RESUMO
This study aims to analyze the protective and destructive critical processes of 34 water women in the municipalities of Cabo de Santo de Agostinho and Ipojuca, Pernambuco, Brazil, from February/21 to August/22. The work process stages were systematized by the work flowchart, and we employed Breilh's critical processes matrix to organize the data. The destructive processes identified in the general domain were injustice and socio-environmental vulnerability, such as the economic development model, the Suape Industrial Port Complex, the 2019 oil spill crime disaster, the COVID-19 pandemic, and the difficult access to public policies; in the particular domain: overloads and extended working hours, use of rudimentary equipment and tools, and unequal gender, class, and race relationships; in the singular domain: physical and mental illnesses and deaths. The protective processes identified in the general domain were sustainable development objectives, public health, and social assistance policies; in the particular domain, group work and processing, consumption for subsistence; in the singular domain, fishing as a therapeutic, pleasurable, and sharing process. The study highlighted the central issues of the water women and the need to establish public policies targeting their care.
Objetivou-se analisar os processos críticos, protetores e destrutivos do trabalho de 34 mulheres das águas nos municípios de Cabo de Santo de Agostinho e Ipojuca (PE), de fevereiro de 2021 a agosto de 2022. As etapas do processo de trabalho foram sistematizadas pelo fluxograma do trabalho e organizadas na matriz de processos críticos de Breilh. Os processos destrutivos, no domínio geral, foram: injustiça e vulnerabilização socioambiental como modelo de desenvolvimento econômico, o Complexo Industrial Portuário de Suape, o desastre-crime de petróleo ocorrido em 2019, a pandemia de COVID-19 e dificuldade de acesso às políticas públicas; no particular: jornadas e sobrecargas de trabalho, uso de equipamentos e ferramentas rudimentares e relações desiguais de gênero, classe e raça; no singular: adoecimentos físicos, mentais e mortes. Os processos protetores, no domínio geral: os objetivos de desenvolvimento sustentável, políticas públicas de saúde e assistência social; no particular: trabalho e beneficiamento em grupo, consumo para subsistência; no singular: a pesca como processo terapêutico, prazeroso e de partilha. O estudo destacou os problemas centrais das mulheres das águas e a necessidade do estabelecimento de políticas públicas voltadas ao seu cuidado.
Assuntos
COVID-19 , Brasil , Feminino , Humanos , COVID-19/epidemiologia , COVID-19/prevenção & controle , Pesqueiros , Adulto , Política Pública , Saúde Pública , Pessoa de Meia-Idade , Desenvolvimento SustentávelRESUMO
RESUMO Com o objetivo de analisar os processos de vulnerabilização socioambientais e em saúde das populações expostas ao petróleo bruto, no contexto da pandemia de covid-19 e apresentar caminhos para a reparação integral comunitária, este estudo assumiu uma perspectiva teórico-metodológica ancorada na Abordagem Ecossistêmica em Saúde, na Reprodução Social da Saúde e na Determinação Social da Saúde. Recorreu-se à pesquisa-ação como estratégia para a interação dialógica com os sujeitos dos territórios e construção de experiências emancipatórias na luta por saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável. Apresenta-se, de forma geral, o processo de determinação social da saúde das comunidades da pesca artesanal, a promoção de interlocuções comunitária-institucional. Os resultados reforçam a necessidade de estudos no campo da saúde ambiental que alie o conhecimento acadêmico e a sabedoria dos povos das águas à busca por verdade, justiça e reparação. Para tal, é necessário desvelar as injustiças ambientais, o racismo ambiental e os conflitos ambientais, dialogando sobre o modelo de desenvolvimento e o neoextrativismo na sociedade, enquanto importantes desafios e oportunidades para promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis.
