RESUMO
OBJECTIVE: Systemic arterial hypertension and obesity are major public health problems that increase risks of serious cardiovascular diseases and kidney failure as well as increase mortality. Substances that can alleviate these problems are desirable. We evaluated the beneficial effects of nutritional supplementation with gamma-linolenic acid in postmenopausal hypertensive women. METHODS: This was a prospective, double-blind, placebo-controlled, randomized study involving 96 postmenopausal women. Participants were divided into two groups either receiving 1,000 mg of borage oil rich in gamma-linolenic acid + vitamin E (drug) or only vitamin E (placebo) capsules for 6 months. They were followed up monthly to assess the impact on systemic blood pressure and body composition. To verify group homogeneity, Fisher's exact and Student t tests were performed. To evaluate differences in various parameters between the two groups and at various times, repeated measures analysis of variance was performed, with Bonferroni correction. RESULTS: The power of the test was calculated based on the difference in the mean systolic blood pressure between baseline and after 6 months of treatment in the placebo group and in the drug group. A 92.9% test power was found with a 95% confidence interval. There was a significant reduction in the systolic and diastolic pressure as well as a significant change in waist-hip ratio (P < 0.01) in the drug group as compared with the placebo group. CONCLUSIONS: Supplementation with borage oil rich in gamma-linolenic acid had significant beneficial short-term effects without showing any adverse effect. There remains a need for further studies to evaluate long-term benefits.
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Humanos , Feminino , Tecido Adiposo , Pós-Menopausa , Suplementos Nutricionais , Hipertensão/terapia , Método Duplo-CegoRESUMO
Objetivo: Avaliar a resposta hepática ao tratamento durante 12 meses com extrato seco padronizado de raízes e rizoma de Cimicifuga racemosa L. (Acteae racemosa L.) (CR) em mulheres menopausadas.Justificativa: O uso do CR é reconhecidamente seguro na literatura mundial, mas há referências de casos de hepatite em usuárias de CR.Método: Estudo duplo-cego, placebo-controlado, randomizado, prospectivo. Durante 12 meses consecutivos foram tratadas 64 mulheres menopausadas, divididas em dois grupos de 32, com 20mg de CR (Aplause®. Marjan) ou placebo, uma cápsula duas vezes ao dia, cada cápsula de CR contendo, no mínimo, 1mg de 27-deoxiacteína. A média etária cronológica do grupo CR foi 54,2 anos e a idade menopausal média 7,8 anos e do grupo placebo (P) 54 e 6,6 anos, respectivamente. O intervalo entre as consultas foi quatro meses, tendo sido realizadas as dosagens de transaminase glutâmico-oxalacética (TGO), transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), gama-glutamil-transferase (GGT) e fosfatase alcalina (FAL) na consulta inicial e nas três consultas quadrimestrais do seguimento.Resultados: Não houve em ambos os grupos diferença estatística significativa entre os resultados de TGO (p=0,15), TGP (p=0,92), GGT (p=0, 92) e FAL (p=0,89) nas cinco consultas.Conclusão: O tratamento de 12 meses com CR não afetou a função hepática de uma população de mulheres menopausadas.
