RESUMO
Phagocytic functions by neutrophils/ monocytes and biochemical parameters were assessed in peripheral blood of patients with periodontitis, whether or not associated to type 2 diabetes, or patients with type 2 diabetes, or systemically healthy people. Fifty-eight participants were divided into four groups: Control - systemically and periodontally healthy patients (C, n=16), Periodontitis (P, n=14), Type 2 Diabetes (DM, n=11) and Periodontitis associated with type 2 diabetes (DMP, n=17). Blood samples were used to analyze phagocytic activity and the production of superoxide anion using optical microscopy. Significantly lower phagocytic activity of neutrophils was observed in non-opsonized samples (p = 0.008, Kruskal- Wallis) of the periodontitis group and in opsonized samples (p = 0.029, Kruskal-Wallis) of the periodontitis associated with type 2 diabetes group when these groups were compared to the healthy individuals when a 20:1 yeast: phagocyte stimulus was used. Periodontitis patients, whether associated (p = 0.0007, sensitized; Kruskal-Wallis, 20:1) or not with diabetes (p = 0.018 and 0.0007, in the proportions 5:1 and 20:1 yeast: monocyte respectively in sensitized samples; Kruskal-Wallis) also showed lower phagocytic function of monocytes compared to the control group. There was no significant difference in the production of superoxide anion among the evaluated groups. Severe clinical attachment loss was associated with lower levels of HDL in periodontitis patients and a higher percentage of A1C in diabetes with periodontitis patients (p<0.05; Pearson and Spearman correlations, respectively). Patients with both associated diseases had higher levels of triglycerides and CRP (p<0.001, Kruskal-Wallis) compared to patients with diabetes only. The results of the present study suggest that periodontitis negatively interferes with the innate immune response and may represent a major risk of systemic complications such as cardiovascular disease in diabetic patients or even in healthy individuals.
As funções fagocíticas de neutrófilos/monócitos e parâmetros bioquímicos foram avaliados no sangue periférico de pacientes com periodontite com ou sem diabetes do tipo 2, ou em pacientes com diabetes tipo 2, ou em pessoas saudáveis sistemicamente. 58 participantes foram divididos em quatro grupos: Controle - pacientes sistemicamente e periodontalmente saudáveis (C, n = 16), Periodontite (P, n = 14), Diabetes Tipo 2 (DM, n = 11) e Periodontite associada a diabetes tipo 2 (DMP, n = 17). Amostras de sangue foram usadas para analisar a atividade fagocítica e a produção de ânion superóxido por microscopia óptica. Observou-se menor atividade fagocítica dos neutrófilos em amostras não opsonizadas (p = 0,008, Kruskal-Wallis) do grupo periodontite e em amostras opsonizadas (p = 0,029, Kruskal-Wallis) do grupo periodontite associada ao diabetes tipo 2 quando esses grupos foram comparados aos indivíduos saudáveis sob um estímulo de levedura:monócito de 20:1. Pacientes com periodontite associada (p = 0,0007, sensibilizados; Kruskal-Wallis, 20: 1) ou não com diabetes (p = 0,018 e 0,0007, nas proporções 5: 1 e 20: 1 de levedura: monócito, respectivamente, em amostras sensibilizadas; Kruskal- Wallis) também demonstraram menor função fagocítica dos monócitos em comparação com o grupo controle. Não houve diferença significativa na produção de ânion superóxido entre os grupos avaliados. A perda de inserção clínica grave foi associada a níveis mais baixos de HDL na periodontite e maior percentual de A1C nos pacientes com periodontite associada ao diabetes (p<0,05; correlações de Person e Spearman, respectivamente). Os pacientes com ambas as doenças associadas apresentaram níveis mais altos de triglicerídeos e PCR (p<0,001, Kruskal- Wallis) em comparação aos pacientes com somente diabetes. Os resultados do presente estudo sugerem que a periodontite interfere negativamente na resposta imune inata e pode representar um risco maior para complicações sistêmicas, como a doença cardiovascular, em pacientes com diabetes ou mesmo em indivíduos saudáveis.
