologias nos
povos indígenas encaminhados para
tratamento de
saúde em Brasília. Apesar de não poder extrapolar esse resultado para os DSEIs e não ser representativo do perfil dos
indígenas do
Brasil , justificam atendimento voltado para essa área, prestação de um
cuidado integral, multidisciplinas e que inclua a
cultura indígena valorizando os dois saberes e
políticas de saúde que visem à
prevenção , promoção e
tratamento e
reabilitação dos
povos indígenas , em todos os pontos de
atenção do Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena (SASI) objetivando a defesa da
vida .