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Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Cimicifuga/administração & dosagem , Fitoterapia , Hepatopatias/diagnóstico , Testes de Função Hepática/métodos , MenopausaRESUMO
As autoras discorrem sobre o climatério, definindo-o e caracterizando-o. Abordam o quadro sintomático e os métodos para quantificá-lo. Comentam sobre como avaliar a mulher climatérica, inclusive aproveitando a ocasião para investigar sobre doenças que podem ocorrer concomitantemente. Sugerem os exames mais úteis para essa avaliação. Abordam o tratamento, destacando a necessidade de abranger o estilo de vida, valorizando dieta, exercícios, higiene mental e, também, o tratamento com medicamentos, quer hormonal, quer sem hormônios, ressaltando a necessidade de individualização. Chamamos de climatério a fase que envolve a parada de função reprodutora na mulher, que se inicia de modo progressivo com a diminuição da fertilidade, por volta de 35 a 40 anos de idade, e que dura até um ano após a cessação das menstruações (menopausa). Quando sintomático, abrange irregularidade menstrual, mudanças de textura de pele e da mucosa vaginal, aparecimento de ondas de calor, geralmente acompanhadas de sudorese. Considera-se normal a ocorrência da menopausa dos 40 aos 55 anos (na maioria, ocorre entre 48 e 50 anos). Costuma-se esperar por um período de um ano sem menstruações para que se considere ser já a fase pós-menopausa, pela possibilidade de haver uma outra menstruação após a última referida, de data incerta, justamente por tratar-se de um período de irregularidade menstrual. Até lá, considera-se ainda que a mulher em questão esteja em perimenopausa(3). Depois de um ano sem menstruar, considera-se que a mulher está em pós-menopausa. E essa fase pode abranger o mesmo quadro sintomático do climatério, ainda que possa tender a diminuir, com o tempo.No passado a menopausa não era motivo de especial preocupação, dada a pequena proporção de mulheres que a atingiam. No século XVII, apenas 28.
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Feminino , Humanos , Climatério , MenopausaRESUMO
O presente trabalho teve como objetivo identificar as representações sociais da maternidade em mulheres cardiopatas e diabéticas que, experienciavam uma gravidez de risco e que se encontravam hospitalizadas em um período da gravidez para monitoração da sua saúde e a do bebê. Os instrumentos da coleta de dados foram entrevistas semi-estruturadas, com roteiros previamente testados. Entrevistaram-se 20 gestantes, sendo 11 cardiopatas valvares e 09 gestantes com Diabetes mellitus tipo I e II, que se encontravam hospitalizadas no terceiro trimestre de gestação. Optou-se pelo estudo de corte qualitativo. O delineamento foi feito através da análise de discurso no qual o fator de interesse girou em torno dos aspectos da relação da gestante com a sua saúde, expectativas e significados da maternidade, bem como do filho, sentimentos em relação à gestação e ao bebê, e enfrentamento da hospitalização. Para a análise dos discursos, utilizou-se um instrumento de tabulação de dados qualitativos, com as seguintes figuras metododlógicas: a Idéia Central, a Expressão-Chave e o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados revelaram temas relacionados à forma como mulheres cardiopatas e diabéticas conviviam com doenças crônicas, aos significados da gravidez de alto risco em gestantes cardiopata e diabéticas e à experiência da gravidez de risco incluindo a hospitalização e os medos das gestantes. Pode-se concluir que as representações surgidas em relação à maternidade e ao filho estão relacionadas ao imaginário feminino, mas que a presença de uma doença crônica pode influenciar também no significado da maternidade para esse grupo de mulheres.
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Feminino , Gravidez , Humanos , Doença Crônica , Diabetes Mellitus , Cardiopatias , Comportamento Materno , Mães , Gravidez de Alto Risco , Saúde da MulherRESUMO
A atividade física na gravidez tem sido indicada para mulheres normais após avaliação cardiológica, estabelecendo-se o risco na gravidez com realização de exercícios de preparo ao parto, mostrando à mulher as indicações e as contra-indicações do exercício aeróbico nos diferentes trimestres da gravidez para facilitar o parto normal.
