RESUMO
The aim of this study was to evaluate the effects of pre-anesthetic use of clonidine on time-domain heart rate variability (HRV) and arterial blood pressure in healthy anesthetized dogs. Six healthy adult mixed-breed dogs were administered a clonidine (clonidine group, CLG) and 30 days later, a placebo (control group, CG) preanesthetic protocol, in addition to propofol, isoflurane, and an bolus of tramadol and the continuous infusion thereafter. The total time mean values of HRV meanNN, SDNN, SDANN, SDNNI, and rMSSD were higher in the CL group, as observed in some HRV variables on tramadol bolus time (T4), tramadol continuous infusion (T8), and tracheal extubation time (T10). No significant differences in arterial blood pressure were observed, however, two dogs had a second-degree atrioventricular block (Mobitz II) at the tramadol bolus time (T4). These results led us to conclude that the clonidine anesthetic protocol resulted in sympathetic outflow block and an increase in parasympathetic tone, without significant effects on blood pressure. Notably, cardiac electrical disturbance in two dogs in the CL group. Although the pre-anesthetic use of clonidine in dogs with fear-based behavioral problems should be considered, its association with tramadol should be avoided or carried out with caution owing to the existing cardiovascular risk.
Neste estudo objetivou-se avaliar os efeitos da administração pré-anestésica de clonidina na variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo (VFC) e pressão arterial sanguínea de cães saudáveis anestesiados. Seis cães adultos hígidos, sem raça definida, foram submetidos a ambos protocolos anestésicos, com clonidina (grupo clonidina - GCL) e placebo (grupo controle - GC), associado ao propofol, isoflurano, bolus e infusão contínua de tramadol. Considerando o do tempo total de análise, os valores médios das variáveis de VFC NNmédio (GC=584.5±62.77, GCL=680.5±75.01), SDNN (GC=97.83±28.94, GCL=163.8±49.81), SDANN (GC=63.83±21.55, GCL=102.3±32.89), SDNNI (GC=60.83±28.53, GCL= 110.2±42.92) e rMSSD (GC=75.83±38.91, GCL=158.0±81.20) foram maiores no protocolo anestésico com clonidina, assim como também observado em algumas variáveis de VFC durante o tempo de administração do bolus (T4) (NNmédio: GC=643,70±123,10, GCL= 819,80±78,77) e infusão contínua (T8) (NNmédio: CG=599,20±35,66, CLG=785,00±52,13) de tramadol, assim como no tempo de extubação orotraqueal (T10) (NNmédio: GC=598,70±84,75, GCL=852,50±188,60; SDNN: GC=49,83±33,49, GCL=193,80±143,40; rMSSD: GC=43,50±33,86, GCL=314,20±294,60). Nenhuma diferença significativa na pressão arterial sanguínea foi observada, porém, dois cães apresentaram bloqueio atrioventricular de segundo grau (Mobitz II) no momento de aplicação do bolus de tramadol (T4). Assim, o protocolo anestésico com uso de clonidina resultou em bloqueio eferente simpático e aumento do tônus simpático, sem efeitos significativos sobre a pressão arterial, mas com ocorrência de distúrbio elétrico de condução cardíaco em dois cães. Embora o uso pré-anestésico de clonidina em cães com problemas comportamentais baseados no medo deva ser considerado, sua associação com tramadol deve ser evitada ou realizada com cautela devido ao risco cardiovascular existente.
RESUMO
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de mortes e incapacidade no mundo, tendo como uma das principais sequelas a fraqueza muscular, que afeta a mobilidade física e, consequentemente, as atividades da vida diária. A prática de exercício é muito importante para essa população por contribuir para o aumento da força muscular e melhora da capacidade funcional. Objetivo: Verificar se as pessoas com hemiplegia após acidente vascular cerebral mantiveram os resultados obtidos após um programa de exercícios, realizado em uma instituição de reabilitação e identificar quais as barreiras por eles encontradas para continuar a prática de exercícios. Método: Trata-se de um estudo intervencionista, longitudinal, com acompanhamento de 24 semanas. Cinco participantes (55,8 ± 10,5 anos) com AVC crônico foram avaliados quanto a força muscular, equilíbrio postural, força e resistência de membros inferiores, adesão à prática de exercícios e as possíveis barreiras para continuidade dessa prática. Resultados: Após 24 semanas de seguimento, os participantes apresentaram aumento da força muscular nos membros inferiores e não houve diferença para capacidade funcional. As principais barreiras identificadas para continuidade na prática de exercícios foram: dor ou desconforto, falta de interesse em praticar exercício físico, de conhecimento e possuir alguma limitação física. Conclusão: O exercício em domicílio parece ser um método eficaz para manutenção e aumento da força muscular. Há necessidade de mais estudos com estratégias de baixo custo, que visem mudanças no comportamento para obter, melhora na capacidade física dessas pessoas, após a participação em um programa de exercícios.
