RESUMEN
Este artigo visa mostrar como a meritocracia é uma ideologia que se imbrica no sistema capitalista neoliberal e promove a manutenção do status quo. Busca-se desnaturalizar a lógica meritocrática que se apresenta como inerente ao funcionamento social. Ela é mascarada pela aparência de ser a única proposta adequada para categorizar os sujeitos em seus devidos lugares, em uma sociedade de classes. A complexidade desse fenômeno, que se apresenta em um discurso lacunar, permite que sejam analisadas as brechas em que o próprio discurso meritocrático falha. Neste artigo, nos debruçaremos sobre tais lacunas, e verificaremos como essa ideologia, fundamentada pela lógica liberal, promove a legitimação das disparidades sociais. Para fazer essa análise, é necessário se esquivar da lógica individual, e verificar como, coletivamente, são produzidas e se mantidas superestruturas sociais que configuram as dimensões subjetivas da realidade. Não se propõe, portanto, um olhar ingênuo às estruturas sociais como "algo dado", e sim construído pelos agentes sociais que estão atravessados pela ideologia vigente (AU).
This paper aims to show how meritocracy is an ideology that is built-in the neoliberal capitalism and how it maintains the status quo. It seeks to denaturalize the meritocratic logic that presents itself as inherent to social functioning. Meritocracy is masked by the appearance of being the only appropriate proposal to categorize people to their standing in a class society. The complexity of this phenomenon, which is presented in a lacking discourse, allows one to analyze the gaps in which the meritocratic discourse itself fails. We intend to inspect such gaps, and see how this ideology, based on the liberal logic, promotes the legitimation of social disparities. In order to carry out this analysis, it is necessary to avoid the individualistic logic, and also to verify how social superstructures that compose the subjective dimensions of reality are produced and maintained collectively. Therefore, we do not propose a naive portrait of social structures as straightforward, but forged by the social agents who are mingled with the prevailing ideology (AU).
Este artículo tiene como objetivo mostrar cómo la meritocracia es una ideología que se inserta en el sistema capitalista neoliberal y promueve el mantenimiento del status quo. Buscamos desnaturalizar la lógica meritocrática que se presenta como inherente al funcionamiento social. Está enmascarado por la apariencia de ser la única propuesta adecuada para categorizar los asuntos en su lugar apropiado, en una sociedad de clases. La complejidad de este fenómeno, que se presenta en un discurso lacunar, permite analizar los vacíos en los que falla el propio discurso meritocrático. En este artículo examinaremos estas brechas y veremos cómo esta ideología, basada en la lógica liberal, promueve la legitimación de las disparidades sociales. Para realizar este análisis es necesario evitar la lógica individual y verificar cómo las superestructuras sociales que configuran las dimensiones subjetivas de la realidad se producen y mantienen colectivamente. Por tanto, no proponemos una mirada ingenua a las estructuras sociales como determinado, sino construidas por agentes sociales atravesados por la ideología imperante (AU).
Asunto(s)
Humanos , Psicología Social , Trabajo/psicología , Políticas , Privilegio SocialRESUMEN
O racismo estrutural é uma realidade na sociedade brasileira e pode ser manifestado no interior de famílias inter-raciais. As crianças e as pessoas adultas que experienciam sentimentos de aceitação ou de rejeição nas dinâmicas familiares desenvolvem diferentes formas de ver a si mesmas, os outros e o mundo ao redor. Este estudo teve por objetivo avaliar as percepções de suporte emocional, rejeição parental na infância e discriminação cotidiana entre pessoas brancas, pardas e pretas. Participaram 175 pessoas, 80% do gênero feminino, com idade da amostra total variando de 18-39 anos (M = 24; DP = 5,11). Cento e três participantes se identificaram como branca/o, 42, como preta/o e 30, como parda/o. Todos responderam um formulário online composto pela Escala de Lembranças de Práticas Parentais, Escala de Discriminação Cotidiana e questões sociodemográficas. O resultado do teste Manova indicou que não houve diferença estatisticamente significativa entre as pessoas brancas, pardas e pretas em relação ao suporte emocional e à rejeição parental. Quanto à percepção de discriminação, houve diferença estatisticamente significativa nas subescalas de Tratamento Injusto [X²(2) = 17,360; p < 0,001] e Rejeição Pessoal [X²(2) = 27,970; p < 0,001], pessoas pretas apresentaram maiores médias que pardas e brancas, respectivamente. Discute-se a importância de falar sobre racismo nas relações familiares. Espera-se percepções de rejeição parental menor para pessoas brancas e de discriminação cotidiana maior para pardas e pretas.(AU)
Structural racism is a reality in Brazilian society and it can manifest within interracial families. Children and adults who experience feelings of acceptance or rejection in family dynamics develop different forms of seeing themselves, others, and the world around them. This study aimed to analyze perceptions of emotional support, parental rejection in childhood, and everyday discrimination between white, mixed, and black people. The participants were 175 people, 80% women, aged between 18 to 39 years (M = 24; DP = 5.11). A hundred and three participants identified themselves as white, 42 as black, and 30 as mixed. All answered an online form with the Memories on Parenting Practices, Everyday Discrimination Scale, and sociodemographic questions. Results show that the MANOVA test indicated no statistically significant difference between white, black, and mixed people regarding emotional support and parental rejection. Concerning the perception of discrimination, there was a statistically significant difference in the Unfair Treatment [X2(2) = 17.360; p < 0.001] and Personal Rejection [X2(2) = 27.970; p < 0.001] subscales, black people presented higher averages than mixed and white groups, respectively. This study discusses the importance of discussing racism in family relationships. Perceptions of lower parental rejection for white people and higher everyday discrimination for mixed and blacks are expected.(AU)
