A gestação oferece barreiras éticas e técnicas à realização de ensaios clínicos, e para isso a farmacovigilância tem investigado e avaliado os efeitos decorrentes do uso de medicamentos. O estudo teve como objetivo verificar o índice da automedicação em foco na Atenção Farmacêutica a gestantes de alto risco atendidas na Policlínica Francisco Carlos Cavalcante Roque no município de Quixadá-CE. Tratou-se de um estudo observacional, transversal, consistindo em uma abordagem predominantemente quantitativa. As gestantes eram, na maioria, casadas, com faixa etária entre 29 a 39 anos, e as doenças predominantes foram Infecção (Urinária, vaginal e intestinal) e Hipertensão. Quanto a idade gestacional, apresentaram uma faixa de 8 a 39 semanas com média de 24 semanas. O uso de cigarro foi afirmado por 6,25% das gestantes, porém nenhuma relatou o uso de drogas. A utilização de medicamentos durante a gravidez pela prática da automedicação foi relatada por 33,75% gestantes, e três delas afirmaram sentir-se mal ao tomarem os medicamentos Dipirona, Ibuprofeno e Dimenidrinato. Do total de 33 medicamentos usados pela automedicação 94% eram em forma de comprimidos, utilizados para queixas como cefaleia, êmese e náuseas, sendo que a indicação por conta própria. Portanto, sugere-se orientação farmacêutica a gestantes de alto risco com o intuito de minimizar efeitos teratogênicos e proporcionar melhoria em sua qualidade de vida.(AU).