RESUMO
O transplante renal é um tratamento seguro e efetivo para os pacientes portadores de falência renal e em regime de diálise. Apesar de bem padronizada, a cirurgia pode apresentar complicaçoes urológicas, clínicas e vasculares sendo a estenose de artéria renal a complicaçao vascular mais comum. Objetivo. Verificar a freqüência de estenose de artéria renal nos pacientes submetidos a transplante renal, no período de fevereiro de 1985 a dezembro de 1994, na Unidade de Transplante Renal do Hospital Sao Paulo, da Universidade Federal de Sao Paulo - UNIFESP - Escola Paulista de Medicina, comparando-se as anastomoses arteriais término-terminal e término-lateral. Casuística e Método. Foram analisados, retrospectivamente, 676 prontuários de pacientes submetidos a trnasplante renal, com idade mediana de 34 anos. O teste exato de Fischer foi aplicado para comparar os grupos etários, étnicos e sexo em relaçao a presença de estenose, sendo calculado os limites inferior e superior para a porcentagem de casos com estenose. Resultados. A estenose de artéria renal foi encontrada em 11 pacientes (1,63 por cento). Destes, 0,74 por cento foram submetidos a anastomose arterial término-terminal e 0,89 por cento término-lateral. Todos os casos ocorreram em transplantes realizados com rim de doador cadáver. Conclusao. A freqüência de estenose de artéria renal foi baixa, verificada apenas em receptores de rins de doador cadáver, nao diferindo de modo significante em relaçao ao tipo de anastomose realizada,e e nao sofrendo interferência quanto à idade, ao sexo e ao grupo étnico dos pacientes transplantados.