ABSTRACT This study adopted a theoretical-methodological perspective anchored in the Ecosystem Approach to Health, the Social Reproduction of Health, and the Social Determinants of Health to analyze the socioenvironmental vulnerability and health of populations exposed to crude oil during the COVID-19 pandemic and present pathways for comprehensive community reparation. We employed action research as a strategy for dialogic interaction with the subjects of the territories and the construction of emancipatory experiences in the struggle for health, the environment, and sustainable development. We presented a general outlook on the social determination of the health of small-scale fishing communities and the promotion of community-institutional dialogues. The results reinforce the need for environmental health studies that combine academic knowledge with the wisdom of water peoples in the pursuit of truth, justice, and reparation. To do so, it is necessary to unveil environmental injustice, racism, and conflicts, engaging in dialogue about the development model and neo-extractivism in society as essential challenges and opportunities for promoting Healthy and Sustainable Territories.
RESUMO
Resumo Objetivou-se analisar os processos críticos, protetores e destrutivos do trabalho de 34 mulheres das águas nos municípios de Cabo de Santo de Agostinho e Ipojuca (PE), de fevereiro de 2021 a agosto de 2022. As etapas do processo de trabalho foram sistematizadas pelo fluxograma do trabalho e organizadas na matriz de processos críticos de Breilh. Os processos destrutivos, no domínio geral, foram: injustiça e vulnerabilização socioambiental como modelo de desenvolvimento econômico, o Complexo Industrial Portuário de Suape, o desastre-crime de petróleo ocorrido em 2019, a pandemia de COVID-19 e dificuldade de acesso às políticas públicas; no particular: jornadas e sobrecargas de trabalho, uso de equipamentos e ferramentas rudimentares e relações desiguais de gênero, classe e raça; no singular: adoecimentos físicos, mentais e mortes. Os processos protetores, no domínio geral: os objetivos de desenvolvimento sustentável, políticas públicas de saúde e assistência social; no particular: trabalho e beneficiamento em grupo, consumo para subsistência; no singular: a pesca como processo terapêutico, prazeroso e de partilha. O estudo destacou os problemas centrais das mulheres das águas e a necessidade do estabelecimento de políticas públicas voltadas ao seu cuidado.
Abstract This study aims to analyze the protective and destructive critical processes of 34 water women in the municipalities of Cabo de Santo de Agostinho and Ipojuca, Pernambuco, Brazil, from February/21 to August/22. The work process stages were systematized by the work flowchart, and we employed Breilh's critical processes matrix to organize the data. The destructive processes identified in the general domain were injustice and socio-environmental vulnerability, such as the economic development model, the Suape Industrial Port Complex, the 2019 oil spill crime disaster, the COVID-19 pandemic, and the difficult access to public policies; in the particular domain: overloads and extended working hours, use of rudimentary equipment and tools, and unequal gender, class, and race relationships; in the singular domain: physical and mental illnesses and deaths. The protective processes identified in the general domain were sustainable development objectives, public health, and social assistance policies; in the particular domain, group work and processing, consumption for subsistence; in the singular domain, fishing as a therapeutic, pleasurable, and sharing process. The study highlighted the central issues of the water women and the need to establish public policies targeting their care.
RESUMO
As pescadoras artesanais do litoral de Pernambuco enfrentam os impactos das indústrias, do derramamento de petróleo e da pandemia de covid-19, conformando uma sindemia que agrava as vulnerabilidades socioe-conômicas, ambientais e sanitárias. Objetivou-se demonstrar que estratégias de comunicação e divulgação científica, como a cartilha "Saúde das mulheres das águas" e o documentário O mar que habita em mim, são importantes por promoverem a democratização do conhecimento. Trata-se de pesquisa-ação do tipo etnográfica para identificar aspectos do trabalho e da vida. Participaram 34 pescadoras, mediante grupos focais, oficina de fluxograma laboral, vivência do trabalho da pesca, análise e produção de estratégias. Esses materiais demonstram a relação saúde doença no trabalho da pesca enfatizando narrativas sobre deter-minação social da saúde. As estratégias comunicativas provocaram interesse da sociedade, promoveram debate e contribuíram para a consciência de profissionais/gestores de saúde sobre os povos das águas e as situações nos territórios.
