RESUMO
Introdução: Apresentamos nossa experiência no estudo REMCLI-ATC (REutilization de Materiales no hospital das CLinicas-ATC), que foi desenvolvido no Setor de Hemodinâmica do Departameneto de Cardiologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Montevidéu, Uruguai , entre setembro de 2001 e agosto de 2002 e entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004. Método: Foram incluídos, prospectivamente, 100 pacientes submetidos a angioplastia transluminal coronária (ATC), nos quais se utilizou aleatoriamente material novo (grupo 1, n = 49) ou reesterilizado (grupo 2, n = 51), analisando-se uma série de variáveis que avaliaram a eficácia e a segurança de cada um dos grupos. Resultados: O sucesso clínico e angiográfico no grupo 1 foi de 100 por cento e no grupo 2, de 96 por cento (p = 0,54). Não foram observadas diferenças em relação ao número de cateteres-guia e balões utilizados na ATC entre os grupos. O volume de contraste e os tempos de radioscopia e do procedimento também não apresentaram diferenças. As complicações maiores ocorreram somente no grupo 2 (0 por cento vs. 3,9 por cento; p = 0,17) e as menores ocorreram em ambos os grupos (6,1 por cento e 9,8 por cento, respectivamente; p = 0,48). Conclusão: concluímos, portanto, que é técnicamente factível e seguro utilizar material reesterilizado nas ATCs, o que permitiria, uma economia considerável para países como o Uruguai, com recursos econômicos limitados.
Background: We describe our experience in the REMCLIATC (REutilización de Materiales no hospital das CLInicasATC) study, which was developed at the Hemodynamics Section of the Department of Cardiology of the Hospital de Clínicas of the Medicine School of Montevideo, Uruguay, from September 2001 to August 2002 and from January 2003 to December 2004. Methods: A hundred patients were prospectively included and treated with Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty (PTCA) with new (group 1, n = 49) or reprocessed (group 2, n = 51) material. Both groups were evaluated through variables that tested safety and efficacy of each strategy. Results: The clinical and angiographic success rate was 96% with reprocessed material and 100% with new material (p = 0.54). No significant differences were found between the groups regarding the number of guide catheters, guides and balloons used in the PTCA. The volume of contrast medium, radioscopy times and procedure times were also similar. Major complications were seen only in group 2 (0% vs. 3.9%, p = 0.17), while minor complications occurred in both groups (6.1% and 9.8%, respectively; p = 0.48). Conclusion: Our data showed that it is technically possible and also safe to treat patients using reprocessed material in PTCA procedures. Theoretically this would result in an important resource saving in economically limited countries like Uruguay.