Assuntos
Diabetes Mellitus Tipo 2 , Periodontite , Diabetes Mellitus Tipo 2/complicações , Humanos , Monócitos , Neutrófilos , Periodontite/complicaçõesRESUMO
ABSTRACT Phagocytic functions by neutrophils/ monocytes and biochemical parameters were assessed in peripheral blood of patients with periodontitis, whether or not associated to type 2 diabetes, or patients with type 2 diabetes, or systemically healthy people. Fifty-eight participants were divided into four groups: Control - systemically and periodontally healthy patients (C, n=16), Periodontitis (P, n=14), Type 2 Diabetes (DM, n=11) and Periodontitis associated with type 2 diabetes (DMP, n=17). Blood samples were used to analyze phagocytic activity and the production of superoxide anion using optical microscopy. Significantly lower phagocytic activity of neutrophils was observed in non-opsonized samples (p = 0.008, Kruskal- Wallis) of the periodontitis group and in opsonized samples (p = 0.029, Kruskal-Wallis) of the periodontitis associated with type 2 diabetes group when these groups were compared to the healthy individuals when a 20:1 yeast: phagocyte stimulus was used. Periodontitis patients, whether associated (p = 0.0007, sensitized; Kruskal-Wallis, 20:1) or not with diabetes (p = 0.018 and 0.0007, in the proportions 5:1 and 20:1 yeast: monocyte respectively in sensitized samples; Kruskal-Wallis) also showed lower phagocytic function of monocytes compared to the control group. There was no significant difference in the production of superoxide anion among the evaluated groups. Severe clinical attachment loss was associated with lower levels of HDL in periodontitis patients and a higher percentage of A1C in diabetes with periodontitis patients (p<0.05; Pearson and Spearman correlations, respectively). Patients with both associated diseases had higher levels of triglycerides and CRP (p<0.001, Kruskal-Wallis) compared to patients with diabetes only. The results of the present study suggest that periodontitis negatively interferes with the innate immune response and may represent a major risk of systemic complications such as cardiovascular disease in diabetic patients or even in healthy individuals.
RESUMO As funções fagocíticas de neutrófilos/monócitos e parâmetros bioquímicos foram avaliados no sangue periférico de pacientes com periodontite com ou sem diabetes do tipo 2, ou em pacientes com diabetes tipo 2, ou em pessoas saudáveis sistemicamente. 58 participantes foram divididos em quatro grupos: Controle - pacientes sistemicamente e periodontalmente saudáveis (C, n = 16), Periodontite (P, n = 14), Diabetes Tipo 2 (DM, n = 11) e Periodontite associada a diabetes tipo 2 (DMP, n = 17). Amostras de sangue foram usadas para analisar a atividade fagocítica e a produção de ânion superóxido por microscopia óptica. Observou-se menor atividade fagocítica dos neutrófilos em amostras não opsonizadas (p = 0,008, Kruskal-Wallis) do grupo periodontite e em amostras opsonizadas (p = 0,029, Kruskal-Wallis) do grupo periodontite associada ao diabetes tipo 2 quando esses grupos foram comparados aos indivíduos saudáveis sob um estímulo de levedura:monócito de 20:1. Pacientes com periodontite associada (p = 0,0007, sensibilizados; Kruskal-Wallis, 20: 1) ou não com diabetes (p = 0,018 e 0,0007, nas proporções 5: 1 e 20: 1 de levedura: monócito, respectivamente, em amostras sensibilizadas; Kruskal- Wallis) também demonstraram menor função fagocítica dos monócitos em comparação com o grupo controle. Não houve diferença significativa na produção de ânion superóxido entre os grupos avaliados. A perda de inserção clínica grave foi associada a níveis mais baixos de HDL na periodontite e maior percentual de A1C nos pacientes com periodontite associada ao diabetes (p<0,05; correlações de Person e Spearman, respectivamente). Os pacientes com ambas as doenças associadas apresentaram níveis mais altos de triglicerídeos e PCR (p<0,001, Kruskal- Wallis) em comparação aos pacientes com somente diabetes. Os resultados do presente estudo sugerem que a periodontite interfere negativamente na resposta imune inata e pode representar um risco maior para complicações sistêmicas, como a doença cardiovascular, em pacientes com diabetes ou mesmo em indivíduos saudáveis.