RESUMO
OBJECTIVE: Our aim was to describe the foot alignment in National Football League (NFL) players with different symptomatic foot and ankle pathologies using weightbearing cone-beam computed tomography (WBCBCT), comparing them to normally aligned feet as control group. METHODS: 41 feet (36 active NFL players) were assessed using WBCBCT and compared to 20 normally aligned controls from a normal population. Measurements included: Foot and Ankle Offset (FAO); Calcaneal Offset (CO); Hindfoot Alignment Angle (HAA); angle between inferior and superior facets of the talus (Inftal-Suptal); angle between inferior facet of the talus and the horizontal/floor (Inftal-Hor); Forefoot Arch Angle (FAA); navicular- and medial cuneiform-to-floor distance. RESULTS: NFL athletes showed a neutrally aligned hindfoot when compared to controls (FAO: 1% vs 0.5%; CO: 2.3 mm vs 0.8 mm; HAA: 2.9° vs 0.8° in two groups, with all p > 0.05) and a normal morphology of the subtalar joint (no difference in Inftal-Suptal and Inftal-Hor angles). Conversely, in athletes we found a decreased medial longitudinal arch (FAA: 15° vs 18.3°, p = 0.03) with smaller navicular (38.2 mm vs 42.2 mm, p = 0.03) and medial cuneiform (27 mm vs 31.3 mm, p = 0.01) mean distances to the floor when compared to controls. CONCLUSION: In our series, NFL players presented a lower medial longitudinal arch than controls but a neutrally aligned hindfoot. WBCBCT may help shed light on anatomical risk factors for injuries in professional players. Level of Evidence III, Retrospective comparative study.
OBJETIVO: Descrever o alinhamento do pé em jogadores da National Football League (NFL) com diferentes patologias sintomáticas do pé e tornozelo usando a tomografia computadorizada de feixe cônico com suporte de peso (weightbearing cone-beam computed tomography - WBCBCT), e comparar as medidas a grupo controle de voluntários com pés de alinhamento normal. MÉTODOS: Quarenta pés (36 jogadores ativos da NFL) foram avaliados usando WBCBCT e comparados com 20 controles da população normal. As medidas incluíram: Offset do pé e tornozelo(FAO); Calcâneo Offset (CO); ângulo de alinhamento do retropé (HAA); ângulo entre as facetas inferior e superior do tálus (Inftal-Suptal); ângulo entre a faceta inferior do tálus e o solo (Inftal-Hor); ângulo do arco do antepé (FAA); distância navicular/solo e cuneiforme medial/solo. RESULTADOS: Atletas da NFL mostraram retropé com alinhamento neutro quando comparados aos controles (FAO: 1% vs. 0,5%; CO:2,3mm vs. 0,8 mm; HAA: 2,9° vs. 0,8°, com todos p > 0,05) e morfologia normal da articulação subtalar (sem diferença nos ângulos Inftal-Suptal e Inftal-Hor). Por outro lado, observamos nos atletas profissionais um arco longitudinal medial diminuído (FAA: 15° vs. 18,3°,p=0,03) com distâncias médias do navicular/solo (38,2 mm vs. 42,2 mm, p = 0,03) e do cuneiforme medial/solo (27 mm vs. 31,3 mm, p = 0,01) menores quando comparados ao grupo controle. CONCLUSÃO: Em nossa série, os jogadores da NFL apresentaram um arco longitudinal medial diminuído em relação aos controles, mas um retropé neutro. WBCBCT pode ajudar a esclarecer os fatores de risco anatômicos para lesões em jogadores profissionais de elite. Nível de Evidência III, Estudo retrospectivo comparativo.
RESUMO
OBJECTIVES: To describe the surgical treatment of fractures that involves the hallux interphalangeal joint, current indications and management options. METHODS: we performed a literature review of relevant clinical studies in multiple databases, including PubMed, MedLine and Scopus, from January 1989 to October 2020. RESULTS: There is consensus for surgical treatment of intra-articular fractures with a deviation greater than 2 mm, metadiaphyseal fractures with malrotation and/or malangulation, open fractures and unstable fractures. CONCLUSION: The use of more rigid implants allow alignment maintenance during healing process and lower risk of reduction loss. Valgus deformity and interphalangeal joint osteoarthritis are possible complications that must be avoided. Level of Evidence III, Systematic review of Level III studies.