Artisanal fisherwomen of Pernambuco face the impacts of the industries, of an oil spill and of the covid-19 pandemic, forming a syndemic that aggravates socioeconomic, environmental and health vulnerabilities. The objective was to demonstrate that scientific communication and dissemination strategies, such as the booklet "Saúde das mulheres das águas" and the documentary O mar que habita em mim, promote knowledge. This is an ethnographic type of action research to identify aspects of work and life. A total of 34 artisanal fisherwomen participated, in focus groups, labor flowchart workshop, experience of fishing work, analysis and production of strategies. These materials demonstrate the health disease relationship in fishing work, emphasizing the narratives of the fisherwomen about the social determination of their health. The communicative strategies provoked society's interests, promoted the debate and contributed to the awareness of professionals and health managers about the health of water's people and situations in the territories.
Pescadoras artesanales de pernambucano enfrentan impactos de industrias, derrame de petróleo y la pandemia de covid-19, formando una sindemia que agrava vulnerabilidades socioeconómicas, ambientales y de salud. El objetivo fue demostrar que las estrategias de comunicación y divulgación científica, como el folleto "'Salud das mujeres das aguas" y el documentario El mar que habita en mí, democratizan el conocimiento. Tiene abordaje de investigación-acción, etnográfica, para identificar aspectos del trabajo y la vida. Participaron 34 pescadoras en grupos focales, taller del flujo de trabajo, vivencia del trabajo en la pesca, análisis y elaboración de estrategias. Estos materiales demuestran la relación salud enfermedad en el trabajo pesquero, enfatizando narrativas sobre la determinación social de la salud. Las estrategias comu-nicativas despertaron el interés de la sociedad, promovieron el debate y contribuyeron a la sensibilización de los profesionales/gestores de la salud sobre los pueblos de las aguas y las situaciones de los territorios.
Assuntos
Mulheres , Comunicação , Risco à Saúde Humana , Meio Ambiente , Comunicação e Divulgação Científica , Comunicação em Saúde , Pesqueiros , Equidade de Gênero , Vulnerabilidade Social , Fatores Socioeconômicos , Trabalho , Impactos da Poluição na Saúde , Indústria de Petróleo e Gás , COVID-19RESUMO
The magnitude of the environmental and social problems due to urbanization, industrialization and exhaustion of natural resources has shown an increase in the impact on health and environment. Paradoxically, the consumption patterns demand for the expansion in the industrial production based on the exploitation of the non-renewable resources, which technological risks, especially from the petrochemical industry, have put difficulties on the risk control and health surveillance. The petroleum refining is an activity potentially damageable to the environment and human health, particularly to workers. The main objective of this study was to characterize the scenarios of risk to environmental health due to an oil refinery installation in the Metropolitan Region of Recife (Pernambuco). Based on secondary data and literature review, a Social Reproduction Matrix was made contextualizing the problems in the biological, consciousness and conduct, economic, policy and ecological dimensions, enabling to presume the risks to support the health surveillance development and organization in the state, with intersectoriality, social participation, and able to intervene on risks and prevent diseases among the workers and people in the territory.
Assuntos
Indústrias Extrativas e de Processamento , Petróleo , Brasil , Saúde Ambiental , Humanos , RiscoRESUMO
A magnitude dos problemas socioambientais relacionados à urbanização, industrialização e esgotamento de recursos naturais tem impacto crescente sobre a saúde e o ambiente. Paradoxalmente, os padrões de consumo demandam a ampliação da produção industrial, baseada na exploração de recursos não renováveis, cujos riscos tecnológicos, particularmente os da indústria petroquímica, impõem dificuldades reais às medidas de controle e vigilância à saúde. O refino de petróleo é uma atividade potencialmente danosa ao ambiente e à saúde humana, particularmente aos trabalhadores. Esse estudo objetivou caracterizar os cenários de risco para a saúde ambiental decorrentes da instalação de uma refinaria de petróleo na Região Metropolitana de Recife (Pernambuco). Com base em dados secundários e referências da literatura, construiu-se uma matriz de reprodução social para contextualizar os problemas nas dimensões biológica, da consciência e conduta, econômica, política e ecológica, permitindo presumir riscos, com vista a subsidiar o desenvolvimento e a organização das ações de vigilância em saúde no Estado, articuladas intersetorialmente, com participação social, capazes de intervir sobre os riscos e evitar o adoecimento dos trabalhadores e da população nesse território.
