RESUMEN
Mostramos que uma imagem, a partir do momento em que é captada pelo aparelho psíquico, é sempre tomada em um tempo não cronológico, mas anacrônico, que é a temporalidade própria à memória tal como Freud a definiu. A imagem no tempo psíquico e visual é uma imagem-traço, que drena para si as ínfimas partículas da realidade que servirão de ponto de passagem entre o dentro e o fora. Fazer uma obra é tomar algum tempo e modificá-lo pela forma plástica/estética. Quando o sujeito faz uma obra, ele capta e, ao mesmo tempo, se refaz daquilo que fez traço (no sentido do traço mnésico), ele se apropria pela sensação (estética) dos acontecimentos de sua história. A criação é um processo de tempo, de futuro, logo, de presente. A imagem é projeção para um porvir que traz consigo os traços do passado. Ela faz face a um novo ponto de vista, a novas imagens.
We show that an image from the moment it is picked up by the psychic apparatus, it is always taken in a non-chronological time, but anachronistic, that is the temporality of memory as Freud defined it. The image in time psychic and visual image is a trace, which itself drains into the tiniest particles of reality, which will serve as a crossing point between the inside and outside. Making a book is taking some time and modify it the way plastic / aesthetic. When the subject does the work, he captures and at the same time, he did what he relishes dash (towards the memory trace), he appropriates, the feeling (aesthetics), the events of history. The creation process is a time in the future, so as a gift. The image is projected for a future that carries traces of the past. She bears a new point of view, the new images.
Asunto(s)
Humanos , Autoimagen , Tiempo , ParapsicologíaRESUMEN
Mostramos que uma imagem, a partir do momento em que é captada pelo aparelho psíquico, é sempre tomada em um tempo não cronológico, mas anacrônico, que é a temporalidade própria à memória tal como Freud a definiu. A imagem no tempo psíquico e visual é uma imagem-traço, que drena para si as ínfimas partículas da realidade que servirão de ponto de passagem entre o dentro e o fora. Fazer uma obra é tomar algum tempo e modificá-lo pela forma plástica/estética. Quando o sujeito faz uma obra, ele capta e, ao mesmo tempo, se refaz daquilo que fez traço (no sentido do traço mnésico), ele se apropria pela sensação (estética) dos acontecimentos de sua história. A criação é um processo de tempo, de futuro, logo, de presente. A imagem é projeção para um porvir que traz consigo os traços do passado. Ela faz face a um novo ponto de vista, a novas imagens.(AU)
We show that an image from the moment it is picked up by the psychic apparatus, it is always taken in a non-chronological time, but anachronistic, that is the temporality of memory as Freud defined it. The image in time psychic and visual image is a trace, which itself drains into the tiniest particles of reality, which will serve as a crossing point between the inside and outside. Making a book is taking some time and modify it the way plastic / aesthetic. When the subject does the work, he captures and at the same time, he did what he relishes dash (towards the memory trace), he appropriates, the feeling (aesthetics), the events of history. The creation process is a time in the future, so as a gift. The image is projected for a future that carries traces of the past. She bears a new point of view, the new images.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Autoimagen , Tiempo , ParapsicologíaRESUMEN
Este trabalho consiste em um estudo sobre a relação entre subjetividade e meio, mais especificamente, sobre a formação subjetiva no contexto da violência nas favelas cariocas. Areflexão proposta traz, como principal referencial teórico, a noção, adotada, entre outros, por John Bowlby e Donald Winnicott, de uma constituição subjetiva marcada pela intersubjetividade. Dito de outro modo, a subjetividade aqui é resultante do encontro do indivíduo com o meio (inicialmente a própria figura materna); o que significa que um nãopode ser compreendido a não ser na interação com outro. Desse pressuposto comum, tais autores partem para construir percursos teóricos independentes, que ora se aproximam, ora se distanciam. Contemporâneos e membros da Sociedade Psicanalítica Britânica da época, Bowlby e Winnicott fizeram parte do chamado Middle Group. Tal vertente psicanalítica, sob a influência da biologia de Darwin, da etologia e da literatura, apresenta como característica fundamental a de conferir uma importância inédita ao ambiente no processo do desenvolvimento emocional. A adaptação dos cuidados maternos às necessidades do bebê,nos estágios precoces de seu desenvolvimento, ganha a função primordial de sobrevivência edesempenha aqui um papel decisivo para a saúde mental do sujeito. Bowlby utilizar-se-á da idéia de que os pais, ou cuidadores, funcionam como uma espécie de base segura a partir da qual a criança pode explorar o mundo com a confiança de que será acolhida caso precise. Para ele, o comportamento de apego sustenta o processo de subjetivação e representa um elementoconstituinte da natureza humana, que se manifesta através da propensão para estabelecer laços íntimos. Já Winnicott adotará a idéia de uma maternagem suficientemente boa, capaz de garantir à criança a continuidade de sua existência. Interrupções nessa provisão dos cuidados precoces são, para estes autores, potenciais agentes patogênicos...