Ultra-processed food consumption is positively associated with the incidence of depression in Brazilian adults (CUME project).

OBJECTIVE: To evaluate the association between the consumption of ultra-processed food and the incidence of depression in Brazilian adults. METHODS: This longitudinal study included 2572 participants (M = 936 and F = 1636, mean age of 36.1 years) from the Cohort of Universities of Minas Gerais - CUME Project, Brazil. Ultra-processed food (UPF) consumption (in % of daily energy intake, DEI), as defined by the NOVA food classification system, was assessed at baseline using a validated semi-quantitative 144-item food frequency questionnaire. Participants were classified as incident cases of depression if they reported a medical diagnosis of depression in at least one of the follow-up questionnaires. Crude and adjusted cox regression models were used to assess the relationship between UPF consumption and the incidence of depression. RESULTS: After a mean of follow-up of 2,96 years, a total of 246 incident cases of depression were identified. The mean consumption of UPF was 44 g/d or 24 % of DEI. Participants in the highest quartile of UPF consumption (31 to 72 % of DEI) had a higher risk of developing depression (HR = 1.82 95 % CI = 1.15-2.88) than those in the lowest quartile (0 to 16 % of DEI) after adjusting for potential confounders. CONCLUSION: Higher UPF consumption is a risk factor of depression incidence in Brazilian adults with high education level.

Interaction effect between breakfast skipping and sedentary behavior in the dietary inflammatory potential of Brazilian school-age children.

OBJECTIVES: Missed nutrients from skipped meals affect diet quality. However, the extent to which breakfast skipping affects the inflammatory potential of a diet, as indicated by Children's Dietary Inflammatory Index (C-DII) score, remains unknown. We aimed to evaluate the association between breakfast skipping and C-DII score, and investigate the presence of interaction with sociodemographic factors and sedentary behavior. METHODS: This representative cross-sectional study enrolled 378 children ages 8 and 9 y from Viçosa, Minas Gerais, Brazil in 2015. We collected sociodemographic data (sex, age, race, and household per-capita income) and screen time using a semistructured questionnaire. Dietary intake and breakfast skipping were evaluated by three 24-h dietary recalls from which energy-adjusted C-DII scores were calculated. We performed linear regression models to test the associations and possible interactions. RESULTS: The prevalence of breakfast skipping and sedentary behavior were 20.1% and 47.6%, respectively. The mean ± standard deviation of the C-DII scores was 0.60 ± 0.94, and ranged from -2.16 (most anti-inflammatory diet) to 2.75 (most proinflammatory diet). Breakfast skipping was associated with a higher intake of lipids, monounsaturated fat, and polyunsaturated fat, as well as lower carbohydrate, calcium, and magnesium intake (P < 0.05). After adjustment, breakfast skippers had higher C-DII scores (ß = 0.33; 95% confidence interval, 0.12-0.54). This association was more pronounced in children with sedentary behavior (ß = 0.53; 95% confidence interval, 0.24-0.82). CONCLUSIONS: Breakfast skipping was associated with a more proinflammatory diet in school-age children, and there was significant interaction with sedentary behavior. Early childhood interventions encouraging the habit of eating a breakfast and engaging in physical activity may help reduce the dietary inflammatory potential and prevent related cardiometabolic disorders.

Estresse psicossocial no trabalho e pressão arterial: resultados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) / Psychosocial stress at work and blood pressure: baseline results from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil)

O objetivo desta tese é avaliar as relações entre o estresse no trabalho e a distribuição de pressão arterial. Foram utilizados dados dos participantes ativos na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um estudo de coorte multicêntrico de 15.105 servidores públicos brasileiros. O estresse no trabalho foi avaliado através da versão brasileira do questionário sueco de demanda-controle-suporte social, e a pressão arterial casual foi mensurada através de técnica oscilométrica. Os resultados são apresentados em dois artigos. No primeiro artigo, buscou-se analisar a relação entre o estresse no trabalho e a distribuição de pressão arterial através de técnicas exploratórias, apresentando-se ainda aspectos relacionados à operacionalização das variáveis de exposição e desfecho que influenciam o estudo de suas inter-relações. Os resultados evidenciaram que a relação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial varia ao longo da distribuição do desfecho estudado. As maiores diferenças nos níveis pressóricos entre os grupos de baixo e alto estresse no trabalho foram observadas entre usuários de anti-hipertensivos. As diferenças entre esses grupos de comparação foram também maiores para participantes acima de 50 anos, mas os resultados foram semelhantes entre homens e mulheres. O segundo artigo teve o objetivo de analisar a associação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial através do método de regressão quantílica, investigando se os componentes individuais do modelo demanda-controle se associam de forma diferenciada com a pressão arterial.Ouso do método de regressão quantílica forneceu informações adicionais sobre a heterogeneidade da associação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial ao longo da distribuição do desfecho.

