Genetic group and horns presence in injuries and economic losses of bovine carcasses / Grupo genético e presença de chifres em lesões e perdas econômicas de carcaças bovinas

ABSTRACT

Assessment of carcass bruises in steers and cull females, classified during unloading at the slaughterhouse according to genetic dominance in zebu and taurine cattle, and the presence of horns, including polled, horned and mixed batches. We considered horned the batches that included more than 20% of horned animals and mixed the batches that included less than 20% horned animals. The data were collected in a commercial slaughterhouse and included 93 batches, with a total of 2,520 animals, from different regions in Rio Grande do Sul. After evisceration, the bruises were identified and recorded in the different carcass regions hip, round, ribs, forequarter and loin area per animal and batch. The weights of the removed tissue due to bruising was based on the average weights of various samples of bruises according to their degree of severity. Regarding the number of bruises per animal, no differences (P > 0.05) were observed between genetic groups, however, when comparing the total bruises per batch, differences were observed in all carcass regions, except for the forequarter, with a greater number of injuries in zebu than in taurine carcasses. The individual assessments showed 86.2% (P < .05) more bruises in the ribs region in horned than in polled animals carcasses. Horned batches had higher bruises mean (P < .05) compared to the polled, with increases of 65.1; 131.7 e 132.8 % in total bruises in the carcass, ribs and forequarter, respectively. The mixed batches did not differ from polled and horned batches. Zebu animals were responsible for higher industry loss totaling 1.21 kg, resulting in a economic loss of R $ 15.48 per carcass. The presence of horns resulted in greater carcass loss, 1.13 kg, with economic loss of R $ 16.11 per carcass. The bruises on carcasses are affected by the breed group and presence of horns, with zebu and horned groups leading to greater economic losses for the meat production chain.

RESUMO

Foi realizado um estudo para avaliar as contusões na carcaça de machos castrados e fêmeas de descarte, classificados ao desembarque no frigorífico segundo a predominância genética em taurinos e zebuínos, e a presença de chifres, incluindo mochos, aspados e mistos. Foram considerados aspados os lotes que incluíam mais de 20% de animais aspados, e mistos menos de 20% de animais aspados. Os dados foram coletados em uma empresa frigorífica do RS, por intermédio da análise de 93 lotes, totalizando 2.520 animais, provenientes de diferentes regiões do estado. Após a evisceração, na linha de abate, foram identificadas as contusões e contabilizadas de acordo com as regiões da carcaça quadril, traseiro, costela, dianteiro e lombo, por animal e total do lote. Os pesos dos tecidos removidos devido às contusões foi baseado nos pesos médios de várias amostragens das contusões de acordo com o grau de severidade das mesmas. Não houve diferenças (P > 0,05) no número de contusões por animal entre os grupos genéticos, porém, quando comparados os totais por lote, observou-se diferenças em todas as regiões da carcaça, com exceção do dianteiro, com maior número de contusões nos zebuínos em relação aos taurinos. Nas avaliações individuais houve aumentos de 86,2% (P < 0,05) de contusões para a região da costela dos animais aspados em comparação aos mochos. Lotes aspados apresentaram maior média (P < 0,05) de contusões em comparação aos mochos com aumento de 65,1; 131,7 e 132,8 % nas contusões totais na carcaça, na costela e no dianteiro, respectivamente. Os lotes mistos não diferiram dos mochos e aspados. A maior perda econômica ocorreu no grupo dos zebuínos, totalizando 1,21 kg/carcaça resultando em R$ 15,48 por carcaça. A presença de chifres resultou em maior perda em kg de carcaça (1,13 kg) com perda econômica de R$ 16,11 por carcaça.[...]