RESUMO
BACKGROUND: Despite the potential benefits of percutaneous procedures for the assessment and treatment of coronary artery disease, these interventions require the use of iodine contrast, which might lead to contrast-induced nephropathy (CIN) and increased risk of dialysis and major adverse cardiac events (MACE). AIMS: We sought to compare two different iodine contrasts (low vs. iso-osmolar) for the prevention of CIN among high-risk patients. METHODS: This is a single-center, randomized (1:1) trial comparing consecutive patients at high risk for CIN referred to percutaneous coronary diagnostic and/or therapeutic procedures with low (ioxaglate) vs. iso-osmolarity (iodixanol) iodine contrast. High risk was defined by the presence of at least one of the following conditions: age >70 years, diabetes mellitus, non-dialytic chronic kidney disease, chronic heart failure, cardiogenic shock, and acute coronary syndrome (ACS). The primary endpoint was the occurrence of CIN, defined as a >25% relative increase and/or >0.5 mg/dL absolute increase in creatinine (Cr) levels compared with baseline between the 2nd and 5th day after contrast media administration. RESULTS: A total of 2,268 patients were enrolled. Mean age was 67 years. Diabetes mellitus (53%), non-dialytic chronic kidney disease (31%), and ACS (39%) were highly prevalent. The mean volume of contrast media was 89 ml ± 48.6. CIN occurred in 15% of all patients, with no significant difference regarding the type of contrast used (iso = 15.2% vs. low = 15.1%, P>.99). Differences were not observed in specific subgroups such as diabetics, elderly, and ACS patients. At 30-day follow-up, 13 patients in the iso-osmolarity group and 11 in low-osmolarity group required dialysis (P =.8). There were 37 (3.3%) deaths in the iso-osmolarity cohort vs. 29 (2.6%) in the low-osmolarity group (P =.4). CONCLUSION: Among patients at high risk for CIN, the incidence of this complication was 15%, and independent of the use of low- or iso-osmolar contrast.
Assuntos
Ácido Ioxáglico , Nefropatias , Idoso , Humanos , Meios de Contraste/efeitos adversos , Angiografia Coronária/efeitos adversos , Angiografia Coronária/métodos , Creatinina , Ácido Ioxáglico/efeitos adversos , Nefropatias/induzido quimicamente , Fatores de Risco , Ácidos Tri-Iodobenzoicos/efeitos adversosRESUMO
INTRODUCTION: This study aimed to compare the characteristics and outcomes of critically ill patients with COVID-19-associated acute kidney injury (AKI) who were treated with kidney replacement therapy (KRT) in the first and second waves of the pandemic in the megalopolis of Sao Paulo, Brazil. METHODS: A multicenter retrospective study was conducted in 10 intensive care units (ICUs). Patients aged ≥18 years, and treated with KRT due to COVID-19-associated AKI were included. We compared demographic, laboratory and clinical data, KRT parameters and patient outcomes in the first and second COVID-19 waves. RESULTS: We assessed 656 patients (327 in the first wave and 329 in the second one). Second-wave patients were admitted later (7.1±5.0 vs. 5.6±3.9 days after the onset of symptoms, p<0.001), were younger (61.4±13.7 vs. 63.8±13.6 years, p = 0.023), had a lower frequency of diabetes (37.1% vs. 47.1%, p = 0.009) and obesity (29.5% vs. 40.0%, p = 0.007), had a greater need for vasopressors (93.3% vs. 84.6%, p<0.001) and mechanical ventilation (95.7% vs. 87.8%, p<0.001), and had higher lethality (84.8% vs. 72.7%, p<0.001) than first-wave patients. KRT quality markers were independently associated with a reduction in the OR for death in both pandemic waves. CONCLUSIONS: In the Sao Paulo megalopolis, the lethality of critically ill patients with COVID-19-associated AKI treated with KRT was higher in the second wave of the pandemic, despite these patients being younger and having fewer comorbidities. Potential factors related to this poor outcome were difficulties in health care access, lack of intra-hospital resources, delay vaccination and virus variants.