El racismo estructural es una realidad en la sociedad brasileña y puede manifestarse en familias interraciales. Los niños y los adultos que experimentan sentimientos de aceptación o rechazo en la dinámica familiar desarrollan diferentes formas de verse a sí mismos, a los demás y al mundo que los rodea. Este estudio tuvo como objetivo evaluar las percepciones de apoyo emocional, rechazo de los padres en la infancia y discriminación cotidiana entre personas blancas, mestizas y negras. Participaron 175 personas, 80% mujeres, con una edad de la muestra total de entre 18 y 39 años (M = 24; DE = 5,11). Ciento tres participantes se identificaron como blancos; 42 como negros y 30 como pardos. Todos respondieron un formulario en línea que consta de la Escala de Recuerdo de Prácticas de Crianza, la Escala Discriminación en la Vida Cotidiana y de preguntas sociodemográficas. El resultado de la prueba Manova indicó que no hubo diferencias estadísticamente significativas entre las personas con respecto al apoyo emocional y el rechazo de los padres. En cuanto a la percepción de discriminación, hubo uma diferencia estadísticamente significativa en las subescalas de trato injusto [X2(2) = 17,360; p < 0,001] y rechazo personal [X2(2) = 27,970; p < 0,001], los negros tenían promedios más altos que los pardos y los blancos, respectivamente. Se discute la importancia de hablar de racismo en las relaciones familiares. Se esperan percepciones de menor rechazo de los padres hacia las personas blancas y mayor discriminación diaria hacia los pardos y negros.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Adulto Joven , Rechazo en Psicología , Apoyo Social , Familia , Racismo , Discriminación Social , Psicología , Psicoterapia , Relaciones Raciales , Cambio Social , Aislamiento Social , Factores Socioeconómicos , Relaciones Intergeneracionales , Afecto , Cultura , Negación en Psicología , Grupos Raciales , Ego , Conflicto Familiar , Violencia Étnica , Opresión Social , Privilegio SocialRESUMEN
Este artigo teve como objetivo compreender, a partir de uma análise fenomenológica, o impacto do racismo sobre vivências de mulheres negras. Foram analisados relatos escritos por mulheres que se autodeclaravam negras encontrados em sites e blogs da internet. Esta pesquisa qualitativa fenomenológica foi inspirada na proposta filosófica de Edmund Husserl, consistindo na elaboração de uma narrativa síntese que resumiu os elementos essenciais das vivências dessas mulheres. Os resultados possibilitaram compreender que as experiências de racismo vivenciadas por mulheres negras têm início na infância e as acompanham ao longo de toda a vida, causando impactos sobre sua saúde mental. A insatisfação em relação ao cabelo natural e a cor da pele surgem como sinais concretos de recusa da identidade negra; enquanto o processo de tomada de consciência, reconhecimento e aceitação da negritude impulsionam a autoaceitação e a construção de uma nova identidade como mulher negra. A troca de experiências com outras pessoas negras sobre racismo favoreceu o reconhecimento da negritude. Conclui-se que o suporte emocional de pessoas que vivenciam o mesmo tipo de sofrimento social pode ser de grande relevância no processo de superação, assim como os processos de intervenção psicológica quando pautados por atitudes de empatia e aceitação. Nesse sentido, a formação de psicólogos deve incluir conteúdos e práticas que abordem o tema do racismo como parte da realidade social.(AU)
This article aimed to understand, based on qualitative research, the impact of racism on Black women's experiences. To this end, accounts authored by women who self-identify as Black, found on websites and internet blogs were used as data sources. The phenomenological analysis of data was based on Edmund Husserl's philosophical proposal, and consisted of a narrative synthesis that summed the essential elements of these women's experiences. Results of this research enabled the understanding that experiences of racism, lived by Black women, start during childhood and accompany them throughout their lifetime, impacting their mental health. Dissatisfaction with their natural hair and skin color appear as concrete signs of turning down their Black identity; sharing their experiences with other Black people about racism helps them recognize their Blackness. The process of awareness, recognition and acceptance of Blackness drive them to self-acceptance and the construction of an identity that integrates their condition as Black women. We conclude that the emotional support given by people who live similar social suffering can be essential to the process of overcoming it, as should be the process of psychological intervention, when founded on attitudes of comprehensive empathy and acceptance. In this regard, we suggest that psychologists' education include both courses and practice that encompass the theme of racism as part of our social reality.(AU)
Este artículo tuvo como objetivo comprender, a partir de una investigación cualitativa, el impacto del racismo en las experiencias de las mujeres negras. Fueron utilizados relatos escritos por mujeres que decían ser negras como fuentes de datos, en sitios de Internet y blogs. El análisis fenomenológico de los datos se realizó a partir de la propuesta filosófica de Edmund Husserl y consistió en la construcción de una narrativa síntesis que presentaba los elementos esenciales de las vivencias de estas mujeres. Los resultados permitieron comprender que las experiencias de racismo, vividas por las mujeres negras, comienzan en la infancia y las acompañan a lo largo de la vida, con un impacto en la salud mental. La insatisfacción con el color natural del cabello y la piel aparece como signos concretos de rechazo a la identidad negra; el intercambio de experiencias con otros negros sobre el racismo favorece el reconocimiento de la negritud. El proceso de toma de conciencia, reconocimiento y aceptación de la negritud impulsa la autoaceptación y la construcción de una identidad que integra la condición de la mujer negra. Se concluye que el apoyo emocional que brindan las personas que experimentan el mismo tipo de sufrimiento social puede ser de gran relevancia en el proceso de superación, así como los procesos de intervención psicológica, cuando se guían por actitudes de comprensión y aceptación empáticas. En este sentido, se sugiere que los cursos de formación para psicólogos incluyan contenidos y prácticas que aborden el tema del racismo como parte de la realidad social.