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Relatos de agressões, abusos e maus tratos durante a graduação em medicina: um estudo transversal conduzido durante a Pandemia de COVID-19 / Reports of aggression, abuses and mistreatment during medical graduation: a cross-sectional study conducted during the COVID-19 Pandemic

Santos, Thomás Luiz.
Belo Horizonte; s.n; 20210820. 90 p. ilus, graf.
Tese em Português | Coleciona SUS (Brasil) | ID: biblio-1337722

Introdução:

Estudos demonstram alta prevalência de agressões, abusos e maus-tratos contra estudantes de medicina e que a exposição à violência tem impacto negativo na saúde mental dos estudantes. Estudos sobre esse problema no Brasil são escassos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a percepção dos acadêmicos sobre agressões, abusos e maus tratos durante a graduação em medicina bem como identificar os perpetradores, principais tipos de violência e relacionar as variáveis acadêmicas e sociodemográficas aos tipos de agressões.

Metodologia:

Estudo educacional, observacional, transversal e de caráter quantitativo com estudantes de medicina de Minas Gerais matriculados do 3º ao 12º períodos entre 01 de novembro de 2020 a 31 de março de 2021. Foi enviado para todos os alunos questionário via on-line, obtivemos uma taxa de resposta de 264 respondentes, destes 237 foram incluídas na análise.

Resultados:

Os principais perpetradores de violência foram os próprios alunos 89,2% seguido pelos professores com 87,1%. Os tipos de agressões mais frequentes relatadas foram a depreciação ou humilhação 77,9% e os comentários negativos por ser aluno do curso 71,7%. Em nosso trabalho 67,2% dos respondentes desconheciam instâncias de acolhimento psicológico existentes em suas instituições. Foram estatisticamente significativos a maior frequência de violência psicológica (96,2%) e sexual (67,6%) no sexo feminino, maior frequência de violência verbal (68,9%), violência psicológica (97%) e violência sexual (68,2%) nos respondentes insatisfeitos com a aparência. A agressão física foi relatada por 4,2% e a ameaça de agressão física por 10,4% dos respondentes.

Conclusão:

a frequência percebida de agressões, abusos e maus-tratos foi alta na população estudada. A depreciação ou humilhação foi a agressão mais frequente e os próprios estudantes foram os principais perpetradores, seguidos de perto pelos professores. Torna-se importante que as instituições definam um código de conduta ética adequada que seja conhecido pelos alunos e corpo docente e que existam ouvidorias capacitadas na escuta atenta aos alunos e efetiva na resposta às possíveis situações de violência vivenciadas
Biblioteca responsável: BR1444.4
Localização: BR1444.4; 37.064.2-057(043.3), S237r
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