Assuntos
Injúria Renal Aguda , COVID-19 , Humanos , Adolescente , Adulto , Brasil/epidemiologia , COVID-19/complicações , COVID-19/epidemiologia , Estado Terminal , Pandemias , Estudos Retrospectivos , Terapia de Substituição Renal , Injúria Renal Aguda/epidemiologia , Injúria Renal Aguda/etiologia , Injúria Renal Aguda/terapiaRESUMO
INTRODUCTION: Multicenter studies involving patients with acute kidney injury (AKI) associated with the disease caused by the new coronavirus (COVID-19) and treated with renal replacement therapy (RRT) in developing countries are scarce. The objectives of this study were to evaluate the demographic profile, clinical picture, risk factors for mortality, and outcomes of critically ill patients with AKI requiring dialysis (AKI-RRT) and with COVID-19 in the megalopolis of São Paulo, Brazil. METHODS: This multicenter, retrospective, observational study was conducted in the intensive care units of 13 public and private hospitals in the metropolitan region of the municipality of São Paulo. Patients hospitalized in an intensive care unit, aged ≥ 18 years, and treated with RRT due to COVID-19-associated AKI were included. RESULTS: The study group consisted of 375 patients (age 64.1 years, 68.8% male). Most (62.1%) had two or more comorbidities: 68.8%, arterial hypertension; 45.3%, diabetes; 36.3%, anemia; 30.9%, obesity; 18.7%, chronic kidney disease; 15.7%, coronary artery disease; 10.4%, heart failure; and 8.5%, chronic obstructive pulmonary disease. Death occurred in 72.5% of the study population (272 patients). Among the 103 survivors, 22.3% (23 patients) were discharged on RRT. In a multiple regression analysis, the independent factors associated with death were the number of organ dysfunctions at admission and RRT efficiency. CONCLUSION: AKI-RRT associated with COVID-19 occurred in patients with an elevated burden of comorbidities and was associated with high mortality (72.5%). The number of organ dysfunctions during hospitalization and RRT efficiency were independent factors associated with mortality. A meaningful portion of survivors was discharged while dependent on RRT (22.3%).
Assuntos
Injúria Renal Aguda/complicações , COVID-19/complicações , Injúria Renal Aguda/epidemiologia , Injúria Renal Aguda/mortalidade , Injúria Renal Aguda/terapia , Idoso , Brasil/epidemiologia , COVID-19/epidemiologia , COVID-19/mortalidade , COVID-19/terapia , Estado Terminal/epidemiologia , Estado Terminal/mortalidade , Estado Terminal/terapia , Feminino , Mortalidade Hospitalar , Humanos , Unidades de Terapia Intensiva , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Terapia de Substituição Renal , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , SARS-CoV-2/isolamento & purificaçãoRESUMO
INTRODUÇÃO: A Cardiomiopatia Periparto (CMPP) é uma insuficiência cardíaca (IC), idiopática, que acomete gestantes e puérperas, desde o 9° mês de gravidez até o 5° mês pósparto. Os sintomas são semelhantes às alterações fisiológicas gestacionais, o que dificulta o diagnóstico. No entanto, a diminuição da função sistólica ventricular esquerda, associada à ausência de doença cardíaca prévia e outra etiologia determinável para IC, falam a favor da CMPP. O prognóstico varia, sendo possível haver recuperação completa do ventrículo esquerdo, disfunção cardíaca persistente, necessidade de transplante e óbito. Não há dados consistentes quanto à prevalência da CMPP, mas estima-se que 1 a cada 4000 gestações tenha esse desfecho. OBJETIVO: Analisar a mortalidade por cardiomiopatia periparto entre as pacientes do município de São Paulo na última década. MÉTODOS: O estudo elaborado trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) entre 2013 a 2023, do município de São Paulo. A análise utiliza as variáveis: cor, faixa etária e escolaridade. RESULTADOS: Durante a última década, apenas 31 mortes por CMPP foram registradas no município de São Paulo. A taxa de mortalidade não seguiu padrões de aumento ou redução ao longo do tempo. A média de registros foi de 3 por ano. O parâmetro cor apresentou uma diferença pouco significativa, pois 55% das padecedoras eram brancas, e 45% pretas ou pardas. Quanto à faixa etária, a maioria das mulheres tinham entre 25 e 34 anos (44%), já as faixas entre 15 a 24 e 35 a 44 anos representaram a mesma porcentagem de 26%. Acerca da escolaridade, padeceram mais mulheres com 8 a 11 anos de estudo (48%), seguido por 26% que frequentaram a escola por 4 a 7 anos. Os grupos que tiveram 1 a 3 e 12 ou mais anos de escolaridade, representaram 6,5% cada, e outras 13% não informaram esse parâmetro. Conclusões: Os resultados sugerem que faleceram mais mulheres por cardiomiopatia periparto com idade entre 25 e 35 anos e com escolaridade de 8 a 11 anos. Apesar dessas conclusões, o estudo demonstrou, sobretudo, uma preocupante subnotificação da prevalência e dos óbitos pela CMPP. Diante de possíveis prognósticos desfavoráveis, aprimorar o diagnóstico e registro dessa patologia é substancial para torná-la evidente, incentivando o aumento de pesquisas que contribuirão para melhores desfechos no futuro.
