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1.
Trop Med Infect Dis ; 9(5)2024 May 07.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38787038

RESUMO

Brazil reported 18,282 suspected congenital Zika syndrome (CZS) cases up to 2018 and accounts for 61.4% of the total reported Zika cases in the Americas in the period. To detect high-risk areas for children with CZS in the city of Rio de Janeiro, we used cluster detection and thematic maps. We analyzed data using a Poisson model in Satscan 10.1.3 software. We also analyzed the records of children with CZS from 2015 to 2016 to describe the clinical and epidemiological maternal and child profile, as well as live births in 2016 and the social development index (SDI) by neighborhood. In 2015 and 2016, the incidence rates of CZS were 8.84 and 46.96 per 100,000 live births in the city, respectively. Severe congenital findings such as microcephaly and brain damage, osteoarticular impairment, ocular abnormalities, and hearing loss were observed in 47 children. The spatial distribution of CZS was concentrated in the north and west zones in heterogeneous neighborhoods. The neighborhoods with the highest occurrence of CZS cases were found to have the worst SDIs. Stascan detected three spatial clusters in the north zone, where the SDI is lower. The clusters presented high relative risks for CZS (7.86, 1.46, and 2.08), although they were not statistically significant. Our findings highlight a higher occurrence of CZS in areas with less favorable socioeconomic conditions.

2.
Artigo em Inglês | ARCA | ID: arc-50437

RESUMO

Com o crescimento exponencial de viagens ao nível global durante as últimas décadas, a saúde do viajante tornou-se uma questão premente. O turismo internacional, as deslocações profissionais e os fluxos migratórios contribuíram para este fenómeno, que centrou as atenções de organizações internacionais e autoridades nacionais nos riscos associados à propagação de doenças infeciosas. As preocupações crescentes acerca da transmissão de doenças emergentes e reemergentes, conferiu uma visibilidade global à medicina do viajante e impõem a definição de padrões de qualidade na atenção à saúde deste grupo de indivíduos O presente estudo visou obter um consenso alargado sobre os critérios de avaliação de qualidade para o aconselhamento de pré-viagem entre médicos em Portugal e Brasil baseado no método Delphi, utilizando critérios internacionais e estudos científicos como referência. Integrando os critérios consensuais obtidos no estudo, o nosso modelo identifica diferenças nos critérios de qualidade entre os dois grupos de peritos. Contudo, estes destacaram a importância dada a recursos humanos qualificados, a qualidade de informação para viajantes e profissionais de saúde, procedimentos estandardizados e ao diagnóstico em tempo útil. Os casos de Portugal e Brasil demonstram a importância de realizar mais estudos sobre a qualidade de consultas pré- e pós-viagem ao nível nacional e transnacional.

3.
Artigo em Português | ARCA | ID: arc-33360

RESUMO

O Rio de Janeiro mantém histórico recorrente de epidemias de dengue. Não há suficientes evidências acerca do percurso da população em busca de atendimento. O estudo visou investigar o padrão de deslocamento dos residentes do Rio de Janeiro com suspeita de dengue para atendimento nos serviços de saúde. Foram analisadas as notificações de dengue e utilizados os bairros da cidade como unidade de análise com enfoque no acesso às unidades de saúde da área de planejamento (AP) 3.3 e elaborados mapas de fluxo entre bairro de residência e unidade de atendimento. Foram notificados 48.576 residentes com suspeita de dengue no período de 2011 a 2013, 72% atendidos na AP 3.3: 37% na atenção primária e 73% em unidades de atenção secundária ou terciária; 12.545 foram atendidos em unidades fora da AP 3.3. Os resultados evidenciam uma grande variação geográfica na busca pelo atendimento na Atenção Primária dentro da própria AP 3.3 e um relevante deslocamento para unidades localizadas em bairros mais distantes, principalmente para o Centro e Zona Sul, com 2.647 diferentes fluxos. Os achados apontam para um grande deslocamento dentro do município.

