RESUMO
A terapia ultra-sônica caracteriza-se por ondas sonoras de alfa freqüência. O ultrasom subdivide-se em duas partes, o transdutor piezoelétrico e a corrente elétrica, sendo o último responsável por realizar a conversão de energia bruta em corrente elétrica alternada constante, que é transpassada pelo transdutor ao paciente. A técnica de aplicação do estímulo ultra-sônico expõe o transdutor em contato com o tecido afetado a ser tratado. Este fato identifica o equipamento e sua técnica de aplicações como possíveis veiculadores de bioagentes patogênicos. Os transdutores piezoelétricos ultrassônicos, de tamanho e marcas diversificadas, utilizados em pacientes foram submetidos à fricção circular com suabe embebido em soluções salina na área efetiva de radiação. No tempo de duas horas após a coleta foram semeados em meio de cultura de Brewer e Sabouraud. O crescimento obtido foi repicado para meios Agar-sangue, Agar-hipertônico-manitol e meio seletivo para gêneros Pseudomonas e Staphylococcus. A identificação foi feita por caracteres culturais e provas bioquímicas Sistema BioMerieux Vitek. O crescimento fúngico foi identificado por caracteres morfológicos, culturais, provas bioquímicas e sorológicas, quando necessárias. Os resultados apontaram 65% de positividade nas amostras avaliadas com presença de agentes fúngicos e bacetrianos. A maior freqüência coube aos elementos fúngicos (40%) seguido de bacterianos (25%). Sugere-se necessidade de prevenção de transmissão de bioagentes por contato e melhora na qualidade do atendimento em fisioterapia.