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Humanos , Feminino , Período PeripartoRESUMO
INTRODUÇÃO: A cardiomegalia é uma condição, na qual o coração assume um tamanho maior e desproporcional diante de um estímulo estressor. Nesse contexto, para aumentar a performance cardíaca ocorre hipertrofia dos cardiomiócitos. No entanto, esse mecanismo torna-se patológico quando o crescimento celular excede a angiogênese, deprimindo assim a função contrátil. O aumento cardíaco pode ser transitório, como em atletas e gestantes, ou secundário a condições sustentadas, como hipertensão arterial, etilismo, doenças infecciosas e mutações genéticas. Apesar de frequentemente ser assintomática, a cardiomegalia é um fator de risco importante para arritmias, insuficiência cardíaca, eventos tromboembólicos e morte súbita. OBJETIVO: Analisar a mortalidade por cardiomegalia no município de São Paulo entre 2013 e 2023. MÉTODOS: Este estudo é uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) entre os anos de 2013 e 2023, do município de São Paulo. A análise utiliza as variáveis: cor, sexo e faixa etária. Resultados: Em 10 anos, foram registrados 2244 óbitos por cardiomegalia no município de São Paulo. Nesse período, a taxa de mortalidade teve um aumento progressivo de 248%, e 2023 foi o ano de maior incidência (374). Quanto à cor, brancos representaram o maior número de padecedores (60%), seguidos por pardos (27,6%), pretos (11%) e amarelos (1,2%). Quanto ao sexo prevalente, mais da metade dos afetados eram homens (65,86%). Por último, foram registradas mortes em todas as faixas etárias, desde indivíduos menores de 1 ano (8) até maiores de 75 anos (529). Sendo que, 2% eram crianças de até 14 anos, 4% adolescentes e jovens adultos, 53% adultos até 64 anos e 42% idosos acima de 65 anos. CONCLUSÕES: Segundo a análise dos resultados, a taxa de mortalidade por cardiomegalia no município de São Paulo aumentou progressivamente na última década. A incidência de óbitos foi maior em indivíduos brancos (60%), do sexo masculino (66%) e com mais de 35 anos (95%). Por fim, a ampliação de prognósticos fatais pode estar relacionada ao crescimento da prevalência dos fatores de risco. Ademais, é provável que os resultados sejam subnotificados, pois os óbitos de indivíduos que tiveram cardiomegalia, mas faleceram pelas patologias decorrentes dessa condição, podem não estar registrados nos dados obtidos neste estudo.
Assuntos
Mortalidade , Cardiomegalia , Miócitos CardíacosRESUMO
INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação de procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Sua ocorrência está diretamente correlacionada à quantidade de volume de contraste administrado, porém não está claro se o tipo de contraste utilizado (baixo ou iso-osmolar) afeta sua ocorrência. OBJETIVO: Nosso objetivo foi avaliar se existe interação entre volume e tipo de contraste (iso ou baixa osmolaridade) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: Subanálise post hoc do estudo Ioxaglate Versus IoDixanol randomizado de centro único para a prevenção da nefropatia induzida por contraste (estudo IDPC - NCT02991742), incluindo pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronarianos diagnósticos e terapêuticos entre 2016 e 2018. Os pacientes foram randomizados 1: 1 para receber contraste baixo ou iso-osmolaridade. Para a presente análise, a amostra total foi dividida em dois grupos, em relação ao volume de contraste utilizado. (Grupo I menor 150ml e Grupo 2 ≥150ml) e comparados conforme o tipo de contraste. O desfecho primário foi ocorrência de NIC entre 48 e 96 horas após o procedimento. NIC foi definida como um aumento na creatinina sérica superior a 25% ou ≥0,5 mg/dl em relação ao valor basal após 48 horas. Para avaliar o efeito do contrato e do volume na ocorrência de NIC foi utilizado um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo também foi avaliado ajustado para síndrome coronariana aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados no software R versão 4.1.2. RESULTADOS: Foram incluídos consecutivamente 2.268 pacientes, sendo 2/3 do sexo masculino e com alta prevalência de hipertensão (85%), diabetes mellitus (52%) e doença renal crônica (31%). Não houve diferença na incidência de NIC entre os grupos (p >0,999). O modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume não apresentou correlação (p-valor > 0,05). CONCLUSÃO: Neste estudo, o uso de maior volume de contraste não foi associado ao aumento da incidência de NIC. O tipo de contraste utilizado (iso ou baixa osmolaridade) não se correlacionou com a ocorrência de NIC.