Assuntos
Brasil , Saúde Ambiental , Humanos , Petróleo , RiscoRESUMO
A magnitude dos problemas socioambientais relacionados à urbanização, industrialização e esgotamento de recursos naturais tem impacto crescente sobre a saúde e o ambiente. Paradoxalmente, os padrões de consumo demandam a ampliação da produção industrial, baseada na exploração de recursos não renováveis, cujos riscos tecnológicos, particularmente os da indústria petroquímica, impõem dificuldades reais às medidas de controle e vigilância à saúde. O refino de petróleo é uma atividade potencialmente danosa ao ambiente e à saúde humana, particularmente aos trabalhadores. Esse estudo objetivou caracterizar os cenários de risco para a saúde ambiental decorrentes da instalação de uma refinaria de petróleo na Região Metropolitana de Recife (Pernambuco). Com base em dados secundários e referências da literatura, construiu-se uma matriz de reprodução social para contextualizar os problemas nas dimensões biológica, da consciência e conduta, econômica, política e ecológica, permitindo presumir riscos, com vista a subsidiar o desenvolvimento e a organização das ações de vigilância em saúde no Estado, articuladas intersetorialmente, com participação social, capazes de intervir sobre os riscos e evitar o adoecimento dos trabalhadores e da população nesse território.(AU)
The magnitude of the environmental and social problems due to urbanization, industrialization and exhaustion of natural resources has shown an increase in the impact on health and environment. Paradoxically, the consumption patterns demand for the expansion in the industrial production based on the exploitation of the non-renewable resources, which technological risks, especially from the petrochemical industry, have put difficulties on the risk control and health surveillance. The petroleum refining is an activity potentially damageable to the environment and human health, particularly to workers. The main objective of this study was to characterize the scenarios of risk to environmental health due to an oil refinery installation in the Metropolitan Region of Recife (Pernambuco). Based on secondary data and literature review, a Social Reproduction Matrix was made contextualizing the problems in the biological, consciousness and conduct, economic, policy and ecological dimensions, enabling to presume the risks to support the health surveillance development and organization in the state, with intersectoriality, social participation, and able to intervene on risks and prevent diseases among the workers and people in the territory.(AU)
Assuntos
Humanos , Indústrias Extrativas e de Processamento , Petróleo , Saúde Ambiental , Risco , BrasilRESUMO
A magnitude dos problemas socioambientais relacionados à urbanização, industrialização e esgotamento de recursos naturais tem impacto crescente sobre a saúde e o ambiente. Paradoxalmente, os padrões de consumo demandam a ampliação da produção industrial, baseada na exploração de recursos não renováveis, cujos riscos tecnológicos, particularmente os da indústria petroquímica, impõem dificuldades reais às medidas de controle e vigilância à saúde. O refino de petróleo é uma atividade potencialmente danosa ao ambiente e à saúde humana, particularmente aos trabalhadores. Esse estudo objetivou caracterizar os cenários de risco para a saúde ambiental decorrentes da instalação de uma refinaria de petróleo na Região Metropolitana de Recife (Pernambuco). Com base em dados secundários e referências da literatura, construiu-se uma matriz de reprodução social para contextualizar os problemas nas dimensões biológica, da consciência e conduta, econômica, política e ecológica, permitindo presumir riscos, com vista a subsidiar o desenvolvimento e a organização das ações de vigilância em saúde no Estado, articuladas intersetorialmente, com participação social, capazes de intervir sobre os riscos e evitar o adoecimento dos trabalhadores e da população nesse território.
