Sex differences in antihypertensive treatment in France among 17 856 patients in a tertiary hypertension unit.

BACKGROUND: Sex differences in antihypertensive treatment have often been highlighted, but whether there is truly a difference or whether this difference is mediated by confounding factors has yet to be deciphered. PATIENTS AND METHODS: We performed a cross-sectional study on the first consultation in the Georges Pompidou Hospital Tertiary Hypertension Unit between July 2000 and June 2015 to explore sex differences in both patient and treatment characteristics over this period. RESULTS: A total of 17 856 patients were included. We observed in both women and men an increase in blood pressure control over time despite having more comorbidities. In conjunction, there was an increasing number of treated patients and treatments per patient. The treatments previously selected by the referring physicians strongly differed by sex: women were more frequently treated with loop diuretics [odds ratio (OR) = 1.2 (95% confidence interval (CI): 1.05-1.37)], thiazide diuretics [OR = 1.13 (95% CI: 1.03-1.23)], aldosterone-receptor blockers [OR = 1.41 (95% CI: 1.24-1.61)], and beta blockers [OR = 1.53 (95% CI: 1.41-1.66)] but less frequently with angiotensin-converting enzyme inhibitors [OR = 0.77 (95% CI: 0.70-0.84)], angiotensin II-receptor blockers [OR = 0.93 (95% CI: 0.86-1.0)], and calcium channel blockers [OR = 0.72 (95% CI: 0.67-0.78)] than men after adjusting for various patient-related confounding factors. CONCLUSION: Blood pressure control has greatly improved over the last 15 years in both men and women. Although the treatment choice remained strongly dependent on sex, this is not justified by a sex-related difference in cardiovascular benefit from antihypertensive treatment.

Contaminaçäo da dieta enteral em ambiente nosocomial / Contamination of enteral diets in nosocomial environment

O trato gastrointestinal é comparativamente resistente aos germes veiculados pela dieta, mas estudos recentes sugerem que infecçöes hospitalares podem ter início nesta rota. Uma investigaçäo efetuada com dietas industrializadas, preparadas com cuidados satisfatórios de assepsia, e armazenadas por até 24 horas, pesquisou contaminantes aeróbios e anaeróbios porventura presentes nestas preparaçöes. A sistemática de cultivo abrangeu amostras de 0h, 8h, e 24h, sendo que estas últimas foram alternativamente conservadas em temperaturas ambiente ou em geladeira. A cultura inicial já revelou 50% de positividade microbiana, porém parte desta contaminaçäo era devida as espécies de bacilos näo patogênicos. Após 8h e 24h os índices observados revelaram-se de ordem de 90%, ainda com presença expressiva de bacilos Gram negativos, ao lado de ratas bactérias Gram positivas. Durante o período da realizaçäo desta pesquisa näo se observaram episódios significativos de diarréia ou febre, que pudessem ser atribuídos à contaminaçäo relatada, nem se registraram situaçöes de bacteremia ou choque séptico em qualquer paciente sob nutriçäo enteral. Esta ausência de repercussöes clínicas para os achados laboratoriais em questäo näo é inesperada, e sugere baixas contagens para os microorganismos em tela, as quais näo atingiram concentraçöes críticas. Näo obstante, um grau de atençäo maior deverá ser dedicado ao controle de qualidade das dietas enterais, especialmente quando as bactérias Gram negativas multi-resistentes forem identificadas, ou quando a populaçäo tratada constitui-se de pacientes muito debilitados ou imunologicamente comprometidos

Possibilities of high-nitrogen parenteral nutrition in malnourished surgical patients

A nutricao parenteral representa uma modalidade amplamente utilizada em pacientes submetidos a cirurgia gastrointestinal, porem casos como hipermetabolismo poderao responder de forma insatisfatoria frente a este regime. Um programa hiperproteico abrangendo ate 2,5-3,0 gramas de aminoacidos/kg/dia foi recomendado nestas circunstancias, mas a tolerancia e a eficacia desta alternativa nao estao bem demonstradas. Num estudo "cross over" realizado com casos refratarios a nutricao convencional durante, pelo menos, uma semana, os resultados clinicos foram averiguados. As duas prescricoes eram isocaloricas, mas os ingressos de aminoacidos foram, respectivamente 1,6 ñ 0,4 g/kg/d e s,5 g/kg/d. Houve ganho de peso na segunda fase do estudo (2,5 ñ 0,8 kg), mas sem alteracao das proteinas plasmaticas, e com elevacao moderada da ureia. A tolerancia clinica e hemodinamica a esta terapeutica foi boa. Concluiu-se que a nutricao parenteral hiperproteica pode representar um procedimento interessante para pacientes catabolicos, todavia estudos ulteriores sao necessarios nesta area.