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A insuficiência renal associada ao contraste é definida como o desenvolvimento de disfunção renal aguda após a administração intravascular do contraste de iodo. A ocorrência é definida por uma elevação basal da creatinina de 25% (antes de realizar o procedimento de contraste) ou um aumento absoluto da creatinina de 0,5 mg/dL entre 2 e 7 dias após a administração do contraste. A ocorrência de nefropatia associada ao contraste é menor que 2% na população geral, mas entre os pacientes de alto risco como portadores de diabetes mellitus (DM) esta pode ser elevada e associada a maior morbimortalidade. OBJETIVO: Buscamos definir a incidência da nefropatia renal associada ao contraste após procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos e os preditores para necessidade de hemodiálise em 30 dias em paciente portadores de DM. MÉTODOS: Estudo prospectivo de um único centro, incluindo pacientes com DM de forma consecutiva submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre setembro de 2016 e outubro de 2018. O desfecho primário foi à ocorrência de nefropatia. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar.Análise estatítica: utilizado teste exato de Fisher para comparação dos grupos nas variáveis qualitativas e Mainn Whitney para as quantitativas. Realizado modelo univariado e posteriormente, modelo de regressão logística. RESULTADOS: 1201 pacientes com DM foram incluídos. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (61%) com média de idade de 66 anos (36,4% com > 70 anos). Hipertensão arterial (91,7%), dislipidemia (73,9%), sedentarismo (58,2%) e obesidade (37,5%) foram fatores de risco muito prevalentes. Doença renal crônica foi observada em 28,4%. O volume médio de contraste foi de 88 ml. Nefropatia associada ao contraste ocorreu em 14,9% dos casos. Necessidade de hemodiálise ocorreu em 1,2% e óbito em 2,4% em até 30 dias de evolução. Os preditoresindependentes de diálise foram: taxa de filtração glomerular abaixo de 60 mL/min/1,73 m2 (p < 0,001 OR 0,899); presença de nefropatia após contraste (p=0,001 OR 9,216). CONCLUSÃO: Nesta amostra consecutiva de pacientes com alto risco, as taxas de insuficiência renal associada ao contraste estão de acordo com a literatura e foram associadas a pouca ocorrência de eventos clínicos adversos relevantes. Os principais preditores para necessidade de diálise em pacientes com DM foram taxa de filtração glomerular reduzida e desenvolvimento de nefropatia após contraste.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado na tabela 1 abaixo. CONCLUSÃO: Nesse estudo, mesmos nos casos em que maior quantidade de contraste foi utilizada, o tipo de contraste (iso-osmolar ou de baixa osmolaridade) não foi associado à ocorrência de NIC.
Assuntos
Angiografia Coronária , Nefropatias , Angioplastia Coronária com BalãoRESUMO
BACKGROUND. Despite the potential benefits of percutaneous procedures for the assessment and treatment of coronary artery disease, these interventions require the use of iodine contrast, which might lead to contrast-induced nephropathy (CIN) and increased risk of dialysis and major adverse cardiac events (MACE). Aims. We sought to compare two different iodine contrasts (low vs. iso-osmolar) for the prevention of CIN among high-risk patients. METHODS. This is a single-center, randomized (1:1) trial comparing consecutive patients at high risk for CIN referred to percutaneous coronary diagnostic and/or therapeutic procedures with low (ioxaglate) vs iso-osmolarity (iodixanol) iodine contrast. High risk was defined by the presence of at least one of the following conditions: age >70 years, diabetes mellitus, non-dialytic chronic kidney disease, chronic heart failure, cardiogenic shock, and acute coronary syndrome (ACS). The primary endpoint was the occurrence of CIN, defined as a >25% relative increase and/or >0.5 mg/dL absolute increase in creatinine (Cr) levels compared with baseline between the 2nd and 5th day after contrast media administration. RESULTS. A total of 2268 patients were enrolled. Mean age was 67 years. Diabetes mellitus (53%), non-dialytic chronic kidney disease (31%), and ACS (39%) were highly prevalent. The mean volume of contrast media was 89 ml ± 48.6. CIN occurred in 15% of all patients, with no significant difference regarding the type of contrast used (iso = 15.2% vs low = 15.1%, P>.99). Differences were not observed in specific subgroups such as diabetics, elderly, and ACS patients. At 30-day follow-up, 13 patients in the iso-osmolarity group and 11 in low-osmolarity group required dialysis (P=.8). There were 37 (3.3%) deaths in the iso-osmolarity cohort vs 29 (2.6%) in the low-osmolarity group (P=.4). CONCLUSION. Among patients at high risk for CIN, the incidence of this complication was 15%, and independent of the use of low- or iso-osmolar contrast.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado.
Assuntos
Intervenção Coronária PercutâneaRESUMO
INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado sem diferença entre os grupos (p= 0.974 e p= 0.202) ajustado para sexo, idade, creatinina basal, IC, SCA. CONCLUSÃO: Nesse estudo, mesmos nos casos em que maior quantidade de contraste foi utilizada, o tipo de contraste (iso-osmolar ou de baixa osmolaridade) não foi associado à ocorrência de NIC.