The magnitude of the environmental and social problems due to urbanization, industrialization and exhaustion of natural resources has shown an increase in the impact on health and environment. Paradoxically, the consumption patterns demand for the expansion in the industrial production based on the exploitation of the non-renewable resources, which technological risks, especially from the petrochemical industry, have put difficulties on the risk control and health surveillance. The petroleum refining is an activity potentially damageable to the environment and human health, particularly to workers. The main objective of this study was to characterize the scenarios of risk to environmental health due to an oil refinery installation in the Metropolitan Region of Recife (Pernambuco). Based on secondary data and literature review, a Social Reproduction Matrix was made contextualizing the problems in the biological, consciousness and conduct, economic, policy and ecological dimensions, enabling to presume the risks to support the health surveillance development and organization in the state, with intersectoriality, social participation, and able to intervene on risks and prevent diseases among the workers and people in the territory.
Assuntos
Humanos , Indústrias Extrativas e de Processamento , Petróleo , Brasil , Saúde Ambiental , RiscoRESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas é considerado um problema de saúde de ordem mundial. Sabe-se que o abuso dessas substâncias pode causar problemas sérios de ordem biológica, psicológica e social, afetando diretamente, o bem-estar, a saúde, o trabalho e a economia. Entre os povos indígenas, esse fator está relacionado ao contato interétnico e tem agravado suas condições de saúde. Objetivo: Avaliar as associações entre consumo de bebidas alcoólicas e trabalho no povo indígena Xukuru do Ororubá, 18 a 59 anos. Método: Caso-controle aninhado a um estudo transversal. Casos: indígenas que referiram consumir bebida alcoólica. Controles: os que referiram não consumir. Utilizou-se o modelo de regressão logística simples e múltiplo com nível de significância de 5 por cento. Resultados: fatores socioeconômicos associados a uma chance maior de consumo de bebida alcoólica: sexo, masculino/feminino (OR=5,20; p < 0,001); faixa etária, 18-24/45-59 (OR=1,72;p=0,010), 25-34/45-59 (OR=1,54;p=0,037) e 35-44/45-59 (OR=1,73;p=0,011); região de moradia, Serra/Agreste (OR=1,69;p=0,003), trabalho, sim/não (OR=2,98;p=0,004) e consumo familiar, sim/não (OR=2,64;p=0,002). Já os fatores do trabalho foram: remuneração, menos de R$545,00/não ter (OR=1,51,p=0,027) e ter entre R$ 545,00 e menos de R$1.090,00/não ter (OR=3,72,p=0,001); trabalhar na agricultura no Território Indígena, sim/não (OR=1,46,p=0,032); trabalho monótono, sim/não (OR=1,66,p=0,024) e trabalho repetitivo, sim/não (OR=2,52,p < 0,001), esse fator permaneceu significante após controle por sexo e faixa etária (OR=2,55,p < 0,001). Conclusões: Há elevada prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre os indígenas, o trabalho é um fator associado ao maior consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, do tipo repetitivo. Esses achados apontam para a necessidade de realização de mais pesquisas sobre o tema favorecendo a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade da assistência à saúde dos povos indígenas
Assuntos
Povos Indígenas , Consumo de Bebidas Alcoólicas , Trabalho , Estudos de Casos e Controles , Modelos LogísticosRESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas é considerado um problema de saúde de ordem mundial. Sabe-se que o abuso dessas substâncias pode causar problemas sérios de ordem biológica, psicológica e social, afetando diretamente, o bem-estar, a saúde, o trabalho e a economia. Entre os povos indígenas, esse fator está relacionado ao contato interétnico e tem agravado suas condições de saúde. Objetivo: Avaliar as associações entre consumo de bebidas alcoólicas e trabalho no povo indígena Xukuru do