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Negro o Afroamericano , Salud Mental , Violencia contra la Mujer , Racismo , Violencia Étnica , Aprendizaje , Prejuicio , Fenómenos Psicológicos , Política Pública , Rabia , Autoimagen , Factores Socioeconómicos , Salud de la Mujer , Adolescente , Feminismo , Carencia Cultural , Características Humanas , Emociones , Estigma Social , Marginación Social , Apariencia Física , Blog , Activismo Político , Opresión Social , Privilegio Social , Androcentrismo , Libertad , Tristeza , Respeto , Empoderamiento , Comparación Social , Estatus Social , Disparidades Socioeconómicas en Salud , Acontecimientos que Cambian la Vida , Soledad , Medios de Comunicación de MasasRESUMEN
Objetivamos reconstruir, por meio das vozes de mães de jovens negros mortos em ações policiais, a subtração da vida de seus filhos em contínuas políticas que precarizavam suas existências ao negar-lhes direitos básicos e cidadania. Participaram desta pesquisa seis mães. As conversas com elas, após cuidadosa aproximação, se iniciaram com a pergunta disparadora: "Como você gostaria de contar a história do seu filho?". Para subsidiar nossas análises, tomamos como centrais a articulação teórica e política das noções de genocídio negro e de necropolítica. Este artigo evidencia que, entre o nascimento e a interrupção da vida por balas que atravessam o corpo como um alvo predestinado, o racismo constrói trilhos de precarização da vida que a torna cada vez mais abjeta, vulnerável e descartável, conduzindo à morte precoce, ainda que preveníveis, de jovens negros, principalmente, residentes em periferias e favelas. Nesta discussão, fomentamos uma visão menos compartimentalizada das múltiplas políticas genocidas, trazendo para o diálogo outras políticas públicas, para além da segurança pública. Abordamos um continuum de produção e legitimação de mortes de jovens negros, centrando nossas análises nas formas de apagamento social e institucional desses jovens, que ocorreram anteriormente à morte física, de modo a desqualificar suas vidas. Esses processos contribuem para que a política de segurança pública extermine vidas de jovens negros sem causar ampla comoção social, a devida investigação criminal e, portanto, a responsabilização do Estado, pois já eram vidas mutiladas e desumanizadas em suas existências.(AU)
We aim to reconstruct, with the voices of mothers of young black people killed in police actions, the subtraction of their children's lives in continuous policies that undermined their existence by denying them basic rights and citizenship. Six mothers participated in this research. The conversations with them, after a careful approach, began with the triggering question: "How would you like to tell your child's story?". To support our analyses, we take as central the theoretical and political articulation of the notions of black genocide and necropolitics. This article shows that, between the birth and the interruption of life by bullets that pass through the body as a predestined target, racism builds trails of precariousness of life that makes it increasingly more abject, vulnerable, and disposable, leading to premature death, even if preventable, of young black people, mainly, living in suburbs and slums. In this discussion, we foster a less compartmentalized view of multiple genocidal policies, bringing to the dialogue other public policies, in addition to public safety. We approach a continuum of production and legitimization of deaths of young black people, centering our analysis on the forms of social and institutional erasure of these young people, which occurred before physical death, to disqualify their lives. These processes contribute to the public security policy to exterminate the lives of young black people without causing widespread social upheaval, due criminal investigation, and, thus, the accountability of the State, since they were already mutilated and dehumanized lives in their existence.(AU)
El objetivo de este artículo es reconstruir, a través de las voces de las madres de jóvenes negros asesinados en acciones policiales, la sustracción de la vida de sus hijos en políticas continuas que socavaron su existencia al negarles derechos básicos y ciudadanía. Seis madres participaron en esta investigación. Las conversaciones con estas madres, después de un enfoque cuidadoso, comenzaron con la pregunta desencadenante: "¿Cómo le gustaría contar la historia de su hijo?". Para apoyar el análisis, se tomó como eje central la articulación teórica y política de las nociones de genocidio negro y necropolítica. Este artículo muestra que, entre el nacimiento y la interrupción de la vida por balas que atraviesan el cuerpo como fin predestinado, el racismo construye senderos de precariedad de la vida que la hace cada vez más abyecta, vulnerable y desechable, conduciendo a una muerte prematura, incluso prevenible, de jóvenes negros, principalmente, residentes en la periferia y favelas. Esta discusión fomenta una visión menos compartimentada de múltiples políticas genocidas, llevando al diálogo otras políticas públicas, además de la seguridad pública. Se acerca a un continuo de producción y legitimación de muertes de jóvenes negros, centrando el análisis en las formas de borrado social e institucional de estos jóvenes, ocurridas antes de la muerte física, para descalificar sus vidas. Tales procesos contribuyen a la política de seguridad pública para exterminar la vida de los jóvenes negros sin provocar un gran revuelo social, la debida investigación criminal y, en consecuencia, la rendición de cuentas del Estado, pues ya eran vidas cuya existencia era mutilada y deshumanizada.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto Joven , Política Pública , Mujeres , Adolescente , Racismo , Genocidio , Madres , Pobreza , Prejuicio , Psicología , Relaciones Raciales , Conducta Social , Justicia Social , Problemas Sociales , Apoyo Social , Factores Socioeconómicos , Violencia , Trabajo Infantil , Brasil , Aflicción , Drogas Ilícitas , Defensa del Niño , Colonialismo , Derecho Penal , Amenazas , Muerte , Denuncia de Irregularidades , Deshumanización , Ética , Estigma Social , Discriminación Social , Factores Sociológicos , Consumo de Alcohol en Menores , Conducta de Búsqueda de Ayuda , Segregación Social , Privilegio Social , Libertad , Respeto , Marco Interseccional , Racismo Sistemático , Vulnerabilidad Social , Ciudadanía , Homicidio , Derechos HumanosRESUMEN