Assuntos
Angiografia , Meios de Contraste , Intervenção Coronária PercutâneaRESUMO
INTRODUÇÃO: A maioria dos estudos epidemiológicos sobre doença cardiovascular baseia-se em modelos masculinos, e seus resultados têm sido extrapolados para a população feminina. Contudo, observa-se que as mulheres possuem peculiaridades relacionadas à doença arterial coronária e cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO: Análise das características clínicas, resultados e sobrevida em mulheres que realizaram a CRM isolada antes dos 45 anos de idade. MÉTODOS: Análise transversal de 91 pacientes do sexo feminino que foram consecutivamente submetidas à CRM isolada no período de 1999 a 2011 com base no banco de dados de hospital terciário especializado em cardiologia na última década. Análise Estatística: Medidas quantitativas foram descritas por média, mediana e desvio padrão. Curva de sobrevida através de Kaplan-Meier. RESULTADOS: No período analisado 91 pacientes do sexo feminino foram submetidas a cirurgia, sendo a idade média de 41,9 anos (DP 3,4 anos) e mediana de 43 anos; portadoras de hipertensão arterial (82,4%), diabetes melitus (31,9%), tabagismo (41,8%), história familiar positiva (30,8%), infarto prévio (57,1%). A maioria era triarterial (35,2%), lesão de tronco presente em 20,9%, lesão uniarterial (14,3%) e biarterial (29,7%). Na fase hospitalar, ocorreram 4 óbitos. Principais complicações relacionadas foram infarto perioperatório (6,6%), síndrome de baixo débito (7,7%), arritmia (5,5%). A curva de sobrevida em 10 anos neste grupo foi de 88%. O tempo médio de acompanhamento das pacientes pós-cirurgia foi de 5,5 anos. O tempo máximo de seguimento foi de 23 anos. CONCLUSÃO: População exclusivamente feminina com DAC grave apresentou evolução tardia satisfatória após CRM. Entender as características clínicas e os possíveis fatores relacionados à morbimortalidade após cirurgia são essenciais para tecer estratégias em busca de melhores resultados.
Assuntos
Diabetes MellitusRESUMO
INTRODUÇÃO: O termo MINOCA (infarto do miocárdio sem obstrução coronária significativa), recentemente incorporado a 4ª Definição Universal de Infarto do iocárdio, tem despertado crescente interesse, pois é um diagnóstico sindrômico que inclui diversas causas, cardíacas e não cardíacas. Como a literatura nacional é escassa sobre as características desta população, optamos por expor nossa experiência inicial. OBJETIVO: Traçar o perfil clínico-epidemiológico-angiográfico dos pacientes portadores de MINOCA atendidos em nosso Serviço. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, utilizando um banco de dados de laboratório de hemodinâmica de um hospital terciário. Foram incluídos 2002 pacientes, submetidos ao cateterismo cardíaco diagnóstico entre 2018 e 2021, correspondendo a 20,8% dos 9.631 dos casos de Síndromes Coronárias Agudas (SCA) identificados nesse período, incluídos de forma sequencial. Exclusões: antecedentes de revascularização prévia. Os resultados clínicos expostos foram restritos à fase hospitalar. RESULTADOS: A maioria era do sexo masculino (51%) e idade média de 59 anos. Do total de pacientes, 77% eram hipertensos, 51% dislipidêmicos, 26% portadores de diabetes, 20% com doença renal crônica, 16% tabagistas e 2,3% apresentavam antecedente de insuficiência cardíaca. Infarto prévio foi observado em 20% dos pacientes. Na base dados, todos os pacientes foram admitidos com diagnóstico de SCA sem supradesnivelamento do segmento ST, sendo que 67% foram classificados como baixo risco e apenas 6% como alto risco, de acordo com o escore de risco TIMI. Sobre a terapia medicamentosa, 90% dos pacientes foram medicados com ácido acetilsalicílico; 86% com estatinas; 71%, utilizaram betabloqueador; 78% clopidogrel; 85% inibidores da ECA/ bloqueadores dos receptores da angiotensina 2. Eventos cardíacos maiores na fase hospitalar ocorreram em 5% dos casos, sendo: mortalidade em 5% e infarto em 1.8%; não observamos casos de isquemia cerebral. CONCLUSÃO: Os casos de MINOCA à estratificação invasiva após SCA constituíram um número expressivo da população total (acima de 20%). Diferente da literatura, discreta maioria era do sexo masculino. Embora não se possa afirmar de forma categórica, nossa impressão é que estes casos apresentam menos fatores de risco clássicos para coronariopatia do que os que se apresentam com aterosclerose significativa. A mortalidade intra-hospitalar foi discretamente superior à citada na literatura.
Assuntos
MINOCA , Cateterismo Cardíaco , Síndrome Coronariana Aguda , MINOCA/diagnósticoRESUMO
INTRODUCTION: Multicenter studies involving patients with acute kidney injury (AKI) associated with the disease caused by the new coronavirus (COVID-19) and treated with renal replacement therapy (RRT) in developing countries are scarce. The objectives of this study were to evaluate the demographic profile, clinical picture, risk factors for mortality, and outcomes of critically ill patients with AKI requiring dialysis (AKI-RRT) and with COVID-19 in the megalopolis of São Paulo, Brazil. METHODS: This multicenter, retrospective, observational study was conducted in the intensive care units of 13 public and private hospitals in the metropolitan region of the municipality of São Paulo. Patients hospitalized in an intensive care unit, aged ≥ 18 years, and treated with RRT due to COVID-19-associated AKI were included. RESULTS: The study group consisted of 375 patients (age 64.1 years, 68.8% male). Most (62.1%) had two or more comorbidities: 68.8%, arterial hypertension; 45.3%, diabetes; 36.3%, anemia; 30.9%, obesity; 18.7%, chronic kidney disease; 15.7%, coronary artery disease; 10.4%, heart failure; and 8.5%, chronic obstructive pulmonary disease. Death occurred in 72.5% of the study population (272 patients). Among the 103 survivors, 22.3% (23 patients) were discharged on RRT. In a multiple regression analysis, the independent factors associated with death were the number of organ dysfunctions at admission and RRT efficiency. CONCLUSION: AKI-RRT associated with COVID-19 occurred in patients with an elevated burden of comorbidities and was associated with high mortality (72.5%). The number of organ dysfunctions during hospitalization and RRT efficiency were independent factors associated with mortality. A meaningful portion of survivors was discharged while dependent on RRT (22.3%).
