RESUMO
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, conhecida pela sigla Embrapa, foi criada em 1972 durante a ditadura civil-militar do Brasil com o objetivo de promover a modernização agrícola por meio da incorporação do pacote tecnológico da Revolução Verde, que incluía a confiança em insumos químicos e sementes híbridas de alto rendimento e a mecanização da produção. Este artigo explora o contexto de criação da agência e sua agenda de pesquisa científica para a agricultura brasileira, além de examinar a influência dos movimentos ambientalistas emergentes nas discussões sobre a exploração econômica da Amazônia e o perfil da agência durante o período de redemocratização no brasil. O foco de nossa análise é o braço da agência conhecido como Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (CPATU), inaugurado em Belém do Pará, em 1975. O texto acompanha a trajetória do CPATU por Em 1991, passou a ser o Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental, hoje Embrapa Amazônia Oriental.
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Agricultura , Perigos ao Meio Ambiente , Política AmbientalRESUMO
O artigo examina a promoção da aplicação de conhecimentos científicos no campo e da conservação da natureza brasileira pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (MAIC) entre 1909 e 1930. A pasta visava expandir a consciência da importância da modernização da agricultura e da diversificação da produção. Para efetivar a divulgação desses preceitos aos produtores agrícolas do país, o MAIC contou com a colaboração da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e distribuiu revistas, como A Lavoura, o estudo de caso privilegiado nesse texto. Analisamos como os articulistas da revista, sobretudo cientistas subordinados ao MAIC, compreendiam o mundo natural, seu aproveitamento econômico por meio da ciência, o tipo social a que dirigiam suas maiores críticas, o caboclo brasileiro, e as medidas propostas para gerenciar a destruição da natureza, sobretudo um código florestal federal.
Assuntos
AgriculturaRESUMO
A questão central dessa pesquisa é compreender o processo e as razões por meio das quais a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) integrou à sua agenda de pesquisa o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira. O foco da análise constitui uma de suas unidades, localizada em Belém e fundada como Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (CPATU). Em 1991, o CPATU foi transformado em Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental e, atualmente, é conhecido como Embrapa Amazônia Oriental. O recorte temporal utilizado compreende os anos entre 1972, quando foi autorizada a criação da empresa, no âmbito do projeto de desenvolvimento da ditadura militar, e 1993, ano de publicação do I Plano Diretor dessa unidade, que estabeleceu o desenvolvimento rural sustentável da Amazônia como sua missão principal. Esse período abrange a emergência do ambientalismo, as discussões sobre o desenvolvimento sustentável, o processo de redemocratização do país, a adoção do governo brasileiro ao neoliberalismo e a realização de conferências internacionais sobre o meio ambiente, como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida como Eco-92. Para a efetivação desse trabalho, foram utilizados como fontes documentos da Embrapa Sede e da Embrapa Amazônia Oriental, planos de desenvolvimento do governo federal, impressos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e do acervo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), acordos ambientais assinado pelo Brasil nesse período, decretos e leis federais sobre esse tema e publicações produzidas, a partir de conferências mundiais sobre a questão ambiental, organizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Igualmente, foram examinados artigos publicados nos periódicos Jornal do Brasil, O Globo, Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo e a revista Veja; além de fontes memorialísticas.
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Desenvolvimento Econômico/história , Agricultura Sustentável/história , Meio Ambiente , Ecossistema Amazônico , BrasilRESUMO
Este trabalho analisa a ação do Estado brasileiro, no período entre 1897 e 1932, em relação à proteção dos recursos naturais do país. O objeto da pesquisa é a propaganda de um projeto elaborado pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (MAIC), pasta criada em 1906 e implementada em 1909, que tinha por finalidade promover a modernização da agricultura, através da aplicação de preceitos científicos no campo e da diversificação da produção. Além de incentivar o incremento da lavoura nacional, o ministério postulava a conservação da natureza brasileira. Para alcançar este objetivo, o MAIC elaborou uma rede de propaganda composta pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), pelo Serviço de Informações e pelo Registro de lavradores, criadores e profissionais de indústrias conexas, órgãos designados como canais de comunicação com os agricultores. Essa rede funcionava por meio da distribuição de revistas, como A Lavoura e a Revista Florestal, que veicularam as principais ideias-força da pasta da agricultura. Por meio da análise desses periódicos e dos relatórios oficiais do ministério, este trabalho analisa as razões pelas quais um órgão do Estado brasileiro procurou agir na efetivação de políticas conservacionistas. Examina-se ainda como os colaboradores dessas revistas, sobretudo cientistas que compartilhavam o projeto do MAIC, compreendiam o mundo natural, quais eram as práticas em relação à natureza que consideravam inaceitáveis e as medidas propostas para deter a sua destruição.