Este artigo realiza um percurso histórico das narrativas teóricas construídas pelas elites intelectuais brancas brasileiras sobre as relações raciais no campo psicológico, bem como os efeitos desse processo no desenvolvimento da psicologia enquanto ciência e profissão. Como a maioria de profissionais da área é branca em um país cuja maioria da população é negra, torna-se cada vez mais urgente e necessário revisitar tanto as bases da psicologia acerca das relações raciais quanto o modo como essas relações se dão no cotidiano, com vistas a construir caminhos para pensar teoria e prática comprometidas com a igualdade racial. Nesse sentido, tecem-se considerações sobre as narrativas teóricas acerca das relações raciais no campo científico brasileiro, destacando o lugar da psicologia nesse percurso. Em seguida, discutem-se as relações entre as perspectivas da realidade social e das produções de saberes nesse campo. Ainda mais especificamente no campo da psicologia, evidenciam-se os paradigmas que orientaram os estudos sobre as relações raciais na área e, por fim, aponta-se um caminho possível para a construção de uma ciência psicológica compromissada com a igualdade racial.(AU)
This paper presents a historical overview of the theoretical narratives constructed by white Brazilian intellectual elites about race relations within psychology and its the effects on the development of Psychology as a science and a profession. As psychology professionals are white, whereas the majority of the population is black, it is increasingly urgent and necessary to revisit the foundations of psychology on everyday life racial relations, towards a theory and practice committed to racial equality. The text presents considerations on the theoretical narratives about race relations in the Brazilian scientific field, highlighting the role played by psychology. It then discusses the relations between social reality and knowledge production in this field. Regarding psychology specifically, it highlights the paradigms that guided studies on race relations in the field and proposes a possible way to develop a psychological science committed to racial equality.(AU)
Este trabajo realiza un recorrido histórico sobre las narrativas teóricas construidas por las élites intelectuales brasileñas blancas sobre las relaciones raciales en el campo de la Psicología, y los efectos de este proceso en el desarrollo de la psicología como ciencia y profesión. Como la mayoría de los profesionales en el área son blancos en un país donde la mayoría de la población es negra, es cada vez más urgente y necesario revisar los fundamentos de la psicología sobre las relaciones raciales, y cómo son estas relaciones en la vida cotidiana, para que podamos construir teoría y práctica comprometidas con la igualdad racial. Primero, se reflexionará sobre las narrativas teóricas de las relaciones raciales en este campo científico brasileño, destacando el lugar de la psicología en este camino. Luego, se discutirán las relaciones entre las perspectivas sobre la realidad social y la producción de conocimiento en este campo. Aún más específicamente en el campo de la psicología, se resaltarán los paradigmas que guiaron los estudios sobre las relaciones raciales en el área y, finalmente, se señalará un posible camino en la construcción de una ciencia psicológica comprometida con la igualdad racial.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Psicología , Relaciones Raciales , Narrativa Personal , Distorsión de la Percepción , Política , Pobreza , Prejuicio , Psicoanálisis , Psicología Social , Política Pública , Autoimagen , Conducta Social , Clase Social , Aislamiento Social , Justicia Social , Percepción Social , Problemas Sociales , Ciencias Sociales , Socialización , Factores Socioeconómicos , Sociología , Estereotipo , Pensamiento , Desempleo , Universidades , Variación Genética , Violencia , Negro o Afroamericano , Imagen Corporal , Brasil , Movilidad Laboral , Salud Mental , Salud Pública , Salud de la Mujer , Disonancia Cognitiva , Colonialismo , Campos de Concentración , Conflicto Psicológico , Diversidad Cultural , Feminismo , Vulnerabilidad ante Desastres , Democracia , Deshumanización , Mercantilización , Investigación Conductal , Determinismo Genético , Educación en Salud Pública Profesional , Grupos Raciales , Población Negra , Discriminación en Psicología , Educación , Ego , Disparidades en el Estado de Salud , Estética , Racismo , Migración Humana , Esclavización , Alfabetización , Segregación Social , Desegregación , Activismo Político , Éxito Académico , Fracaso Escolar , Inequidad Étnica , Privilegio Social , Frustación , Respeto , Distrés Psicológico , Políticas Públicas de no Discriminación , Derecho al Trabajo , Empoderamiento , Comparación Social , Representación Social , Justicia Ambiental , Marco Interseccional , Minorías Étnicas y Raciales , Ciudadanía , Diversidad, Equidad e Inclusión , Disparidades Socioeconómicas en Salud , Segregación Residencial , Antiracismo , Culpa , Jerarquia Social , Desarrollo Humano , Derechos Humanos , Individualismo , Inteligencia , Relaciones Interpersonales , Relaciones Interprofesionales , Jurisprudencia , Ira , MoralRESUMEN
