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O vivido de mães-com-filhos-portadores-de-doença-oncológica-que-foram-a-óbito: uma contribuição para a enfermagem pediátrica

Carneiro, Dayse Mary de Souza.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. xiv,150 p. ilus.
Tese em Português | LILACS, Inca | ID: biblio-932698
A oncologia pediátrica com seus protocolos terapêuticos torna-se uma especialidade ímpar, pois cuidar desta clientela, crianças e adolescentes (até 17 anos e 11 meses de vida), acarreta uma grande carga emocional, tanto para a equipe de saúde e de enfermagem, quanto para as mães que se tornam acompanhantes quando o tratamento se desenvolve sob internação hospitalar. Este estudo de natureza qualitativa teve como objeto o vivido de mãesacompanhantes cujos filhos foram a óbito em uma unidade de internação de doença oncológica. O objetivo foi compreender o significado de ser mãe acompanhante de filho que foi a óbito por doença oncológica. Utilizou-se a abordagem fenomenológica como método de pesquisa e o pensamento de Martin Heidegger como referencial teórico-metodológico. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer, (INCA) foi possível acessar o Banco de Dados do Serviço de Pediatria para fazer um levantamento das admissões e óbitos registrados no setor a partir do ano de 2000 até 2006. A Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde norteou os procedimentos da etapa de campo da pesquisa que foi realizada nos próprios domicílios das mães que contatadas, por via telefônica, aceitaram participar. Foram depoentes 14 mães na faixa etária dos quarenta anos, com escolaridade média de primeiro grau, com uma vivência de tempo de tratamento de seus filhos por volta de dois anos, cuja causa de morte foi tumor de Sistema Nervoso Central, em sua maioria.O tempo decorrido do óbito para as entrevistas foi em média de dois anos. O primeiro momento metódico de análise permitiu a construção de unidades de significação nas quais as mães expressam dificuldade para a aceitação do diagnóstico, do tratamento e sua limitação, até a perda de seu filho(a); querer saber e participar de tudo; ter esperança na cura apesar de não haver resposta do tratamento; contar com apoio familiar, institucional e governamental; ser confortada por outras mães, voluntários e outros profissionais por conta do afastamento do lar, de seus familiares e de seu trabalho; reconhecer que os profissionais são bons, mas ainda visualizar falhas; querer um jeito melhor para receber a notícia de que seu filho não dispõe mais de chance de tratamento; ser forte para tudo, mas na hora crítica sentir necessidade de ter alguém ao seu lado; querer esquecer como as coisas aconteceram e manter a em Deus sentindo necessidade de apoio espiritual, mas desejar receber acompanhamento não só durante a internação, como também após a perda de seu filho(a). A análise interpretativa, segundo momento metódico, permitiu compreender que o ser-mãe se desvela nos modos próprios da cotidianidade, revelando-se como ser-aí-com na impessoalidade constituída pela facticidade, existencialidade e ruína. Sob a ditadura do impessoal o ser-aí-mãe-acompanhante mostra-se na inautenticidade do cotidiano hospitalar, guiada, em sua ‘tríplice queda’, pelo falatório, pela curiosidade e pela ambigüidade. Estudar esta temática sob a abordagem da fenomenologia permitiu compreender o ser-mãe-acompanhante-de-filho-que-veio-a-óbito...
Biblioteca responsável: BR440.4
Localização: BR440.1; 616.9940780083, C289v D HCI
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