O
câncer de colo uterino tem sido considerado um problema de
saúde pública no
Brasil por exercer um peso importante na
morbidade e
mortalidade de
mulheres brasileiras. Objetivando compreender como as
mulheres submetidas ao
tratamento para o
câncer do
colo uterino percebem esta
neoplasia , realizou-se um estudo do tipo descritivo com 30
mulheres tratadas para o
câncer de colo uterino no ambulatório de
radioterapia do Instituto do
Câncer do Ceará, durante o mês de maio de 2001. Para a
coleta de dados utilizamos um roteiro de
entrevista . Os resultados demonstram que as
mulheres percebem a
doença como propiciadora de mudanças no seu cotidiano, gerando o
medo de
recorrência . A religiosidade é usada como suporte para enfrentar o desafio de viver com a
incerteza da
cura . Os achados, portanto, demandam
investimentos em ações educativas, uma vez que as percepções das
mulheres refletem uma estrutura de
conhecimento marcada por dúvidas e temores resultantes de uma assistência precária desde a
atenção primária até a
atenção terciária .