Os jogos digitais são considerados um ambiente de privilégio masculino que exalta o padrão heteronormativo de masculinidade. A partir da Teoria das Representações Sociais, buscamos identificar as diferentes formas de expressão e ancoragens da homofobia a partir de princípios organizadores, nos discursos dos fãs do jogo League of Legends (LoL) na rede social Facebook. Foram selecionados 470 comentários publicados em 2017, os quais foram analisados com apoio do Iramuteq (software de análise lexicométrica) por meio de uma classificação hierárquica descendente, resultando em quatro classes: "Debate sobre a sexualidade dos campeões" (14,9%), "Representatividade no LoL" (29,8%), "Confronto entre as histórias de Varus" (39%), e "Estratégia empresarial" (16,2%). Os resultados evidenciam a existência de um conflito intergrupal, mediado pelo processo de ameaça simbólica: enquanto alguns comentários, realizados majoritariamente por homens heterossexuais, se utilizam do preconceito sutil para perpetuar a manutenção da heteronormatividade, outros comentários reforçam a importância da representação da diversidade nos jogos digitais.(AU)
Digital games are considered an environment of male privilege that promotes heteronormative standard of masculinity. Based on the Theory of Social Representations, we seek to identify, based on organizing principles, the forms of expression and anchorages processes related to homophobia within the speeches of the fans of the game League of Legends (LoL), on Facebook. A total of 470 comments published in 2017 were selected to be then analyzed with support from IRAMUTEQ software (lexicometric analysis software), which resulted in four classes: "Debate on the sexuality of champions" (14.9%), "Representativeness in LoL" (29.8%), "Confrontation between the stories of Varus" (39%), and "Business strategy" (16.2%). The results show intergroup conflict that is mediated by the process of symbolic threat: some comments, which are mostly from heterosexual men, carry aspects of covert prejudice to perpetuate the maintenance of heteronormative standards, whereas other comments reinforce the importance of representing diversity in digital games.(AU)
Los juegos digitales son un entorno de privilegio masculino que enaltece el estándar heteronormativo de la masculinidad. Con base en la Teoría de las Representaciones Sociales, buscamos identificar las formas de expresión y anclaje de la homofobia a partir de principios organizativos en los discursos de aficionados del juego League of Legends (LoL) en la red social Facebook. Se seleccionaron 470 comentarios publicados en 2017, que pasaron por el análisis en IRAMUTEQ (software de análisis lexicométrico) mediante una clasificación jerárquica descendiente la cual dio como resultado cuatro clases: "Debate sobre la sexualidad de campeones" (14,9%), "Representatividad en LoL" (29,8%), "Confrontación entre las historias de Varus" (39%) y "Estrategia comercial" (16,2%). Los resultados muestran un conflicto intergrupal, mediado por la amenaza simbólica; mientras que algunos comentarios, hechos en su mayoría por hombres heterosexuales, utilizan prejuicios sutiles para perpetuar el mantenimiento de la heteronormatividad, otros comentarios refuerzan la importancia de representar la diversidad en los juegos digitales.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Juegos de Video , Amenazas , Normas de Género , Videojuego de Ejercicio , Personalidad , Aptitud , Psicología , Psicología Social , Rechazo en Psicología , Religión , Autoimagen , Conducta Social , Problemas Sociales , Factores Socioeconómicos , Sociología , Estereotipo , Tabú , Violencia , Mujeres , Conducta , Brasil , Bisexualidad , Familia , Conducta Ceremonial , Medios de Comunicación , Homosexualidad Masculina , Homosexualidad Femenina , Privacidad , Internet , Crimen , Cultura , Impacto Psicosocial , Relativismo Ético , Mercadotecnía , Ego , Literatura Erótica , Estudios Poblacionales en Salud Pública , Ética , Estudios de Evaluación como Asunto , Estigma Social , Medios de Comunicación Sociales , Racismo , Sexismo , Discriminación Social , Personas Transgénero , Factores Protectores , Acoso no Sexual , Privilegio Social , Monosexualidad , Personas Cisgénero , Transfobia , Androcentrismo , Estereotipo de Género , Performatividad de Género , Ciberacoso , Respeto , Identidad de Género , Prejuicio de Peso , Uso de Internet , Equidad de Género , Rol de Género , Representación Social , Estatus Social , Pertenencia , Diversidad, Equidad e Inclusión , Hostilidad , Amor , MoralRESUMEN
Com a instauração da política de cotas, ocorreram profundas transformações no perfil dos estudantes das universidades públicas brasileiras. Essa nova composição do corpo discente, com maior representatividade de minorias e/ou estudantes de baixa renda, traz consigo novas demandas relacionadas à saúde mental do estudante. Apesar disso, ainda são escassas as pesquisas que investiguem esse contexto específico. Este estudo visa comparar a saúde mental de estudantes cotistas e não cotistas, avaliando diferenças nas prevalências de sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre os dois grupos. Participaram da pesquisa 6.103 estudantes de graduação de uma universidade pública federal, dos quais 2.983 (48,88%) cotistas e 3.120 (51,12%) não cotistas. O levantamento de dados foi feito por meio de questionário on-line contendo questionário sociodemográfico e de hábitos de vida, e pelo Depression Anxiety and Stress Scale, na sua versão reduzida de 21 itens (DASS-21), utilizada para avaliar sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Os resultados indicaram que os estudantes cotistas apresentaram maiores prevalências de sintomas de depressão e ansiedade quando comparados aos não cotistas. As áreas de Ciências Exatas e da Terra, e os Bacharelados Interdisciplinares apresentaram maiores diferenças entre os dois grupos em relação a esses problemas em saúde mental. Os resultados apontam para a necessidade de que as universidades estejam atentas às novas demandas em saúde mental dos estudantes e que estas sejam contempladas nas políticas de atenção à saúde estudantil.(AU)
