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A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP): desafios e perspectivas / HIV pre-exposure prophylaxis (PrEP): challenges and perspectives

Ritter, Priscila Gil.
São Paulo; s.n; 2023. 110 f p.
Tese em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-ISPROD, SES-SP, SESSP-ISACERVO | ID: biblio-1538011

Introdução:

a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é um método seguro e eficaz que reduz riscos pela infecção do HIV com uso prioritário para populações. O Município de São Paulo é responsável por 33% dos cadastros para dispensação da PrEP em todo o país e aproximadamente 70% do Estado de São Paulo, tornando-se importante investigar o funcionamento desta estratégia.

Objetivos:

investigar dificuldades e facilitadores entre pessoas que optam pelo uso da estratégia de Prevenção Combinada com ênfase na PrEP e identificar vulnerabilidades comportamentais, sociais e estruturais entre pessoas que descontinuam o uso.

Métodos:

estudo observacional e de corte transversal, quantitativo realizado com usuários de um Centro de Testagem e Aconselhamento DST/AIDS (CTA) localizado no município de São Paulo. Para traçar o perfil sociodemográfico, epidemiológico e clínico dos usuários foi utilizado dados registrados em sistema informatizado. Foi realizado um levantamento de dados por meio da aplicação de questionário para ampliar a compreensão sobre as dificuldades e facilitadores entre pessoas que optam pelo uso da PrEP e aquelas que descontinuam.

Resultados:

os dados de rotina informatizados existentes entre janeiro de 2019 a outubro de 2022, evidenciou que dentre os serviços ofertados pela unidade (PrEP, PEP, Exames, TARV e Orientações), a PrEP correspondeu à 36,4%, com média de retornos maior para a PrEP, com tempo médio de retorno de 2,7 meses. Travestis/transexuais são as que mais demandam proporcionalmente a PrEP, HSH são os que mais fazem uso numericamente. A demanda pela PrEP tem maior frequência entre pessoas brancas e pessoas com mais escolaridade procuram além da PrEP, a PEP. Observou-se maior incidência acumulada de HIV entre usuários que realizam Exames (4,3%). No quesito raça/cor, indígenas e negros apresentam maiores incidências acumuladas para o HIV (4,5%); os grupos de população chave HSH, travesti/transexual e bissexual também apresentam maiores incidências acumuladas para o HIV. Por meio do questionário, observou-se que 75,6% dos participantes usam a PrEP conforme recomendação do Ministério da Saúde (MS). Aspectos que mais contribuíram para o uso correto da PrEP acolhimento realizado pela equipe; preocupação com a infecção pelo HIV e associar a PrEP às atividades diárias. Os principais motivos relacionados à descontinuidade da PrEP são estar num relacionamento monogâmico e esquecer-se de tomar o medicamento.

Conclusões:

baseado no alto percentual de retorno ao serviço para a PrEP e no tempo médio conforme orientado pelo MS, avaliamos que a PrEP tem bom desempenho, porém não obtém sucesso para todos os usuários uma vez que 1,8% apresentaram resultado positivo para o HIV. Entre os facilitadores destacam-se a forma como o serviço acolhe os usuários e a percepção de risco que leva à prevenção consciente. Entre os desafios pode-se identificar que aspectos pessoais podem interferir no uso contínuo do medicamento e a parceria monogâmica pode não ser fator protetor para a infecção pelo HIV. Potencial de Aplicabilidade do Estudo na identificação da necessidade de mudanças na forma de coletar os dados de rotina; na divulgação dos resultados nos serviços da RME; na apresentação de questionário para uso por outros equipamentos de saúde que desenvolvem atividades de prevenção combinada.
Biblioteca responsável: BR1764.1
Localização: BR1764.1
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