Ororubá, 18 a 59 anos. Método: Caso-controle aninhado a um estudo transversal. Casos: indígenas que referiram consumir bebida alcoólica. Controles: os que referiram não consumir. Utilizou-se o modelo de regressão logística simples e múltiplo com nível de significância de 5 por cento. Resultados: fatores socioeconômicos associados a uma chance maior de consumo de bebida alcoólica: sexo, masculino/feminino (OR=5,20; p < 0,001); faixa etária, 18-24/45-59 (OR=1,72;p=0,010), 25-34/45-59 (OR=1,54;p=0,037) e 35-44/45-59 (OR=1,73;p=0,011); região de moradia, Serra/Agreste (OR=1,69;p=0,003), trabalho, sim/não (OR=2,98;p=0,004) e consumo familiar, sim/não (OR=2,64;p=0,002). Já os fatores do trabalho foram: remuneração, menos de R$545,00/não ter (OR=1,51,p=0,027) e ter entre R$ 545,00 e menos de R$1.090,00/não ter (OR=3,72,p=0,001); trabalhar na agricultura no Território Indígena, sim/não (OR=1,46,p=0,032); trabalho monótono, sim/não (OR=1,66,p=0,024) e trabalho repetitivo, sim/não (OR=2,52,p < 0,001), esse fator permaneceu significante após controle por sexo e faixa etária (OR=2,55,p < 0,001). Conclusões: Há elevada prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre os indígenas, o trabalho é um fator associado ao maior consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, do tipo repetitivo. Esses achados apontam para a necessidade de realização de mais pesquisas sobre o tema favorecendo a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade da assistência à saúde dos povos indígenas.
Assuntos
Relatos de Casos , Modelos Logísticos , Consumo de Bebidas Alcoólicas , Brasil , Saúde de Populações IndígenasRESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas é considerado um problema de saúde de ordem mundial. Sabe-se que o abuso dessas substâncias pode causar problemas sérios de ordem biológica, psicológica e social, afetando diretamente, o bem-estar, a saúde, o trabalho e a economia. Entre os povos indígenas, esse fator está relacionado ao contato interétnico e tem agravado suas condições de saúde. Objetivo: Avaliar as associações entre consumo de bebidas alcoólicas e trabalho no povo indígena Xukuru do Ororubá, 18 a 59 anos. Método: Caso-controle aninhado a um estudo transversal. Casos: indígenas que referiram consumir bebida alcoólica. Controles: os que referiram não consumir. Utilizou-se o modelo de regressão logística simples e múltiplo com nível de significância de 5 por cento. Resultados: fatores socioeconômicos associados a uma chance maior de consumo de bebida alcoólica: sexo, masculino/feminino (OR=5,20; p<0,001); faixa etária, 18-24/45-59 (OR=1,72;p=0,010), 25-34/45-59 (OR=1,54;p=0,037) e 35-44/45-59 (OR=1,73;p=0,011); região de moradia, Serra/Agreste (OR=1,69;p=0,003), trabalho, sim/não (OR=2,98;p=0,004) e consumo familiar, sim/não (OR=2,64;p=0,002). Já os fatores do trabalho foram: remuneração, menos de R$545,00/não ter (OR=1,51,p=0,027) e ter entre R$ 545,00 e menos de R$1.090,00/não ter (OR=3,72,p=0,001); trabalhar na agricultura no Território Indígena, sim/não (OR=1,46,p=0,032); trabalho monótono, sim/não (OR=1,66,p=0,024) e trabalho repetitivo, sim/não (OR=2,52,p<0,001), esse fator permaneceu significante após controle por sexo e faixa etária (OR=2,55,p<0,001). Conclusões: Há elevada prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre os indígenas, o trabalho é um fator associado ao maior consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, do tipo repetitivo. Esses achados apontam para a necessidade de realização de mais pesquisas sobre o tema favorecendo a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade da assistência à saúde dos povos indígenas