4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(4): 1507-1516, abr. 2019. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001775

RESUMO

Resumo O Rio de Janeiro mantém histórico recorrente de epidemias de dengue. Não há suficientes evidências acerca do percurso da população em busca de atendimento. O estudo visou investigar o padrão de deslocamento dos residentes do Rio de Janeiro com suspeita de dengue para atendimento nos serviços de saúde. Foram analisadas as notificações de dengue e utilizados os bairros da cidade como unidade de análise com enfoque no acesso às unidades de saúde da área de planejamento (AP) 3.3 e elaborados mapas de fluxo entre bairro de residência e unidade de atendimento. Foram notificados 48.576 residentes com suspeita de dengue no período de 2011 a 2013, 72% atendidos na AP 3.3: 37% na atenção primária e 73% em unidades de atenção secundária ou terciária; 12.545 foram atendidos em unidades fora da AP 3.3. Os resultados evidenciam uma grande variação geográfica na busca pelo atendimento na Atenção Primária dentro da própria AP 3.3 e um relevante deslocamento para unidades localizadas em bairros mais distantes, principalmente para o centro e zona sul, com 2.647 diferentes fluxos. Os achados apontam para um grande deslocamento dentro do município.


Abstract Rio de Janeiro maintains a recurrent history of dengue epidemics. There is scarce evidence about the route of the population to get health care. The study aimed to describe the pattern of suspected dengue patients flow in search of health care services in Rio de Janeiro. The following data were analyzed: dengue reports from 2011 to 2013; the neighborhoods of patient's residence; the neighborhoods of health services. Neighborhoods of the city were used as unit of analysis focusing on access to health facilities of municipal Planning Area (AP) 3.3. Flow maps were elaborated to describe the routes between the neighborhood of residence and the heath service. Between 2011 and 2013 48,576 suspected dengue cases living in program area 3.3 were reported, 72% got health care in the AP 3.3, 37% of which in primary care. A total of 12,545 suspected cases attended health facilities outside the AP 3.3. A great geographical variation was observed in the search for Primary Care within the AP 3.3, as well as a relevant movement to the center and south zone of the city on access to care, comprising 2,647 different flows. The findings indicate a large flow within the municipality.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Dengue/epidemiologia , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil/epidemiologia , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Dengue/terapia , Instalações de Saúde/estatística & dados numéricos
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(5): e00023918, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1001662

RESUMO

Abstract: A comprehensive cohort study including an entomological surveillance component can contribute to our knowledge of clinical aspects and transmission patterns of arbovirosis. This article describes the implementation of a populational-based birth cohort study that included an entomological surveillance component, and its associated challenges in a low-income community of Rio de Janeiro, Brazil. The participants were recruited in two periods: from 2012 to 2014, and from 2015 to 2017. The children had scheduled pediatric consultations and in case of fever. Epidemiological, clinical data and biological samples were collected at pediatric visits. Active febrile surveillance was performed by telephone calls, social networking, message apps, and household visits. A total of 387 newborns and 332 new children were included during the first and second recruitment periods, respectively. By July 2017, there were 451 children on follow-up. During the study, 2,759 pediatric visits were performed: 1,783 asymptomatic and 976 febrile/rash consultations. The number of febrile or rash consultations increased 3.5-fold after the use of media tools for surveillance. No temporal pattern, seasonality or peak of febrile cases was observed during the study period. A total of 10,105 adult mosquitoes (including 3,523 Aedes spp. and 6,582 Culex quinquefasciatus) and 46,047 Aedes eggs were collected from households, schools, and key sites. Although challenging, this structured sentinel populational-based birth cohort is relevant to the knowledge of risks and awareness of emerging pathogens.