With the introduction of the quota policy, profound changes took place in the profile of students in Brazilian public universities. This new composition of the student body, with greater representation of minorities and/or low-income students, brings new demands related to student mental health. Despite this, there are still few studies investigating this specific context. This study aims to compare the mental health of quota and non-quota students, evaluating differences in the prevalence of symptoms of depression, anxiety, and stress between the two groups. A total of 6,103 undergraduate students from a federal public university participated in the research, of which 2,983 (48.88%) were quota students and 3,120 (51.12%) were nonquota students. Data collection was carried out via an online questionnaire containing a sociodemographic and lifestyle questionnaire, and the Depression Anxiety and Stress Scale, in its reduced version of 21 items (DASS-21) was used to assess symptoms of depression, anxiety, and stress. The results indicated that quota students had higher prevalence of symptoms of depression and anxiety when compared to non-quota students. The areas of Exact and Earth Sciences and Interdisciplinary Bachelors were the ones that showed the greatest differences between the two groups in relation to these mental health problems. The results point to the need for universities to be attentive to the new demands in mental health of students and for these to be included in student health care policies.(AU)
Con la introducción de la política de cuotas, se produjeron cambios profundos en el perfil de los estudiantes de las universidades públicas brasileñas. Esta nueva composición del alumnado, con mayor representación de minorías y/o estudiantes de escasos recursos, trae consigo nuevas demandas relacionadas con la salud mental del alumno. Pero todavía existen pocas investigaciones sobre el contexto específico. Este estudio tiene como objetivo comparar la salud mental de los estudiantes beneficiarios de las políticas de cuotas y los no beneficiarios, y evaluar las diferencias en la prevalencia de síntomas de depresión, ansiedad y estrés entre los dos grupos. En la investigación participaron un total de 6.103 estudiantes de grado de una universidad pública federal, de los cuales 2.983 (48,88%) son estudiantes beneficiarios y 3.120 (51,12%) son estudiantes no beneficiarios. Los datos se recolectaron de un formulario en línea, que estaba compuesto por un cuestionario sociodemográfico y de hábitos de vida, y por la Escala de Depresión, Ansiedad y Estrés, en su versión reducida de 21 ítems (DASS-21), utilizada para evaluar síntomas de depresión, ansiedad y estrés. Los resultados destacaron que los estudiantes beneficiarios de las políticas de cuotas tenían una mayor prevalencia de síntomas de depresión y ansiedad en comparación con los estudiantes no beneficiarios. Las áreas de Ciencias Exactas y de la Tierra y Licenciaturas Interdisciplinarias presentaron las mayores diferencias entre los dos grupos con relación a estos problemas en salud mental. Los resultados apuntan a la necesidad de que las universidades sean conscientes de las nuevas demandas sobre la salud mental de los estudiantes y de que estas se incluyan en las políticas de atención de la salud estudiantil.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Estudiantes , Universidades , Salud Mental , Satisfacción Personal , Prejuicio , Competencia Profesional , Psicología , Psicometría , Política Pública , Criterios de Admisión Escolar , Instituciones Académicas , Conducta Social , Cambio Social , Clase Social , Condiciones Sociales , Justicia Social , Movilidad Social , Ciencias Sociales , Factores Socioeconómicos , Sociología , Estereotipo , Estrés Psicológico , Abandono Escolar , Enseñanza , Violencia , Características de la Población , Negro o Afroamericano , Selección de Profesión , Familia , Drogas Ilícitas , Áreas de Pobreza , Escuelas de Salud Pública , Epidemiología Descriptiva , Personas con Discapacidad , Prueba de Admisión Académica , Violencia Doméstica , Diversidad Cultural , Estadística , Cultura , Democracia , Amigos , Grupos Raciales , Depresión , Bebidas Alcohólicas , Educación , Evaluación Educacional , Equidad , Miedo , Becas , Habilidades para Tomar Exámenes , Racismo , Discriminación Social , Marginación Social , Medicalización , Productos de Tabaco , Habilidades Sociales , Factores Sociológicos , Estilo de Vida Saludable , Rendimiento Académico , Éxito Académico , Inequidad Étnica , Privilegio Social , Experiencias Adversas de la Infancia , Pueblos Indígenas , Distrés Psicológico , Empoderamiento , Inclusión Social , Equidad de Género , Factores Económicos , Poblaciones Minoritarias, Vulnerables y Desiguales en Salud , Factores Sociodemográficos , Marco Interseccional , Minorías Étnicas y Raciales , Vulnerabilidad Social , Quilombola , Diversidad, Equidad e Inclusión , Estatus Socioeconómico Bajo , Segregación Residencial , Jerarquia Social , Derechos Humanos , Inteligencia , Relaciones Interpersonales , Trastornos Mentales , Métodos , AntidepresivosRESUMEN
O presente artigo tem como objetivo apresentar a construção metodológica desenvolvida em uma pesquisa de mestrado, na qual sustentamos a escrita de cenas como método de pesquisa da escuta clínica. As cenas do trabalho em questão foram recolhidas ao longo do tempo, no contorno da experiência de um projeto de extensão universitária de atenção à infância e adolescência em situação de vulnerabilidade social, situado em uma comunidade periférica. Apresentamos, neste texto, as interrogações que se elaboraram em torno da escolha pelo trabalho com cenas, e compartilhamos o resgate histórico dessas como um método de escrever a clínica, bem como a retomada de sua análise a partir da tradição psicanalítica. Amparadas nesta teoria e em leituras e contribuições do filósofo francês Jacques Derrida, embasamos a noção de que a cena se constitui como um lugar de produção, ao engendrar a configuração particular de elementos significantes nos processos de subjetivação e de construção social. A cena não é, então, compreendida aqui como uma representação do que acontece na clínica, mas como um modo de produzir a escuta e os seus processos de investigação.(AU)