Stroke is the leading cause of serious, long-term disability in the world. The survivors patients have motor sequelae with reduced autonomy for daily activities. Exercises programs are very important for this population because it contributes to increase muscle strength and improve functional capacity. Objective: The purpose of this study was to verify if the persons with hemiplegia after stroke have maintained the results obtained after the exercise program and what the barriers they identified to continue the exercise practice. Methods: In a clinical trial with follow-up at 24 weeks, five participants (55.8 ± 10.5 years old) with chronic stroke were evaluated. The primary outcomes were muscle strength (7-10 Maximum Repetition Test), postural balance (Timed up and Go Test), leg strength and endurance (Stand up Chair Test). The secondary outcomes were the adherence to exercise and the possible barriers to the exercise practice. Results: At 24 weeks, the participants exhibited increase in muscle strength in lower limbs. There was no difference for functional capacity. The barriers principals and the main barriers identified for exercise were pain, lack of interest in physical activity, lack of ability in physical activity and motor disabilities. In chronic stroke patients, 24 weeks after exercise program the results obtained was maintained. Conclusion: The continuous practice of exercise increase muscle strength and maintained the functional capacity. Home-based-exercise appears to be a effective means of increased muscle strength. There is a need for more studies with cost-effective strategies that target changes in behavior to obtain long-term changes in physical function after exercise program.
Assuntos
Exercício Físico , Acidente Vascular Cerebral , Equilíbrio Postural , Força Muscular , SeguimentosRESUMO
A Poliomielite Anterior Aguda (PAA) é uma patologia causada por um enterovírus, que predominantemente prejudica os neurônios motores inferiores, o que causa a paralisia muscular flácida e assimétrica, principalmente nos membros inferiores e que, tardiamente causa sintomas neuromusculares e declínio funcional denominados como Síndrome Pós-Poliomielite (SPP). Objetivo: Aplicar um programa de exercícios combinado e verificar os resultados na força muscular e capacidade funcional de um indivíduo idoso, com SPP. Métodos: A amostra foi composta por 1 mulher, idade 66 anos, com SPP, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hipotireoidismo. A força muscular foi mensurada por meio do teste de 7 10 repetições máximas (RM). A distância percorrida ao pedalar foi realizada por meio do Teste 12 minutos adaptado e o equilíbrio dinâmico foi avaliado por meio do Timed Up & Go Test. Os exercícios foram realizados em 2 séries de 10 repetições, com intensidade de 60% de 1 RM, por 24 semanas. Resultados: Após 24 semanas, a força muscular de MMII apresentou aumento de 333,3% e a força de MMSS 216,5%. O equilíbrio dinâmico melhorou 34,3%. A distância percorrida ao pedalar aumentou 11,8%. Conclusão: Os dados por nós obtidos sugerem que pessoas com SPP, mesmo que idosas, poderão se beneficiar de um programa de exercícios para aumento da força muscular e melhora da capacidade funcional, porém é importante que outros estudos sejam desenvolvidos para verificar esses resultados em um número maior de pessoas.
Postpoliomyelitis Syndrome is a enterovirus pathology, which predominantly damages the lower muscles, which cause flaccid and asymmetric muscle paralysis, based on lower and late neuromuscular and functional symptoms denominate Postpoliomyelitis Syndrome (PPS). Objective: To apply a combined exercise program and to verify the results on the muscle strength and functional capacity of an elderly individual with PPS. Methods: The sample was one women, 66 years old, with comorbities hypertension, dyslipidemia, hypothyroidism. Muscle strength was measured by 7 - 10 maximal repetitions (MR) test. The distance traveled pedaling was performed by Adapted 12-minute Test and the balance was evaluated by Timed Up & Go Test. The muscle strength training was intensity 60% of a one maximum repetition. Results: After 24 weeks, the muscular strength of lower limbs increased 333.3% and the upper limbs, 216.5%. The balance improved 34.3%. The distance traveled pedaling increased 11.8%. Conclusion: The results suggest that individuals with PPS, even if elderly, may benefit from an exercise program to increase muscle strength and improve functional capacity, but it is important that other studies are developed to verify these results in a larger number of individuals.