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Feminino , Humanos , Atividade Motora/fisiologia , Exercício Físico/fisiologia , Fatores de RiscoRESUMO
As autoras abordam de modo prático os aspectos de diagnóstico e tratamento das vulvovaginites. Fazem considerações a respeito da sua classificação e de sua frequência, nas diferentes idades da mulher. Dissertam sobre os tipos mais comuuns, as causadas por C. albicans, por T. vaginalis e por G. vaginalis. Descrevem a conduta no seu diagnóstico e tratamento
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Vulvovaginite/diagnóstico , Vulvovaginite/terapiaRESUMO
Os autores abordam o planejamento familiar nas cardiopatas, discutindo as indicações particulares inerentes à doença.Apresentam os vários métodos e suas indicações nas diferentes cardiomiopatias, relatando sua experiência.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cardiomiopatias , Planejamento Familiar , Anticoncepção , Curetagem a Vácuo , Dispositivos IntrauterinosRESUMO
Endometriose é uma doença caracterizada pela presença de endométrio funcional - glândulas e estroma - fora da cavidade e musculatura uterina. O endométrio ectópica responde aos hormônios ovarianos de modo semelhante ao endométrio uterino. A importância da endometriose reside em suas manifestações clínicas relacionadas principalmente aos órgãos genitais internos: dor pélvica, incluindo dismenorréia e dispareunia; sangramento uterino anormal; e infertilidade
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Endometriose , Distúrbios Menstruais , Doenças dos Genitais Femininos , InfertilidadeRESUMO
Entre 1973 e 1986 foram estudadas no Setor de Ginecologia Endócrina da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo 89 pacientes portadoras de disfunçäo menstrual tratadas com contraceptivos hormonais orais. Foram considerados os seguintes parâmetros: padräo menstrual após o uso dos contraceptivos orais; relaçäo entre as dosagens dos contraceptivos orais e alteraçöes menstruais após o seu uso; tempo de uso do anticoncepcional e a presença de alteraçöes menstruais ; índice de fertilidade após a parada do contraceptivo e manifestaçöes clínicas observadas após o uso dos mesmos. Os resultados demonstraram: em pacientes portadores de disfunçäo menstrual näo houve melhora mediante o tratamento com contraceptivo hormonal oral, näo se observaram correlaçöes entre o tempo de uso e a dosagem do contraceptico com a funçäo menstrual; o índice de gestaçäo após o uso dos contraceptivos foi baixo (25,0%); as manifestaçöes clínicas associadas (hirsutismo, obesidade, acne e galactorréia) mostraram tendência a piora após o uso dos mesmos
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Adolescente , Adulto , Humanos , Feminino , Anticoncepcionais Orais Hormonais/uso terapêutico , Distúrbios Menstruais/tratamento farmacológico , Anticoncepcionais Orais Hormonais/efeitos adversos , Anticoncepcionais Orais Hormonais/metabolismo , SeguimentosRESUMO
Foram estudadas oito pacientes portadoras de pseudo-hermafroditismo feminino do Setor de Ginecologia Endócrina da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo. O objetivo foi a análise dos aspectos relevantes da anamnese, exame físico, propedêutica complementar e resultados terapêuticos. Na análise dos resultados observou-se fenótipo ambíguo em quatro pacientes, feminino em duas e masculino em duas, e virilizaçäo acentuada dos genitais externos em quatro casos. O exame genético revelou sexo genético feminino em cinco casos estudados. Presença de ovários, morfologia feminina dos órgäos genitais internos e níveis elevados dos 17-cetosteróides foram observados nas oito pacientes. Através do uso de corticosteróides e cirurgias corretivas obtiveram-se resultados terapêuticos satisfatórios
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Adolescente , Humanos , Feminino , Adulto , Transtornos do Desenvolvimento SexualRESUMO
Entre 1985-1986, 23 portadoras de galactorréia näo tumoral foram tratadas com 15 mg diários de adenosilcobalamina (coenzima da vitamina B12), na Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo. A substância ativa foi administrada por via oral, por três meses, e os resultados basearam-se em aspectos clínicos e laboratoriais. Assim, observou-se desaparecimento da galactorréia em 10 (43,5%) casos e diminuiçäo da sua intensidade em 13 (56,5%). Os ciclos mentruais tornaram-se eumenorréicos em 18 (78,3%) casos e os níveis médios de prolactina sangüínea diminuíram de 30,0 ng/ml para 20,1 ng/ml. Näo foram observados efeitos colaterais. Concluem-se que a coenzima da vitamina B12 é tratamento alternativo da galactorréia näo tumoral