This article aims to present the methodological construction developed in a master's research, in which the writing of scenes as a method of clinical listening research was endorsed. The scenes from the study in question were collected over time, from the experience gained in a project conducted within a university extension program on care in childhood and adolescence in social vulnerability, in a peripheral community. In this study, we present some questions that were elaborated surrounding the choices of working with scenes; and we share the historical rescue of this work as a method of writing on clinic practices and resuming their analysis from the psychoanalytic tradition. Based on the psychoanalytic theory and on the readings and contributions of the French philosopher Jacques Derrida, we corroborate the notion that the scene is constituted as a place of production, engendering the particular configuration of significant elements in the processes of subjectivation and social construction. Here, the scene is not a representation of clinical practice but one mode of producing listening and its research processes.(AU)
Este artículo tiene como objetivo presentar la construcción metodológica desarrollada en una investigación de maestría, en la que sostenemos la escritura de escenas como método de investigación de la escucha clínica. Las escenas del trabajo en cuestión se recogieron a lo largo del tiempo desde la experiencia en un proyecto de extensión universitario de atención a la niñez y adolescencia en situación de vulnerabilidad social aplicado en una comunidad periférica. En este texto, presentamos los interrogantes que se elaboraron en torno a la elección por el trabajo con escenas y compartimos el rescate histórico de las mismas como un método de escribir la clínica y la reanudación del análisis a partir de la tradición psicoanalítica. Amparadas en el psicoanálisis y en lecturas y contribuciones del filósofo francés Jacques Derrida, nos basaremos en la noción de que la escena se constituye como un lugar de producción, engendrando la configuración particular de elementos significantes en los procesos de subjetivación y de construcción social. La escena no es aquí una representación de lo que pasa en la clínica, sino un modo de producir escucha y sus procesos de investigación.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Preescolar , Psicoanálisis , Niño , Protección a la Infancia , Equipos y Suministros , Metodología como un Tema , Comidas , Vulnerabilidad Social , Parapsicología , Relaciones Padres-Hijo , Padres , Paternidad , Juego e Implementos de Juego , Ludoterapia , Pobreza , Fenómenos Psicológicos , Teoría Psicológica , Psicología , Psicología Clínica , Terapia de la Realidad , Chivo Expiatorio , Instituciones Académicas , Relaciones entre Hermanos , Clase Social , Aislamiento Social , Justicia Social , Responsabilidad Social , Apoyo Social , Servicio Social , Habla , Superego , Inconsciente en Psicología , Conducta , Áreas de Pobreza , Uso de Residuos Sólidos , Niño Abandonado , Maltrato a los Niños , Defensa del Niño , Cuidado del Niño , Desarrollo Infantil , Discapacidades del Desarrollo , Características de la Residencia , Higiene , Salud Infantil , Responsabilidad Legal , Adolescente , Responsabilidad Parental , Prácticas Clínicas , Atención Integral de Salud , Estado de Conciencia , Vida , Crimen , Intervención en la Crisis (Psiquiatría) , Afecto , Cultura , Narración , Pañales Infantiles , Sujetos de Investigación , Agresión , Violaciones de los Derechos Humanos , Sueños , Educación , Ego , Empleo , Mercado de Trabajo , Ética , Nutrición del Niño , Acoso Escolar , Marginación Social , Niño Acogido , Privilegio Social , Libertad , Teoría Freudiana , Estatus Económico , Respeto , Reglas de Decisión Clínica , Inclusión Social , Inestabilidad de Vivienda , Estatus Socioeconómico Bajo , Historia , Derechos Humanos , Id , Lateralidad Funcional , Amor , Memoria , Memoria a Corto Plazo , Moral , NombresRESUMEN
Pode a clínica psicológica escutar as subjetividades periféricas? A partir dessa problematização, o presente estudo teórico se propõe a pensar a relação entre clínicas psicológicas e subjetividades periféricas, aquelas vidas que estão afastadas dos diversos centros: políticos, sociais, econômicos, étnico-raciais, de gênero e sexualidades etc. Marcadas por relações de exclusão, opressões e precarizações, as subjetividades periféricas são vistas como produtos de processos de colonização que se atualizam em estratégias mais sofisticadas, investindo além do corpo biológico e alcançando os processos de subjetivação em suas múltiplas faces. Ao mesmo tempo, também são vistas como sujeitas, cujos processos de dessubjetivação dessa produção de território existencial terrificante expressam linhas de resistência crítica e inventiva que contornam um espaço fora do centro não como lugar de sujeição, mas de politização do corpo e afirmação da vida. O estudo aponta para a irrupção da fixidez teórico-metodológica e aposta na invenção de uma clínica que pensa a partir de onde os pés pisam, e da experimentação dos contextos e das vidas que se propõe cuidar, produzindo uma dupla tarefa de descolonização: da psicologia clínica ainda carregada de discursos e práticas colonizantes e das subjetividades que são produtoras e produtos de processos de opressão e exclusão.(AU)
Can psychological clinic listen to peripheral subjectivities? From this problematic, this theoretical study reflects on the relationship between psychological clinics and peripheral subjectivities-lives that are removed from the various centers: political, social, economic, racial-ethnic, gender and sexualities, etc. Marked by exclusion, oppression, and precariousness, peripheral subjectivities are seen as products of colonization processes that are reiterated by more sophisticated strategies, going beyond the biological body and reaching the subjectivation processes in its multiple facets. Simultaneously, they are seen as subjects, whose desubjectivation processes of this terrifying existential territory production express critical and inventive resistances that outline a peri-space not as a place of subjection, but of politicization of the body and affirmation of life. The study argues in favor of dismantling theoretical-methodological fixity and inventing a clinic rooted on experimentation of the contexts and lives it proposes to care for, engendering a double decolonization: of clinical psychology still laden with colonizing discourses and practices and of subjectivities that produce and are products of oppression and exclusion.(AU)