Assuntos
Conservação dos Recursos Naturais/história , Conservação dos Recursos Naturais , Agricultura/história , PropagandaRESUMO
Este trabalho analisa a ação do Estado brasileiro, no período entre 1897 e 1932, em relação à proteção dos recursos naturais do país. O objeto da pesquisa é a propaganda de um projeto elaborado pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (MAIC), pasta criada em 1906 e implementada em 1909, que tinha por finalidade promover a modernização da agricultura, através da aplicação de preceitos científicos no campo e da diversificação da produção.Além de incentivar o incremento da lavoura nacional, o ministério postulava a conservação da natureza brasileira. Para alcançar este objetivo, o MAIC elaborou uma rede de propaganda composta pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), pelo Serviço de Informações e pelo Registro de lavradores, criadores e profissionais de indústrias conexas, órgãos designados como canais de comunicação com os agricultores. Essa rede funcionava por meio da distribuição de revistas, como A Lavoura e a Revista Florestal, que veicularam as principais ideias-força da pasta da agricultura. Por meio da análise desses periódicos e dos relatórios oficiais do ministério, este trabalho analisa as razões pelas quais um órgão do Estado brasileiro procurou agir na efetivação de políticas conservacionistas. Examina-se ainda como os colaboradores dessas revistas, sobretudo cientistas que compartilhavam o projeto do MAIC, compreendiam o mundo natural, quais eram as práticas em relação à natureza que consideravam inaceitáveis e as medidas propostas para deter a sua destruição.(AU)
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Conservação dos Recursos Naturais , Conservação dos Recursos Naturais , Meio Ambiente , Natureza , História , BrasilRESUMO
Este trabalho analisa a ação do Estado brasileiro, no período entre 1897 e 1932, em relação à proteção dos recursos naturais do país. O objeto da pesquisa é apropaganda de um projeto elaborado pelo Ministério da Agricultura, Indústria eComércio (MAIC), pasta criada em 1906 e implementada em 1909, que tinha porfinalidade promover a modernização da agricultura, através da aplicação de preceitos científicos no campo e da diversificação da produção. Além de incentivar o incrementoda lavoura nacional, o ministério postulava a conservação da natureza brasileira. Para alcançar este objetivo, o MAIC elaborou uma rede de propaganda composta pelaSociedade Nacional de Agricultura (SNA), pelo Serviço de Informações e pelo Registro de lavradores, criadores e profissionais de indústrias conexas, órgãos designados como canais de comunicação com os agricultores. Essa rede funcionava por meio da distribuição de revistas, como A Lavoura e a Revista Florestal, que veicularam as principais ideias-força da pasta da agricultura. Por meio da análise desses periódicos e dos relatórios oficiais do ministério, este trabalho analisa as razões pelas quais um órgão do Estado brasileiro procurou agir na efetivação de políticas conservacionistas. Examina-se ainda como os colaboradores dessas revistas, sobretudo cientistas que compartilhavam o projeto do MAIC, compreendiam o mundo natural, quais eram as práticas em relação à natureza que consideravam inaceitáveis e as medidas propostaspara deter a sua destruição. (AU)
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Conservação dos Recursos Naturais , Conservação dos Recursos Naturais , Meio Ambiente , Natureza , História , BrasilRESUMO
Em 2002, a Assessoria de Comunicação Social da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) publicou um documento intitulado Relatório Ambiental, em que foi declarado que a instituição sempre esteve preocupada com o conflito entre agropecuária e preservação do meio ambiente, buscando o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro. A empresa, criada em 1972, durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici, estava alinhada ao plano de desenvolvimento do regime militar e deveria promover, coordenar e executar atividades de pesquisa com a finalidade de produzir conhecimentos e tecnologia necessários ao incremento da economia agrícola do país. Dessa forma, fomentar o uso sustentável dos recursos naturais brasileiros não constituía uma das suas metas principais. Compreender o processo e as razões por meio das quais a questão ambiental tornou-se eixo central das pesquisas realizadas na Embrapa é o mote central desse trabalho. Para realizar essa análise, o recorte temporal utilizado será o período entre 1972, quando ocorreu a criação da Embrapa, e 2002, ano de publicação do referido relatório.
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Desenvolvimento Econômico/história , Agricultura Sustentável/história , Meio Ambiente , Ecossistema Amazônico , BrasilRESUMO
A partir de 1930, o governo brasileiro começou a tentar estabelecer uma única e grande instituição de pesquisa em âmbito nacional que fosse capaz de coordenar e executar todos os estudos ligados à agropecuária. No entanto, apesar de diversas tentativas, os órgãos criados para exercer essas funções, não conseguiram proporcionar um aumento da produtividade agrícola da terra e do trabalho como se esperava. Por esse motivo, em 1972, o Ministério da Agricultura instituiu um Grupo de Trabalho que elaborou um relatório indicando as limitações da pesquisa agropecuária no país e propondo algumas sugestões, como a criação de uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura que promovesse e realizasse a pesquisa agropecuária no Brasil. Com base nesse documento, foi apresentado ao presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, uma exposição de motivos para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Criada em dezembro de 1972, seus objetivos principais eram coordenar e executar pesquisas que produzissem conhecimentos e tecnologia a serem utilizados no desenvolvimento da agricultura brasileira. Dessa maneira, um dos motes essenciais das investigações científicas realizadas pela empresa era otimizar a exploração dos recursos naturais. Acontece que, ao longo do tempo, a Embrapa passou por reorientações internas e começou a efetuar estudos científicos cuja finalidade é desenvolver métodos que permitam o uso sustentável da natureza. Compreender como a Embrapa, empresa pública criada num contexto desenvolvimentista, foi levada a elaborar pesquisas que visam desenvolver uma agricultura sustentável é questão central desse trabalho. Assim, pretende-se examinar o plano de desenvolvimento da ditadura para o país e o financiamento maciço que as pesquisas científicas receberam durante o governo militar para entender a própria criação da empresa. Além disso, almeja-se perceber a influência das discussões ambientais e de segurança alimentar, nacionais e internacionais, devido ao surgimento da ecologia política e da agroecologia, na reorientação da Embrapa em prol do desenvolvimento sustentável. Nesse desdobramento, considera-se fundamental privilegiar no trabalho a análise da criação de quatro unidades que tratam diretamente da questão ambiental: Embrapa Florestas, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Amazônia Ocidental e Embrapa Amazônia Oriental. O recorte temporal utilizado compreende os anos entre 1972 e 2002. Nesse período foram publicados três planos diretores com as orientações que a empresa deveria seguir, houve a redemocratização/abertura política, aconteceram encontros mundiais sobre o meio ambiente e o Brasil assinou acordos ambientais sobre a proteção à natureza.