Your browser doesn't support javascript.

Biblioteca Virtual em Saúde

Saúde Pública Brasil

Home > Pesquisa > ()
XML
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Email
Adicionar mais destinatários
| |

Masculinidades no Cárcere: Homens que Visitam suas Parceiras Privadas de Liberdade / Masculinities Inside Prison: Men who Visit their Female Partners Deprived of Liberty / Masculinidades en la Cárcel: Hombres que Visitan a sus Compañeras Privadas de Libertad

Lermen, Helena Salgueiro; Silva, Martinho Braga Batista e.
Psicol. ciênc. prof ; 38(spe2): 73-87, out./ dez.2018.
Artigo em Português | LILACS, Index Psi (psicologia) | ID: biblio-980774
O abandono de mulheres no cárcere tem sido documentado por pesquisadores do Brasil. A ausência mais apontada é dos homens que têm parceiras encarceradas. Não por acaso, nenhuma pesquisa específica sobre esses sujeitos foi encontrada na literatura nacional e internacional. Visando suprir, em parte, essa lacuna bibliográfica, foram investigados os cônjuges que frequentam duas penitenciarias femininas em dias de visitas. Através das lentes de gênero, buscou-se compreender os significados atribuídos por eles para manutenção dos relacionamentos com as companheiras presas. Para isso, realizou-se uma etnografia nas filas de espera das prisões. Na coleta, foram identificados 26 homens companheiros que regularmente frequentam o cárcere feminino em dias de visitas, dos quais quatro foram entrevistados. Embora o número encontrado ainda seja tímido, permite problematizar a categoria "abandono" na cadeia de mulheres. Acerca das trajetórias dos entrevistados, observa-se o exercício simultâneo das masculinidades hegemônica e não hegemônica. Todos são homens provedores, financeiramente estáveis e consideravelmente mais velhos que suas parceiras. Paralelamente, os quatro eram, de algum modo, cuidadores antes do encarceramento de suas companheiras. Para eles, a visita na prisão feminina representa amor, dever e cuidado. Ao mesmo tempo, entende-se que essas relações representam a possibilidade de exercício de controle e poder masculino sobre essas mulheres presas, visto que todas elas têm vidas marcadas por fragilidades familiares e sociais....(AU)
Biblioteca responsável: BR1552.1
Localização: BR1552.1
Selo DaSilva