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Coronavirus , Insuficiência Renal Crônica , Unidades de Terapia Intensiva , Fatores de Risco , Terapia de Substituição RenalRESUMO
INTRODUÇÃO: A doença arterial coronária (DAC) é a principal causa de morbidade e mortalidade entre os pacientes portadores de diabetes mellitus (DM). Observa-se um crescimento considerável na realização de intervenção coronária percutânea (ICP) nesta população. OBJETIVO: Traçar o perfil clínico- epidemiológico-angiográfico e os principais detalhes associados à ICP dos pacientes portadores de DM. MÉTODOS: 3.868 pacientes portadores de DM foram submetidos a ICP entre 2015 e 2020, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, correspondendo a 34,6% dos 11.167 dos casos tratados, incluídos de forma sequencial e prospectiva. Não houve critérios de exclusão. Os resultados clínicos foram restritos à fase hospitalar. RESULTADOS: A maioria (63%) eram do sexo masculino, com idade média de 64 anos. Do total de pacientes, 92% eram hipertensos, 77% dislipidêmicos, 21% com doença renal crônica, 23% ex-tabagistas, 2% apresentaram AVC prévio, 3% portadores de doença valvar prévia. A ICP prévia foi realizada em 16,7%, enquanto 35% apresentaram infarto prévio. A cinecoronariografia identificou: 61,8% eram multiarteriais, dos quais 1,32% exibiam lesões não protegidas do tronco da coronária esquerda. A minoria (49%) apresentavam disfunção ventricular significativa. Stents farmacológicos foram utilizados em 97,2% dos casos. O sucesso angiográfico e clínico, obtiveram sucesso em 74% e 87%, respectivamente. A mortalidade e o infarto ocorreram abaixo de 6% dos casos. Discussão: É cada vez mais prevalente o número de pacientes portadores de DM submetidos à ICP. Historicamente, essa população apresenta pior prognóstico quando comparada aos não diabéticos. Na presente série de pacientes, a ICP mostrou-se eficaz em controlar os sintomas, já que houve sucesso clínico em 87%. Em comparação à população geral, os pacientes portadores de DM submetidos a procedimentos de revascularização percutânea apresentam mais frequentemente doença difusa. CONCLUSÃO: Nessa população, observa-se que os pacientes portadores de DM constituíram a minoria dos pacientes tratados; a doença multiarterial grave foi o achado predominante; os stents farmacológicos foram implantados quase em todos os casos e os sucessos angiográfico e clínico apresentaram-se elevados.
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Perfil de Saúde , Diabetes Mellitus , Intervenção Coronária PercutâneaRESUMO
INTRODUÇÃO: O termo MINOCA (infarto do miocárdio sem obstrução coronária significativa), recentemente incorporado a 4ª Definição Universal de Infarto do Miocárdio, tem despertado crescente interesse, pois é um diagnóstico sindrômico que inclui diversas causas, cardíacas e não cardíacas. Como a literatura nacional é escassa sobre as características desta população, optamos por expor nossa experiência inicial. OBJETIVO: Traçar o perfil clínico-epidemiológico-angiográfico dos pacientes portadores de MINOCA atendidos em nosso Serviço. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, utilizando um banco de dados de laboratório de hemodinâmica de um hospital terciário. Foram incluídos 2002 pacientes, submetidos ao cateterismo cardíaco diagnóstico entre 2018 e 2021, correspondendo a 20,8% dos 9.631 dos casos de Síndromes Coronárias Agudas (SCA) identificados nesse período, incluídos de forma sequencial. Exclusões: antecedentes de revascularização prévia. Os resultados clínicos expostos foram restritos à fase hospitalar. RESULTADOS: A maioria era do sexo masculino (51%) e idade média de 59 anos. Do total de pacientes, 77% eram hipertensos, 51% dislipidêmicos, 26% portadores de diabetes, 20% com doença renal crônica, 16% tabagistas e 2,3% apresentavam antecedente de insuficiência cardíaca. Infarto prévio foi observado em 20% dos pacientes. Na base dados, todos os pacientes foram admitidos com diagnóstico de SCA sem supradesnivelamento do segmento ST, sendo que 67% foram classificados como baixo risco e apenas 6% como alto risco, de acordo com o escore de risco TIMI. Sobre a terapia medicamentosa, 90% dos pacientes foram medicados com ácido acetilsalicílico; 86% com estatinas; 71%, utilizaram betabloqueador; 78% clopidogrel; 85% inibidores da ECA/ bloqueadores dos receptores da angiotensina 2. Eventos cardíacos maiores na fase hospitalar ocorreram em 5% dos casos, sendo: mortalidade em 5% e infarto em 1.8%; não observamos casos de isquemia cerebral. CONCLUSÃO: Os casos de MINOCA à estratificação invasiva após SCA constituíram um número expressivo da população total (acima de 20%). Diferente da literatura, discreta maioria era do sexo masculino. Embora não se possa afirmar de forma categórica, nossa impressão é que estes casos apresentam menos fatores de risco clássicos para coronariopatia do que os que se apresentam com aterosclerose significativa. A mortalidade intra-hospitalar foi discretamente superior à citada na literatura.