Resumo: Estudos de coorte com um componente de vigilância epidemiológica podem contribuir para nosso conhecimento dos aspectos clínicos e dos padrões de transmissão de arboviroses. Este artigo descreve a implementação de um estudo de coorte de nascimento de base populacional que incluiu um componente de vigilância entomológica e desafios relacionados numa comunidade desfavorecida do Rio de Janeiro, Brasil. Os participantes foram recrutados em dois períodos: de 2012-2014 e de 2015-2017. As crianças tiveram consultas pediátricas agendadas e em caso de febre. Dados epidemiológicos, clínicos e amostras biológicas foram coletadas nas visitas pediátricas. A vigilância ativa febril foi realizada por meio de ligações telefônicas, redes sociais, aplicativos de mensagens e visitas domiciliares. Um total de 387 recém-nascidos e 332 novas crianças foram incluídas durante o primeiro e segundo períodos de recrutamento, respectivamente. Em Julho de 2017, havia 451 crianças em seguimento. Durante o estudo, foram realizadas 2.759 visitas pediátricas: 1.783 assintomáticas e 976 consultas por febre/exantema. O número de consultas por febre ou exantema aumentou 3,5 vezes após uso de ferramentas de mídia para vigilância. Nenhum padrão temporal, sazonalidade ou pico de casos de febre foi observado durante o período do estudo. Um total de 10.105 mosquitos adultos (incluindo 3.523 Aedes spp. e 6.582 Culex quinquefasciatus) e 46.047 ovos foram coletados de domicílios, escolas, e pontos estratégicos. Apesar dos desafios, esta coorte de nascimento sentinela de base populacional é relevante para o conhecimento dos riscos e de patógenos emergentes.


Resumen: Un estudio completro de cohorte que incluya una vigilancia entomológica puede contribuir a nuestro conocimiento de aspectos clínicos y patrones de transmisión de arbovirosis. Este artículo describe la implementación de un estudio poblacional de cohorte de nascimientos que incluyó el componente de vigilancia entomológica y los desafios asociados en una comunidad desfavorecida de Río de Janeiro, Brasil. Los participantes fueron captados en dos periodos: de 2012 a 2014 y de 2015 a 2017. Los niños tenían fijadas consultas pediátrica regulares y por fiebre. Durante las visitas pediátricas, se recogieron datos epidemiológicos y clínicos, así como muestras biológicas. Se realizó una vigilancia activa de la fiebre mediante llamadas telefónicas, redes sociales, aplicaciones de mensajes, y visitas a domicilio. Un total de 387 recién nacidos y 332 nuevos niños fueron incluidos durante el primer y segundo período de reclutamiento, respectivamente. En julio de 2017 se había realizado un seguimiento a 451 niños. Durante el estudio, se realizaron 2.759 visitas pediátricas: 1.783 asintomáticas y 976 por fiebre/urgencias. El número de consultas por fiebre o urgencias aumentó 3.5-veces tras el uso de herramientas de comunicación para la viglancia. No se observaron patrones temporales, estacionalidad o casos de picos de fiebre durante el periodo de estudio. Un total of 10.105 mosquitos adultos (incluyendo 3.523 Aedes spp. y 6.582 Culex quinquefasciatus) y 46.047 huevos fueron recogidos de viviendas, escuelas, y lugares estratégicos. A pesar de los retos, esta cohorte de nacimiento estructurada y supervisada, basada en población es relevante para el conocimiento de los riesgos y la concienciación sobre patógenos emergentes.


Assuntos
Humanos , Animais , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Infecções por Arbovirus/epidemiologia , Aedes/classificação , Mosquitos Vetores/classificação , Infecções por Arbovirus/diagnóstico , Infecções por Arbovirus/transmissão , População Urbana , Brasil/epidemiologia , Áreas de Pobreza , Estudos de Coortes , Entomologia
14.
Rio de Janeiro; s.n; 2011. xiii,128 p. mapas, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-736650