¿Puede la clínica psicológica escuchar las subjetividades periféricas? Desde esta problematización, este estudio se propone pensar la relación entre clínicas psicológicas y subjetividades periféricas, aquellas vidas que están apartadas de todos los centros: políticos, sociales, económicos, étnico-raciales, de género y sexualidades, etc. Marcadas por relaciones de exclusión, opresiones, precarizaciones, estas subjetividades periféricas son producto de los procesos de colonización que se actualizan en estrategias más sofisticadas que, más allá del cuerpo biológico, invisten en los procesos de subjetivación y sus múltiplos rostros. Al mismo tiempo, son agentes cuyos procesos de subjetivación de esta producción de territorio existencial petrificante exprimen líneas de resistencia crítica e inventiva que contornan el margen del centro no como espacio de sujeción, sino como espacio de politización del cuerpo y afirmación de la vida. El estudio realizado apunta a la necesidad de ruptura con los aportes teórico-metodológicos rígidos y apuesta en la invención de una clínica que piensa desde su fundamentación, y de la experimentación de los contextos y vidas que buscan cuidar, lo que produce una doble tarea de descolonización: de la psicología clínica aún marcada por las prácticas de colonialidad y de las subjetividades que son productoras y producto de los procesos de opresión y exclusión.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Psicología Clínica , Áreas de Pobreza , Colonialismo , Propiedad , Psicología , Política Pública , Aislamiento Social , Problemas Sociales , Factores Socioeconómicos , Diversidad Cultural , Sexualidad , Proyectos de Inversión Social , Ética , Racismo , Etnocentrismo , Opresión Social , Privilegio Social , Respeto , Evitación de Información , Racismo SistemáticoRESUMEN
Previous research on mock-jury trials has shown an explicit attractiveness bias in participant attributes of innocence. This study used the Implicit Relational Assessment Procedure (IRAP) to measure attractiveness-bias in implicit evaluations of innocence or guilt with a sample of 46 college students. Alternate IRAP trial-blocks required participants to affirm relations consistent and inconsistent with attractiveness bias (attractive-innocent/unattractive guilty versus unattractive-innocent/ attractive-guilty). Faster responding across consistent trial-blocks was interpreted in terms of implicit stereotype. Participants' beliefs about the importance of their own appearances were examined using the Beliefs about Appearances Scale (BAAS) and explicit attractiveness ratings for the IRAP photographic stimuli were measured using Likert scales; analysis examined relationships between these beliefs and IRAP scores. Results revealed statistically significant attractiveness bias for both male and female participants; specifically, both a pro-attractiveness and anti-unattractive bias. Findings are discussed regarding research in implicit evaluations of innocence or guilt and effects of attractiveness bias
No disponible
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Belleza , Culpa , Criminales/psicología , Juicio/clasificación , Psicología Criminal , Influencia de los Compañeros , Distribución por Sexo , Privilegio SocialRESUMEN
Resumen: Sobre la base de 41 historias de vida, de hombres y mujeres (de 19 a 45 años), ex-estudiantes de tres tipos de colegios privados de elite en Santiago de Chile, este artículo analiza el proceso de construcción de masculinidades hegemónicas en la clase dominante chilena. Se examina la forma en que la producción de distintos patrones de masculinidades se relaciona con cambios en la parte alta de la estructura social y se analiza el modo en que la sexualidad conecta la formación simultánea de estas masculinidades y de la clase dominante. Se contrasta la forma como estos colegios abordan la sexualidad y las prácticas sexuales de ex-estudiantes varones con mujeres de distintas clases sociales, especialmente, lo que los entrevistados llaman el "chaneo". Finalmente, se discuten las implicaciones de estos hallazgos para el estudio del poder y del privilegio en una sociedad de mercado.
Resumo: A partir de 41 histórias de vida de homens e mulheres (de 19 a 45 anos), ex-estudantes de três tipos de colégios privados de elite em Santiago do Chile, este artigo analisa o processo de construção de masculinidades hegemônicas na classe dominante chilena. Examina-se a forma como a produção de distintos padrões de masculinidades se relaciona com mudanças na parte alta da estrutura social e se analisa o modo como a sexualidade conecta a formação simultânea destas masculinidades e da classe dominante. Contrasta-se a forma como estes colégios abordam a sexualidade e as práticas sexuais de ex-estudantes homens com mulheres de distintas classes sociais, especialmente o que os entrevistados chamam de "chaneo". Finalmente, discute-se as implicâncias destes achados para o estudo do poder e do privilégio em uma sociedade de mercado.
Abstract: Based on 41 life-history interviews with men and women (19-45 years-old), former students of three different types of elite private schools in Santiago, this paper analyses the construction of hegemonic masculinities in the Chilean ruling class. The paper examines the way in which the production of different patterns of masculinities is related to changes in the top-end of the social structure, and analyzes the way in which sexuality connects the simultaneous making of these masculinities and the ruling class. The ways schools address sexuality is contrasted with former students' sexual practices with women from different social classes, particularly, the practice that they call "chaneo". Finally, the paper discusses the implications of these findings for the study of power and privilege in a market society.