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Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Infarto do Miocárdio/epidemiologia , Cateterismo Cardíaco , Mortalidade Hospitalar , Síndrome Coronariana Aguda , HemodinâmicaRESUMO
Introdução A pandemia global da doença de coronavírus 2019 (COVID-19) causada pelo novo vírus de síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) começou em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e afetou mais de 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo, com 302.169 mortes até o dia 16 de maio de 2020.1 Embora os sintomas respiratórios sejam a apresentação mais comum de COVID-19, o envolvimento cardíaco é uma característica proeminente dessa doença, ocorrendo em 20% a 30% dos pacientes hospitalizados e contribuindo para 40% dos óbitos.2-4 O envolvimento cardíaco relacionado à COVID-19 tem sido documentado por elevações em biomarcadores cardíacos e frequentemente apresenta alterações no segmento ST-T no eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações, motivo pelo qual a equipe do laboratório de cateterismo é frequentemente ativada. Além disso, as atividades do laboratório de cateterismo devem continuar no atendimento a pacientes não COVID-19 que apresentam síndrome coronariana aguda (SCA) verdadeira, infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e doença cardíaca isquêmica estável muito sintomática. Devido à escalada no número de casos de COVID-19 na cidade de São Paulo, epicentro da doença no Brasil, reformularam-se a logística e as práticas no laboratório de cateterismo cardíaco do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, que entraram em vigor em abril de 2020 e continuarão durante o período da pandemia. Os objetivos são fornecer atendimento otimizado à população que necessita de procedimentos cardíacos invasivos durante a pandemia, com a proteção adequada aos profissionais de saúde (PS), pacientes e seus familiares. Os protocolos aqui descritos representam os esforços multidisciplinares e dinâmicos do Departamento de Cardiologia Invasiva do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia validados pelo Comitê de Controle de Infecção da instituição. Essas práticas estão sujeitas a alterações em função do estado epidemiológico local, a fase da epidemia e a disponibilidade de equipamento de proteção individual (EPI). Estes protocolos podem não se aplicar a outras localidades sem casos (ou casos esporádicos) de COVID-19 ou a serviços que atendem diferentes perfis populacionais com logísticas e disponibilidade de EPI diversas.
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Infecções por Coronavirus , Betacoronavirus , Doenças Cardiovasculares , Guia de Prática Clínica , Habilidades para Realização de Testes , Reestruturação HospitalarRESUMO
Introdução: Com o aumento da longevidade observado nas últimas décadas, as intervenções coronárias percutâneas (ICP) em octogenários são cada vez mais indicadas. Objetivo: Traçar o perfil clínico-epidemiológico-angiográfico e os principais detalhes associados à ICP dos pacientes octogenários. Métodos: Cento e cinquenta pacientes octogenários foram submetidos à ICP entre janeiro de 2015 a dezembro de 2016, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, correspondendo a 3,7% dos 3987 casos tratados e a 18% dos com idade >70 anos, e incluídos de forma sequencial e prospectiva. Não houve critérios de exclusão. Os resultados clínicos expostos foram restritos à fase hospitalar. Resultados: A maioria (63%) era do sexo masculino, com idade média de 86±3,9 anos (máximo de 102 anos). Do total de pacientes, 91,3% eram hipertensos, 37,4% diabéticos, a ICP prévia foi realizada em para 17,4%, enquanto 34,1% apresentaram infarto prévio. A cinecoronariografia identificou que 70,4% eram multiarteriais, dos quais 4% exibiam lesões não pro - tegidas do tronco da coronária esquerda. A maioria (55%) apresentava disfunção ventricular significativa. Stents farmacológicos (SF) foram utilizados em 97,2% dos casos. O sucesso angiográfico foi obtido em 97,5% e o sucesso clínico em 93,2%. A mortalidade e o infarto ocorreram abaixo de 4,3% dos casos. Conclusão: Nessa população, observaram-se que os pacientes octogenários constituíram a minoria dos idosos tratados; a doença multiarterial grave foi o achado predominante; os stents farmacológicos foram implantados quase em todos os casos e os sucessos angiográfico e clínico apresentaram-se elevado