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo analisar os fatores demográficos e clínico-laboratoriais associados ao dengue grave em crianças internadas em três hospitais pediátricos no município do Rio de Janeiro. Inicialmente foi avaliada a literatura disponível sobre o tema por meio de revisão sistemática. Os parâmetros que demonstraram forte associação aos casos graves na revisão foram: letargia, hepatomegalia, hematócrito maior 50 por cento, hemoconcentração maior 22 por cento, sangramento, que constituem sinais de alerta definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também estavam associados à síndrome do choque do dengue (SCD): tipo de vírus, infecção secundária pelo vírus dengue e obesidade. Houve importante variação nos resultados, o que apontou para a necessidade de realização de outros estudos, com desenho e métodos de análise adequados à investigação de fatores preditivos de gravidade em crianças, permitindo a comparação do padrão clínico-epidemiológico entre diferentes populações.Para avaliação dos fatores demográficos, clínicos e laboratoriais associados ao dengue grave em crianças no município do Rio de Janeiro, foi realizado estudo caso-controle em três hospitais de referência para internação. Foram avaliadas 308 crianças na faixa etária de 0 a 18 anos internadas por dengue: 89 casos, definidos como graves pela presença de choque e 219 controles. A média de idade entre os casos foi de 7,9 anos e 9,1 anos nos controles. Não houve associação significativa entre sexo e raça ao dengue grave. Todos os sinais de alarme descritos na literatura foram significativos na análise univariada: (...) O estudo demonstrou a importância do monitoramento dos sinais clínicos, confirmou a relevância dos sinais dealarme e definiu indicadores de evolução para o quadro de choque em crianças hospitalizadas com dengue...


The study aimed to evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in hospitalized children from three pediatric hospitals in Rio de Janeiro. Initially, a systematic review about clinical and laboratorial aspects associated to severe dengue was developed. The parameters which revealed strong association to severe cases were: lethargy, hepatomegaly, hematocrit level more 50 percent, hemoconcentration more 22 percent and bleeding. Those are warning signs according to World Health Organization (WHO). The following signs were also associated to dengue shock syndrome (DSS): virus type, secondary dengue infection and obesity. The results presented important heterogeneity. Further studies with adequate designs and methods for the investigation of predictive factors of severity in children, allowing comparison of the clinical and epidemiological pattern in different populations, are needed.To evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in children in Rio de Janeiro, a case-control study was conducted in three reference hospitals. A total of 308 children from 0 to 18 years old admitted with dengue diagnosis was evaluated: 89 cases of shock, according to the definition of the study, and 219 controls. The mean age was 7,9 years old for cases and 9,1 years old among controls. There was no significant association of sex and race with severe dengue. All the warning signs presented significant association with severe dengue in univariate analysis: (...) The study stressed the importance of monitoring clinical signs, confirmed the relevance of the warning signs and defined indicators of clinical evolution to shock in hospitalized children with dengue...


Assuntos
Humanos , Criança , Dengue Grave/epidemiologia , Dengue/epidemiologia , Hospitais Pediátricos , Choque , Estudos de Casos e Controles
15.
Rio de Janeiro; s.n; 2011. xiii,128 p. mapas, tab, graf.
Tese em Português | TESESFIO, FIOCRUZ | ID: tes-6080

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo analisar os fatores demográficos e clínico-laboratoriais associados ao dengue grave em crianças internadas em três hospitais pediátricos no município do Rio de Janeiro. Inicialmente foi avaliada a literatura disponível sobre o tema por meio de revisão sistemática. Os parâmetros que demonstraram forte associação aos casos graves na revisão foram: letargia, hepatomegalia, hematócrito maior 50 por cento, hemoconcentração maior 22 por cento, sangramento, que constituem sinais de alerta definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também estavam associados à síndrome do choque do dengue (SCD): tipo de vírus, infecção secundária pelo vírus dengue e obesidade. Houve importante variação nos resultados, o que apontou para a necessidade de realização de outros estudos, com desenho e métodos de análise adequados à investigação de fatores preditivos de gravidade em crianças, permitindo a comparação do padrão clínico-epidemiológico entre diferentes populações.Para avaliação dos fatores demográficos, clínicos e laboratoriais associados ao dengue grave em crianças no município do Rio de Janeiro, foi realizado estudo caso-controle em três hospitais de referência para internação. Foram avaliadas 308 crianças na faixa etária de 0 a 18 anos internadas por dengue: 89 casos, definidos como graves pela presença de choque e 219 controles. A média de idade entre os casos foi de 7,9 anos e 9,1 anos nos controles. Não houve associação significativa entre sexo e raça ao dengue grave. Todos os sinais de alarme descritos na literatura foram significativos na análise univariada: (...) O estudo demonstrou a importância do monitoramento dos sinais clínicos, confirmou a relevância dos sinais dealarme e definiu indicadores de evolução para o quadro de choque em crianças hospitalizadas com dengue. (AU)