OBJETIVOS: destacar o tratamento cirúrgico das fraturas que envolvem a articulação interfalangiana do hálux, suas indicações atuais e as opções de tratamento. MÉTODOS: Realizamos uma revisão da literatura de estudos clínicos relevantes em múltiplas bases de dados, incluindo PubMed, MedLine e Scopus, de janeiro de 1989 a outubro de 2020. RESULTADOS: Há consenso para o tratamento cirúrgico de fraturas intra-articulares com desvio superior a 2 mm, fraturas metadiafisárias com má rotação e/ou malangulação, fraturas expostas e fraturas instáveis. CONCLUSÃO: O uso de implantes mais rígidos permite a manutenção do alinhamento durante o processo de consolidação e menor risco de perda da redução. As complicações que devem ser evitadas são a deformidade em valgo e a osteoartrite da articulação interfalangeana. Nível de Evidência III, Revisão sistemática de Estudos de Nível III.
RESUMO
Spatial understanding of osteoarticular deformities of the foot and ankle is vital to correct diagnosis and therapeutic decision making. Poor reproducibility in conventional standing radiography in three orthogonal views has driven the development of weight-bearing computed tomography (WBCT) technology over the last decade. We analyzed the available literature on WBCT imaging in patients with foot and ankle disorders by performing a literature review of relevant clinical studies in multiple databases including PubMed, MedLine, and Scopus from January 1999 to October 2017. WBCT imaging allows correct evaluation of foot and ankle anatomy with the patient in a standing position, providing images with high spatial resolution, short image acquisition time, low dose of radiation, and costs which are similar to other available imaging technologies. This diagnostic tool can be used for decision making in the treatment of deformities of the ankle, hindfoot, midfoot, and forefoot. Level of Evidence III; Systematic review of level III studies.
Na topografia do tornozelo e do pé é fundamental o entendimento espacial das deformidades osteoarticulares para correto diagnóstico e decisão terapêutica. A dificuldade de reprodução da avaliação com radiografias convencionais em posição ortostática em três dimensões impulsionou, na última década, o desenvolvimento da tecnologia de tomografia computadoriza com carga. Analisamos a literatura relacionada com o tema tomografia computadorizada com carga em pacientes com distúrbios do pé e do tornozelo. Para fazer isso, realizamos uma revisão da literatura de estudos clínicos relevantes nas bases de bancos eletrônicos, incluindo PubMed, MedLine e Scopus, de janeiro de 1999 a outubro de 2017. A tomografia computadorizada com carga permite a avaliação da anatomia na posição ortostática fisiológica, com imagens de alta resolução espacial, pequeno tempo de aquisição de imagens, baixa dose de radiação e custos similares a outras tecnologias atualmente disponíveis. Ela pode ser usada para tomada de decisão terapêutica em deformidades do tornozelo, retropé, mesopé e antepé. Nível de Evidência III; Revisão sistemática de estudos de nível III.
RESUMO
OBJECTIVES: The purpose of this study was to compare union rates for isolated subtalar arthrodesis with and without the use of bone grafts or bone graft substitutes. METHODS: We retrospectively reviewed 135 subtalar fusions with a mean follow-up of 18 ± 14 months. The standard approach was used for all surgeries. Graft materials included b-tricalcium phosphate, demineralized bone matrix, iliac crest autograft and allograft, and allograft cancellous chips. Successful subtalar fusion was determined clinically and radiographically. RESULTS: There was an 88% (37/42) union rate without graft use and an 83% (78/93) union rate with bone graft use. Odds ratio of union for graft versus no graft was 0.703 (95% CI, 0.237-2.08). The average time to union in the graft group was 3 ± 0.73 months and 3 ± 0.86 in the non-graft group, with no statistically significant difference detected (p = 0.56). CONCLUSION: Graft use did not improve union rates for subtalar arthrodesis. Level of Evidence IV, Case Series.
OBJETIVOS: O propósito deste estudo foi comparar as taxas de união de artrodese subtalar isolada com e sem uso de enxertos ósseos ou seus substitutos. MÉTODOS: Revisamos retrospectivamente 135 fusões subtalares com seguimento médio de 18 ± 14 meses. A via de acesso padrão foi utilizada em todas as cirurgias. Os enxertos utilizados incluíram fosfato b-tricálcico, matriz óssea desmineralizada, autoenxerto e aloenxertos da crista ilíaca e aloenxerto de lascas de osso trabecular. A fusão subtalar bem-sucedida foi determinada clínica e radiograficamente. RESULTADOS: Verificou-se uma taxa de união de 88% (37/42) sem uso de enxerto e de 83% (78/93) com enxerto ósseo. A análise da razão de chances (odds ratio) de união óssea para enxerto e não enxerto foi 0,703 (IC 95%, 0,237-2,08). O tempo médio de união no grupo com enxerto foi de 3 ± 0,73 meses e 3 ± 0,86 no grupo sem enxerto, sem detecção de diferença estatisticamente significante (p = 0,56). CONCLUSÃO: O uso de enxerto não melhorou as taxas de união na artrodese subtalar. Nível de Evidência IV, Série de Casos.