With the increase in longevity observed in recent decades, percutaneous coronary interventions (PCI) in octogenarians are increasingly indicated. Objective: To outline the clinical, epidemiological and angiographic profile and main details associated with PCI in octogenarian patients. Methods: One hundred and fifty octogenarian patients underwent PCI between January 2015 and December 2016 at the Dante Pazzanese In - stitute of Cardiology, corresponding to 3.7% of the 3987 cases treated and 18% of those aged> 70 years, and included sequentially and prospectively. There were no exclusion criteria. The clinical results were restricted to the hospital phase. Results: The majority (63%) were males, with a mean age of 86±3.9 years (maximum 102 years). Of the total patients, 91.3% were hypertensive, 37.4% were diabetic, 17.4% had previously undergone PCI, while 34.1% had previous infarction. The coronary angiography indicated that 70.4% were multiarterial, of which 4% had unprotected lesions of the trunk of the left coronary artery. The majority (55%) had significant ventricular dysfunction. Pharmacological stents were used in 97.2% of the cases. Angiographic success was achieved in 97.5% and clinical success in 93.2%. Mortality and infarction occurred in less than 4.3% of the cases. Conclusion: In this population, it was observed that octogenarian patients constituted a minority of treated elderly; severe multivessel disease was the predominant finding; pharmacological stents were implanted in almost all cases, and angiographic and clin
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Humanos , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Doença da Artéria Coronariana/tratamento farmacológico , Doença da Artéria Coronariana/epidemiologia , Intervenção Coronária Percutânea/reabilitação , Angiografia/métodos , Heparina/administração & dosagem , Comorbidade , Aspirina/administração & dosagem , Stents FarmacológicosRESUMO
INTRODUÇÃO: Com o aumento da longevidade observado nas últimas décadas, as intervenções coronárias percutâneas (ICP) em octogenários são cada vez mais indicadas. OBJETIVO: Traçar o perfil clínico-epidemiológico-angiográfico e os principais detalhes associados à ICP dos pacientes octogenários. MÉTODOS: Cento e cinquenta pacientes octogenários foram submetidos à ICP entre janeiro de 2015 a dezembro de 2016, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, correspondendo a 3,7% dos 3987 casos tratados e a 18% dos com idade >70 anos, e incluídos de forma sequencial e prospectiva. Não houve critérios de exclusão. Os resultados clínicos expostos foram restritos à fase hospitalar. RESULTADOS: A maioria (63%) era do sexo masculino, com idade média de 86±3,9 anos (máximo de 102 anos). Do total de pacientes, 91,3% eram hipertensos, 37,4% diabéticos, a ICP prévia foi realizada em para 17,4%, enquanto 34,1% apresentaram infarto prévio. A cinecoronariografia identificou que 70,4% eram multiarteriais, dos quais 4% exibiam lesões não protegidas do tronco da coronária esquerda. A maioria (55%) apresentava disfunção ventricular significativa. Stents farmacológicos (SF) foram utilizados em 97,2% dos casos. O sucesso angiográfico foi obtido em 97,5% e o sucesso clínico em 93,2%. A mortalidade e o infarto ocorreram abaixo de 4,3% dos casos. CONCLUSÃO: Nessa população, observaram-se que os pacientes octogenários constituíram a minoria dos idosos tratados; a doença multiarterial grave foi o achado predominante; os stents farmacológicos foram implantados quase em todos os casos e os sucessos angiográfico e clínico apresentaram-se elevados. (AU)
INTRODUCTION: With the increase in longevity observed in recent decades, percutaneous coronary interventions (PCI) in octogenarians are increasingly indicated. OBJECTIVE: To outline the clinical, epidemiological and angiographic profile and main details associated with PCI in octogenarian patients. METHODS: One hundred and fifty octogenarian patients underwent PCI between January 2015 and December 2016 at the Dante Pazzanese Institute of Cardiology, corresponding to 3.7% of the 3987 cases treated and 18% of those aged> 70 years, and included sequentially and prospectively. There were no exclusion criteria. The clinical results were restricted to the hospital phase. RESULTS: The majority (63%) were males, with a mean age of 86±3.9 years (maximum 102 years). Of the total patients, 91.3% were hypertensive, 37.4% were diabetic, 17.4% had previously undergone PCI, while 34.1% had previous infarction. The coronary angiography indicated that 70.4% were multiarterial, of which 4% had unprotected lesions of the trunk of the left coronary artery. The majority (55%) had significant ventricular dysfunction. Pharmacological stents were used in 97.2% of the cases. Angiographic success was achieved in 97.5% and clinical success in 93.2%. Mortality and infarction occurred in less than 4.3% of the cases. CONCLUSION: In this population, it was observed that octogenarian patients constituted a minority of treated elderly; severe multivessel disease was the predominant finding; pharmacological stents were implanted in almost all cases, and angiographic and clinical success rates were high. (AU)