The study aimed to evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in hospitalized children from three pediatric hospitals in Rio de Janeiro. Initially, a systematic review about clinical and laboratorial aspects associated to severe dengue was developed. The parameters which revealed strong association to severe cases were: lethargy, hepatomegaly, hematocrit level more 50 percent, hemoconcentration more 22 percent and bleeding. Those are warning signs according to World Health Organization (WHO). The following signs were also associated to dengue shock syndrome (DSS): virus type, secondary dengue infection and obesity. The results presented important heterogeneity. Further studies with adequate designs and methods for the investigation of predictive factors of severity in children, allowing comparison of the clinical and epidemiological pattern in different populations, are needed.To evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in children in Rio de Janeiro, a case-control study was conducted in three reference hospitals. A total of 308 children from 0 to 18 years old admitted with dengue diagnosis was evaluated: 89 cases of shock, according to the definition of the study, and 219 controls. The mean age was 7,9 years old for cases and 9,1 years old among controls. There was no significant association of sex and race with severe dengue. All the warning signs presented significant association with severe dengue in univariate analysis: (...) The study stressed the importance of monitoring clinical signs, confirmed the relevance of the warning signs and defined indicators of clinical evolution to shock in hospitalized children with dengue. (AU)


Assuntos
Humanos , Criança , Dengue Grave/epidemiologia , Dengue/epidemiologia , Choque , Hospitais Pediátricos , Estudos de Casos e Controles
16.
Tese em Português | ARCA | ID: arc-14460

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo analisar os fatores demográficos e clínicolaboratoriais associados ao dengue grave em crianças internadas em três hospitais pediátricos no município do Rio de Janeiro. Inicialmente foi avaliada a literatura disponível sobre o tema por meio de revisão sistemática. Os parâmetros que demonstraram forte associação aos casos graves na revisão foram: letargia, hepatomegalia, hematócrito >50%, hemoconcentração > 22%, sangramento, que constituem sinais de alerta definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também estavam associados à síndrome do choque do dengue (SCD): tipo de vírus, infecção secundária pelo vírus dengue e obesidade. Houve importante variação nos resultados, o que apontou para a necessidade de realização de outros estudos, com desenho e métodos de análise adequados à investigação de fatores preditivos de gravidade em crianças, permitindo a comparação do padrão clínico-epidemiológico entre diferentes populações. Para avaliação dos fatores demográficos, clínicos e laboratoriais associados ao dengue grave em crianças no município do Rio de Janeiro, foi realizado estudo casocontrole em três hospitais de referência para internação. Foram avaliadas 308 crianças na faixa etária de 0 a 18 anos internadas por dengue: 89 casos, definidos como graves pela presença de choque e 219 controles. A média de idade entre os casos foi de 7,9 anos e 9,1 anos nos controles. Não houve associação significativa entre sexo e raça ao dengue grave. Todos os sinais de alarme descritos na literatura foram significativos na análise univariada: agitação (OR:9,1;IC95%3,8­21,6 p=0,000), sonolência (OR:17,4; 8,3­36,8 p=0,000), vômitos persistentes (OR:2,3; 1,2­ 4,4 p=0,01), lipotímia (OR:3,4 IC95%1,6 ­7,0 p=0,001), oligúria (OR:12,0; IC95%5,9 ­ 24,2 p=0,000), hipotermia (OR:26,58 IC95%5,9­118,8 p=0,000), desconforto respiratório (OR:10,3 IC95%5,5­19,2 p=0,000), dor abdominal intensa (OR:3,86; IC95%2,2­6,8 p=0,000), hepatomegalia dolorosa (OR:2,69; IC95% 1,5­4,7 p=0,001), hemorragias importantes (OR:3,9; IC95% 2,1­7,2 p=0,000), aumento súbito de hematócrito (OR:2,2; IC95%1, ­4,0 p=0,006), queda brusca de plaquetas (OR:5,0; IC95%1,2­ 22,0 p=0,001). Permaneceram como fatores associados ao dengue com evolução para o choque em crianças no modelo final de regressão logística multivariado: sonolência (OR:11,1; IC95%4,4-28,3), oligúria (OR:1,2; IC95%4,5-27,6) e dispnéia (OR:9,2; IC95%.4,2-20,3). O estudo demonstrou a importância do monitoramento dos sinais clínicos, confirmou a relevância dos sinais de iv alarme e definiu indicadores de evolução para o quadro de choque em crianças hospitalizadas com dengue.