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Consumo de Bebidas Alcoólicas , Estudos de Casos e Controles , Povos Indígenas , Modelos Logísticos , TrabalhoRESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas é considerado um problema de saúde de ordem mundial. Sabe-se que o abuso dessas substâncias pode causar problemas sérios de ordem biológica, psicológica e social, afetando diretamente, o bem-estar, a saúde, o trabalho e a economia. Entre os povos indígenas, esse fator está relacionado ao contato interétnico e tem agravado suas condições de saúde. Objetivo: Avaliar as associações entre consumo de bebidas alcoólicas e trabalho no povo indígena Xukuru do Ororubá, 18 a 59 anos. Método: Caso-controle aninhado a um estudo transversal. Casos: indígenas que referiram consumir bebida alcoólica. Controles: os que referiram não consumir. Utilizou-se o modelo de regressão logística simples e múltiplo com nível de significância de 5 por cento. Resultados: fatores socioeconômicos associados a uma chance maior de consumo de bebida alcoólica: sexo, masculino/feminino (OR=5,20; p<0,001); faixa etária, 18-24/45-59 (OR=1,72;p=0,010), 25-34/45-59 (OR=1,54;p=0,037) e 35-44/45-59 (OR=1,73;p=0,011); região de moradia, Serra/Agreste (OR=1,69;p=0,003), trabalho, sim/não (OR=2,98;p=0,004) e consumo familiar, sim/não (OR=2,64;p=0,002). Já os fatores do trabalho foram: remuneração, menos de R$545,00/não ter (OR=1,51,p=0,027) e ter entre R$ 545,00 e menos de R$1.090,00/não ter (OR=3,72,p=0,001); trabalhar na agricultura no Território Indígena, sim/não (OR=1,46,p=0,032); trabalho monótono, sim/não (OR=1,66,p=0,024) e trabalho repetitivo, sim/não (OR=2,52,p<0,001), esse fator permaneceu significante após controle por sexo e faixa etária (OR=2,55,p<0,001). Conclusões: Há elevada prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre os indígenas, o trabalho é um fator associado ao maior consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, do tipo repetitivo. Esses achados apontam para a necessidade de realização de mais pesquisas sobre o tema favorecendo a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade da assistência à saúde dos povos indígenas (AU)
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Povos Indígenas , Consumo de Bebidas Alcoólicas , Trabalho , Estudos de Casos e Controles , Modelos LogísticosRESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas é considerado um problema de saúde de ordem mundial. Sabe-se que o abuso dessas substâncias pode causar problemas sérios de ordem biológica, psicológica e social, afetando diretamente, o bem-estar, a saúde, o trabalho e a economia. Entre os povos indígenas, esse fator está relacionado ao contato interétnico e tem agravado suas condições de saúde. Objetivo: Avaliar as associações entre consumo de bebidas alcoólicas e trabalho no povo indígena Xukuru do Ororubá, 18 a 59 anos. Método: Caso-controle aninhado a um estudo transversal. Casos: indígenas que referiram consumir bebida alcoólica. Controles: os que referiram não consumir. Utilizou-se o modelo de regressão logística simples e múltiplo com nível de significância de 5 por cento. Resultados: fatores socioeconômicos associados a uma chance maior de consumo de bebida alcoólica: sexo, masculino/feminino (OR=5,20; p<0,001); faixa etária, 18-24/45-59 (OR=1,72;p=0,010), 25-34/45-59 (OR=1,54;p=0,037) e 35-44/45-59 (OR=1,73;p=0,011); região de moradia, Serra/Agreste (OR=1,69;p=0,003), trabalho, sim/não (OR=2,98;p=0,004) e consumo familiar, sim/não (OR=2,64;p=0,002). Já os fatores do trabalho foram: remuneração, menos de R$545,00/não ter (OR=1,51,p=0,027) e ter entre R$ 545,00 e menos de R$1.090,00/não ter (OR=3,72,p=0,001); trabalhar na agricultura no Território Indígena, sim/não (OR=1,46,p=0,032); trabalho monótono, sim/não (OR=1,66,p=0,024) e trabalho repetitivo, sim/não (OR=2,52,p<0,001), esse fator permaneceu significante após controle por sexo e faixa etária (OR=2,55,p<0,001). Conclusões: Há elevada prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre os indígenas, o trabalho é um fator associado ao maior consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, do tipo repetitivo. Esses achados apontam para a necessidade de realização de mais pesquisas sobre o tema favorecendo a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade da assistência à saúde dos povos indígenas (AU)