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Gravidez , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Feminino , Adulto , Cobamidas/uso terapêutico , Galactorreia/tratamento farmacológicoRESUMO
No período de 1982 a 1987 foram atendidas no Setor de Malformaçöes Genitais da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo 37 pacientes portadoras de malformaçöes genitais näo relacionadas aos estudos intersexuais. A média etária das pacientes foi de 22,4 anos. A consulta foi motivada por amenorréia em 31 casos, dispareunia em sete e dor pélvica em sete. Apenas duas pacientes referiam antecedentes pessoais significativos: uma de ânus imperfurado e uma de malformaçäo dos órgäos genitais externos, ambos corrigidos na infância. No exame físico observou-se malformaçäo somática em duas pacientes. O exame ginecológico mostrou formaçöes labiais normais em 36 pacientes e uma com seqüela pós-operatóra. Clitóris normal em 36 e hipertrófico em uma. Intróito normal em 36 fístula vésico-vagino-retal em uma. Vagina normal em três, ausente em 22, em fundo cego em nove e presença do septo vaginal em três. Utero normal foi observado em oito pacientes, rudimentar em seis e ausente em 23. O estudo morfológico dos órgäos genipelvigrafia através do ultra-som, pneumopelvigrafia ou laparoscopia revelou ausência de útero em 16, útero alterado em 13 e normal em oito. Tubas normais em 37, ovários normais em 35 e alterados em duas. A urografia excretora realizada em 15 casos mostrou-se alterada em oito. A histerossalpingografia realizada em duas pacientes mostrou útero bicorno. Em relaçäo ao tratamento, 16 pacientes foram submetidas a neovaginoplastia, duas a dilataçäo vaginal, quatro a histerectomia e três a ressecçäo de septo. As complicaçöes foram: reoperaçäo de neiovagina em três, fístula retovaginal em numa e incontinência urinária de esforço em uma. Concluem os autores do polimorfismo clínico das anomalias do útero e da vagina e da necessidade da realizaçäo da urografia excretora
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Criança , Adolescente , Adulto , Humanos , Feminino , Disgenesia Gonadal/diagnóstico , Útero/anormalidades , Vagina/anormalidades , BrasilRESUMO
Entre 1986 e 1988 foram estudadas 46 pacientes, brancas, portadoras de hirsutismo (média etária 27,4 anos). A estas pacientes foi administrado a espironolactona na dose de 200mg por dia, divididas em duas tomadas, do 5§ ao 24§ dia do ciclo, por período mínimo de seis meses. Acompanhando a terapêutica associou-se medidas depilatórias (eletrólise e ceras depilatórias). Os resultados revelaram que durante o tratamento 60,8% pacientes apresentavam ciclos menstruais normais. Houve melhora significativa do hirsutismo. As dosagens médias de FSH, LH, prolactina, androstenediomma, sulfato de dehidroepiandrosterona, uréia, creatinina, sódio e potássio permaneceram dentro dos limites da normalidade antes e durante o tratamento. A testoterona sangüinea, cuja média antes foi de 202,0ng%, passou para 150,4% e 139,1ng% no 3§ e 6§ mês de tratamento, respectivamente. A espironolactona na dosagem de 200mg/dia mostrou ser alternativa efetiva de voa tolerância no tratamento do hirsutismo atuando também na melhora do padräo menstrual
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Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Feminino , Hirsutismo/tratamento farmacológico , Espironolactona/uso terapêutico , Espironolactona/administração & dosagemRESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar os casos de pseudo-hermafroditismo masculino do Setor de Ginecologia Endócrina da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo. A casuística constou de 20 pacientes que foram analisadas quanto aos aspectos relevantes da anamnese, exame físico, exames complementares e terapêutica instituída. Os resultados revelaram que 15 pacientes apresentavam fenótipo femenino, três masculino e dois ambíguo. A pneumopelvigrafia, estudo genético e histologia da gônada confirmaram o diagnóstico. O tratamento consistiu de procedimentos cirúrgicos e clínicos para feminizaçäo em 19 pacientes que apresentavam identidade feminina, e uma por apresentar identidade masculina foi encaminhada para o serviço de urologia