Assuntos
Dengue Grave/epidemiologia , Dengue/epidemiologia , Choque , Hospitais Pediátricos
17.
Rio de Janeiro; s.n; 2011. xiii,128 p. mapas, tab, graf.
Tese em Português | ENSP, FIOCRUZ | ID: ens-37315

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo analisar os fatores demográficos e clínico-laboratoriais associados ao dengue grave em crianças internadas em três hospitais pediátricos no município do Rio de Janeiro. Inicialmente foi avaliada a literatura disponível sobre o tema por meio de revisão sistemática. Os parâmetros que demonstraram forte associação aos casos graves na revisão foram: letargia, hepatomegalia, hematócrito maior 50 por cento, hemoconcentração maior 22 por cento, sangramento, que constituem sinais de alerta definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também estavam associados à síndrome do choque do dengue (SCD): tipo de vírus, infecção secundária pelo vírus dengue e obesidade. Houve importante variação nos resultados, o que apontou para a necessidade de realização de outros estudos, com desenho e métodos de análise adequados à investigação de fatores preditivos de gravidade em crianças, permitindo a comparação do padrão clínico-epidemiológico entre diferentes populações.Para avaliação dos fatores demográficos, clínicos e laboratoriais associados ao dengue grave em crianças no município do Rio de Janeiro, foi realizado estudo caso-controle em três hospitais de referência para internação. Foram avaliadas 308 crianças na faixa etária de 0 a 18 anos internadas por dengue: 89 casos, definidos como graves pela presença de choque e 219 controles. A média de idade entre os casos foi de 7,9 anos e 9,1 anos nos controles. Não houve associação significativa entre sexo e raça ao dengue grave. Todos os sinais de alarme descritos na literatura foram significativos na análise univariada: (...) O estudo demonstrou a importância do monitoramento dos sinais clínicos, confirmou a relevância dos sinais de alarme e definiu indicadores de evolução para o quadro de choque em crianças hospitalizadas com dengue. (AU)


