Your browser doesn't support javascript.

Biblioteca Virtual em Saúde

Saúde Pública Brasil

Home > Pesquisa > ()
XML
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Email
Adicionar mais destinatários
| |

Disparidade racial na sobrevivência em 10 anos para o câncer de mama: uma análise de mediação usando abordagem de respostas potenciais / Racial disparity in 10-year breast cancer survival: a mediation analysis using potential responses approach / Disparidad racial en la supervivencia en 10 años para el cáncer de mama: un análisis de mediación usando un enfoque de respuestas potenciales

Nogueira, Mário Círio; Guerra, Maximiliano Ribeiro; Cintra, Jane Rocha Duarte; Corrêa, Camila Soares Lima; Fayer, Vívian Assis; Bustamante-Teixeira, Maria Teresa.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(9): e00211717, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952455
Os objetivos foram investigar a associação entre raça/cor e a sobrevivência em 10 anos de mulheres com câncer de mama e o papel do estadiamento como mediador. Coorte hospitalar com 481 mulheres com câncer invasivo de mama, diagnosticadas entre 2003 e 2005. Foram feitas comparações entre mulheres brancas e negras quanto às características sociodemográficas e ao estadiamento, usando o teste qui-quadrado, e à sobrevivência em 10 anos, usando os métodos de Kaplan-Meier e regressão de Cox. Foram estimados para a variável raça/cor efeitos diretos e indiretos, mediados pelo estadiamento, com ajuste para a condição social da área de residência e idade, utilizando o modelo de respostas potenciais (contrafactual) e regressão múltipla de Cox. As mulheres negras residiam em setores censitários de menor renda, eram usuárias do setor público em maior proporção e foram diagnosticadas com estadiamentos mais avançados. A sobrevivência específica em 10 anos foi de 64,3% (IC95% 60,0; 68,9), com diferença significativa entre brancas (69,5%; IC95% 64,8; 74,6) e negras (44%; IC95% 35,2; 55,1). Nos modelos múltiplos, ajustados para renda e idade, as negras tiveram pior prognóstico (HR = 2,09; IC95% 1,76; 2,51), e a proporção mediada pelo estadiamento foi de 40% (IC95% 37; 42). Há disparidade racial na sobrevivência do câncer de mama em 10 anos, mediada principalmente pelo estadiamento mais avançado da doença nas mulheres negras. Isso aponta para a necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade do programa de rastreamento dessa doença e facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento precoces, com vistas à redução da iniquidade racial.
Biblioteca responsável: BR1.1
Selo DaSilva