Dentre os componentes do modelo demanda-controle avaliados, somente autonomia para decisão foi diretamente associada à pressão arterial sistólica entre não usuários de anti-hipertensivos e essa associação foi significativa apenas na parte central da distribuição de pressão arterial. Nenhuma diferença foi também observada segundo o sexo.Concluiu-se que a relação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial é heterogênea ao longo da distribuição do desfecho estudado, e que o uso de anti-hipertensivos atua como um importante moderador dessa relação. Verificou-se, ainda, diferentes padrões de associação da pressão arterial com as subdimensões uso de habilidades e autonomia para decisão, o que sugere que o controle no trabalho pode não ser um conceito único em relação aos níveis pressóricos. (AU)

The aim of this thesis is to evaluate the relationship between job strain and blood pres-sure distribution. We used baseline data of active participants of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multicenter cohort study of 15,105 Brazilian civil servants. Job strain was assessed by the Brazilian version of the Swedish Demand-Control-Support Ques-tionnaire, and blood pressure was measured by an oscillometric technique. The results are presented in two papers. In the first paper, we analyzed the relationship between job strain and blood pressure distribution by exploratory techniques. We also presented the methodological issues relating to the operationalization of the exposure and outcome variables that influence the study of their inter-relations. The results showed that the relationship between job strain and blood pressure varies along the distribution of the outcome studied. The greatest differences between the low and high job strain groups were found among those who used antihypertensive drugs. The differences between these comparison groups were also greater among participants who were more than 50 years old, but the results were similar among men and women. The second paper aimed to analyze the association between job strain and blood pressure by the quantile regression method and to investigate whether the individual components of the demand-control model presented differential associations with blood pressure. The use of the quantile regression method provided additional information about the heterogeneity of the association between job strain and blood pressure along the distribution of the outcome. Among the components of the demand-control model evaluated, only decision authority was directly associated with blood pressure among those who did not use antihypertensive drugs and this association was significant only in the middle part of blood pressure distribution.

No differences were observed by sex. We concluded that the relationship between job strain and blood pressure is heterogeneous along the distribution of the outcome studied, and that the use of antihypertensive drugs is an important moderator of this relationship. We also identified different patterns of association between blood pressure and the sub-dimensions skill discretion and decision authority, suggesting that job control may not be a unique concept in relation to blood pressure. (AU)

Estresse psicossocial no trabalho e pressão arterial: resultados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) / Psychosocial stress at work and blood pressure: baseline results from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil)

O objetivo desta tese é avaliar as relações entre o estresse no trabalho e a distribuição de pressão arterial. Foram utilizados dados dos participantes ativos na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um estudo de coorte multicêntrico de 15.105 servidores públicos brasileiros. O estresse no trabalho foi avaliado através da versão brasileira do questionário sueco de demanda-controle-suporte social, e a pressão arterial casual foi mensurada através de técnica oscilométrica. Os resultados são apresentados em dois artigos. No primeiro artigo, buscou-se analisar a relação entre o estresse no trabalho e a distribuição de pressão arterial através de técnicas exploratórias, apresentando-se ainda aspectos relacionados à operacionalização das variáveis de exposição e desfecho que influenciam o estudo de suas inter-relações. Os resultados evidenciaram que a relação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial varia ao longo da distribuição do desfecho estudado. As maiores diferenças nos níveis pressóricos entre os grupos de baixo e alto estresse no trabalho foram observadas entre usuários de anti-hipertensivos. As diferenças entre esses grupos de comparação foram também maiores para participantes acima de 50 anos, mas os resultados foram semelhantes entre homens e mulheres. O segundo artigo teve o objetivo de analisar a associação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial através do método de regressão quantílica, investigando se os componentes individuais do modelo demanda-controle se associam de forma diferenciada com a pressão arterial.Ouso do método de regressão quantílica forneceu informações adicionais sobre a heterogeneidade da associação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial ao longo da distribuição do desfecho.

Dentre os componentes do modelo demanda-controle avaliados, somente autonomia para decisão foi diretamente associada à pressão arterial sistólica entre não usuários de anti-hipertensivos e essa associação foi significativa apenas na parte central da distribuição de pressão arterial. Nenhuma diferença foi também observada segundo o sexo.Concluiu-se que a relação entre o estresse no trabalho e a pressão arterial é heterogênea ao longo da distribuição do desfecho estudado, e que o uso de anti-hipertensivos atua como um importante moderador dessa relação. Verificou-se, ainda, diferentes padrões de associação da pressão arterial com as subdimensões uso de habilidades e autonomia para decisão, o que sugere que o controle no trabalho pode não ser um conceito único em relação aos níveis pressóricos. (AU)

The aim of this thesis is to evaluate the relationship between job strain and blood pres-sure distribution. We used baseline data of active participants of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multicenter cohort study of 15,105 Brazilian civil servants. Job strain was assessed by the Brazilian version of the Swedish Demand-Control-Support Ques-tionnaire, and blood pressure was measured by an oscillometric technique. The results are presented in two papers. In the first paper, we analyzed the relationship between job strain and blood pressure distribution by exploratory techniques. We also presented the methodological issues relating to the operationalization of the exposure and outcome variables that influence the study of their inter-relations. The results showed that the relationship between job strain and blood pressure varies along the distribution of the outcome studied. The greatest differences between the low and high job strain groups were found among those who used antihypertensive drugs. The differences between these comparison groups were also greater among participants who were more than 50 years old, but the results were similar among men and women. The second paper aimed to analyze the association between job strain and blood pressure by the quantile regression method and to investigate whether the individual components of the demand-control model presented differential associations with blood pressure. The use of the quantile regression method provided additional information about the heterogeneity of the association between job strain and blood pressure along the distribution of the outcome. Among the components of the demand-control model evaluated, only decision authority was directly associated with blood pressure among those who did not use antihypertensive drugs and this association was significant only in the middle part of blood pressure distribution.

No differences were observed by sex. We concluded that the relationship between job strain and blood pressure is heterogeneous along the distribution of the outcome studied, and that the use of antihypertensive drugs is an important moderator of this relationship. We also identified different patterns of association between blood pressure and the sub-dimensions skill discretion and decision authority, suggesting that job control may not be a unique concept in relation to blood pressure. (AU)