The study aimed to evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in hospitalized children from three pediatric hospitals in Rio de Janeiro. Initially, a systematic review about clinical and laboratorial aspects associated to severe dengue was developed. The parameters which revealed strong association to severe cases were: lethargy, hepatomegaly, hematocrit level more 50 percent, hemoconcentration more 22 percent and bleeding. Those are warning signs according to World Health Organization (WHO). The following signs were also associated to dengue shock syndrome (DSS): virus type, secondary dengue infection and obesity. The results presented important heterogeneity. Further studies with adequate designs and methods for the investigation of predictive factors of severity in children, allowing comparison of the clinical and epidemiological pattern in different populations, are needed.To evaluate demographic, clinical and laboratorial factors associated to severe dengue in children in Rio de Janeiro, a case-control study was conducted in three reference hospitals. A total of 308 children from 0 to 18 years old admitted with dengue diagnosis was evaluated: 89 cases of shock, according to the definition of the study, and 219 controls. The mean age was 7,9 years old for cases and 9,1 years old among controls. There was no significant association of sex and race with severe dengue. All the warning signs presented significant association with severe dengue in univariate analysis: (...) The study stressed the importance of monitoring clinical signs, confirmed the relevance of the warning signs and defined indicators of clinical evolution to shock in hospitalized children with dengue. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Dengue Grave/epidemiologia , Dengue/epidemiologia , Choque , Hospitais Pediátricos , Estudos de Casos e Controles , Modelos Logísticos , Análise Multivariada , Revisões Sistemáticas como Assunto
18.
Não convencional em Português | ARCA | ID: arc-38561

RESUMO

Diversos desfechos adversos têm sido associados à infecção congênita por Zika vírus (ZIKV) como abortos, óbitos fetais e neonatais, além de malformações congênitas. A ocorrência de sequelas associadas à síndrome pode significar um cenário de dependência física e social para a criança e a família, com diversas necessidades em saúde, sendo imprescindível a disponibilidade de unidades de reabilitação. Objetivamos descrever a distribuição geográfica das unidades de referência para crianças com microcefalia no estado do Rio de Janeiro. Foi realizada análise espacial dos casos de microcefalia notificados, segundo municípios do estado do Rio de Janeiro e das unidades de reabilitação no ano de 2016. O estado possuía 18 centros de reabilitação distribuídos de forma heterogênea. Treze unidades localizadas na região metropolitana, sendo 5 destas na capital do Rio de Janeiro. As outras quatro unidades de reabilitação estavam localizadas nas regiões norte, nordeste, médio paraíba e centro sul do estado. No entanto, as regiões da baia de ilha, região serrana e baixada litorânea não possuem tal dispositivo de saúde. A região metropolitana apresentou o maior número de crianças com microcefalia (n= entre 38 e 185) entre as regiões de saúde do estado, tendo o município do Rio de Janeiro o maior número de casos. Nas demais regiões de saúde foram notificadas entre 17 e 38 crianças com microcefalia. Os dados sugerem haver dificuldade de acesso ao serviço especializado à saúde em regiões mais afastadas da capital. É importante conhecer os fluxos assistenciais estabelecidos e analisar as trajetórias, as facilidades e as barreiras de acesso para obtenção do cuidado.

20.
Rio de Janeiro; s.n; 1997. 204 p. graf, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-496879

RESUMO

O estudo teve como objetivo avaliar o Sistema de Vigilância Epidemiológica no Município do Rio de Janeiro. Foi utilizada a metodologia do CDC, que aponta sete características para avaliação de Sistemas de Vigilância: Simplicidade, Flexibilidade, Sensibilidade, Oportunidade, Representatividade, Aceitabilidade e Valor Preditivo Positivo. Para análise das características do Sistema foram selecionadas duas doenças traçadoras: a Doença Meningocócica e as Hepatites Virais. Embora cada um destes agravos constitua um subsistema dentro do Sistema de V.E., foi possível a avaliação dos pontos críticos no fluxo de cada um deles e do sistema como um todo. O sistema foi analisado nos níveis local e central (estadual e municipal) por meio de entrevistas com os profissionais de saúde dos diferentes níveis e análise de documentos e bancos de dados do período (1994 a 1996).


Assuntos
Humanos , Hepatite Viral Humana/epidemiologia , Meningite Meningocócica/epidemiologia , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Brasil , Estudo de Avaliação , Gestão da Qualidade Total , Hepatite Viral Humana/prevenção & controle , Meningite Meningocócica/prevenção & controle
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