RESUMO
Fundamentos: O papel da troponina ultrassensível (Tus) no TIMI risk score (TRS) e na decisão clínica não foi aindaestabelecido. Objetivo: Avaliar a contribuição relativa do dado de Tuspositiva para a classificação final de risco em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASSST) utilizando o TRS. Métodos: Foram estudados 59 pacientes, 62% homens, idade= 64,2±9 anos, internados com SCASSST e Tuselevada. Todos realizaram cinecoronariografia (CAT). Avaliada a distribuição de risco pelo TRS nos subgrupos com ou sem lesão coronariana obstrutiva (DAC OBST)>70%. Mesma análise realizada para hipótese de Tus negativa.Resultados: Nos 43 (73%) pacientes com DAC OBST, foram encontrados, respectivamente, 21 (48,8%), 16(37,2%) e 6 (13,9%) pacientes com risco baixo (RB), moderado (RM) e alto (RA). Destes, 11 (25,5%) foramreclassificados, sendo 4 (9,3%) de RA para RM e 7 (16,3%) pacientes de RM para RB. Nos 16 (27%) pacientes semDAC OBST foram encontrados, respectivamente, 4 (25%), 8 (50%) e 4 (25%) com RB, RM e RA. Destes, 10 (62,5%) foram reclassificados, sendo 2 (12,5%) de RA para RM e 8 (50%) pacientes de RM para RB. Observou-se maior prevalência (62,5% vs. 25,5%, p=0,008) de reclassificação nos pacientes sem DAC OBST.Conclusões: A contribuição da Tus para a classificação do TRS como RM ou RA foi maior nos pacientes sem DAC OBST, sugerindo que a decisão de CAT influenciada pela Tus pode estar associada à menor prevalência deDAC OBST.